A 5ª colocação no Troféu Brasil de Triathlon, conquistada em Santos, no dia 16 de outubro, foi apenas o mais recente episódio de uma história de superação que marca a trajetória do triatleta Peu Guimarães, trilhada com muito esforço, dedicação e uma ajuda da Cannabis medicinal.
Desde cedo, o esporte já fazia parte do jovem Peu. “Eu praticava todos os esportes que você pode imaginar. Era de praticamente todos os esportes coletivos do colégio. Jogava vôlei, basquete, polo aquático, só futebol que não.”
Na adolescência, começou a praticar rugby e chegou à seleção brasileira da modalidade, mas seu desejo maior era disputar corridas de aventura, o que era proibido aos menores de idade.
“Com 18 anos, eu acabei optando pela corrida porque os dois podem ser muito prejudiciais para o corpo. Resolvi investir pesado e fiquei vários anos competindo em corrida de aventura.”
Maré de azar
Conseguiu projeção nacional dentro do esporte, mas um acidente acabou por mudar seu rumo. “Em 2001, foi minha primeira grande lesão. Estava de bike, um carro passou no farol vermelho e me atropelou.”
Afastado das competições, decidiu sair para um mochilão na Europa que se tornou residência por quatro anos. De volta ao Brasil, retornou aos treinos, disputando provas de corrida de montanha e snowboard.
No entanto, em 2012, durante a disputa do campeonato brasileiro de snowboard, deu início a uma sequência de lesões que o impediram que seguisse obtendo os resultados com os quais estava acostumado.
Não foi por falta de tentativas. “Em 2012, comecei a sentir a coluna no mesmo ponto que tinha machucado quando fui atropelado. Me recuperei e tive uma lesão na coxa em 2013.”
Recuperado, em 2014 decidiu que iria se dedicar ao esporte. Vendeu sua empresa de promoção de eventos e mergulhou de cabeça nas competições.
Após muito treino, Peu se sentia pronto para retornar aos grandes desafios e, em 2015, participou da edição teste do que seria o Mundial de Corrida de Aventura do Pantanal, com percurso de 500 km subindo e descendo montanhas.
“Fui atravessar uma serra, escorreguei e rompi o ligamento cruzado. Foi super punk, porque eu ainda tive que andar 24 horas até conseguir ser resgatado”, lembra.
“Fiquei em 8 meses parado, com sobrepeso. Foi voltar a treinar que deu problema na coluna de novo.”
Durante anos, uma maré de azar foi minando sua capacidade de competir.
“De 2015 a 2019, foi o joelho, depois sofri um acidente de moto em que quebrei o ombro, coloquei três pinos, e perdi a sensibilidade. Uma porta de vidro quebrou e perdi a sensibilidade no pé direito. Depois acabei machucando o punho e rompi o tendão.”
A Cannabis e o triathlon
“Eu não conseguia engatar em treino. Nesse período, eu pensava que nunca mais ia voltar para o alto rendimento. Eu não conseguia render nos treinamentos e a dor crônica começou a fazer parte da minha vida.”
A combinação da dor com o afastamento das atividades físicas acabou por desregular todo o organismo de Peu. “Era dor todo dia. Não dormia mais direito, vivia tomando anti-inflamatório e analgésico. Minha vida começou a virar um efeito sanfona, de engordar e emagrecer.”
Até que reencontrou um velho amigo, o triatleta amador Fernando Paternostro, que estava dando início ao projeto Atleta Cannabis.
“Em paralelo a isso, minha mãe começou um tratamento de câncer durante a pandemia e fazia o uso da Cannabis no tratamento. Aí que eu decidi investir tanto no projeto quanto no meu tratamento.”
Quatro dias depois de começar a tomar o medicamento canabinoide, Peu começou a notar o resultado. “Tive o melhor sono da minha vida. Foi muito restaurador. Depois comecei a ver que minhas dores começaram a passar e fui rendendo cada vez mais.”
De volta à competição
De uma média de 100 km por mês que percorria de bicicleta, logo pulou para 600 km. Com o bom desempenho na bicicleta e a experiência em corrida de resistência, foi convencido pelo amigo e parceiro no Atleta Cannabis a acrescentar a natação na rotina de treinos e se tornar triatleta.
“Se você quer ser do alto rendimento e tem que trabalhar, corrida de aventura sempre demanda uma logística muito grande. Tem que viajar para lugares remotos, muito tempo no mato. Enquanto o IronMan é menos de um dia. Pra minha vida hoje faz mais sentido.”
No dia 3 de outubro de 2021, disputou sua primeira prova completa na modalidade, justamente o Troféu Brasil de Triathlon, o qual terminou em 16º na categoria amadora dos 40 aos 44 anos. Um bom resultado que só atiçou ainda mais sua veia competitiva.
Atleta e cobaia
Nesse meio tempo, o Atleta Cannabis cresce para se tornar a maior comunidade de atletas e Cannabis medicinal no País. O projeto atraiu a atenção e já em sua primeira prova, Peu contou com o patrocínio da Tegra Pharma, uma empresa de Cannabis medicinal.
A parceria logo ganhou o apoio da Care Club, a maior rede de clínicas esportivas da América Latina. Peu e Fernando passaram a contar com todos os produtos canabinoides da farmacêutica e o cuidado e atenção da clínica esportiva.
Em troca, se tornaram objeto de um estudo inédito que busca avaliar todas as variáveis fisiológicas dos atletas em tratamento com Cannabis medicinal, sob o comando do médico Roberto Beck.
Com um preparo digno de um atleta profissional, deu início a mais um ciclo de treinos que visava a disputa do Troféu Brasil de 2022. “Com o acompanhamento multidisciplinar da Care Club e os produtos da Tegra, minha evolução foi absurda.”
“Eu tenho o CBN para dormir; tenho o 15 THC para 1 CBD para treino de endurance; tenho o CBG para trabalhar a recuperação e o broad spectrum para ficar off de THC no pré-prova e para diminuir a tolerância.”
“Hoje eu tenho um tratamento super customizado e estou colhendo os frutos. Na penúltima prova, fiquei em 16º e na última fiquei em quinto, então dá para ver uma bela evolução de performance e tenho competido regularmente, coisa que eu não fazia há sete anos.”
Vida profissional
Tudo como um atleta amador, com necessidade de acumular à rotina toda uma intensa vida profissional como empresário. Em todos os casos, a Cannabis é aliada.
“Cara, ela ajuda demais. Toda quinta-feira eu faço um triathlon indoor, nado corro, pedalo, e é bem cansativo. Saio umas 9h e tenho que fazer reunião o dia inteiro. Os óleos ajudam a manter o foco, diminuir o estresse, na recuperação e na fadiga para o treino do dia seguinte.”
“A Cannabis me ajuda a me manter rodando. Sem ela, eu acho que seria muito difícil. Às vezes, a gente acaba muito cansado e começa a não conseguir pensar direito. A perder um pouco a paciência. Nesse sentido, me ajuda demais também.”
Evolução da performance
Segundo o triatleta, seu ganho de performance é pela ação da Cannabis, que é diferente dos anti-inflamatórios amplamente utilizados pelos atletas.
“O remédio alopático é químico. Seu corpo não produz esses anti-inflamatórios de maneira endógena e essas substâncias químicas atrapalham o processo de evolução da performance.”
Peu explica que os alopáticos, seja um relaxante muscular, anti-inflamatório ou analgésico, interferem no processo inflamatório, que está ligado à dor, mas também à recuperação muscular e consolidação dos resultados de um treino, com impacto no ganho de performance.
“Enquanto a Cannabis tem conexão direta com os nossos receptores do sistema endocanabinoide. Ela entra como parte de um sistema natural que equilibra o processo de inflamação, mas sem perder o ganho de performance.”
Esporte, bem-estar e educação
Por esses motivos, além de colher os benefícios do tratamento com Cannabis, Peu soma à sua atividade o ativismo pela educação sobre a Cannabis e sua relação com o esporte e bem-estar.
“O que acho muito bacana desse nosso trabalho é o tamanho da mensagem que a gente está conseguindo passar. Questionamos, por exemplo, o antidoping da Cannabis.”
“Tanto na minha vida profissional, que é ligada ao esporte, ou como atleta, eu vejo como é importante ter acesso à uma substância natural que pode melhorar a qualidade de vida e diminuir um pouco o uso das alopatias, que acabam atrapalhando muito o organismo do atleta.”
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Roberto Beck é um dos mais de 200 profissionais da saúde com experiência na prescrição de Cannabis medicinal presentes na plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde.
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