O transtorno de humor é uma epidemia silenciosa no Brasil — 86% da população enfrenta alguma dessas condições ao longo da vida.
Depressão, ansiedade, episódios de euforia seguidos de colapsos emocionais… o que está por trás desses distúrbios?
Será que a genética determina quem vai desenvolver um transtorno de humor, ou o ambiente e o estilo de vida têm um peso ainda maior?
Se as emoções ditam o ritmo da sua vida e você quer entender melhor os mecanismos por trás dessas alterações, continue lendo.
Saber reconhecer e tratar um transtorno de humor pode ser a diferença entre viver no automático e retomar o controle da própria mente:
- O que é transtorno de humor?
- Quais são os tipos de transtornos do humor?
- Quais são os sintomas de transtorno de humor?
- Qual a diferença entre bipolaridade e transtorno de humor?
- É possível prevenir transtornos de humor?
- Quais os tratamentos para transtorno de humor?
- Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento de transtorno de humor?
O que é transtorno de humor?
O transtorno de humor representa uma categoria de condições psiquiátricas marcadas por alterações intensas e prolongadas no estado emocional, capazes de comprometer atividades como trabalho, estudos e relacionamentos.
Diferente das flutuações emocionais comuns, o transtorno de humor persiste por semanas ou meses, muitas vezes sem relação clara com eventos externos.
Sua origem está em desequilíbrios neuroquímicos, especialmente em neurotransmissores como serotonina e noradrenalina, combinados com histórico familiar, traumas ou exposição prolongada a ambientes estressantes.
O transtorno de humor pode comprometer múltiplas dimensões da vida. Além do sofrimento emocional, há impactos na memória, na capacidade de planejamento e na tomada de decisões.
Em casos graves, até tarefas básicas — como levantar da cama ou preparar uma refeição — tornam-se esforços sobre-humanos.
Vale destacar que o transtorno de humor não é homogêneo. Subtipos como depressão maior, distimia (depressão crônica leve) e transtorno disfórico pré-menstrual variam em intensidade e duração.
Por exemplo, na distimia, os sintomas são menos intensos, mas se arrastam por anos. Já no transtorno afetivo sazonal, a depressão surge em padrões cíclicos, geralmente associados à redução de luz solar.
Apesar das diferenças, todos compartilham a característica de desequilibrar a capacidade de vivenciar emoções de forma adaptativa.
Por fim, o transtorno de humor frequentemente coexiste com outras condições, como ansiedade ou transtornos alimentares, complicando o quadro clínico.
Essa comorbidade não é coincidência: desregulações neuroquímicas subjacentes ao transtorno de humor afetam sistemas múltiplos, criando um efeito dominó no organismo.
Reconhecer essa complexidade é importante para desmistificar a ideia de que se trata de “fraqueza emocional” — estamos falando de uma condição multifatorial, que exige abordagens tão diversas quanto suas causas.
Quais são os tipos de transtornos do humor?
Os transtornos de humor se dividem em categorias distintas, cada uma com características próprias que definem sua gravidade, duração e padrão de sintomas.
Essa classificação não é meramente técnica, pois algumas formas envolvem oscilações extremas, enquanto outras se manifestam como um estado crônico de desânimo, quase imperceptível para quem observa de fora.
O que une todos os tipos de transtorno de humor é a interferência na capacidade de regular emoções, gerando respostas desproporcionais a estímulos cotidianos.
Confira abaixo alguns dos tipos de transtorno de humor mais prevalentes:
1. Transtorno Depressivo Maior (TDM)
O Transtorno Depressivo Maior é uma das categorias mais graves de transtorno de humor, marcado por episódios depressivos intensos que duram no mínimo duas semanas.
O TDM envolve uma sensação persistente de vazio ou desesperança, desconectada de eventos externos.
A condição altera a química cerebral, reduzindo a disponibilidade de neurotransmissores como serotonina e noradrenalina, essenciais para o equilíbrio emocional e a regulação do sono.
Neste transtorno de humor, os pacientes sofrem fortemente de anedonia — incapacidade de sentir prazer em atividades antes gratificantes. Hobbies, interações sociais e até cuidados básicos de higiene perdem significado.
Paralelamente, sintomas físicos como fadiga debilitante e dores musculares sem causa aparente são comuns.
O TDM também afeta a cognição. Lentidão mental, dificuldade de concentração e lapsos de memória frequentes tornam tarefas simples — como ler um e-mail ou seguir uma receita — desgastantes.
Em casos graves, há prejuízos na fala: o indivíduo demora mais para formular frases ou encontrar palavras. Esses sinais muitas vezes são mal interpretados como falta de empenho, mas refletem alterações objetivas na função cerebral.
O transtorno depressivo maior pode surgir em qualquer fase da vida, mas é mais prevalente entre jovens adultos. Fatores como isolamento social, histórico de abuso ou perdas aumentam o risco.
Curiosamente, o TDM tem sido associado a alterações no eixo HPA (hipotálamo-hipófise-adrenal), responsável pela resposta ao estresse.
Quando hiperativo, esse sistema libera cortisol em excesso, danificando neurônios em regiões importantes para a memória.
2. Transtorno bipolar
O transtorno bipolar é um subtipo de transtorno de humor caracterizado pela alternância entre episódios depressivos e maníacos (ou hipomaníacos).
A depressão na bipolaridade assemelha-se ao TDM, seguida por uma fase de mania, onde o paciente vive com energia excessiva, autoconfiança inflada e redução da necessidade de sono.
A transição entre os polos não segue uma lógica externa, sendo desencadeada por desequilíbrios neuroquímicos, especialmente na dopamina.
Durante a mania, o indivíduo pode assumir comportamentos de risco, como gastos financeiros impulsivos, investimentos irracionais ou promiscuidade sexual.
Essas ações são acompanhadas por pensamentos acelerados e fala pressionada — a pessoa interrompe conversas, muda de assunto abruptamente e tem dificuldade de manter o foco.
A euforia inicial dá lugar à irritabilidade quando os planos são contrariados, gerando conflitos interpessoais intensos.
A hipomania, uma forma mais leve de mania, é igualmente perigosa. Embora menos disruptiva, ela mascara a gravidade do transtorno de humor, pois o indivíduo pode parecer apenas “produtivo” ou “extrovertido”.
Entre os episódios, muitos com transtorno bipolar experimentam períodos de relativa estabilidade.
A condição está ligada a alterações no sistema límbico, responsável pelo processamento emocional, e no córtex orbitofrontal, que regula a tomada de decisões.
3. Transtorno depressivo persistente (Distimia)
O transtorno depressivo persistente, também chamado de distimia, é uma forma crônica de transtorno de humor caracterizada por um estado de desânimo constante, que persiste por pelo menos dois anos.
A distimia é marcada por sintomas mais leves de depressão, porém contínuos, que se infiltram silenciosamente na rotina.
A condição muitas vezes é subestimada, pois os indivíduos mantêm funcionalidade básica, mesmo sofrendo com sintomas velados.
A principal característica desse transtorno de humor é a “baixa luminosidade emocional”. Ou seja, a pessoa não vive com tristeza profunda, mas uma insatisfação crônica, como se vivesse sob uma névoa cinzenta.
Atividades cotidianas — como trabalhar ou cuidar da casa — são realizadas com esforço excessivo, e pequenos obstáculos parecem intransponíveis.
A fadiga também é comum neste transtorno de humor, mesmo após horas de repouso, e a autoestima permanece fragilizada, independentemente de conquistas externas.
Cognitivamente, a distimia corroi a capacidade de projetar o futuro. Metas pessoais ou profissionais perdem sentido, e o indivíduo passa a adotar uma postura resignada, como se a melhora fosse impossível.
Curiosamente, a distimia frequentemente coexiste com outros transtornos de humor ou de personalidade.
Estudos sugerem que a exposição prolongada a ambientes críticos ou emocionalmente frios durante a infância pode moldar padrões neurais que predispõem à condição.
Além disso, alterações nos níveis de BDNF, proteína ligada à saúde neuronal, são mais comuns nesse transtorno de humor, explicando parte da resistência a mudanças positivas.
4. Transtorno afetivo sazonal (TAS)
O transtorno afetivo sazonal é uma forma de transtorno de humor que segue um padrão cíclico, surgindo em épocas específicas do ano — geralmente no outono e inverno — e dissipando-se na primavera.
A redução da luz solar é o gatilho central, desencadeando alterações neuroquímicas que afetam o ritmo circadiano e a produção de serotonina.
A falta de luz solar interfere na glândula pineal, que regula a melatonina, hormônio responsável pelo sono. No TAS, a produção excessiva de melatonina durante o dia causa sonolência e letargia, mesmo em horários inadequados.
Paralelamente, a diminuição da serotonina — neurotransmissor associado ao bem-estar — leva a desejos intensos por carboidratos, resultando em ganho de peso e culpa posterior.
O TAS também causa “hibernação social”: o indivíduo tende a evitar encontros e reduzir atividades ao ar livre, mesmo que antes apreciasse essas interações.
Vale destacar que o TAS não se limita a países com invernos rigorosos. Mesmo variações modestas na luminosidade — como períodos prolongados de chuva — podem desencadear sintomas.
O transtorno de humor sazonal também pode manifestar-se de forma atípica em alguns casos, com quadros de insônia e agitação no verão, embora isso seja menos comum.
Quais são os sintomas de transtorno de humor?
O transtorno de humor se manifesta de formas heterogêneas: algumas pessoas enfrentam apatia profunda, outras sofrem irritabilidade constante.
Sinais físicos, como dores musculares sem causa orgânica ou alterações digestivas, também são comuns.
Paralelamente, a hipersensibilidade a críticas ou rejeição pode levar a respostas emocionais exageradas, criando ciclos de conflitos em ambientes familiares ou profissionais.
Outros sintomas do transtorno de humor também são comuns:
- Apatia persistente: Falta de interesse em atividades antes essenciais, como hobbies ou interações sociais;
- Alterações psicomotoras: Movimentos lentos ou, ao contrário, agitação constante (como balançar as pernas sem controle);
- Disfunção cognitiva: Dificuldade para concentrar-se em textos ou filmes, mesmo com esforço consciente;
- Hipersonia ou insônia: Sono excessivo durante o dia ou incapacidade de dormir à noite, mesmo com cansaço físico;
- Variações extremas de apetite: Desde perda total de fome até compulsões por doces ou carboidratos;
- Sintomas somáticos: Dores de cabeça frequentes, tensão muscular crônica ou problemas gastrointestinais sem diagnóstico médico;
- Sentimento de culpa irracional: Autocobrança exagerada por erros mínimos ou situações fora de controle;
- Pensamentos catastróficos: Expectativa constante de que eventos negativos ocorrerão, mesmo sem evidências.
Qual a diferença entre bipolaridade e transtorno de humor?
A bipolaridade integra o espectro do transtorno de humor, mas diferencia-se por incluir episódios maníacos ou hipomaníacos.
O transtorno de humor pode limitar-se a oscilações depressivas (como na depressão recorrente), mas a bipolaridade exige a ocorrência de pelo menos um episódio de euforia extrema, com duração mínima de sete dias.
Durante a mania, comportamentos de risco — gastos excessivos, impulsividade sexual — são frequentes e costumam deixar consequências duradouras.
Porém, no transtorno de humor não bipolar, as mudanças são menos abruptas e não atingem a intensidade da fase maníaca.
Por exemplo, na distimia, uma forma crônica de depressão, o humor permanece baixo por anos. Já na ciclotimia, um subtipo de bipolaridade, os altos e baixos são suaves, ainda que sigam um padrão cíclico.
Diferenças neuroanatômicas também separam as condições. Ressonâncias magnéticas revelam que, na bipolaridade, há redução no volume da amígdala cerebral, área ligada ao processamento de emoções.
Em outros transtornos de humor, como a depressão maior, o hipocampo — relacionado à memória — tende a ser menor.
Essas distinções explicam por que medicamentos estabilizadores de humor funcionam melhor na bipolaridade, enquanto antidepressivos são indicados para depressão unipolar.
É possível prevenir transtornos de humor?
A prevenção de transtornos de humor não garante imunidade, mas reduz drasticamente o risco, principalmente para quem tem histórico familiar ou exposição a fatores estressores crônicos.
Ela começa com o monitoramento de sinais precoces, como alterações no sono ou irritabilidade persistente, permitindo intervenções antes que os sintomas se consolidem.
Manter um diário emocional ajuda a reconhecer flutuações fora do comum, funcionando como um termômetro pessoal para o transtorno de humor.
A nutrição está intimamente ligada com a prevenção do transtorno de humor. Dietas ricas em ômega-3 (presente em peixes como salmão) e vitamina D estão associadas à modulação de neurotransmissores de serotonina.
Deficiências nutricionais, principalmente em zinco e magnésio, podem agravar a vulnerabilidade ao transtorno de humor.
A exposição à luz natural também é um fator preventivo subestimado. A luz solar regula a produção de melatonina e serotonina, influenciando diretamente o ritmo circadiano.
Pessoas que trabalham em ambientes fechados ou em turnos noturnos têm maior risco de desenvolver transtorno de humor, especialmente em regiões com pouca luminosidade no inverno.
Ou seja, mantendo todos esses fatores em controle, é pouco provável que o indivíduo desenvolva um transtorno de humor, ainda que essa possibilidade exista.
Quais os tratamentos para transtorno de humor?
O tratamento do transtorno de humor é personalizado, já que a mesma condição pode se manifestar de formas opostas em diferentes pessoas.
Normalmente, combina-se intervenções que atuem em múltiplas frentes: biológica, psicológica e social.
Um erro comum é acreditar que apenas medicamentos ou terapia resolvem isoladamente, quando a integração entre métodos costuma gerar os melhores resultados.
Contudo, a adesão ao tratamento é um desafio comum. Sintomas como desesperança ou falta de energia podem minar a consistência nas intervenções. É por isso que o grau de refratariedade nessas condições é alto.
Em todo caso, os tratamentos para transtorno de humor envolvem:
1. Terapia e acompanhamento psicológico
A terapia psicológica é uma das abordagens mais eficientes para lidar com o transtorno de humor. O grande objetivo é identificar padrões de pensamento distorcidos, como o hábito de sempre esperar o pior ou generalizar problemas.
Em vez de cair na armadilha da ruminação, a pessoa aprende a interromper esse ciclo antes que ele se torne paralisante.
Mas não se trata de simplesmente “pensar positivo”. A terapia ensina a enxergar os pensamentos negativos pelo que eles realmente são: eventos passageiros, e não verdades absolutas.
Exercícios de mindfulness também entram nessa equação, ajudando a aumentar a consciência sobre o próprio corpo e a frear a autocrítica excessiva.
Já a terapia psicodinâmica segue um caminho diferente. Em vez de exercícios estruturados, ela investiga como experiências passadas e conflitos inconscientes influenciam emoções no presente.
Muitas vezes, sintomas como culpa crônica estão enraizados em dinâmicas familiares antigas, e entender essa conexão ajuda a construir respostas mais saudáveis às dificuldades do dia a dia.
2. Mudanças no estilo de vida
Cuidar da saúde mental vai muito além do consultório. Pequenos ajustes na rotina também influenciam na regulação do humor e na prevenção de recaídas. Para começar, você pode:
- Evitar a luz antes de dormir: Ela sabota a produção de melatonina e bagunça o sono — algo que uma pessoa com transtorno de humor não pode ignorar. Trocar o celular por um livro físico antes de dormir ajuda a regular o relógio biológico e a garantir um descanso de qualidade;
- Praticar atividades físicas: E não precisa virar atleta para sentir os benefícios da atividade física. Caminhadas em áreas verdes já são suficientes para liberar endorfinas, reduzir o cortisol e fortalecer conexões cerebrais ligadas ao controle emocional;
- Ter uma boa alimentação: O intestino é um segundo cérebro, produzindo até 90% da serotonina do corpo. Então, incluir alimentos ricos em probióticos, como iogurte natural e kombucha, ajuda a equilibrar a microbiota e estabilizar o humor;
- Cultivar hobbies que exigem foco manual: Jardinagem, pintura ou até quebra-cabeças funcionam como uma âncora emocional. Essas atividades afastam a mente das preocupações e reforçam a sensação de competência, algo essencial para quem lida com oscilações de humor.
3. Tratamento com medicamentos
Nem sempre mudanças na rotina e terapia são suficientes. Em alguns casos, o uso de medicamentos se torna necessário para equilibrar os neurotransmissores e estabilizar o humor.
Os antidepressivos inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRSs) são os mais usados na depressão, enquanto os estabilizadores de humor, como o lítio, são importantes no tratamento do transtorno de humor bipolar.
Além de equilibrar o humor, esses fármacos regulam a expressão de genes ligados à plasticidade neuronal, evitando danos causados por episódios repetidos de mania ou depressão profunda.
Já os antipsicóticos atípicos, como a quetiapina, entram em cena quando há sintomas mais intensos, como agitação extrema ou pensamentos acelerados.
Como regulam tanto a serotonina quanto a dopamina, ajudam a recuperar o equilíbrio emocional. Efeitos colaterais, como sonolência ou ganho de peso, são ajustáveis com dosagens personalizadas.
E a personalização do tratamento está avançando. A farmacogenética já permite identificar, por meio de testes genéticos, como cada organismo metaboliza os remédios.
Isso reduz a incidência de transtornos de humor refratários e aumenta a chance de encontrar a medicação ideal rapidamente.
Como a Cannabis medicinal pode ajudar no tratamento de transtorno de humor?
Há também os tratamentos adjuvantes para transtorno de humor, como o uso de derivados da Cannabis.
A respeito disso, um estudo publicado no Journal of Medical Cannabis & Cannabinoids investigou os efeitos da Cannabis medicinal em 103 pacientes com transtorno de humor.
Os participantes, todos acima de 18 anos, foram acompanhados por três meses e relataram mudanças em sua qualidade de vida por meio de pesquisas eletrônicas a cada 30 dias.
A amostra incluiu pacientes com condições como dor crônica (44,9%), ansiedade (47,2%), dependência de opioides e TEPT (grupos que usaram THC em concentrações maiores).
Todos receberam Cannabis medicinal conforme prescrição médica, com modos de administração variados (inalação, ingestão, sublingual).
Após 30 dias, 73% tiveram melhora na saúde geral, com destaque na redução da dor e aumento de energia. Sintomas como fadiga e limitações emocionais diminuíram, embora quem consumiu álcool tenha tido menor progresso.
Efeitos adversos foram frequentes, mas não graves: boca seca (75,7%) e aumento do apetite lideraram as queixas. Não houve diferenças entre métodos de uso ou frequência.
Os pesquisadores acreditam que esses efeitos são resultados da interação entre os compostos da Cannabis e o sistema endocanabinoide, uma rede de receptores espalhados pelo cérebro, sistema nervoso e órgãos periféricos.
Esse sistema regula funções como humor, sono e resposta à dor, justificando por que a Cannabis medicinal impacta múltiplas dimensões do transtorno de humor.
O THC, principal composto psicoativo da planta, ativa receptores CB1 no cérebro, modulando a liberação de neurotransmissores como serotonina e dopamina — ambos ligados à sensação de estabilidade emocional.
Já o CBD, outro canabinoide, bloqueia a degradação da anandamida, um endocanabinoide natural que reduz a ansiedade e inflamação.
Já para quem enfrenta TEPT, a modulação do sistema endocanabinoide ajuda a dessensibilizar memórias traumáticas armazenadas e diminuir pesadelos.
Conclusão
O transtorno de humor nem sempre segue um padrão previsível. Para alguns, é uma montanha-russa diária. Para outros, um estado de apatia que nunca passa.
Muitas pessoas têm encontrado na Cannabis um caminho para lidar com essas oscilações efetivamente e com menos efeitos adversos.
Então, se você está em busca de um tratamento que faça sentido para a sua realidade, converse com um especialista em medicina canabinoide.
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