Classe de medicamentos aprovados pelos órgãos reguladores, os anti-inflamatórios têm sido usados há décadas por suas propriedades antipiréticas, anti-inflamatórias e analgésicas.
São medicamentos úteis no tratamento de uma variedade de condições, incluindo dores musculares, dismenorreia, problemas artríticos, febre, gota, enxaquecas e muito mais…
Os anti-inflamatórios podem ser classificados como esteroidais e não-esteroidais.
Enquanto os não esteroidais agem sobre a inibição de enzimas específicas, os anti-inflamatórios esteroidais têm a capacidade de induzir apoptose em células do sistema imunológico, como monócitos, macrófagos e linfócitos T, reduzindo a reação inflamatória.
No entanto, devido aos efeitos secundários graves associados, os anti-inflamatórios não devem ser utilizados de forma banal.
Para te ajudar a compreender melhor a respeito dos anti-inflamatórios, este artigo abordará seus mecanismos de ação, indicações e contraindicações.
Prossiga com a leitura para aprender sobre:
- O que são e como agem os anti-inflamatórios?
- Quais são os tipos de anti-inflamatórios?
- Indicações e contraindicações para o uso de anti-inflamatórios
- Quais são os possíveis efeitos colaterais dos anti-inflamatórios?
- Quais tipos de anti-inflamatórios possuem venda livre?
- Considerações para se atentar ao iniciar o uso de anti-inflamatórios
- Quais são as alternativas naturais aos anti-inflamatórios?
- A Cannabis medicinal como ação anti-inflamatória
O que são e como agem os anti-inflamatórios?
Os anti-inflamatórios são uma classe de medicamentos projetados para combater processos inflamatórios no corpo humano.
Eles são utilizados para aliviar dores, reduzir febres e diminuir inflamações associadas a várias condições médicas.
Existem dois tipos principais de anti-inflamatórios: os esteroidais, como a cortisona, e os não esteroidais, que incluem opções como o ibuprofeno, a aspirina e o naproxeno.
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) funcionam inibindo a ação das enzimas ciclooxigenases (COX), especificamente a COX-1 e a COX-2, responsáveis por produzir prostaglandinas a partir do ácido araquidônico.
As prostaglandinas são substâncias que auxiliam na indução da inflamação, dor e febre.
Ao bloquear a atividade da COX, os AINEs reduzem a produção dessas prostaglandinas, diminuindo a inflamação e seus sintomas associados, como dor e febre.
A COX-1 está envolvida na manutenção da função fisiológica normal, como a proteção da mucosa gástrica, a regulação do fluxo sanguíneo renal e a agregação plaquetária.
Por outro lado, a COX-2 é ativada em resposta a estímulos inflamatórios, influenciando na produção de prostaglandinas que causam dor e inflamação.
No entanto, embora os AINEs sejam amplamente utilizados e eficazes para o alívio dos sintomas, eles também estão associados a efeitos colaterais.
Além dos AINEs, existem outras classes de anti-inflamatórios, como os corticosteroides, que também agem diminuindo a inflamação, mas por meio de mecanismos diferentes.
Diferentemente dos anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), os corticosteroides são compostos por hormônios esteroidais que imitam a ação do cortisol, um hormônio natural do corpo humano.
Os corticosteroides são usados principalmente em doenças autoimunes, como artrite, doenças respiratórias, alergias, doenças da pele, entre outras.
No entanto, assim como os AINEs, os corticosteroides também apresentam efeitos colaterais, especialmente com uso prolongado ou em doses elevadas.
Quais são os tipos de anti-inflamatórios?
Os medicamentos anti-inflamatórios são classificados de acordo com seu mecanismo de ação.
Desde os conhecidos AINEs até corticosteroides e medicamentos biológicos, essa diversidade de classes oferece possibilidades terapêuticas para combater a inflamação de milhares de condições.
Independente de qual classe pertence, os anti-inflamatórios possuem diversas propriedades, incluindo seu efeito analgésico, antipirético e antiagregante plaquetário.
Cada classe possui características distintas em termos de efeitos colaterais, interações medicamentosas e métodos de administração.
No entanto, é preciso não negligenciar os efeitos secundários, pois eles podem afetar várias funções do corpo.
Com isso em mente, vamos explorar as diferentes categorias de anti-inflamatórios e em quais condições são mais efetivos.
Anti-inflamatórios não esteroides (AINES)
Os medicamentos conhecidos como AINEs (anti-inflamatórios não esteroides) têm a capacidade de reduzir a inflamação, aliviar dores e baixar a febre.
Sob estímulos de infecções e lesões, o sistema imunológico responde com inflamação, caracterizada por sinais visíveis como calor, mudanças na coloração da pele, inchaço e dor.
Os medicamentos anti-inflamatórios atuam reduzindo a inflamação, minimizando a estimulação e a sensibilidade dos nervos associados à dor.
Dentro dos AINEs, alguns exemplos e medicamentos de venda-livre abrangem:
- Ibuprofeno;
- Aspirina;
- Naproxeno.
- Oxaprozina;
- Etodolac;
- Indometacina;
- Diclofenaco.
Os AINEs também compõem um amplo grupo de medicamentos analgésicos não opiodes.
Seu mecanismo de ação envolve a inibição da formação de prostaglandinas, substâncias cruciais na resposta inflamatória do corpo.
Essas substâncias são mais produzidas em caso de lesões. A redução das prostaglandinas no tecido afetado resulta na diminuição da inflamação.
Além disso, como já mencionado, os AINEs bloqueiam a enzima ciclooxigenase (COX), fundamental na produção de prostaglandinas.
Esse bloqueio interfere na função das plaquetas sanguíneas, responsáveis pela coagulação.
Por isso, esses medicamentos possuem propriedades anticoagulantes e são usados em algumas situações de doença cardiovascular.
Inibidores de COX-2
Os inibidores seletivos da COX-2, representam uma categoria especial de AINEs.
Diferentemente dos AINEs convencionais, esses medicamentos têm como alvo específico a enzima COX-2, responsável por estimular a resposta inflamatória.
Por não bloquearem as ações da enzima COX-1, esses medicamentos geralmente:
- Não causam o mesmo tipo de irritação estomacal ou sangramento que é comum nos AINEs tradicionais;
- Não proporcionam o mesmo nível de proteção contra doenças cardíacas.
Além do mais, esses medicamentos podem não ser adequados para indivíduos que:
- Consomem bebidas alcoólicas diariamente;
- Tiveram histórico de ataque cardíaco, derrame, angina (dor no peito) ou coágulos sanguíneos;
- Possuem hipertensão (pressão alta);
- Apresentam sensibilidade a medicamentos como aspirina ou outros AINEs.
Apesar de sua especificidade, os inibidores da COX-2 não estão isentos de efeitos colaterais.
Em raros casos, efeitos colaterais graves, como sangramento abdominal, podem surgir sem aviso prévio.
Recomenda-se evitar a ingestão simultânea de antiácidos ou refeições gordurosas junto com os inibidores da COX-2, pois isso pode limitar a absorção e a eficácia desses medicamentos.
Anti-inflamatórios esteroides
Os corticosteroides são fármacos sintéticos que se assemelham ao cortisol, um hormônio produzido pelas glândulas suprarrenais.
Eles são comumente referidos como “esteroides”, embora sejam distintos dos compostos esteroides associados ao uso abusivo por alguns atletas.
Entre os medicamentos corticosteroides, estão a cortisona, prednisona e metilprednisolona, sendo a prednisona o tipo mais utilizado no tratamento de certas doenças.
A ação dos esteroides reside na redução da inflamação e na modulação da atividade do sistema imunológico.
A inflamação é um processo no qual glóbulos brancos e substâncias químicas do corpo agem na defesa contra infecções e agentes estranhos, como bactérias e vírus.
Em algumas condições, porém, o sistema imunológico falha em sua função, fazendo com que a inflamação prejudique os tecidos do corpo, causando danos.
Os esteroides atuam diminuindo a produção de substâncias químicas responsáveis pela inflamação, ajudando a minimizar os danos nos tecidos.
Além disso, reduzem a atividade do sistema imunológico, impactando a função dos glóbulos brancos.
Os esteroides são disponibilizados em diversas formas, variando em sua solubilidade e duração no organismo.
Podem ser aplicados de forma localizada, direcionados a áreas específicas com problemas, ou de forma sistêmica, agindo em todo o corpo.
Exemplos de tratamentos com esteroides locais incluem injeções articulares, colírios, gotas para os ouvidos e cremes para a pele.
Já os tratamentos sistêmicos envolvem medicamentos administrados por via oral ou entregues diretamente na corrente sanguínea, seja via intravenosa ou intramuscular.
Sempre que possível, os tratamentos locais com esteroides são preferíveis aos sistêmicos, visando reduzir os riscos de efeitos colaterais.
Indicações e contraindicações para o uso de anti-inflamatórios
Os anti-inflamatórios, em geral, são indicados para aliviar a inflamação. Dependendo da sua classe, também são usados como imunossupressores ou anti-plaquetários.
No entanto, como qualquer outro medicamento, eles têm suas indicações específicas e contraindicações importantes que devem ser consideradas antes do seu uso.
Entre suas principais indicações, destacam-se:
- Dor e inflamação: Os anti-inflamatórios são prescritos para tratar dores agudas e crônicas, como dores musculares, dores articulares, artrite, entre outras condições associadas à inflamação.
- Doenças inflamatórias: Condições inflamatórias como artrite reumatoide, osteoartrite e tendinites são tratadas com anti-inflamatórios.
- Febre: Alguns anti-inflamatórios, como o ibuprofeno, também têm propriedades antipiréticas e são utilizados para diminuir a febre.
- Alívio sintomático: Podem ser usados para aliviar sintomas de gripes e resfriados, como dores de cabeça, dores no corpo e febre.
No entanto, nem todas as pessoas são candidatas ao uso de anti-inflamatórios. Com isso em mente, eles devem ser restritos para pessoas que têm:
- Úlceras gástricas e problemas estomacais: Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) podem causar irritação gástrica, resultando em úlceras ou piora de condições estomacais preexistentes.
- Alergias: Indivíduos com histórico de reações alérgicas aos anti-inflamatórios devem evitá-los.
- Insuficiência renal: Pacientes com problemas renais devem ter cautela ao usar anti-inflamatórios, uma vez que medicamentos prejudicam a função dos rins.
- Gravidez: O uso de alguns tipos de anti-inflamatórios, especialmente no final da gravidez, deve ser estritamente supervisionado por um médico devido ao risco de complicações.
- Asma: Em alguns casos, anti-inflamatórios podem desencadear crises de asma em pacientes suscetíveis.
Quais são os possíveis efeitos colaterais dos anti-inflamatórios?
Os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) têm o potencial de causar diversos efeitos colaterais, alguns dos quais podem ser graves ou representar risco à vida.
No entanto, quando prescritos para condições específicas e utilizados conforme orientação médica, podem proporcionar benefícios.
Os AINEs, quando não usados na forma correta, geram desconfortos gastrointestinais, como irritação estomacal, úlceras e sangramento.
Eles também aumentam o risco de problemas cardiovasculares, como ataques cardíacos e derrames, especialmente em doses elevadas ou com uso prolongado.
Já os anti-inflamatórios esteroidais causam efeitos colaterais mais sistêmicos.
Exemplos incluem o aumento do apetite, ganho de peso, retenção de líquidos, alterações no humor e enfraquecimento dos ossos, podendo levar à osteoporose com o uso prolongado.
Problemas como pressão alta, diabetes e supressão do sistema imunológico também podem ser desencadeados com o uso prolongado desses medicamentos.
Ambos os tipos de anti-inflamatórios requerem supervisão médica para minimizar os riscos e ajustar as doses conforme necessário.
Evite tomar esses medicamentos quando estiver desidratado, pois isso pode aumentar a probabilidade de efeitos colaterais.
Quais tipos de anti-inflamatórios possuem venda livre?
Não existem anti-inflamatórios esteroidais de venda livre disponíveis sem prescrição médica.
Geralmente, esses medicamentos são prescritos por um profissional de saúde devido às precauções específicas ao seu uso.
Como são prescritos para inflamações mais severas e condições como artrite reumatoide, alergias graves, asma e doenças autoimunes, eles requerem acompanhamento regular.
Por outro lado, os anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) são os mais comuns e estão disponíveis sem receita médica.
Anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs) de venda livre abrangem:
- Ibuprofeno;
- Naproxeno;
- Aspirina;
- Diclofenaco;
- Cetoprofeno;
- Meloxicam;
- Indometacina;
- Celecoxib;
- Etodolaco;
- Piroxicam.
Mesmo que possam ser vendidos sem prescrição, é preciso ter cautela ao usar esses medicamentos, pois podem causar efeitos colaterais e aumento do risco de ataques cardíacos.
Combinar um AINE já em uso com um remédio sem prescrição pode aumentar os riscos de efeitos colaterais ou overdose acidental.
Sempre verifique os ingredientes antes de adquirir remédios sem prescrição e consulte seu médico ou farmacêutico caso não tenha certeza sobre sua segurança para uso.
Não tome mais de um medicamento contendo AINE simultaneamente, a menos que seja recomendado pelo médico.
Se estiver utilizando aspirina em dose baixa para prevenir problemas cardíacos ou AVC, discuta o uso de outros AINEs com seu médico.
Por fim, caso esteja tomando algum AINE sem prescrição, contate seu médico ou farmacêutico antes de uma cirurgia ou ao iniciar um novo medicamento.
Os riscos da automedicação
O ato de automedicar-se se refere ao uso de medicamentos ou substâncias por um indivíduo para tratar sintomas ou condições que tenham sido identificados por conta própria.
Isso se aplica a diversas situações em que uma pessoa tenta tratar doenças ou sintomas sem buscar a orientação de um profissional da saúde, como no caso de um resfriado comum.
Infelizmente, alguns indivíduos com condições de saúde mais sérias, especialmente relacionadas à inflamação, recorrem à automedicação como uma alternativa aos cuidados apropriados.
Os perigos associados à automedicação são vastos. Abrangem desde diagnósticos imprecisos, aumento do risco de interações medicamentosas ou suplementares, escolha inadequada de tratamento até o risco de dependência e abuso.
Também pode levar a atrasos na busca por orientação médica adequada e tratamento, possíveis reações adversas e agravamento da condição.
O ato de automedicar-se mascara doenças graves e leva ao risco de dependência e abuso.
Portanto, mesmo se tratando de anti-inflamatórios de venda livre, é altamente desaconselhado fazer uso desses medicamentos por conta própria.
A orientação profissional deve ser sempre o primeiro passo.
Considerações para se atentar ao iniciar o uso de anti-inflamatórios
Ao iniciar o uso de anti-inflamatórios, existem diversos fatores a serem ponderados para garantir a eficácia e minimização de efeitos colaterais.
Desde a compreensão dos diferentes tipos de anti-inflamatórios até a correta dosagem, frequência e duração de uso, tudo influencia fortemente no tratamento da condição.
Também é preciso estar ciente das possíveis interações medicamentosas e dos sinais de alerta para reações adversas.
Veja a seguir o que prestar atenção ao considerar o uso de anti-inflamatórios…
Tempo de uso do medicamento
Não prolongue o uso do anti-inflamatório além do período recomendado pelo seu médico.
Caso você desenvolva os seguintes sintomas, interrompa imediatamente o uso de AINE e busque orientação médica:
- Inchaço nos tornozelos;
- Dificuldade para respirar;
- Eliminação de fezes escuras ou pretas;
- Vômitos de cor escura, semelhantes a café moído;
Comunique sempre ao seu médico e farmacêutico sobre outras condições médicas que você possa ter ou medicamentos que esteja utilizando (ou planejando utilizar), incluindo remédios de venda livre, suplementos à base de plantas e vitaminas.
Se houver risco de efeitos colaterais devido ao uso prolongado ou doses elevadas de anti-inflamatórios, converse com seu médico sobre suas preocupações.
Pergunte sobre possíveis alternativas que possam ser experimentadas, como o uso de Cannabis medicinal.
Considere também explorar diferentes métodos para controlar a dor, como terapias físicas ou medicamentos alternativos que possam ter menor probabilidade de causar efeitos colaterais.
Se for necessário continuar com o uso de anti-inflamatórios, seu médico pode prescrever outros medicamentos para ajudar a gerenciar alguns dos efeitos colaterais associados.
Dosagem
Para anti-inflamatórios não esteroidais (AINEs), as dosagens típicas podem variar entre 200mg a 800mg, dependendo do medicamento específico e da condição tratada.
A frequência usual para tomar AINEs é de 2 a 4 vezes ao dia, com intervalos de 4 a 6 horas entre as doses, mas isso também pode variar.
Já para os anti-inflamatórios esteroidais, a dosagem e frequência também são prescritas pelo médico.
Normalmente, eles são prescritos em doses iniciais mais altas para controlar a inflamação e depois reduzidos ao longo do tempo.
As dosagens e frequências são determinadas de acordo com a condição específica.
No entanto, a maioria dos pacientes os tomam uma vez ao dia, pela manhã, devido ao efeito sobre o ciclo natural do corpo na produção de corticosteroides.
É extremamente importante seguir as instruções do médico e a prescrição fornecida para garantir a ausência de efeitos colaterais.
Interações medicamentosas
Os anti-inflamatórios possuem o potencial de interagir com outros medicamentos, resultando em efeitos adversos. Por exemplo:
- A combinação de AINEs com medicamentos anticoagulantes, como a varfarina, aumenta o risco de sangramento;
- A interação dos corticosteroides com medicamentos utilizados no tratamento de problemas cardíacos e pressão alta e diuréticos pode desencadear insuficiência renal.
- Por outro lado, os AINEs podem anular os efeitos de medicamentos para insuficiência cardíaca e pressão alta, como betabloqueadores e diuréticos, comprometendo sua eficácia.
Quando combinados com outros AINEs (incluindo doses baixas de aspirina) ou corticosteroides (por exemplo, prednisolona), os AINEs aumentam o risco de ulceração ou sangramento gastrointestinal.
Além do mais, o consumo regular ou excessivo de álcool pode irritar o revestimento do estômago. Se ingerido junto com AINEs, aumenta consideravelmente o risco de danos ou sangramento no sistema gastrointestinal.
Quais são as alternativas naturais aos anti-inflamatórios?
Há uma variedade de alternativas naturais que podem oferecer alívio para a inflamação e a dor, sem os efeitos colaterais associados aos medicamentos.
Essas opções são buscadas por pessoas que desejam evitar efeitos adversos ou que procuram abordagens mais holísticas para o tratamento.
Aqui estão algumas alternativas naturais comumente consideradas:
Suplementação com ômega-3
Presente em peixes como salmão, sardinha e atum, assim como em sementes de chia, linhaça e nozes, os ácidos graxos ômega-3 têm efeitos anti-inflamatórios e podem ser benéficos para diversas condições inflamatórias.
A ação anti-inflamatória do ômega-3 está relacionada à sua capacidade de reduzir a produção de substâncias pró-inflamatórias, como as prostaglandinas e os leucotrienos.
Os ácidos graxos ômega-3, especialmente o ácido eicosapentaenoico (EPA) e o ácido docosahexaenoico (DHA), competem com os ácidos graxos ômega-6 na formação dessas substâncias, resultando em uma resposta anti-inflamatória no organismo.
Alimentação balanceada
Optar por uma dieta rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis pode ajudar a reduzir a inflamação.
Também é necessário reduzir a ingestão de alimentos processados, açúcares refinados e gorduras saturadas, que contribuem para o aumento da inflamação.
Exercícios
Incorporar atividades físicas regulares, como caminhadas, ioga ou natação, pode auxiliar na redução da inflamação crônica.
Técnicas de relaxamento, como meditação e respiração profunda, são úteis para diminuir o estresse, que está associado à inflamação.
A Cannabis medicinal como ação anti-inflamatória
O sistema endocanabinoide (SEC) influencia fortemente na atividade do sistema imunológico, e a disfunção desse sistema está associada a várias condições inflamatórias crônicas.
Este sistema é composto pelos receptores canabinoides CB1 e CB2, pelos endocanabinoides e por enzimas que participam do seu metabolismo.
A Cannabis produz numerosos fitocanabinoides e várias outras moléculas, como terpenos e flavonoides.
Em diferentes modelos experimentais, tanto in vitro quanto in vivo, os fitocanabinoides, como o THC, o canabidiol (CBD) e o canabigerol (CBG), demonstraram atividade contra a inflamação.
Esses compostos podem interagir com o SEC e/ou outros receptores, contribuindo para o alívio de várias condições inflamatórias ao ativar diferentes vias de sinalização.
A ativação dos receptores CBs regulam as respostas anti-inflamatórias.
Por exemplo, a estimulação dos receptores CB2 pelo CBD inibiu a liberação das citocinas pró-inflamatórias. Por outro lado, aumentou a liberação da citocina anti-inflamatória em macrófagos.
Além disso, o CBD, por meio do receptor de adenosina, demonstrou significativa redução na migração de leucócitos em modelos de inflamação induzidos.
A investigação sobre a atividade anti-inflamatória do CBG é menos abrangente em comparação com o CBD.
No entanto, diversos estudos apontam uma notável atividade anti-inflamatória deste canabinoide.
Por exemplo, em estudos que exploraram as propriedades anti-inflamatórias do CBG em células da pele humana, observou-se que o tratamento com CBG diminuiu os níveis inflamatórios, superando os efeitos da vitamina C.
Além disso, o CBG protegeu os queratinócitos epidérmicos humanos ao inibir citocinas pró-inflamatórias.
Diversos estudos também sugerem os efeitos anti-inflamatórios do THC. Por exemplo, a aplicação tópica de THC em modelos de dermatite revelou uma redução de células imunes e de inchaço alérgico no local.
Quais estudos comprovam os benefícios da Cannabis?
Os canabinoides parecem atuar na inflamação por meio de mecanismos distintos dos agentes como os anti-inflamatórios não esteroides (AINEs), evitando assim os efeitos adversos associados a estes.
Evidências também sugerem que eles são cerca de 30 vezes mais potentes do que a aspirina, um medicamento anti-inflamatório amplamente reconhecido.
Além disso, o THC demonstrou ser aproximadamente 80 vezes mais potente que a aspirina e duas vezes mais eficaz do que a hidrocortisona.
Isso é o que diz o estudo Medical Cannabis Activity Against Inflammation: Active Compounds and Modes of Action.
A pesquisa também indica que outros elementos presentes na Cannabis têm potencial para combater a inflamação crônica, atuando através do sistema endocanabinoide.
Existe a possibilidade de que esses componentes da Cannabis possam ser utilizados em conjunto com medicamentos convencionais para reduzir a inflamação.
Isso proporcionaria uma estratégia mais eficaz no combate à inflamação.
Por exemplo, o mesmo estudo demonstrou que o THC pode reduzir a inflamação gástrica causada pelo diclofenaco, o que poderia melhorar a eficácia desse remédio no tratamento da inflamação.
Importante também mencionar o efeito da Cannabis na inflamação da pele.
A acne é uma doença caracterizada pelo crescimento intenso de bactérias que causam inflamação na pele.
De acordo com o estudo The Anti-Inflammatory Effects of Cannabidiol (CBD) on Acne, o CBD e outros componentes da Cannabis têm a capacidade de diminuir a inflamação na pele.
Isso seria feito através da redução da expressão de citocinas inflamatórias, como TNF-α e IL-1β.
O uso de extratos de Cannabis como tratamento para acne também foi observado como seguro e bem tolerado, o que fortalece a visão da Cannabis como uma terapia eficaz contra a inflamação da pele.
Como iniciar um tratamento com a Cannabis medicinal?
O processo de iniciar uma jornada terapêutica com Cannabis envolve uma série de etapas importantes.
A primeira delas é encontrar um profissional de saúde qualificado e experiente em medicina canabinoide.
No portal Cannabis & Saúde, dispomos de uma extensa rede de mais de 300 especialistas altamente capacitados nessa área.
As consultas com esses profissionais permitem oferecer um atendimento personalizado e detalhado.
Durante a consulta, o paciente terá a oportunidade de discutir suas condições de saúde, histórico médico e quaisquer preocupações específicas relacionadas ao uso da Cannabis.
Os especialistas realizarão uma avaliação minuciosa para determinar a melhor abordagem terapêutica.
Eles também considerarão fatores como dosagem, formas de administração e potenciais interações medicamentosas.
Para dar início ao tratamento com Cannabis medicinal, basta agendar sua consulta no portal Cannabis & Saúde hoje mesmo.
Não deixe de priorizar sua saúde e bem-estar. Marque hoje uma avaliação e inicie sua jornada rumo a um tratamento eficaz e personalizado com Cannabis!
Conclusão
A inflamação é uma parte essencial do processo de cicatrização do seu corpo.
Ocorre quando as células inflamatórias viajam para o local de uma lesão ou corpo estranho como bactérias.
Se as células inflamatórias permanecerem por muito tempo, isso pode levar à inflamação crônica.
Seu profissional de saúde pode recomendar diferentes tipos de anti-inflamatórios para o gerenciamento da sua inflamação.
No entanto, você também pode reduzir a inflamação através da Cannabis. Seus efeitos anti-inflamatórios estão bem estabelecidos, tornando a planta uma escolha inteligente devido a ausência de efeitos colaterais.
Portanto, se você deseja se aprofundar nos benefícios da Cannabis para diferentes condições anti-inflamatórias, fique ligado em outros artigos aqui no portal Cannabis & Saúde.