O câncer de mama é o tipo que mais acomete mulheres em todo o mundo. Também é o segundo câncer mais comum no mundo e a principal causa de morte por câncer em mulheres.
A cada ano, 2,3 milhões de mulheres são afetadas pela doença, conforme dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA).
O câncer de mama é também a primeira causa de morte por câncer em mulheres no Brasil. A incidência e a mortalidade por câncer de mama tendem a crescer progressivamente a partir dos 40 anos.
Este câncer resulta de um distúrbio de certas células que se multiplicam e geralmente formam uma massa chamada tumor.
Existem diferentes tipos de câncer que não evoluem da mesma forma. Alguns são “agressivos” e evoluem muito rapidamente, outros mais devagar.
As células cancerígenas podem permanecer no seio. Ou podem se espalhar para outros órgãos, o que é uma situação ainda mais ameaçadora. Falamos então de metástases.
Na maioria dos casos, o desenvolvimento do câncer de mama leva vários meses ou mesmo anos.
Para entender melhor sobre o câncer de mama e as formas de controle dos sintomas, bem como os tratamentos disponíveis, preparamos este artigo. Continue lendo para se informar mais sobre este assunto tão importante.
Como identificar o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama, o que acabam formando um tumor com potencial de invadir outros órgãos.
Ele não acomete apenas mulheres, mas também homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
Normalmente, o sintoma mais comum do câncer de mama é o surgimento de um nódulo. Na maioria das vezes, é duro, irregular e indolor.
O autoexame é essencial para que a mulher conheça sua mama e possa perceber rapidamente qualquer mudança em sua textura e aparência.
A mulher deve apalpar suavemente uma mama de cada vez, verificando se há alterações na mama, aréola ou mamilo.
Deve ser feito uma vez por mês, ao final da menstruação; para mulheres na menopausa, o ideal é definir uma data e fazê-lo mensalmente.
O câncer de mama pode ser detectado em fases iniciais, em grande parte dos casos, aumentando assim a possibilidade de tratamentos menos agressivos e com taxas de sucesso satisfatórias.
Além disso, diagnosticar o câncer de mama nas fases iniciais, permite um tratamento menos agressivo.
Sintomas iniciais da doença
O câncer de mama pode apresentar vários sinais e sintomas, como:
- Inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo).
- Nódulo único endurecido.
- Irritação ou abaulamento de uma parte da mama.
- Dor na mama ou mamilo.
- Inversão do mamilo.
- Eritema (vermelhidão) na pele.
- Edema (inchaço) da pele.
- Espessamento ou retração da pele ou do mamilo.
- Secreção sanguinolenta ou serosa pelos mamilos.
- Linfonodos aumentados
Causas do câncer de mama
Os seios são órgãos de natureza glandular cuja função é produzir leite.
Cada seio é dividido em 15-20 setores chamados lóbulos. Cada um desses lóbulos é dividido em muitos lóbulos, menores, que terminam em dezenas de minúsculos bulbos que secretam o leite.
A maior parte do peito é constituída por tecido adiposo que preenche o espaço entre as diferentes estruturas do peito. A maioria dos cânceres de mama se desenvolve a partir das células dos lóbulos.
O câncer de mama é causado por alterações genéticas, diretamente relacionadas à biologia celular, que podem ser estimuladas por fatores ambientais tais como tabagismo, uso de hormônios (TRH – terapia de reposição hormonal por tempo prolongado), obesidade, fumo e alcoolismo.
Também é mais frequente nas mulheres que têm início da menstruação em idade muito jovem e menopausa tardia.
Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos de idade, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. O acúmulo de exposições ao longo da vida e as próprias alterações biológicas com o envelhecimento aumentam, de modo geral, esse risco.
Fatores de risco para o câncer de mama
Fatores associados a um aumento do risco de câncer de mama incluem:
- Ser mulher: As mulheres são muito mais propensas do que os homens a desenvolver câncer de mama.
- Idade: O risco de desenvolver câncer de mama aumenta à medida que você envelhece.
- Histórico de alterações da mama: Mulheres com alterações da mama como carcinoma lobular in situ (LCIS) ou hiperplasia atípica da mama têm um risco maior de câncer de mama.
- Histórico pessoal de câncer de mama: Mulheres que tiveram câncer de mama em uma mama têm um risco maior de desenvolver câncer na outra mama.
- Um histórico familiar de câncer de mama: Se sua mãe, irmã ou filha foi diagnosticada com câncer de mama, particularmente em uma idade jovem, seu risco de desenvolver câncer de mama é aumentado. Mesmo assim, a maioria das pessoas diagnosticadas com câncer de mama não tem histórico familiar da doença.
- Genes herdados que aumentam o risco de câncer: Certas mutações de genes que aumentam o risco de câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos. As mutações genéticas mais conhecidas são chamadas de BRCA1 e BRCA2. Esses genes podem aumentar muito o risco de câncer de mama e outros cânceres.
Outros fatores menos comuns, mas que também estão envolvidos:
- Exposição à radiação: Se você recebeu tratamentos de radiação em seu peito quando criança ou adulto jovem, seu risco de câncer de mama é aumentado.
- Obesidade: Ser obeso aumenta seu risco de câncer de mama.
- Menstruação precoce: Começar a menstruar antes dos 12 anos de idade aumenta o risco de câncer de mama.
- Ter seu primeiro filho com mais idade: Mulheres que dão à luz seu primeiro filho após os 30 anos de idade podem ter um risco maior de câncer de mama.
- Nunca ter estado grávida: As mulheres que nunca estiveram grávidas têm um risco maior de câncer de mama do que as que tiveram uma ou mais gestações.
- Terapia hormonal pós-menopausa: As mulheres que tomam medicamentos de terapia hormonal que combinam estrogênio e progesterona para tratar os sinais e sintomas da menopausa têm um risco maior de câncer de mama. O risco de câncer de mama diminui quando as mulheres deixam de tomar esses medicamentos.
- Consumo de álcool: O consumo de álcool aumenta o risco de câncer de mama.
Quais são os tratamentos para câncer de mama?
O tratamento do câncer de mama depende da natureza, localização e estágio da doença. A idade, o estado de saúde geral também são elementos importantes levados em consideração pela equipe médica.
Existem diferentes tipos de tratamentos que permitem o tratamento do câncer de mama: cirurgia, radioterapia, quimioterapia, terapia hormonal ou terapias direcionadas.
Eles podem ser usados sozinhos ou em combinação e são escolhidos de acordo com as características clínicas, biológicas e genéticas de cada tumor.
Vamos compreender melhor como funciona cada tipo de tratamento a seguir…
Radioterapia
A radioterapia para o câncer de mama utiliza raios X de alta energia, prótons ou outras partículas para matar as células cancerígenas.
Pois, as células de crescimento rápido, como as células cancerígenas, são mais suscetíveis aos efeitos da radioterapia do que as células normais.
A radioterapia para o câncer de mama pode ser realizada através de:
- Radiação externa: Uma máquina entrega a radiação de fora de seu corpo para o peito. Este é o tipo mais comum de radioterapia usada para o câncer de mama.
- Radiação interna (braquiterapia): Após uma cirurgia para remover o câncer, seu médico coloca temporariamente um dispositivo de entrega de radiação em sua mama na área onde o câncer uma vez esteve. Uma fonte radioativa é colocada no dispositivo por curtos períodos de tempo ao longo de seu tratamento.
A radioterapia pode ser usada para tratar o câncer de mama em quase todas as etapas e é uma maneira eficaz de reduzir seu risco de recidiva do câncer de mama após a cirurgia.
Além disso, é comumente usada para aliviar os sintomas causados pelo câncer que se espalhou para outras partes do corpo (câncer de mama metastático).
Quimioterapia
A quimioterapia utiliza medicamentos anticancerígenos que podem ser administrados por via intravenosa (injetados em sua veia) ou pela boca. Os medicamentos viajam pela corrente sanguínea para alcançar células cancerígenas na maioria das partes do corpo.
Nem todas as mulheres com câncer de mama precisarão de quimioterapia, mas há várias situações em que a quimioterapia pode ser recomendada.
- Antes da cirurgia (quimioterapia neoadjuvante)
A quimioterapia neoadjuvante pode ser administrada para tentar encolher o tumor para que ele possa ser removido com uma cirurgia menos extensa.
Por conta disso, a quimioterapia neoadjuvante é frequentemente usada para tratar cânceres que são grandes demais para serem removidos por cirurgia.
Se após a quimioterapia neoadjuvante, ainda forem encontradas células cancerígenas quando a cirurgia é feita (também chamada de doença residual), talvez seja necessário realizar mais sessões de quimioterapia (quimioterapia adjuvante) para reduzir as chances de retorno do câncer (recidiva).
- Após a cirurgia (quimioterapia adjuvante)
A quimioterapia adjuvante pode ser dada para tentar matar qualquer célula cancerígena que possa ter sido deixada para trás ou ter se espalhado, mas que não possa ser vista, mesmo em testes de imagem.
Estas células são consideradas microscópicas porque não podem ser vistas a olho nu. Se estas células crescerem, podem formar novos tumores em outros lugares do corpo. Por isso, a quimioterapia adjuvante pode diminuir o risco de câncer de mama voltar.
Hormonioterapia
A hormonioterapia ou terapia hormonal busca inibir o crescimento do câncer pela retirada do hormônio da circulação – chamada de privação – ou pela introdução de uma substância com efeito contrário ao hormônio (antagonista).
A terapia hormonal é usada apenas para câncer de mama que possui receptores para os hormônios estrogênicos ou progesterona que ocorrem naturalmente no organismo.
Cerca de 67% dos cânceres de mama são receptores hormonais positivos. Suas células têm receptores que se ligam aos hormônios estrogênio (RE+) e/ou progesterona (RP+), que ajudam as células cancerígenas a crescerem e se disseminarem.
A terapia hormonal é frequentemente utilizada após a cirurgia (como terapia adjuvante) para ajudar a reduzir o risco de retorno do câncer. Às vezes é iniciada antes da cirurgia (como terapia neoadjuvante).
Imunoterapia (terapia biológica)
As terapias biológicas (também conhecidas como imunoterapia) usam medicamentos para impulsionar o próprio sistema imunológico de uma pessoa para reconhecer e destruir células cancerígenas de forma mais eficaz.
Uma ação importante do sistema imunológico é sua capacidade de impedir de atacar células normais do corpo.
Para isso, ele usa proteínas (ou “pontos de controle”) nas células imunes que precisam ser ligadas (ou desligadas) para iniciar uma resposta imune.
As células de câncer de mama às vezes usam esses pontos de controle para evitar serem atacadas pelo sistema imunológico.
Os medicamentos que visam estas proteínas dos pontos de controle, ajudam a restaurar a resposta imunológica contra as células cancerígenas da mama.
É importante ressaltar que a imunoterapia pode piorar os sintomas de doenças autoimunes como lúpus e artrite reumatoide, de modo que essas drogas não são tipicamente usadas em mulheres com essas doenças crônicas.
Cirurgia
Os dois tipos de cirurgia utilizados para tratar o câncer de mama são a mastectomia e a lumpectomia. Cirurgias adicionais para o câncer de mama podem incluir dissecção de linfonodos (linfadenectomia) e cirurgia de reconstrução mamária.
Mastectomia: A mastectomia é uma cirurgia na qual toda a mama é removida, incluindo todo o tecido mamário e, às vezes, outros tecidos próximos, e é a cirurgia mais comum para o câncer de mama.
Isso porque a mastectomia trata tanto o câncer de mama em estágio tardio quanto o câncer de mama em estágio inicial. Além disso, algumas pessoas com alto risco de desenvolver câncer de mama no futuro escolhem a mastectomia profilática como uma medida preventiva.
Lumpectomia: A lumpectomia, também chamada de cirurgia de conservação dos seios, remove apenas parte do tecido mamário.
Esta é uma alternativa para o tratamento do câncer de mama em estágios iniciais, quando o tumor é relativamente pequeno e ainda não se espalhou.
A lumpectomia também remove uma margem do tecido circundante, apenas para garantir que não haja células cancerosas perdidas em sua mama. O benefício da lumpectomia é que ela permite que a mulher mantenha a maior parte de sua mama.
Qual o tratamento mais eficaz para o câncer de mama?
Para escolher o melhor tratamento, levam-se em consideração diversos fatores, como características do tumor, idade da paciente e número de linfonodos axilares comprometidos, além de fatores que caracterizam a biologia da doença.
Além disso, o tratamento do câncer de mama evoluiu muito nos últimos anos, hoje as cirurgias costumam ser bem menos invasivas e a maior parte da mama é poupada.
Tratamento para câncer de mama com Cannabis medicinal
Uma parcela significativa e crescente de pacientes com câncer vêm recorrendo à cannabis para auxílio terapêutico.
Uma pesquisa norte-americana publicada no Journal of Clinical Oncology (2020) mostrou que, de 725 pacientes com câncer de mama, 42% utilizaram a Cannabis medicinal como terapia adjuvante.
Os usuários relataram o uso para combater efeitos colaterais dos quimioterápicos – dores, náuseas, inapetência – e aliviar aqueles sintomas decorrentes da doença em si, como ansiedade (57%), estresse (51%) e insônia (70%).
Muitos pacientes com câncer se beneficiam dos canabinoides de várias maneiras. A Cannabis demonstrou reduzir a dor causada por tumores. Também pode atenuar os efeitos colaterais poderosos da quimioterapia, tais como náuseas, vômitos, perda de apetite e insônia.
De acordo com o estudo Cannabinoids for Cancer Treatment: Progress and Promise, os canabinoides na Cannabis poderiam interagir com os receptores CB acoplados à proteína G (CB-Rs), CB1-R e CB2-R, além de outros receptores e sistemas.
Dessa forma, permitiria o bloqueio da progressão do crescimento celular e induziria a apoptose (morte celular programada) de células cancerígenas. Com isso, a Cannabis poderia apresentar propriedades anticancerígenas capazes de:
- Inibir o crescimento das células cancerosas (proliferação);
- Reduzir da viabilidade das células tumorais;
- Ter efeitos antimetastático;
- Promover a morte celular (apoptose) de células cancerígenas;
- Aumentar a sensibilização das células cancerosas resistentes à quimioterapia.
Os mecanismos pelos quais a Cannabis poderia promover tais benefícios ainda não estão totalmente elucidados e mais pesquisas são necessárias.
Vale ressaltar também que apesar dos dados encontrados, não há nada que confirme que a Cannabis pode curar ou tratar o câncer.
Por outro lado, o paciente com câncer ainda pode se beneficiar de seu uso graças às suas propriedades que permitem uma melhor gestão dos sintomas.
Vamos entender melhor a seguir…
Benefícios da Cannabis nos sintomas do câncer de mama
Não é nenhum segredo que muitos pacientes com câncer realizam o tratamento à base de Cannabis medicinal para obter alívio de seus sintomas.
Por conta das propriedades analgésicas, antieméticas, relaxantes, antioxidantes e anti-inflamatórias presentes nesta planta, é possível obter grandes benefícios.
Embora não trate o câncer, a Cannabis pode aliviar os sintomas associados a ele, tais como dor, vômitos, náuseas e perda de apetite. Confira a seguir como a Cannabis pode promover a melhoria dos sintomas sentidos em pacientes com câncer:
O uso da Cannabis contra a dor
Os tratamentos farmacológicos clássicos atuais para a dor associada ao câncer nem sempre oferecem eficácia e muitas vezes é acompanhado por efeitos adversos.
É importante tentar soluções alternativas contra a dor. Nesse ponto, os canabinoides, como CBD e THC oferecem novas vias terapêuticas. Por ter propriedades analgésicas, pode ajudar a controlar a dor associada ao câncer.
O THC altera a percepção da dor, enquanto o CBD combate a dor com sua ação anti-inflamatória. Ao contrário dos medicamentos convencionais, a Cannabis também tem a vantagem de não causar efeitos colaterais indesejados em comparação com os opióides tradicionais.
Os benefícios da Cannabis para o controle de náuseas e vômitos
As náuseas são caracterizadas por uma sensação de desconforto e contrações no estômago que podem preceder o vômito de forma não sistemática.
As náuseas e vômitos são muito comuns na vida de quem faz quimioterapia, porque é um efeito colateral desta forma de tratamento.
Os tratamentos antieméticos clássicos geralmente contêm domperidona ou metoclopramida. A eficácia desses 2 agentes é limitada.
Além disso, podem causar aumento do risco de problemas cardíacos. Por outro lado, a ingestão de canabinoides ativam certos receptores que irão agir favoravelmente na sensação de náuseas.
Dois canabinoides podem ajudar a controlar náuseas e vômitos, tetrahidrocanabinol (THC) e canabidiol (CBD). Cada um deles agem com um mecanismo diferente sobre náuseas e vômitos.
O THC controla as náuseas e vômitos, estimulando os receptores CB1 no nosso sistema endocanabinoide. Os receptores CB1, localizados no cérebro, nas sinapses, têm uma função reguladora sobre os ácidos GABA que causam o início de náuseas e vômitos.
Por outro lado, a ativação dos receptores pelo CBD é capaz de modular uma série de funções gastrointestinais, incluindo secreção gástrica e motilidade intestinal.
O uso da cannabis como estimulador de apetite
Os canabinoides THC e o cannabigerol (CBG) têm o potencial de aumentar o apetite. Esse benefício é desencadeado pela ação desses canabinoides nos receptores CB1 do sistema endocanabinoide.
Essa ação no apetite torna a ingestão de Cannabis muito útil para muitas pessoas em quimioterapia, que muitas vezes perderam o apetite por causa dos efeitos colaterais de seu tratamento.
Cannabis como potencial antitumoral do câncer de mama
Os canabinoides exercem efeitos positivos em alguns sintomas associados ao câncer. Mas além disso, os canabinoides inibem a angiogênese tumoral e diminuem a migração de células cancerígenas.
De acordo com a revisão de estudos The use of cannabinoids as anticancer agents, o THC e outros canabinoides exibem efeitos antitumorais em modelos animais.
O estudo diz que alguns receptores-ligantes canabinoides induzem a morte de células cancerígenas e inibem a angiogênese tumoral.
Outro estudo Future Aspects for Cannabinoids in Breast Cancer Therapy reforça essa ideia. Os dados encontrados mostram que, ao se ligarem ao CB1-R e CB2-R, os canabinoides inibem a proliferação de células de câncer de mama através de vários mecanismos.
Eles bloqueiam a progressão do ciclo celular, induzem a morte de células do câncer de mama via apoptose, bloqueiam a proliferação de células cancerígenas e inibem a migração celular e a angiogênese via CB2-R.
Isso teria efeito de evitar o crescimento do câncer, seu desenvolvimento, bem como de impedir a metástase.
No entanto, apesar do grande corpo de potenciais benefícios encontrados, estudos adicionais são necessários para que possamos confirmar a ação direta da Cannabis no câncer.
Como iniciar o tratamento à base de Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento com Cannabis medicinal, é imperativo marcar uma consulta médica. Após uma análise do seu histórico, da sua condição, bem como dos tratamentos atuais que você faz e outros fatores, ele vai determinar se a Cannabis pode te ajudar.
Em caso positivo, você vai receber uma prescrição médica a qual pode usar para comprar ou importar os produtos à base de Cannabis.
Se você ficou interessado nos benefícios da Cannabis e deseja se consultar com um médico prescritor, o Portal Cannabis & Saúde pode te ajudar!
Em nosso portal, reunimos um painel com 250 profissionais habilitados e experientes no tratamento com Cannabis que estão prontos para te atender. Acesse nosso site e escolha o profissional que desejar. Feito isso, basta marcar sua consulta!
Existem efeitos colaterais desse tratamento?
Os efeitos colaterais existem, mas só aparecem em caso de uso irregular dos produtos à base de Cannabis. Portanto, é muito importante que você siga de forma precisa o tratamento que o médico lhe passar.
Se seguir o tratamento de forma correta, os efeitos colaterais raramente são sentidos. No entanto, em caso de sobredosagem ou uso irregular, os seguintes efeitos colaterais podem surgir:
- Fadiga;
- Irritabilidade;
- Diarreia;
- Tontura;
- Sonolência.
O tratamento à base de Cannabis medicinal substitui outros tratamentos?
Não! Como citado acima, a Cannabis pode ajudar no tratamento e auxiliar nos sintomas de dor, falta de apetite e náuseas. Sobre o seu efeito anti-tumoral ainda não há estudos suficientes para embasar a eficiência da Cannabis como tratamento do câncer. Portanto, ela não pode ser usada como uma alternativa aos tratamentos convencionais, mas sim como uma terapia auxiliar.
É importante deixar claro que o uso medicinal da Cannabis visa a diminuição dos sintomas associados à doença e as terapias convencionais, não o tratamento do câncer em si.
Relatos de pacientes que realizaram tratamentos à base de canabidiol
Existem inúmeros relatos de pessoas com câncer de mama que se beneficiaram da medicina canabinoide. Uma dessas pessoas é a Dra. Vanessa Matalobos, que venceu a doença e hoje nos conta sobre como a Cannabis lhe ajudou neste processo.
Por meio desta LIVE incrível, a Dra. Vanessa compartilhou sua experiência conosco, contando como foi todo o processo e como a Cannabis foi de grande ajuda neste momento.
Além de compartilhar sua experiência, ela compartilha seu conhecimento conosco explicando de forma didática as propriedades benéficas da Cannabis para o controle de diversos sintomas do câncer de mama. Vale a pena conferir.
Conclusão
Câncer de mama é um tumor maligno, formado pelo crescimento de células de maneira desordenada e desenvolvimento de um ou mais nódulos na mama.
É muito importante se prevenir. A maioria dos casos onde pessoas conseguiram melhores resultados no tratamento, foram nos diagnósticos precoces. O autoexame é fundamental, quanto antes descobrir, maiores são as chances.
Atualmente, há diversas modalidades para o tratamento do câncer de mama. Entre elas podemos citar a cirurgia, radioterapia, hormonioterapia e imunoterapia.
Além disso, a cannabis medicinal também vem mostrando efeitos positivos na gestão dos sintomas da doença. No entanto, mais pesquisas são necessárias para que se possa confirmar algo.