Você sabe o que é um câncer e quais são os tipos de câncer maligno?
Todo tipo de câncer começa quando é detectado uma massa estranha ou nódulo de tecido, ao qual se dá o nome de “tumor”.
Muitas vezes, esses tumores podem se parecer com pequenos caroços, bolhas ou inchaços vermelhos.
É importante dizer, no entanto, que nem todo caroço é um tumor e do mesmo modo, nem todo tumor é cancerígeno.
Porém, é muito importante que ao aparecimento de sinais estranhos na pele em alguma parte do corpo, deve-se buscar um médico.
Esse profissional poderá solicitar exames adicionais para dizer se há câncer e se sim, qual o tipo de câncer é, bem como o tipo de tumor.
Nesse sentido, os tumores podem estar divididos em três tipos básicos, que determinarão sobre como o câncer pode se desenvolver no corpo do paciente: maligno, benigno e pré-maligno.
Mais à frente neste artigo, traremos mais detalhes sobre o que são esses tipos de tumores e as diferenças entre eles.
Por agora, o que você precisa saber é que, independentemente do tumor encontrado ser maligno ou benigno, quando descoberto de forma precoce, as chances de cura são aumentadas consideravelmente.
Por isso, não há dúvidas de que a melhor forma de evitar as formas mais graves de qualquer tipo de câncer é através dos exames e monitoramentos médicos, que te darão o apoio necessário quando algum diagnóstico for feito.
Se você tem dúvidas sobre o que é um câncer ou tumor maligno e quer entender melhor sobre, além de verificar sobre os tratamentos, esse artigo foi feito para você.
Aqui, você entenderá também quais são os principais tipos de câncer, as diferenças entre tumores malignos e benignos, bem como as estratégias de tratamento mais inovadoras atualmente!
O que é o câncer?
O câncer é um tipo de doença onde há o aparecimento de alguns tipos de tumores, que são caroços ou inchaços pelo corpo.
Em todos os casos de câncer, os mecanismos que fazem isso acontecer são muito parecidos.
O seguinte princípio independe de qual seja o tipo de câncer, maligno ou não.
Na formação dos tumores, algumas células passam a funcionar de forma descontrolada e de forma diferente do que se espera delas.
À medida que o nosso corpo cresce, se desenvolve ou simplesmente envelhece, é necessário que haja a formação de novas células.
Por isso, existe um processo natural, que se chama divisão celular. Esse processo é responsável por promover o crescimento e a multiplicação das células.
Porém, todos os processos de divisão envolvem um conjunto de células pré-existentes em nosso corpo e como você deve imaginar, existem células que envelhecem e que podem ficar danificadas.
Quando há algum tipo de desordem, essas células danificadas podem sofrer o processo de divisão celular que traz uma multiplicação de células problemáticas para o nosso corpo.
Nesse processo, chamado de metástase, é que o câncer começa a se desenvolver no corpo da pessoa, podendo se espalhar para outras partes.
Há alguns tipos de tumor que, embora também sejam de células prejudiciais, não causam problemas sérios pois não conseguem se espalhar da mesma forma que os tumores malignos.
O que é um tumor maligno?
De acordo com o contexto descrito acima, podemos conceituar também os tumores malignos.
Os tumores malignos são aqueles que fazem parte do espalhamento do câncer de fato – nele as células promovem seu curso natural de crescimento, o que pode gerar condições problemáticas no futuro.
Entre os tipos de câncer e tumor existentes, os que são chamados de malignos apresentam as maiores preocupações, tanto para os médicos quanto para os pacientes.
Entretanto, quando há a descoberta precoce e inicia-se o tratamento de forma rápida as chances de removê-lo e curar a doença aumentam consideravelmente.
Os tratamentos mais comuns para o câncer são a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia. Há casos de tipos de câncer maligno que podem voltar a aparecer depois de um tempo de tratamento.
Por isso, é importante monitorar de forma frequente as condições de saúde, além de promover exames de rastreamento.
Dessa forma, pode-se evitar a recidiva do câncer (quando a doença volta) e diminuir seus efeitos danosos.
Qual a diferença entre tumor maligno e benigno?
Podemos fazer a distinção entre tumor benigno e maligno tanto pela parte “visual” quanto pelas funções que exercem em nosso corpo.
No primeiro contexto, um tumor benigno se apresenta com bordas regulares e lisas, que crescem de forma proporcional com o passar do tempo.
Já os tipos de câncer maligno, bem como seus tumores, crescem mais rapidamente.
Além disso, eles não tem uma ordem exata no seu formato: são normalmente de tamanhos e bordas variadas.
Porém, a mais importante classificação é com relação às suas funções – os tumores benignos não são cancerígenos, pois não se espalham e crescem de maneira suficiente para causar algum tipo de dano.
Vale a pena dizer que, embora em um índice baixo, um tumor benigno pode se transformar em um tumor maligno.
Por isso, muitas vezes as cirurgias de remoção são indicadas, de forma a evitar qualquer risco de que esses tumores se tornem um câncer. Quando removidos, os tumores benignos dificilmente reaparecem.
Por outro lado, os tumores malignos só aparecem quando há alguma condição cancerígena envolvida. Dependendo da localização e de condições do paciente, as células podem crescer rapidamente e se espalhar para outras partes do corpo.
Quando um tumor maligno é encontrado no corpo de um paciente, é necessário realizar uma série de exames para avaliar o seu crescimento e em que estágio ele está.
Em boa parte das vezes, pode indicar um câncer – nesse sentido, tratamentos que envolvem quimioterapia, radioterapia ou imunoterapia podem ser indicados para os pacientes.
Há casos ainda em que o tumor pode ser removido de forma cirúrgica. Em todos os casos, o acompanhamento médico deve seguir após os tratamentos, como forma de evitar que o problema reapareça.
Qual é a diferença entre tumor e câncer?
Embora os conceitos sejam diferentes, mas complementares, não se pode confundir o que é um tumor e um câncer.
Enquanto o câncer é uma doença caracterizada pela desordem na divisão celular no corpo e que podem ser descobertos por tumores, um tumor pode ser considerado como um tipo de lesão, caroço ou bolha é formada nos tecidos ou órgãos.
Um câncer sempre envolve o aparecimento de um tumor, mas um tumor nem sempre é o sinal de um câncer.
Quais as causas do câncer?
Embora não haja um consenso científico a respeito das causas corretas para o câncer, sabe-se que esta é uma doença genética.
Quando há algum tipo de alteração nos genes que controlam o modo de funcionamento de nossas células, pode ser que haja desordens importantes com o passar do tempo na forma que elas crescem e se dividem.
No entanto, algumas das causas também podem ser provocadas ou no mínimo promover uma maximização da possibilidade do câncer – são os chamados fatores de risco.
Boa parte delas tem a ver com a inalação ou ingestão de substâncias cancerígenas.
Parte dessas substâncias estão em baixas concentrações nos alimentos (principalmente os que são produzidos com pesticidas e agrotóxicos), mas quando bem lavados não há sérios riscos.
Os riscos são maiores quando se trabalha em lavouras desse tipo sem qualquer meio de proteção como roupas ou máscaras apropriadas.
Além disso, há casos em que a poluição e a fumaça proveniente do fumo podem trazer substâncias cancerígenas para o nosso corpo.
Dessa forma, boa parte dos casos de câncer ainda ocorrem em pessoas que fumam ou fumaram durante boa parte da vida.
Por fim, alguns tipos de câncer são causados pela radiação. Um deles é o câncer ultravioleta, que pode ser proveniente da exposição excessiva aos raios solares sem proteção.
Como o câncer se desenvolve?
Um câncer pode ter os seus estágios de desenvolvimento divididos em 3 etapas básicas.
De início, há a formação das células cancerosas, depois o crescimento, que é quando as células aumentam de tamanho e o espalhamento.
Neste último, as células tumorais deixam de estar restritas a uma parte ou sistema do corpo e passam a estar em outras.
Quando o corpo funciona da maneira correta, as células entendem qual é o momento para crescerem e se dividirem. Nesse processo, há a formação de cópias exatas das células pré-existentes.
Dessa forma, de forma progressiva, as células vão se dividindo e tornando-se cada vez maiores em número. De 1, passa a ser 2, que passam a ser 4, que passam a ser 8 e assim por diante.
No entanto, há a possibilidade de algumas células terem sofrido mutações genéticas, o que leva a problemas na divisão.
Como o processo de divisão celular não faz distinção entre o que seria uma célula boa ou ruim, estas também passam pelo mesmo processo.
Quando isso ocorre, forma-se a primeira desordem para o câncer. Posteriormente, essas células farão o procedimento de crescimento e divisão fora de controle, não morrendo como deveria acontecer normalmente.
Com isso, o corpo estará infestado de células crescidas e defeituosas. Isso causará danos às partes do nosso corpo que estão afetadas por elas.
Porém, as coisas podem piorar com o espalhamento do câncer, que afeta o corpo como um todo ou ao menos um sistema de forma agressiva.
Quando essa etapa chega, o câncer já está completamente fora de controle, o que leva a uma chance cada vez menor de cura.
Por isso, é muito importante que todo câncer, independentemente do tipo, seja verificado e tratado o quanto antes.
As chances de cura aumentam consideravelmente quando um câncer está no seu início. Dessa forma, tomar cuidados preventivos é algo extremamente essencial para evitar danos maiores.
Quais são os tipos de câncer com maior mortalidade no mundo?
Confira abaixo detalhes sobre a mortalidade dessas doenças e como você pode evitá-los:
Câncer de pulmão
O câncer de pulmão é o segundo mais encontrado entre pacientes brasileiros e está ligado não só com o histórico familiar do paciente, mas também com fatores de risco que ele esteve submetido durante a sua vida.
Nesse sentido, é bem comum que pessoas que têm câncer de pulmão tenham fumado de forma constante ou intensa durante boa parte da vida.
A nicotina e outras substâncias presentes no tabaco são cancerígenas e, portanto, estar submetidas à inalação delas de forma diária ou constante é algo extremamente problemático ou danoso para a saúde e propicia o aparecimento do câncer de pulmão.
No entanto, há casos em que pessoas não fumantes podem sentir os efeitos dessa doença, quando tem algum tipo de histórico familiar, fumo passivo ou exposição a determinadas toxinas, seja por causa da poluição ou produtos químicos usados sem proteção.
Cerca de 1,8 milhão de mortes ocorrem no mundo devido ao câncer de pulmão de acordo com um levantamento ligado à Organização Mundial de Saúde.
Câncer colorretal
O câncer colorretal é outro destaque com relação ao alto nível de mortalidade. Só no Brasil ocorrem cerca de 17 mil mortes causadas por esse tipo de câncer, sendo que muitas vezes ele só é identificado em um nível mais avançado.
Isso acontece devido à ausência da maior parte dos sintomas comuns aos outros tipos de câncer. Com isso, a pessoa pode passar cerca de 10 anos sem sequer saber que está com a doença.
Por isso, muitos especialistas e médicos indicam a realização de exames preventivos em pacientes que estejam nos grupos de risco para a doença ou que tenham mais de 50 anos de idade.
Você pode identificar a doença a partir de sintomas que incluem alterações nos hábitos intestinais e nas fezes.
No entanto, a confirmação só vem após o diagnóstico médico por meio de exames clínicos.
O câncer colorretal apresenta mais de 150 mil casos todos os anos no Brasil.
Câncer de fígado
O câncer de fígado por sua vez, tem cerca de 160 mil casos no Brasil todos os anos e geralmente se mostra de forma bastante agressiva, fazendo com que o tratamento seja igualmente agressivo.
Por isso, muitas vezes os pacientes com câncer de fígado precisam remover parte do órgão ou até mesmo transplantá-lo. Em boa parte das vezes, tudo isso é feito de forma conjunta aos tratamentos comuns para outros tipos de câncer como quimioterapia e radioterapia.
Entre os fatores de risco para o câncer de fígado inclui-se o alcoolismo, que é quando o paciente faz consumo de bebidas alcoólicas sem o menor controle.
Quando isso ocorre, pode-se promover doenças como a cirrose hepática, quando os tecidos no fígado passam a ficar lesionados e formar também cicatrizes, que levam à insuficiência hepática.
Parte das causas de um câncer de fígado estão ligadas à cirrose, pois nela as células do fígado são danificadas e substituídas pelo tecido da cicatriz. No mundo são registrados mais de 800 mil casos anualmente, com cerca de 700 mil mortes.
Câncer de estômago
O câncer de estômago é um dos tipos de tumor maligno que podem aparecer na parte do estômago e que aparecem em formas de úlceras ou lesões no órgão.
Entre os principais fatores de risco para o aparecimento do câncer de estômago, destaca-se uma alimentação cheia de alimentos ricos em sódio ou o hábito de fumar.
Assim como no caso do câncer colorretal, os sintomas podem se manifestar inicialmente de forma bastante silenciosa.
Quando os sintomas começam a aparecer de forma mais nítida, o câncer já pode ter se desenvolvido e trazer sensações como inchaços, náuseas e indigestões.
Embora o câncer de estômago seja mais raro do que outros, há um alto índice de mortalidade (cerca de 15% dos pacientes diagnosticados vão a óbito).
Câncer de mama
O câncer de mama é um dos principais tipos de câncer maligno que acometem as mulheres. Entretanto, ao contrário do que se pode pensar, há casos em que o câncer de mama ocorre também nos homens, mesmo que numa proporção bem menor.
Nesse tipo de câncer, o tumor surge nas mamas e pode se espalhar de forma rápida ou não para o restante do corpo.
Entre as melhores estratégias de prevenção está a realização de exames preventivos e o exame de toque, que pode trazer os primeiros indícios de que a doença está presente e pode ser feito pela própria mulher.
Há cerca de 700 mil óbitos anuais no mundo para essa doença, sendo que é o tipo de câncer que mais incide sobre as mulheres, representando cerca de 15,5% dos casos de acordo com o IARC.
Que tipo de câncer é o carcinoma?
O carcinoma é um tipo de câncer que tem o seu início nas células que compõem a pele ou os tecidos que revestem os órgãos. Nesse sentido, podemos incluir os cânceres de fígado, rins e pulmão, pois se apresentam dessa forma citada.
Esse tipo de câncer acontece de forma similar aos outros, com células anormais se multiplicando sem qualquer tipo de controle e espalhando-se por outras partes do corpo.
Em termos oncológicos, o carcinoma é considerado um tumor maligno epitelial ou glandular, que dá origem a metástases e que invade tecidos que estão ao redor da parte afetada.
O que causa o carcinoma?
Os carcinomas, diferentemente de boa parte dos tipos de câncer, não têm como causa principal as origens genéticas isoladas.
Muitas vezes, os carcinomas são causados pelo estilo de vida adotado pela pessoa ou por doenças adjacentes.
Nesse sentido, boa parte dos carcinomas podem ser causados devido ao alcoolismo, ao tabagismo ou exposição prolongada à radiação sem proteção.
Com isso, pode-se abrir feridas em partes do corpo como o fígado ou os rins, ou até mesmo a pele.
Em comum a eles, há o fato das feridas ocorrerem nos tecidos, o que leva à cicatrização e alteração nos tipos de células existentes nesses órgãos.
O carcinoma em geral está associado a tipos de câncer maligno mais graves, com alto grau de letalidade.
Quais são os tipos de tratamento para o câncer?
Existem diversos tipos de tratamento para o câncer.
As escolhas de qual tipo de terapia deve ser administrada leva em consideração fatores como a idade, estrutura corporal do paciente e o tipo de câncer.
Detalharemos abaixo os tratamentos mais comuns:
Cirurgia
As cirurgias são indicadas para cânceres que estejam prioritariamente em sua fase inicial ou quando ainda não estão suficientemente espalhadas pelo corpo.
Por isso, a cirurgia se concentra em promover a remoção de tumores, sejam eles benignos ou malignos.
Elas podem ser indicadas inclusive para realizar a prevenção do câncer, visto que tumores benignos não são indicativos de câncer, mas podem se transformar em tumores malignos e por isso, trazer a doença.
Quimioterapia
Por sua vez, a quimioterapia consiste na utilização de medicamentos seja por via oral ou intravenosa para o tratamento do câncer.
A maior parte dos tratamentos para quimioterapia serve para matar as células cancerosas no corpo, sendo indicado em boa parte dos casos quando há um espalhamento delas.
A quimioterapia tem um bom índice de cura para alguns tipos de câncer maligno, porém em boa parte das vezes traz consigo um nível considerável de efeitos colaterais.
Por esse motivo, a quimioterapia pode ser administrada em conjunto com outras terapias, com vistas a diminuir os impactos do tratamento no paciente.
Radioterapia
A radioterapia nada mais é do que o uso de radiação em baixas concentrações no corpo do paciente para matar células cancerosas ou eliminar tumores encontrados no corpo do paciente.
Normalmente são utilizadas câmaras de radiação com raio X, de forma similar ao que pode ser visto nos exames feitos quando há a quebra de alguns ossos ou problemas nos dentes.
Apesar das dosagens baixas, há alguns pontos negativos em sua aplicação – entre os principais está o fato de que em algumas vezes não é possível eliminar todas as células cancerosas do corpo do paciente.
Quando isso acontece, certas células se mantêm no corpo e podem se manifestar novamente, o que é chamado de recidiva da doença.
Além disso, é muito comum que durante esse processo haja a queda de cabelo, bem como redução na “qualidade” da pele.
No entanto, junto com a quimioterapia é um dos tratamentos mais utilizados para o câncer pelo potencial benéfico para seus pacientes.
Hormonioterapia
A hormonioterapia é utilizada para tratar o câncer pois há certos tipos de hormônio que estimulam o crescimento de células tumorais no corpo.
Dessa forma, a terapia hormonal não promove necessariamente a eliminação do câncer ou dos tumores no corpo, mas sim o bloqueio dos hormônios que promovem o seu crescimento.
Assim, espera-se controlar o crescimento das células, bem como o espalhamento da doença para que outros tipos de terapia sejam capazes de resolver a existência deles no corpo
Imunoterapia
Muitos dos pacientes de câncer enfrentam problemas de saúde adicionais por uma queda no sistema imunológico.
Isso pode acontecer tanto devido à ação agressiva das células cancerosas quanto pelos efeitos colaterais de parte dos tratamentos mais comuns e necessários para a doença.
Através da imunoterapia, busca-se melhorar a capacidade natural do sistema imunológico do paciente, fazendo com que ele entenda melhor quais são as células invasoras (ou inimigas) e promover o seu combate da forma correta.
Com isso, muitos dos tratamentos convencionais se tornam mais eficientes e têm um menor nível de toxicidade, visto que ao ganharem um “companheiro” na luta, podem ser aplicados em doses menores.
Transplante de Medula Óssea
O transplante de medula óssea pode ser indicado para pacientes de câncer de tipos específicos, como é o caso do câncer de medula ou da leucemia.
A leucemia, por exemplo, ocorre quando há um comprometimento da produção normal de células sanguíneas.
Quando um paciente tem leucemia, os problemas nas células sanguíneas podem trazer questões como a dificuldade no combate à infecções e uma diminuição nas capacidades do sistema imunológico.
O tratamento de câncer por meio do transplante de medula óssea envolve a transferência de células tronco hematopoiéticas que fazem parte da medula óssea do doador.
Quando isso é feito, o doador pode prosseguir sua vida normal após alguns dias, visto que a regeneração ocorre de maneira relativamente rápida.
Por outro lado, o paciente em algumas vezes experimenta a cura de uma doença grave com baixo índice de recidiva.
Nesse sentido, o transplante de medula óssea é a forma de tratamento para câncer que mais envolve um certo nível de solidariedade. Embora a compatibilidade seja maior entre irmãos, há casos de pessoas desconhecidas compatíveis.
Por isso, se você puder, cadastre-se em um banco de doadores de medula – em algum momento, você poderá ajudar a salvar a vida de alguém.
Uso terapêutico da Cannabis medicinal no tratamento dos tipos de câncer maligno
Há ainda o uso de Cannabis medicinal de forma terapêutica para o tratamento de alguns tipos de câncer maligno.
Alguns estudos vêm demonstrando nos últimos anos um grau de sucesso na redução dos efeitos colaterais das terapias convencionais para o câncer, fazendo com que a Cannabis seja vista como uma ferramenta complementar na cura da doença.
De acordo com um estudo norte-americano, por exemplo, há vantagens que o uso de substâncias como o THC e o CBD podem dar a pacientes com câncer de cabeça e pescoço.
De acordo com as evidências encontradas na literatura pelos autores, houve uma melhora em sintomas sentidos devido aos efeitos colaterais dos tratamentos comuns, que incluem náuseas, vômitos e dores.
Nesse sentido, o artigo buscou realizar uma revisão de uma série de estudos observacionais, pesquisas e ensaios clínicos sobre o uso de cannabis por pessoas que estavam com câncer de pescoço ou cabeça.
Efeitos adversos só foram sentidos quando houve uma administração de doses elevadas de THC. Por outro lado, quando houve uma administração em níveis comuns, houveram melhoras em boa parte dos efeitos sentidos pelos pacientes.
Isso inclusive é comprovado por pesquisadores de duas universidades canadenses, que realizaram avaliações a respeito dos benefícios psicossociais e de qualidade de vida após o uso da Cannabis.
Neste estudo, houve a inclusão de 148 pacientes, sendo que 74 afirmaram não realizar uso de Cannabis em nenhuma forma e 74 utilizavam o uso da substância, seja na sua forma medicinal ou recreativa.
Em todos os casos avaliados, os pacientes estavam sob tratamento do câncer de pescoço ou de cabeça recentemente diagnosticado.
Entre os resultados avaliados, houve uma melhora significativa na diminuição dos índices de ansiedade, depressão, dores e desconfortos.
Houve ainda um nível melhor a respeito do apetite, sonolência e bem-estar geral conforme os escores avaliados de forma estatística.
Por isso, o estudo traz que o uso da Cannabis Medicinal sugere benefícios importantes na melhora de alguns pontos na qualidade de vida de pessoas que estão submetidas ao tratamento de câncer de cabeça e pescoço.
Por fim, um estudo de caso realizado por pesquisadores brasileiros do departamento de neuro-oncologia do Hospital Sírio Libanês trouxe mais algumas evidências sobre o uso de Canabidiol para o tratamento de tumores cerebrais.
Nesse estudo de caso, foram analisados dois pacientes com graus similares no estadiamento da doença e que utilizaram tratamento convencional por meio de radioterapia e quimioterapia.
De forma complementar, foram administradas cápsulas de canabidiol e flores vaporizadas com THC.
Após a quimiorradiação dos pacientes, promoveu-se ressonâncias de controle para que houvesse uma melhor compreensão sobre o desenvolvimento do tratamento, bem como os efeitos do canabidiol e do THC sobre o corpo dos pacientes.
Um mês após o início do tratamento, um dos pacientes teve uma remissão praticamente completa da doença, o que pode ser considerado em certo nível como uma espécie de cura.
Enquanto isso, o outro teve também uma progressão considerável, embora não tenha havido o processo de cura finalizado.
De acordo com o estudo, houve uma amenização dos sintomas de dor, náuseas, vômitos e fadiga, o que aponta um baixo índice de efeito colateral do tratamento à base de Cannabis medicinal e ainda um alívio com relação à terapia convencional.
É importante salientar que neste estudo foram avaliados itens de melhora que normalmente não são visualizados com o uso de terapia convencional no mesmo grau em que a doença se encontra.
Dessa forma, os autores afirmam que o destaque principal do estudo é o efeito potencial que o canabidiol tem para aumentar o nível de pseudoprogressão nos pacientes ou melhorar as respostas de quimiorradiação que afetam condições de sobrevivência em pacientes com câncer.
Onde encontrar mais informações sobre o tratamento dos tipos de câncer maligno por meio da Cannabis?
Caso você esteja em busca de mais informações a respeito dos tratamentos que utilizam Cannabis Medicinal, uma boa fonte são as lives do Portal Cannabis & Saúde.
Em nosso canal do Youtube, temos lives gravadas a respeito dos seguintes temas:
- Uso terapêutico da Cannabis na Oncologia;
- Cannabis e Cuidados Paliativos com a Dra. Tamara Passos;
- Câncer e cuidados paliativos tratados com Cannabis.
As lives são sempre ministradas por médicos legalmente habilitados e com um alto índice de reputação nos temas envolvidos.
Nas 3 lives, tivemos a participação das seguintes profissionais:
Dra. Milena Aparecida Coelho Ribeiro Bessa: Oncologista Clínica, com título de especialista pela Associação Médica Brasileira (AMB). É pós-graduada em Cuidados Paliativos pelo Hospital Sírio Libanês (SP) e pós-graduanda em Nutrologia pela Universidade de São Paulo (USP).;
Dra. Tamara Passos: Médica especialista em Saúde da família e tratamentos com Cannabis Medicinal.
Com foco no cuidado integral do paciente, atua no tratamento de dores crônicas, transtornos ansiosos, depressão, cuidados paliativos no tratamento de câncer, Alzheimer, Mal de Parkinson, fibromialgia, artrose, artrite, cefaleia, enxaqueca, síndrome do pânico, esclerose múltipla, epilepsia, insônia, autismo, dependência química e endometriose.
Dra. Maria Teresa Rolim Jalbut Jacob: A Dra. Maria Teresa é especializada em Dor, com atuação no Clinique de la Toussaint, em Strasbourg, na França, no ano de 1992.
É especialista em Cannabis Medicinal e Saúde pela Universidade do Colorado, especialista em Cannabis Medicinal com atuação no Uruguai, e médica referência mundial na área.
Além disso, é pós-graduanda em Endocanabinologia, Cannabis e Cannabinoides pela Universidade de Rosário, na Argentina.
Conclusão
Há uma série de tipos de câncer maligno, cujos tratamentos variam bastante de acordo com o local onde os tumores se encontram, bem como o estágio em que a doença está.
No entanto, boa parte deles pode ser curado quando descoberto em estágios iniciais, o que faz com que a prevenção seja uma das melhores estratégias para evitar os estragos que um câncer pode provocar, inclusive aumentando as chances de sobrevivência.
Existe uma série de tratamentos que incluem o uso de radiação e medicamentos, sendo que uns podem ser mais ou menos invasivos que outros. Em todos os casos, o tratamento de câncer é conhecido por ter um alto grau de efeitos colaterais.
Nesse sentido, estudos apontam que a utilização da Cannabis medicinal pode ser uma boa forma de diminuir esses sintomas, visando melhorar a qualidade de vida e a dedicação do paciente em seu tratamento.
Por fim, há ainda alguns estudos em andamento sobre como a cannabis medicinal pode trazer melhorias não só aos sintomas e efeitos colaterais do tratamento convencional, como trazer benefícios para a possibilidade de cura da doença.
Caso você tenha interesse em utilizar a Cannabis medicinal de forma complementar ao seu tratamento convencional de câncer, clique aqui e agende uma consulta com um médico oncologista com experiência em tratamento canabinoide!