Os tumores malignos, ou cânceres, apresentam uma grande variedade de formas, origens e comportamentos. Compreender os diferentes tipos de tumores é importante não apenas para a identificação precoce, mas também para a escolha do tratamento mais eficaz.
Neste texto, vamos mostrar os vários tipos de tumores malignos, suas características, locais de origem e os diversos caminhos terapêuticos que podem ser utilizados para combatê-los.
Por aqui, você vai encontrar:
- Qual a diferença entre tumores malignos e benignos?;
- Tipos de tumores malignos;
- Sintomas mais comuns de tumores malignos;
- O que pode causar um tumor maligno?;
- Quais os estágios dos tumores malignos?;
- Diagnóstico e tratamento dos tumores malignos;
- A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento de tumores malignos?;
- Dúvidas frequentes sobre tumores malignos.
Confira!
Qual a diferença entre tumores malignos e benignos?
Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, tumor e câncer são coisas diferentes. Apesar de às vezes serem cancerígenos, os tumores são, na verdade, um crescimento anormal de células em qualquer parte do corpo.
Os chamados tumores benignos, que não são cancerígenos, crescem lentamente, de maneira organizada e com limites bem definidos. Eles se apresentam na forma de lesões na pele, pólipos ou miomas.
Já os tumores malignos são aqueles que ocorrem quando as células começam a se multiplicar de forma desordenada e fora de controle.
São tumores que apresentam crescimento rápido, podendo se espalhar pelo corpo do indivíduo e seus tecidos. Suas células podem ter núcleos grandes e escuros, além de formatos anormais. Esse tumor é o que chamamos de câncer.
Tipos de tumores malignos
Existem diversos tipos de tumores malignos, cada um pode aparecer em uma parte do corpo e eles têm características que os diferenciam uns dos outros. Confira a seguir quais são os principais tipos.
Carcinomas
Os carcinomas são um tipo de tumor maligno que têm origem em células epiteliais que revestem a pele ou órgãos internos. Como exemplo, podemos citar o câncer de pulmão, mama, próstata, cólon e, claro, de pele. Esse é o principal tipo de câncer e corresponde a mais de 80% dos casos.
Os carcinomas também têm alguns subtipos, como o adenocarcinoma, carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular, dentre outros.
Linfomas e mielomas
O linfoma é um tipo de câncer que tem origem no sistema linfático, que é composto por uma rede de órgãos, tecidos e vasos linfáticos que ajudam o organismo a combater infecções e doenças, e é parte essencial do nosso sistema imunológico.
Os linfomas se originam quando as células do sistema linfático, chamadas linfócitos, se tornam anormais e começam a se multiplicar de forma descontrolada.
Essas células anormais podem se acumular nos gânglios linfáticos, no baço, na medula óssea e em outros órgãos, interferindo na capacidade do sistema imunológico de funcionar corretamente. Existem dois tipos de linfoma: Hodgkin e não-Hodgkin.
Já o mieloma é um tipo de câncer que afeta as células plasmáticas, um tipo de glóbulo branco que produz anticorpos para ajudar o corpo a combater infecções.
Essas células cancerosas se multiplicam de maneira descontrolada na medula óssea, ocupando espaço e interferindo na produção normal de células sanguíneas saudáveis.
Neste câncer, as células plasmáticas cancerosas produzem uma proteína anormal em quantidades excessivas. Isso pode levar a danos nos ossos e prejudicar a função dos órgãos afetados pela superprodução de células plasmáticas.
Leucemias
A leucemia, por sua vez, é um tipo de câncer que afeta as células sanguíneas na medula óssea, onde são produzidas. Na leucemia, as células sanguíneas anormais se formam e se multiplicam de maneira descontrolada, ocupando o espaço na medula óssea que normalmente seria ocupado por células sanguíneas saudáveis.
Isso interfere na produção de glóbulos brancos, glóbulos vermelhos e plaquetas.
Existem diversos tipos de leucemia, os principais são leucemia mieloide aguda (LMA), leucemia mieloide crônica (LMC), leucemia linfoblástica aguda (LLA) e leucemia linfocítica crônica (LLC).
Sarcomas
O sarcoma é um tipo de câncer que se desenvolve nos tecidos conjuntivos do corpo, como ossos, músculos, cartilagens, tecido adiposo, vasos sanguíneos, nervos e outros tecidos de suporte. Eles podem surgir em qualquer parte do corpo, mas são mais comuns nos braços, pernas e abdômen.
Existem dois tipos principais de sarcoma: o sarcoma de tecidos moles e o sarcoma ósseo.
Comparados a outros tipos de câncer, os sarcomas podem ser considerados raros, sendo apenas cerca de 1% dos casos.
Sintomas mais comuns de tumores malignos
Os sintomas de tumores malignos podem variar amplamente dependendo do tipo e da localização do tumor. Veja abaixo alguns dos sintomas mais comuns para quem enfrenta a condição:
- Nódulos ou inchaço sentidos sob a pele, especialmente nos seios, testículos, pescoço, axilas ou abdômen;
- Alterações na cor da pele, mudanças no tamanho ou forma de pintas ou sinais podem indicar um possível câncer de pele;
- Sangramentos anormais, na vagina, sangue na urina ou fezes;
- Dor contínua e sem motivo aparente, especialmente se for localizada;
- Mudanças nos movimentos intestinais, na micção ou na função da bexiga;
- Fadiga extrema, cansaço constante que não melhora com descanso;
- Perda de peso significativa sem mudanças na dieta ou no estilo de vida;
- Dificuldade persistente em engolir alimentos ou líquidos;
- Alterações no padrão de cicatrização, com feridas que não cicatrizam ou que demoram muito para sarar;
- Alterações no sistema digestivo, como indigestão persistente ou dificuldade em digerir alimentos.
É sempre importante lembrar que cada caso é particular e individual e que esses sintomas podem indicar outros problemas além do câncer. Caso o indivíduo apresente esses problemas, é fundamental consultar um médico para encontrar sua origem.
O que pode causar um tumor maligno?
Os tumores malignos, ou cânceres, são causados por uma combinação complexa de fatores genéticos, ambientais e de estilo de vida. Entre as causas mais comuns de um tumor maligno, podemos citar:
- Fatores genéticos: algumas mutações genéticas hereditárias podem aumentar a suscetibilidade a certos tipos de câncer. No entanto, a maioria das mutações genéticas que causam câncer são adquiridas ao longo da vida, não necessariamente herdadas;
- Exposição a agentes cancerígenos: como tabaco, radiação, poluentes ambientais e produtos químicos podem danificar o DNA das células, aumentando o risco de câncer;
- Estilo de Vida: alguns hábitos, como tabagismo, consumo excessivo de álcool, dieta desequilibrada, falta de atividade física e obesidade, podem contribuir significativamente para o risco de desenvolvimento de câncer;
- Idade: o risco de câncer aumenta com a idade, já que as células do corpo podem acumular mutações ao longo do tempo;
- Histórico familiar: como comentamos, alguns tipos de câncer, como o de mama, por exemplo, podem ter uma predisposição genética, aumentando o risco para membros da família;
- Imunidade comprometida: pessoas com sistemas imunológicos enfraquecidos, seja por condições médicas ou medicamentos imunossupressores, têm um risco aumentado de desenvolver alguns tipos de câncer;
- Exposição excessiva ao sol: os raios UVA e UVB podem danificar o DNA da pele e causar mutações, dando origem ao câncer.
Quais os estágios dos tumores malignos?
Os estágios dos tumores malignos descrevem o quão longe a doença se espalhou a partir do local onde ela começou.
A classificação por estágios faz com que os médicos possam determinar a gravidade do câncer e escolher o tratamento mais adequado para o paciente.
Geralmente, os estágios do câncer são divididos em três principais. O primeiro deles, o estágio de iniciação, é caracterizado pela ocorrência das mutações celulares causadas pelos agentes cancerígenos.
O segundo estágio, o de promoção, os agentes oncopromotores levam à iniciação das células, que se tornam malignas.
Por fim, o estágio de progressão é o momento em que as células cancerígenas passam a se espalhar desordenadamente e, então, o câncer já está instalado no organismo do paciente.
Diagnóstico e tratamento dos tumores malignos
O diagnóstico dos tumores malignos envolve algumas etapas. Num primeiro momento, exames físicos e histórico médico certamente serão analisados, para entender os sintomas, hábitos e outros aspectos do paciente.
Caso seja encontrado algo suspeito, o próximo passo são os exames de imagem, como radiografias, tomografias, ressonâncias, dentre outros. Assim, será possível visualizar o tumor para identificar sua forma e tamanho.
Em seguida, será feito o pedido de uma biópsia. Esse procedimento pode ser realizado com uma agulha fina ou por meio de uma cirurgia para que seja coletada uma amostra do tecido do tumor e uma análise para determinar se é benigno ou maligno.
Também podem ser feitos testes laboratoriais para análise da presença de substâncias no sangue que podem indicar a presença de um câncer.
Quanto ao tratamento, tudo dependerá do tipo de tumor e do estágio em que a doença se encontra.
Dentre as opções, temos a cirurgia de remoção, que normalmente é indicada para tumores que ainda não se espalharam por outras partes do corpo.
Também pode ser indicada a radioterapia, que usa feixes de radiação para atacar, reduzir ou destruir o câncer; a quimioterapia, que faz uso de medicação para combater as células cancerosas; a imunoterapia, que estimula o sistema imunológico a atacar o câncer; a terapia alvo, que usa medicamentos específicos para atacar determinada característica das células cancerosas; e terapia hormonal, que é utilizada em tipos de câncer sensíveis a hormônios, como de mama ou de próstata.
A Cannabis medicinal pode auxiliar no tratamento de tumores malignos?
A Cannabis medicinal tem inúmeros benefícios à saúde já conhecidos e comprovados cientificamente. Uma das doenças que podem ser tratadas ou ter seus sintomas aliviados pelos canabinoides é o câncer.
A Cannabis medicinal pode prevenir náuseas, vômitos e dores decorrentes da doença e seu tratamento. Além disso, os canabinoides também podem estimular o apetite dos pacientes que passam pela quimioterapia, um tratamento bastante agressivo para o organismo.
Os benefícios comprovados da uso da Cannabis para o câncer
O artigo Cannabinoids for Cancer Treatment: Progress and Promise confirma os benefícios citados no tópico anterior. Ele mostra a eficiência na prevenção dos efeitos colaterais da quimioterapia. Além disso, o estudo trata a possibilidade de uma superexposição a canabinoides ter ação antitumoral, mas informa que ainda existe a necessidade de mais estudos para comprovar a ação da erva sobre as células cancerígenas.
O estudo Single and combined effects of Δ9 -tetrahydrocannabinol and cannabidiol in a mouse model of chemotherapy-induced neuropathic pain, por sua vez, mostra que o CBD pode ser potente e eficaz na prevenção do desenvolvimento de uma neuropatia periférica causada pela quimioterapia, especialmente quando administrado junto a doses baixas de THC.
Esses são apenas alguns exemplos de comprovações do uso da Cannabis no tratamento do câncer, mas já existem diversos outros estudos que confirmam tais benefícios. Confira casos de sucesso e saiba mais sobre o tratamento com medicamentos canabinoides contra o câncer clicando aqui.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Para iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal, o paciente deve procurar um médico prescritor de produtos à base da planta para avaliar se esse tipo de tratamento é adequado para a situação.
Caso a resposta seja positiva, o médico fornecerá uma receita, com a qual será possível dar entrada em um processo junto à Anvisa para conseguir autorização para comprar em farmácias ou importar a medicação.
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Dúvidas frequentes sobre tumores malignos
Veja a seguir as dúvidas mais frequentes a respeito dos tumores malignos.
1. Qual o tumor maligno mais comum?
De acordo com a OPAS (Organização Pan-Americana de Saúde), os tipos de tumor maligno mais comuns são:
- Pulmão;
- Mama;
- Colorretal;
- Próstata;
- Pele não-melanoma;
- Estômago.
2. Qual o tipo de tumor mais perigoso?
De acordo com um estudo realizado pelo Global Cancer Observatory, os tipos de câncer mais perigosos são:
- Pâncreas;
- Vesícula biliar;
- Esôfago;
- Fígado;
- Pulmão;
- Cérebro.
3. Quantos tipos de tumor existem?
Como vimos ao longo do texto, os tumores podem ser malignos ou benignos. Dentro dessas categorias, os tipos mais comuns são:
- Carcinomas;
- Sarcomas;
- Leucemias;
- Linfomas;
- Melanomas;
- Mielomas.
No total, podemos dizer que existem mais de 200 tipos de tumores, cada um com suas características próprias.
4. Quanto tempo leva para um tumor maligno crescer?
O tempo que um tumor maligno leva para crescer pode variar significativamente de acordo com vários fatores, incluindo o tipo de câncer, a localização, a agressividade do tumor, a resposta do sistema imunológico e outros aspectos individuais de cada pessoa.
No caso de tumores mais agressivos, eles podem crescer em apenas semanas, enquanto outros podem demorar meses.
O crescimento também pode ser influenciado por diversos fatores, como o tipo do tumor, fatores biológicos, dentre outros. Por isso, não é possível determinar com exatidão tal tempo.
Conclusão
Explorar os diferentes tipos de tumores malignos revela a complexidade e a diversidade dessa condição. Do câncer de pele ao câncer de pulmão, cada variante apresenta desafios únicos, mas os avanços na medicina oferecem um arsenal crescente de opções terapêuticas.
Com a evolução dos tratamentos, como imunoterapia, terapia-alvo e avanços em cirurgia e radioterapia, há uma promessa crescente de esperança na luta contra o câncer.
Os canabinoides também podem funcionar como uma ótima terapia alternativa para mitigar os efeitos que os tratamentos agressivos contra a doença podem causar ao paciente.
A detecção precoce do tumor é fundamental para que as chances de sucesso no tratamento sejam maiores. Por isso, a qualquer sinal, é importante procurar um médico para averiguar e realizar os exames necessários para constatar a presença de um tumor maligno.
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