A tireoide é uma das glândulas mais importantes do corpo humano e uma série de processos orgânicos depende do seu bom funcionamento.
O que vale para ela é o equilíbrio, ou seja, se trabalha em excesso, provoca complicações da mesma forma que ocorre quando age mais devagar.
Um dos problemas de saúde mais recorrentes relacionados à tireoide é o hipotireoidismo (bócio), cuja causa é a produção insuficiente de hormônios.
Em alguns casos, essa questão está ligada à baixa ingestão de iodo, um mineral essencial para o bom funcionamento da glândula.
Na primeira metade do século passado, a situação ficou tão séria que levou o governo a criar uma lei obrigando fabricantes de sal a adicionar iodo ao produto.
O resultado dessa medida é que os casos de bócio caíram de 20,7% das crianças recém-nascidas em 1955 para apenas 1,4% em 2000.
Por outro lado, não é somente a ingestão de iodo que pesa para a saúde da tireoide.
Acompanhe os tópicos a seguir e entenda o que está em jogo quando se trata dessa glândula fundamental para o nosso bem-estar.
Veja, ainda, como o canabidiol (CBD) se candidata a oferecer uma solução terapêutica eficaz e segura nesses casos.
O que é a tireoide?
A glândula tireoide localiza-se no pescoço, logo abaixo da região conhecida como “pomo de Adão”, ou gogó, como é popularmente chamada.
Ela tem um formato parecido com o de uma borboleta e sua atuação é indispensável para regular o crescimento e até os ciclos menstruais.
Quando a tireoide não trabalha bem, ocorrem diversas modificações no corpo e, com isso, podem surgir problemas de saúde.
Alterações no peso e cansaço são as mais frequentes, podendo também provocar mudanças de humor, déficit de memória e até falta de libido.
Portanto, é essencial cuidar bem da saúde para que a glândula funcione sempre adequadamente.
Se a tireoide não está em sua melhor forma, é possível que a pessoa desenvolva até mesmo problemas cardíacos, como comprova uma pesquisa da Universidade de Harvard.
Como veremos a seguir, a glândula exerce funções vitais e, por isso, sua desregulação é a causa de outros transtornos, alguns bastante graves.
Qual é a função da tireoide?
O papel principal da tireoide é atuar como reguladora das funções vitais de órgãos como rins, fígado, coração e até do cérebro.
Ela faz isso por meio da produção de dois hormônios, a triiodotironina (T3) e a tiroxina (T4).
A falta de T3 pode levar a transtornos como a exoftalmia e problemas de visão, além do bócio.
Afora a tireoide, ele também é secretado pelo fígado e pelos músculos a partir do hormônio T4.
Proporcionalmente, a glândula produz cerca de 30% de T3 e os outros 70% de T4.
Ela também gera o chamado T3 reverso (rT3) que, diferentemente do T3 e do T4, não apresenta atividade no metabolismo, servindo mais como um sinalizador para algumas doenças.
Para produzir esses hormônios, a tireoide sintetiza o iodo ingerido na dieta, com o qual fabrica os precursores do T3 e T4.
A glândula é tão importante que influencia até mesmo em nossa estabilidade emocional, além do seu papel central para a saúde como um todo.
Veja, a seguir, que tipo de problemas acontecem quando ela não está em equilíbrio.
Quais são as principais doenças que podem atingir a tireoide?
Quando a produção hormonal na tireoide se encontra abaixo dos níveis ideais, a pessoa desenvolve o hipotireoidismo, ou bócio.
Nessa condição, o pescoço fica inchado, como uma grande papada.
Já a produção hormonal acima dos níveis tolerados leva o indivíduo a desenvolver o hipertireoidismo.
Nesse caso, a pessoa passa a se sentir agitada, tem dificuldade para dormir, perde peso e pode ter taquicardia.
Dessa forma, a produção de hormônio abaixo ou acima do normal pode levar a problemas de saúde indiretos.
As disfunções da tireoide podem acontecer em qualquer faixa etária e atingem a todas as etnias e a ambos os gêneros.
Há, inclusive, casos em que o hipotireoidismo não é acompanhado de bócio.
Portanto, todo cuidado é válido para evitar as doenças que surgem em virtude do desequilíbrio da tireoide, uma vez que elas podem se manifestar silenciosamente.
Confira a seguir como cada uma delas normalmente se apresenta.
Hipertireoidismo
O excesso de atividade da tireoide leva ao hipertireoidismo (CID 10 – E05), condição em que os níveis de hormônios T3 e T4 sobem acima do normal.
Assim sendo, a primeira consequência é a aceleração de certas funções corporais, com aumento na frequência cardíaca e pressão arterial.
A pessoa com hipertireoidismo pode perder peso facilmente, mesmo que não faça nada com esse objetivo.
Sabe-se que a causa mais recorrente dessa enfermidade é a doença de Graves, uma condição autoimune em que as defesas do organismo passam a atacar a tireoide.
Ela também pode ser provocada por processos inflamatórios, ingestão de iodo em excesso e por tumores não cancerígenos na região da glândula.
No seu tratamento, pode ser prescrito iodo radioativo com o objetivo de esgotar a tireoide e, assim, cessar a produção de hormônios em demasia.
No entanto, em casos mais agudos pode ser indicada intervenção cirúrgica.
O hipertireoidismo é, em geral, uma condição crônica, demandando, por isso, acompanhamento médico por toda a vida.
Hipotireoidismo
Já o hipotireoidismo (CID 10 – E03) tem características opostas às do hipertireoidismo.
Se, nos casos em que a tireoide trabalha demais, o organismo se acelera, quando ela trabalha menos, o ritmo das reações também cai.
É por isso que as pessoas que desenvolvem bócio apresentam lentidão na fala, suas pálpebras caem e o rosto fica inchado.
Embora seja uma condição que possa afetar a todos, ela é mais frequente em idosos, sobretudo mulheres.
Em sua versão mais grave, essa doença é conhecida como mixedema, cuja principal característica é o inchaço nas pálpebras abaixo dos olhos.
Há, ainda, o hipotireoidismo primário, causado especialmente pela chamada tireoidite de Hashimoto, na qual a glândula vai sendo destruída aos poucos.
Já o hipotireoidismo secundário ocorre quando a hipófise deixa de secretar o TSH (ou o faz em quantidade insuficiente), o hormônio responsável por estimular o funcionamento da tireoide.
De qualquer forma, são muito mais frequentes os casos do tipo primário, que também pode ser causado por inflamações, falta de iodo e exposição à radiação.
Quais são os sintomas de hipertireoidismo e hipotireoidismo?
Ambas as doenças costumam se manifestar por uma ampla gama de sintomas peculiares.
Como vimos, no caso do hipertireoidismo, o mais evidente deles é a perda de peso não intencional.
No entanto, para algumas pessoas, os sinais do hipertireoidismo podem aparecer mais lentamente.
Por isso, é preciso ter atenção a sintomas como:
- Ansiedade
- Cansaço
- Irritabilidade
- Palpitação
- Sede constante
- Mudanças de humor
- Tremor
- Diarreia
- Coceira
- Queda de cabelo
- Falta de interesse sexual
- Modificação no movimento dos intestinos
- Fraqueza muscular
- Falta de ar
- Intolerância ao calor
- Transpiração intensa.
Em compensação, o hipotireoidismo apresenta sintomas que evidenciam a lentidão do metabolismo.
Tal como no hipertireoidismo, eles podem aparecer mais lentamente ou se desenvolver com mais rapidez, com destaque para:
- Dores nas articulações
- Pele seca
- Queda de cabelo
- Mudança na voz
- Cansaço
- Unhas fracas
- Cãibras
- Constipação
- Distúrbios de sono
- Sobrepeso
- Problemas de memória
- Alterações no ciclo menstrual
- Depressão.
Nos casos mais graves, o hipotireoidismo não tratado pode evoluir para um quadro de anemia e insuficiência cardíaca.
Além disso, o paciente pode chegar ao coma mixedematoso, em que há convulsões, a respiração fica lenta e o fluxo de sangue para o cérebro é reduzido.
Ainda que os problemas na tireoide sejam em alguns casos ligados a doenças como a de Graves e a tireoidite de Hashimoto, eles também podem ser causados por outros fatores, como destacamos no tópico a seguir.
O que pode causar essas doenças na tireoide?
A doença de Graves é uma das principais causas do hipertireoidismo, que se caracteriza pelo aumento no volume da glândula (por isso, o exame tátil é tão importante) e, em alguns casos, pode ocasionar a protusão dos olhos, que ficam saltados.
Outra possível origem é o bócio multinodular tóxico, em que o inchaço da tireoide é provocado por nódulos que se acumulam, sendo mais comum em homens acima dos 50 anos.
O hipertireoidismo pode ser causado também por:
- Tireoidite subaguda, cuja característica é a inflamação dolorosa da tireoide
- Nódulo tóxico, em que a superprodução é causada por um único nódulo
- Tireoidite silenciosa que, assim como a subaguda, é acompanhada de dor
- Tireoidite pós-parto, hipertireoidismo que afeta mulheres alguns meses após o parto, sendo prevalente em até 10% dos casos
- Superdosagem de hormônio tireoidiano
- Ingestão excessiva de iodo.
No caso do hipotireoidismo, além das causas já citadas no tópico em que apresentamos a doença, destacam-se outras duas origens bastante peculiares.
Curiosamente, uma delas é o tratamento contra o hipertireoidismo que, em alguns casos, pode reverter a produção de hormônios a tal ponto que ela se torna insuficiente.
Outra é o tratamento do câncer da tireoide, no qual a medicação prescrita também pode levar a um quadro de insuficiência hormonal.
Quais exames são realizados para diagnosticar hipertireoidismo e hipotireoidismo?
Felizmente, o diagnóstico de problemas na tireoide é simples.
Para tanto, o médico indica apenas um exame de sangue para medir os níveis dos hormônios T3 e T4 no sangue.
Antes disso, o profissional de saúde faz uma inspeção visual para avaliar a presença de algum sintoma físico da doença.
Outra forma de detectá-la é tomando o pulso da pessoa. Se estiver muito lento, é possível que haja alguma disfunção na glândula.
Há, ainda, casos em que se faz necessário um segundo exame de sangue para detecção de TSH, o hormônio secretado pela hipófise para estimular o funcionamento da tireoide.
O que é o canabidiol e como ele pode tratar as doenças da tireoide?
O tratamento para os problemas da tireoide podem, em alguns casos, apresentar efeitos indesejáveis, considerando a reação do organismo à radiação, por exemplo.
Desse modo, médicos endocrinologistas vêm aderindo ao canabidiol (CBD) como substituto para os medicamentos convencionais.
O CBD é um dos canabinoides encontrados nas plantas do gênero Cannabis, sendo um dos mais poderosos em termos medicinais.
Ele age no organismo pelo sistema endocanabinoide (SEC), cuja principal atribuição é manter a estabilidade das funções corporais.
Lembre-se do que destacamos no início deste texto: uma tireoide saudável é aquela cuja produção hormonal está em equilíbrio.
Sendo assim, a ação do CBD no organismo explica o sucesso dos tratamentos realizados à base dessa substância nos distúrbios dessa glândula.
Entenda como isso acontece nos tópicos a seguir.
Como o canabidiol age no organismo?
O sistema endocanabinoide é uma espécie de rede de transmissores que se ligam às células dos tecidos e órgãos humanos para restabelecer a homeostase.
Ele age por meio de dois receptores, o CB1 e CB2, que, por sua vez, se conectam aos agonistas anandamida e 2-AG.
A partir dessas interações, ele pode estimular ou travar certas reações bioquímicas, contribuindo para a melhora no estado de saúde.
No caso dos problemas da tireoide, ele ajuda a reequilibrar a produção hormonal ou, se necessário, a do hormônio TSH.
Embora esse tipo de ação não seja ainda 100% comprovada cientificamente, a ciência tem evoluído no sentido de determinar de que forma o CBD atua para tratar dessas questões.
Qual é o posicionamento da Anvisa quanto ao uso do canabidiol para tratar a tireoide?
Até 2015, o canabidiol encontrava-se na lista de substâncias proibidas no Brasil, não sendo, portanto, possível utilizá-lo no tratamento dos problemas da tireoide.
Isso mudou quando a Anvisa publicou a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 3 e, em na sequência, a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) Nº 17.
A primeira tirou o CBD da relação de substâncias proibidas, incluindo-o na lista de fármacos C1, em que estão os remédios de uso controlado.
Na segunda, a entidade definiu os critérios para sua importação.
Já em 2019, o órgão de vigilância sanitária publicou a RDC Nº 327, em que determina os requisitos para a venda e distribuição de produtos de Cannabis medicinal no Brasil.
A mais recente das resoluções da Anvisa é a RDC Nº 335/2020, na qual a agência dá mais detalhes e facilita para que o paciente possa realizar a importação de produtos à base de CBD.
Quais são os efeitos colaterais do uso do canabidiol no tratamento da tireoide?
Dependendo da causa, o tratamento da tireoide pode levar a efeitos colaterais bastante indesejados.
Nesse aspecto, o canabidiol vem se mostrando um aliado poderoso, porque, normalmente, suas reações adversas são mínimas.
Ainda que sejam necessários estudos mais conclusivos, com o que já se sabe, é possível dizer com segurança que se trata de uma substância de baixo risco.
É o que diz, por exemplo, a Organização Mundial de Saúde (OMS) em seu Critical Review Report sobre o CBD, onde destaca que o composto é bem tolerado e apresenta um perfil seguro.
Quais são as principais vantagens do tratamento da tireoide com canabidiol?
Por todas as características expostas, o CBD pode ser apontado como uma opção viável e vantajosa para tratar da tireoide, em comparação com os fármacos convencionais.
Além dos poucos efeitos adversos, trata-se de uma substância natural e que pode, em alguns casos, gerar resultados com incrível rapidez.
O canabidiol é, ainda, um potente analgésico, podendo aliviar as dores causadas pelo inchaço da tireoide.
Como também ajuda a regular o sono, pode ser indicado para quem sofre de hipertireoidismo, combatendo a agitação e a insônia.
Isso sem falar nos seus efeitos ansiolíticos, já que não é de hoje que o canabidiol é usado para tratar distúrbios de humor e a ansiedade.
Como comprar canabidiol no Brasil?
Embora o CBD esteja na lista de substâncias controladas desde 2015, ainda são poucas as opções de medicamentos contendo o composto no mercado nacional.
Por isso, na maioria dos casos, a melhor alternativa para obtê-los é pela via da importação ou, em situações mais críticas, pelo cultivo de Cannabis autorizado pela Justiça.
No entanto, para importar canabidiol, é preciso ter a permissão da Anvisa, que realiza os trâmites online pelo portal do Governo Federal.
Nesse processo, o documento mais importante a ser apresentado é a receita médica, sem a qual não será possível dar entrada no pedido de compra.
Assim, para conseguir a prescrição, é necessário encontrar um médico adepto ao CBD.
Sabendo da dificuldade nesse ponto, o portal Cannabis & Saúde disponibiliza uma lista de profissionais, classificados conforme especialidade e localização, possibilitando o agendamento da consulta, seja online, seja presencial.
Com a receita em mãos, você terá duas opções.
Uma é dar entrada no pedido de importação de maneira independente, tendo que superar eventuais dificuldades burocráticas.
A outra é recorrer ao serviço de concierge da TegraPharma, pelo qual a empresa cuida do processo desde a autorização da importação do produto junto a Anvisa, a compra e entrega do produto na casa do paciente, para a sua total comodidade.
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Conclusão
O desequilíbrio da tireoide pode representar um sério risco à saúde se não for tratado da maneira correta.
Em contrapartida, alguns tratamentos apresentam efeitos colaterais que, na verdade, podem até piorar um quadro de hipo ou hipertireoidismo.
Para evitar isso, o CBD é a alternativa mais segura, em virtude dos fatores que você conheceu ao longo deste conteúdo.
Acompanhe sempre os artigos e as notícias publicadas no portal Cannabis & Saúde, sua fonte de informação confiável sobre a medicina canabinoide.