A hipertensão é uma das doenças cardiovasculares que mais afetam os brasileiros. De acordo com o Ministério da Saúde, cerca de 30 milhões de pessoas convivem com a doença, mas apenas 10% fazem adequadamente o tratamento para hipertensão.
Ao contrário do que muitos podem pensar, o tratamento para hipertensão está mais relacionado à manutenção de hábitos alimentares saudáveis do que propriamente a usar determinados tipos de medicamentos.
Embora nem sempre essas estratégias sejam suficientes para cortar a utilização dos remédios, as dosagens podem ser reduzidas ao adotar esses hábitos. Com isso, efeitos colaterais produzidos pelos medicamentos podem ser melhor controlados.
Outro tratamento para a pressão alta que vêm ganhando espaço na discussão médica é com o uso complementar do canabidiol. Essa, que é uma substância derivada das plantas do gênero Cannabis, tem sido avaliada por estudos científicos de alta relevância.
Nesse artigo, nós do Portal Cannabis & Saúde traremos um texto com mais detalhes sobre a hipertensão, suas causas e tratamentos. Confira a lista de conteúdos que separamos para você:
- O que é hipertensão?
- Quais são as causas da hipertensão?
- Quais são os sintomas da hipertensão?
- Quais são as complicações que a hipertensão não tratada pode gerar?
- Como é feito o diagnóstico da hipertensão?
- Como é possível prevenir a hipertensão?
- Qual é o medicamento mais indicado para o tratamento de hipertensão?
- Tratamento para hipertensão: os medicamentos convencionais são eficazes contra a doença?
- Por que o canabidiol pode ser uma boa opção de tratamento para a hipertensão?
- O que os especialistas dizem sobre o uso de canabidiol para a hipertensão?
- Tratamento para hipertensão: quais são as vantagens dos medicamentos à base de canabidiol?
- Quais são os efeitos do uso do canabidiol?
- Como iniciar o tratamento para hipertensão com canabidiol?
- Tratamentos complementares para hipertensão.
- Dúvidas frequentes sobre hipertensão.
Continue lendo e saiba tudo!
O que é hipertensão?
A hipertensão arterial (também chamada popularmente de pressão alta) é uma doença ou condição de saúde em que há dificuldade para que o fluxo sanguíneo passe corretamente por dentro das artérias. Com essa dificuldade, há um aumento na pressão arterial.
Entre os fatores que trazem essa dificuldade de fluxo estão modificações na viscosidade do sangue ou o próprio entupimento gradual das veias e artérias.
Esses problemas costumam ocorrer devido a maus hábitos, como a ingestão de alimentos ultraprocessados com altos índices de açúcar e colesterol.
A pressão arterial acima de 14 por 9 é considerada como um quadro de hipertensão. Especialistas na área de cardiologia citam que a pressão mais adequada para um ser humano sem problemas de saúde é de 12 por 8.
Quando a pressão está alta, é importante buscar tratamentos e melhoras no estilo e qualidade de vida. Em algumas vezes, o tratamento é capaz de reverter a situação e trazer a pressão a níveis menos alarmantes.
Por outro lado, pressões muito descontroladas, acima de 18 por 12 são consideradas graves e podem gerar problemas graves de saúde como doenças cardiovasculares.
O médico mais adequado para fazer a avaliação do quadro é o cardiologista.
No entanto, um clínico-geral também poderá prescrever tratamentos e mudanças de hábitos para pacientes que estejam em situações menos delicadas de hipertensão.
Quais são as causas da hipertensão?
A hipertensão arterial, também conhecida como pressão alta, é uma condição médica crônica que afeta milhões de pessoas em todo o mundo.
A pressão arterial é a força do sangue contra as paredes das artérias, e a hipertensão ocorre quando essa pressão é sistematicamente elevada, o que pode levar a complicações graves, como doença cardíaca, acidente vascular cerebral, insuficiência renal e outras doenças crônicas.
As principais causas da hipertensão podem ser agrupadas em dois tipos: causas primárias e causas secundárias.
A hipertensão primária, também conhecida como hipertensão essencial, é a forma mais comum e não tem uma causa conhecida. No entanto, vários fatores de risco podem contribuir para o seu desenvolvimento, incluindo histórico familiar de hipertensão, idade, obesidade, sedentarismo, tabagismo e dieta rica em sódio.
Já a hipertensão secundária é causada por uma condição subjacente, como doenças renais, endócrinas ou cardíacas.
Algumas das causas mais comuns incluem apneia do sono, diabetes, doença renal crônica, doença da tireoide e síndrome de Cushing.
Além disso, outros fatores podem contribuir para o desenvolvimento da hipertensão, incluindo o consumo excessivo de álcool, o estresse crônico, o uso de certos medicamentos, como pílulas anticoncepcionais, e uma predisposição genética.
É importante destacar que a hipertensão é uma condição que geralmente não apresenta sintomas, o que pode tornar difícil o seu diagnóstico precoce.
Por isso, é essencial manter um estilo de vida saudável, realizar exames periódicos e seguir as recomendações médicas para controlar a pressão arterial e prevenir complicações graves.
Quais fatores de risco aumentam a probabilidade de ter hipertensão?
Existem vários fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da hipertensão. A seguir, discutiremos os principais fatores de risco para a hipertensão.
1. Idade e história familiar
A idade é um dos principais fatores de risco para a hipertensão. A incidência de hipertensão aumenta com a idade, especialmente após os 65 anos.
Além disso, a história familiar de hipertensão é um fator de risco importante. Se um ou ambos os pais têm hipertensão, as chances de desenvolver a condição aumentam.
2. Obesidade e sedentarismo
A obesidade e o sedentarismo são fatores de risco comuns para a hipertensão. O excesso de peso aumenta a pressão arterial, pois o coração precisa trabalhar mais para bombear sangue através do corpo.
Além disso, a falta de atividade física pode levar ao aumento da pressão arterial. A prática regular de exercícios físicos ajuda a manter a pressão arterial sob controle.
3. Consumo de sal e álcool
O sal contém sódio, que pode aumentar a pressão arterial. O consumo excessivo de álcool pode levar à hipertensão, pois o álcool pode danificar as paredes arteriais e aumentar a pressão sanguínea.
4. Tabagismo
A nicotina presente no cigarro pode aumentar a pressão arterial. Além disso, o tabagismo pode danificar as paredes arteriais e aumentar o risco de doenças cardiovasculares.
5. Estresse
O estresse é um fator de risco para a hipertensão. Quando uma pessoa está estressada, seu corpo libera hormônios que podem aumentar a pressão arterial.
Além disso, o estresse crônico pode levar a hábitos pouco saudáveis, como alimentação desequilibrada, sedentarismo e tabagismo, que podem aumentar o risco de hipertensão.
6. Diabetes
A hiperglicemia crônica (nível elevado de açúcar no sangue) pode danificar as paredes arteriais e aumentar a pressão sanguínea.
É importante lembrar que as pessoas com diabetes são mais propensas a desenvolver outras condições médicas, como doenças cardiovasculares, que podem aumentar o risco de hipertensão.
7. Distúrbios do sono
Os distúrbios do sono, como a apneia do sono, são fatores de risco para a hipertensão. Durante a apneia do sono, a pessoa para de respirar temporariamente enquanto dorme.
Isso pode levar a uma diminuição do oxigênio no sangue e aumento da pressão arterial. Além disso, a falta de sono adequado pode levar a um aumento da pressão arterial.
8. Medicamentos
Corticosteroides, medicamentos para o controle de natalidade, anti-inflamatórios não esteroidais e alguns medicamentos para a asma e alergias podem aumentar a pressão arterial em algumas pessoas.
9. Doenças renais
Os rins desempenham um papel importante na regulação da pressão arterial, e qualquer doença ou dano renal pode levar a um aumento da pressão arterial.
Quais são os sintomas da hipertensão?
A hipertensão em níveis mais baixos normalmente não traz nenhuma manifestação de sintomas.
No entanto, quando a pressão sobe de forma repentina ou se mantém em níveis alarmantes (como 18/12), é comum que se sinta os seguintes sintomas:
- Dores na região do peito;
- Cefaleia (dor de cabeça);
- Visão embaçada;
- Sensação de iminência de um desmaio (que não acontece);
- Fraqueza;
- Sangramento nasal;
- Zumbidos no ouvido;
- Enrijecimento muscular nos membros inferiores e superiores.
Quais são as complicações que a hipertensão não tratada pode gerar?
Além dos efeitos já citados no tópico anterior, a hipertensão pode causar consequências mais graves.
Pessoas hipertensas estão mais suscetíveis a enfrentarem outras doenças cardiovasculares ou a passar por efeitos/incidentes que podem gerar sequelas ou até mesmo mortes.
Exemplos desses fenômenos são:
- Infarto;
- Arritmias cardíacas (quando o coração bate em um ritmo mais lento ou mais rápido do que deveria);
- Angina (dores no peito);
- Insuficiência cardíaca (coração não é capaz de realizar as suas funções da maneira devida);
- Acidentes Vasculares Cerebrais (derrames);
- Paralisação das funções vitais devido ao mau funcionamento dos vasos sanguíneos e do coração;
- Visão prejudicada, em nível que pode chegar à cegueira.
Como é feito o diagnóstico da hipertensão?
Para realizar o diagnóstico da hipertensão é preciso fazer uma avaliação médico-clínica, com a medição da pressão arterial sistólica em um equipamento devidamente calibrado.
Para que uma pessoa seja diagnosticada com hipertensão, a sua pressão arterial deve estar fora de controle (acima de 140/90 mmHg ou como popularmente falamos 14 por 9).
Em alguns casos, medicações podem ser administradas para manter a pressão sob níveis controlados ou aceitáveis.
Entre os medicamentos mais comuns para o tratamento de hipertensão estão os anti-hipertensivos, diuréticos, betabloqueadores, entre outros.
Além de utilizar esses medicamentos, os médicos e especialistas recomendam que o paciente mantenha ou adquira bons hábitos que incluem a alimentação adequada e desenvolver uma rotina de exercícios e atividades físicas.
De acordo com documentos do Ministério da Saúde, a aferição da pressão arterial deve ser feita pelo menos uma vez ao ano para pessoas com mais de 20 anos e duas vezes ao ano para pessoas que tenham histórico familiar de hipertensão.
Como é possível prevenir a hipertensão?
Podemos dizer que a hipertensão é uma das doenças mais “preveníveis” que existem.
Afinal, mesmo com a possibilidade de suas causas estarem relacionadas ao histórico familiar, o paciente pode contribuir substancialmente para o seu aparecimento ou não.
Para preveni-la, portanto, é importante deixar hábitos maléficos de lado e substituí-los por ações e por um estilo de vida que possa privilegiar uma alimentação saudável e completa.
Além disso, as atividades e exercícios físicos são altamente recomendáveis para que a saúde do paciente seja mantida em um bom nível.
Uma das melhores estratégias que você pode adotar para reduzir o risco de se tornar uma pessoa hipertensa é a partir do monitoramento dos pontos cardio.
Os pontos cardio são metas elaboradas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Sociedade Americana do Coração (AHA).
Esse método consiste em verificar a forma com que as suas atividades físicas são capazes de manter a sua saúde em dia. De acordo com as instituições, o ideal é que um ser humano faça pelo menos 150 pontos cardio todas as semanas.
Os pontos cardio podem ser monitorados por meio de aplicativos como o Google Fit, que está disponível para download gratuito tanto para smartphones Android quanto para iOS.
Qual é o medicamento mais indicado para o tratamento de hipertensão?
Não há um único medicamento que seja mais adequado para o tratamento de hipertensão. Isso porque, cada paciente tem suas especificidades e motivos para o controle da hipertensão.
Há pacientes que, mesmo com níveis de pressão arterial similares, precisam tratar a hipertensão com remédios diferentes. Possíveis interações medicamentosas podem ser um problema, por exemplo.
Por isso, antes de iniciar qualquer tipo de tratamento para hipertensão, o mais indicado é seguir as recomendações médicas.
Embora muitas pessoas compartilhem informações sobre os remédios que tomam, lembre-se que o seu caso pode ser completamente diferente delas.
Efeitos colaterais, superdosagem ou dosagens abaixo do recomendável podem causar sérios transtornos à sua saúde.
Tratamento hipertensão: os medicamentos convencionais são eficazes contra a doença?
Sim. Na maior parte das vezes, os medicamentos tradicionais são suficientes para manter a pressão arterial sob controle. No entanto, muitos deles podem não ser apropriados para o uso de alguns grupos específicos.
Há pessoas que são alérgicas a determinadas substâncias, por exemplo. Outras podem utilizar medicamentos para outras finalidades e passarem por processos de interações medicamentosas.
Outro caso possível de acontecer são os efeitos colaterais, que podem ser bastante danosos à qualidade de vida dos pacientes. Eles costumam surgir principalmente nos pacientes mais vulneráveis ou para aqueles que precisam usar dosagens maiores dos medicamentos.
Em qualquer um desses casos, a primeira providência a ser tomada é consultar o médico responsável pelo tratamento e buscar ajustes. Esses ajustes podem ser feitos tanto com relação a dosagem quanto levar à suspensão da medicação.
Porém, quando a utilização de um remédio para pressão alta é suspensa, deve-se buscar alternativas para que a hipertensão não fique descontrolada. Nesse sentido, outros medicamentos podem ser prescritos.
Qual o primeiro passo no tratamento da hipertensão?
A hipertensão, ou pressão arterial elevada, é uma condição médica comum que pode aumentar o risco de doenças cardíacas, derrame cerebral e outras complicações graves de saúde.
O tratamento da hipertensão depende do grau de gravidade da doença e da presença de outras condições médicas, mas geralmente envolve mudanças no estilo de vida e medicamentos.
O primeiro passo no tratamento da hipertensão é fazer mudanças no estilo de vida.
Isso pode incluir perder peso se estiver acima do peso, ter uma dieta saudável com baixo teor de sódio, fazer exercícios físicos regularmente, reduzir o consumo de álcool e não fumar.
Essas mudanças no estilo de vida podem ajudar a reduzir a pressão arterial em muitos casos.
Se as mudanças no estilo de vida não forem suficientes para controlar a pressão arterial, o médico pode prescrever medicamentos anti-hipertensivos para ajudar a baixar a pressão arterial.
Existem vários tipos de medicamentos anti-hipertensivos disponíveis, e o médico escolherá o melhor para cada paciente com base na gravidade da hipertensão e outras condições médicas.
Em casos graves de hipertensão, pode ser necessário internar o paciente em um hospital para controlar a pressão arterial com medicação intravenosa e monitorar seus sinais vitais.
É importante que os pacientes com hipertensão sigam as recomendações de tratamento do médico e façam o acompanhamento regular com exames de pressão arterial e avaliação médica.
Como é o tratamento para hipertensão na gravidez?
A hipertensão na gravidez é uma condição médica que pode ser grave para a mãe e para o feto e requer acompanhamento médico cuidadoso.
Existem três tipos principais de hipertensão na gravidez: hipertensão crônica, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. O tratamento da hipertensão na gravidez depende do tipo e da gravidade da condição.
O tratamento da hipertensão crônica na gravidez pode envolver mudanças no estilo de vida, como dieta saudável, exercícios físicos e monitoramento cuidadoso da pressão arterial. Em alguns casos, pode ser necessário medicamentos anti-hipertensivos para controlar a pressão arterial.
A pré-eclâmpsia é uma complicação grave da gravidez que pode levar a danos nos órgãos e outras complicações. O tratamento da pré-eclâmpsia pode incluir repouso no leito, medicação anti-hipertensiva e monitoramento cuidadoso da mãe e do feto.
A eclâmpsia é uma condição médica rara e grave que pode ser fatal para a mãe. O tratamento da eclâmpsia geralmente envolve internação hospitalar imediata para controlar a pressão arterial elevada e prevenir convulsões.
Também podem ser necessários medicamentos anti-hipertensivos, anticonvulsivantes e outros tratamentos para gerenciar os sintomas e prevenir complicações. Em alguns casos, pode ser necessário induzir o parto ou fazer uma cesariana para proteger a saúde da mãe e do feto.
É importante que as mulheres grávidas façam o pré-natal regularmente e sigam as recomendações médicas para prevenir e tratar a hipertensão na gravidez.
Mulheres com histórico de hipertensão, diabetes ou outras condições médicas devem ser monitoradas de perto durante a gravidez e receber tratamento adequado, se necessário.
Além disso, as mulheres grávidas devem seguir um estilo de vida saudável, com dieta balanceada, exercícios físicos regulares e abstenção do uso de álcool e tabaco.
A prevenção da hipertensão na gravidez é fundamental para garantir a saúde da mãe e do feto e reduzir o risco de complicações graves.
Medicamentos à base de Cannabis podem ajudar no tratamento para hipertensão?
Os canabinoides são compostos químicos encontrados na planta de Cannabis que têm propriedades medicinais benéficas. Embora ainda haja muita pesquisa a ser feita nessa área, alguns estudos sugerem que os canabinoides podem ajudar no tratamento da hipertensão.
Os canabinoides podem ajudar a baixar a pressão arterial por meio de seus efeitos vasodilatadores, o que significa que eles ajudam a relaxar os vasos sanguíneos e permitir que o sangue flua mais facilmente.
Além disso, os canabinoides também podem ajudar a reduzir a inflamação e o estresse oxidativo, que são fatores que contribuem para a hipertensão.
Os canabinoides atuam sobre os receptores do sistema endocanabinoide, facilitando a regulação de vários processos importantes para o corpo. É graças a esta ação que ajuda na vasodilatação e diminuição da pressão arterial.
Além disso, seus efeitos relaxantes ajudam a acalmar o ritmo cardíaco que pode ser comprometido devido ao estresse e à pressão alta.
No entanto, a hipertensão também pode ser causada por falta de sono, má alimentação, consumo excessivo de álcool e tabaco, colesterol ruim e muito mais!
Os canabinoides também desempenham um papel nesses diferentes elementos, facilitando o adormecer e promovendo um sono mais reparador.
Medicamentos à base de Cannabis e suas substâncias são utilizadas para uma série de condições de saúde, sobretudo porque há evidências científicas que demonstram benefícios.
Confira nos próximos tópicos algumas pesquisas sobre a Cannabis no tratamento da hipertensão:
Estudos que apontam os possíveis benefícios e a segurança no tratamento de hipertensão utilizando Cannabis medicinal
Um estudo realizado por pesquisadores israelenses visou averiguar quais seriam os impactos terapêuticos e efeitos colaterais na prescrição de medicamentos à base de Cannabis medicinal para pacientes com hipertensão.
Para isso, um grupo de 26 pacientes entre 65 e 75 anos foi selecionado para a amostra. Durante o tratamento, que durou 3 meses, foram aferidas informações relevantes dos hipertensos como:
- Monitoramento ambulatorial da pressão arterial 24h;
- Eletrocardiograma;
- Exames de Sangue;
- Medidas antropométricas antes e depois do tratamento.
Após estes três meses, pôde-se verificar uma redução na pressão arterial, tanto sistólica quanto diastólica. A redução foi de 5,00 mmHg na sistólica, enquanto na diastólica a redução foi de 4,5 mmHg.
Outro estudo do Reino Unido (A single dose of cannabidiol reduces blood pressure in healthy volunteers in a randomized crossover study) que encontrou várias evidências positivas teve como base um grupo de 9 voluntários saudáveis do sexo masculino.
O objetivo deste estudo era avaliar a influência do CBD (canabidiol) na redução da pressão arterial em seres humanos.
De acordo com os resultados da pesquisa, houve uma redução relevante da pressão arterial nos indivíduos, sobretudo em momentos de repouso. Os resultados apontaram uma redução de 6 mmHg na pressão diastólica e -8 mmHg da pressão sistólica.
Como iniciar o tratamento para hipertensão com Cannabis?
Para iniciar um tratamento à base de Cannabis ou qualquer outra substância, é necessário buscar ajuda médica.
Assim como no caso de outros medicamentos, o auxílio de um profissional de saúde faz com que o paciente entenda melhor as limitações e aplicações do tratamento, além de prepará-lo e reduzir o risco de efeitos colaterais.
Além disso, para comprar os medicamentos, é necessário que o paciente tenha uma prescrição por profissional. Esta é uma obrigação legal, de acordo com a regulamentação mais recente da ANVISA, a RDC 660.
Para conectar pacientes a médicos com experiência no uso medicinal de Cannabis, o Portal Cannabis & Saúde criou uma plataforma de agendamento de consultas. Clique aqui e agende já a sua consulta com um profissional experiente no tratamento à base de Cannabis!
Então, se você busca fazer o tratamento com Cannabis medicinal para hipertensão, acesse o Portal Cannabis & Saúde e selecione um médico que tenha experiência neste tipo de abordagem terapêutica/ no manejo terapêutico de canabinoides.
Tratamentos complementares para hipertensão
Além dos medicamentos e do uso das substâncias à base de Cannabis para a hipertensão, outras formas de tratamento são menos danosas e podem trazer melhorias na qualidade de vida do hipertenso.
Confira os próximos tópicos:
Dieta para hipertensão
Nós sabemos, absolutamente ninguém (ou quase ninguém) gosta de fazer dietas. No entanto, esse é um dos “remédios” mais fáceis de tomar quando estamos falando do controle da hipertensão.
As dietas devem ser prescritas preferencialmente por uma nutricionista e não devem focar-se na perda de peso (exceto quando esse for um fator agravante para que a pressão esteja em níveis elevados).
Os alimentos devem ser bem distribuídos, conforme a sua necessidade de ingestão calórica e de nutrientes.
Determinados alimentos devem ser evitados, principalmente aqueles que tenham alta concentração de substâncias como:
- Açúcares;
- Sódio;
- Colesterol;
- Gorduras Trans;
- Gorduras saturadas;
- entre outros.
A maior parte dessas substâncias estão presentes em alimentos industrializados e ultraprocessados como defumados, hambúrgueres, chocolates e bebidas açucaradas (sucos e refrigerantes industrializados).
Pratica de exercícios físicos
Outro ponto que já citamos e que tem alta importância para o tratamento da hipertensão é a prática de exercícios e atividades físicas regularmente.
Além de permitir um melhor controle do seu peso, se mover faz com que determinadas substâncias maléficas do corpo possam ser eliminadas por meio do suor.
Os exercícios físicos também são importantes aliados na manutenção da frequência cardíaca em um ritmo adequado, além de evitar não só problemas cardiovasculares como também em outros órgãos e sistemas do corpo humano.
Atividades que ajudam a reduzir o estresse
O estresse também é um fator contribuinte que deve ser reduzido para que se possa evitar a hipertensão.
Adquirir hobbies e realizar atividades que propiciem o bem-estar é uma boa forma de se manter de bom humor e evitar que seu corpo passe por situações de hipertensão.
Esses bons hábitos estão relacionados entre outras coisas com o bom funcionamento das atividades neuronais.
Quando uma pessoa está em uma situação de estresse, os neurotransmissores produzem substâncias que deixam o corpo em estado de alerta – caso da adrenalina, por exemplo.
Essas substâncias podem impactar algumas funções corporais, incluindo o aumento da pressão arterial.
Dúvidas frequentes sobre hipertensão
Ainda que os conceitos de hipertensão possam estar claros para você, algumas dúvidas são bastante pertinentes para pacientes e familiares de alguém com a doença.
Qual é a pressão ideal para cada idade?
Não existe nenhuma tabela que possa ser utilizada como referência cientificamente comprovada sobre a relação entre pressão arterial e idade.
Porém, é sabido que indivíduos mais velhos tendem a ter uma pressão arterial mais alta e por isso alguns médicos podem considerar normais determinados níveis de pressão para esse grupo.
Essa tabela normalmente inicia-se entre os 40 e 50 anos, com a pressão 13 x 9 e subindo 1 unidade a cada faixa etária de 10 anos.
Ou seja:
- 40 a 50 anos: 13 x 9
- 50 a 60 anos: 14 x 10
- 60 a 70 anos: 15 x 11
- 70 a 80 anos: 16 x 12
No entanto, de acordo com instituições como a Sociedade Brasileira de Cardiologia, o ideal é que os médicos avaliem a pressão normal (12 x 8) como referência única.
Como diferenciar pressão alta de ansiedade?
É comum que pessoas em crises ou sob efeitos da ansiedade sintam sintomas similares à hipertensão, inclusive com a elevação temporária ou repentina de seus índices de pressão arterial.
De forma similar ao que já explicamos anteriormente, quando uma pessoa está passando por um evento de ansiedade, os neurotransmissores devem produzir substâncias que deixam o corpo em estado de alerta.
Isso faz com que a pressão arterial se eleve, deixando a pessoa ao mesmo tempo ansiosa e com um alto nível de pressão no fluxo sanguíneo.
Para diferenciar uma coisa da outra, porém, é importante que o paciente e seu médico façam avaliações periódicas da pressão arterial. Essas avaliações devem ser feitas preferencialmente fora do período em que a ansiedade ataca.
Caso o paciente não tenha tido nenhum quadro de ansiedade diagnosticado no dia da medição, mas ainda assim tenha uma pressão arterial elevada, é provável que ele seja uma pessoa hipertensa.
Se o paciente tiver ansiedade e hipertensão, o tratamento deve ser feito com medicações para ambas condições de saúde.
No entanto, o médico deverá avaliar possíveis impactos que os medicamentos podem gerar um no outro, inclusive efeitos colaterais.
Qual o melhor horário para fazer caminhada para quem tem pressão alta?
Não há um único horário que seja o mais adequado para caminhar. O mais importante nesse ponto é fazer atividade física, mantendo a regularidade durante os dias da semana.
No entanto, um estudo da USP que avaliou 50 pessoas hipertensas, apontou que a realização dos exercícios em horários noturnos (entre 18 e 21h) trouxe mais benefícios aos pacientes.
Além da caminhada, médicos costumam recomendar outros tipos de exercícios aeróbicos. Entre eles, podemos destacar a bicicleta ergométrica (ou ciclismo de rua) ou a corrida em níveis moderados.
Jogar futebol e praticar natação também são boas formas de manter a forma e a hipertensão sob controle.
Como é a dor de cabeça de quem tem pressão alta?
As dores de cabeça causadas pela hipertensão estão relacionadas à contração das artérias na região atrás da cabeça.
Essas dores podem causar grande incômodo, inclusive levando o paciente a não conseguir fazer atividades básicas do seu dia a dia.
Ao contrário de outros tipos de cefaléia, a dor não é distribuída por toda a cabeça. Ela normalmente está localizada na região occipital, ou seja, pouco acima da nuca, na parte de trás da cabeça.
Conclusão
Os tratamentos para hipertensão são capazes de controlar a doença e dar uma vida relativamente normal para quem a enfrenta.
É importante que qualquer tipo de tratamento, sobretudo os que demandam uso de medicamentos, sejam individualizados e prescritos por um médico.
Substâncias canabinoides têm surgido como ferramentas de potencial terapêutico no tratamento da pressão alta.
Além de estabilizar a pressão arterial, o seu uso pode se dar de forma complementar a outros tipos de medicação, reduzindo a dosagem destas.
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