Desde que começou o tratamento com Cannabis medicinal, a vida de Laura e sua família deu um salto significativo em qualidade de vida. Diagnosticada com autismo nível 2 de suporte e atraso intelectual aos dois anos, Laura, hoje com sete, enfrentava crises intensas, dificuldades para dormir e isolamento social.
Ao relembrar o passado, a mãe relata: “Foi como um sonho realizado. Eu achei que nunca iria viver isso, porque, às vezes, bate o desespero. Você não sabe se seu filho vai desenvolver, se você vai voltar a dormir. Para nós, mães atípicas, são conquistas imensas”, conta Lucinda Karoline Xavier, mãe da Laura.
A decisão pelo tratamento com Cannabis veio após a orientação do neurologista que acompanha a criança. Após tentativas frustradas com medicações convencionais, o médico sugeriu a terapia com canabinoides.
“A tentativa inicial com medicamentos convencionais causou efeitos adversos e não foi bem-sucedida. Então, quando o neurologista falou da Cannabis, eu e o pai dela já estávamos amadurecendo a ideia,” compartilha a mãe. “Como trabalho na área da saúde, já tinha ouvido falar sobre o assunto, mas fui pesquisar ainda mais e, quando ele propôs, decidimos tentar. Não tive medo.”
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Os primieros sinais de melhora pós tratamento com Cannabis medicinal
Os primeiros sinais de melhora surgiram já no primeiro mês, especialmente no sono de Laura, que costumava ser fragmentado e interrompido. “O primeiro mês foi incrível: ela começou a dormir a noite inteira. Isso já fez toda a diferença”, conta a mãe.
Outro avanço importante foi na questão da autoagressão, um comportamento autolesivo que, para Laura, era uma forma de expressar e regular sensações intensas. “Ela costumava morder as mãos até sangrar, mas isso também mudou após o tratamento,” conta.
A mãe observa ainda que a Cannabis também trouxe avanços no convívio social de Laura. “Antes, a gente não conseguia sair de casa. Coisas simples como ir ao mercado, ao shopping ou jantar fora. Hoje, fazemos essas coisas sem problemas, até conseguimos viajar. Ela até já foi daminha de casamento duas vezes!” diz com orgulho.
Na escola e nas terapias, a evolução de Laura também é considerável. Ela participa de atividades em grupo e interage mais com as outras crianças, algo impensável antes do tratamento. “Antes, a Laura não demonstrava interesse por outras crianças. Agora, ela tem amiguinhos na escola e recentemente participou de um projeto chamado Estante Mágica, em que escreveu um livro. Teve até uma tarde de autógrafos para ela, com a presença dos amigos. Isso não tem preço para mim.”
Após três anos de tratamento, Karoline enumera e compartilha (orgulhosa) todos avanços da filha. “Hoje, ela tem mais independência, começou a usar uma comunicação alternativa, e a primeira vez que ela me chamou de ‘mãe’ foi depois da Cannabis. Foi um momento que jamais vou esquecer. Ver minha filha progredir assim é o meu maior presente”, finaliza.
Importante!
No Brasil, o uso de Cannabis medicinal é legal, desde que prescrito por um profissional de saúde qualificado. Se você está considerando essa opção, é fundamental buscar um especialista nesta área. Em nossa plataforma, você tem acesso a mais de 300 profissionais especializados, com a facilidade de agendar sua consulta online neste link.