Além das dores físicas (e muitas vezes com efeitos mais devastadores do que elas), as dores causadas pelo sofrimento emocional podem trazer problemas na vida e na saúde mental de uma pessoa.
Há casos em que o sofrimento emocional é tão intenso que leva estas pessoas a fazerem coisas que sequer conseguem controlar. Por isso, questões pessoais, familiares, profissionais e de relacionamento também podem ser causas de um sofrimento emocional intenso.
Quando não se sabe lidar (ou tratar) o sofrimento emocional, a vida de uma pessoa pode acabar se tornando algo muito penoso.
Com isso, relações desta pessoa com seus familiares, com os amigos e colegas de trabalho podem ficar abaladas, formando-se uma bola de neve psicológica na vida desta pessoa.
Se você está passando por uma situação de sofrimento emocional (ou conhece alguém que esteja sofrendo com isso), continue lendo.
Neste texto, traremos alguns sinais do sofrimento emocional, suas causas e principalmente algumas das formas de tratamento desse sério problema.
Confira!
As dores emocionais
Uma das principais questões que levam a um sofrimento são as coisas que chamamos de “dores emocionais”.
As dores emocionais são aquelas que sentimos quando passamos por alguma situação, que seja permanente ou não, e que cause um incômodo a ponto de gerar tristezas, ansiedade, angústia, entre outros fatores.
Nesse sentido, as dores emocionais podem ser causadas por diversas fontes. Entre elas, pode se destacar:
- Problemas familiares persistentes;
- Traumas após acidentes, perdas ou mortes;
- Experiências devastadoras com assédio moral no trabalho;
- Questões de abusos psicológicos, mentais ou sexuais na infância;
- Rejeição e baixa autoestima;
- Problemas com o cônjuge;
- Entre outros.
Embora cada pessoa tenha uma forma de lidar com seu sofrimento emocional, não se pode julgar ninguém por isso. Afinal, cada pessoa tem sua cabeça, suas questões psicológicas e seus traumas.
Nesse sentido, o importante é que as pessoas que sofram mais com os problemas emocionais sejam capazes de entender quando precisam de ajuda.
Em alguns casos, o sofrimento emocional pode ser aliviado com a otimização de questões internas da pessoa, normalmente resolvidas com a conquista do autoconhecimento.
Essa conquista geralmente é facilitada com a utilização de tratamentos psicológicos simples, como as sessões de terapia.
Há alguns tipos diferentes de terapia, mas em resumo, elas servem para isso: Trazer uma melhor sensação de autoconhecimento, dando mais segurança para que cada pessoa consiga resolver os seus próprios problemas de forma autônoma.
Abaixo, algumas coisas que podem levar uma pessoa ao sofrimento emocional.
O que leva uma pessoa a ter um sofrimento emocional?
Normalmente, o sofrimento emocional é causado pelas dores emocionais como citamos anteriormente. Entretanto, além disso, há questões que vão muito além do controle das pessoas.
Doenças psiquiátricas como a depressão e a ansiedade podem ser algumas das causas e dessa forma, nem sempre apoio psicológico é a única forma de aliviar o sofrimento emocional.
Isso acontece pelo fato de que algumas dessas doenças, em certos estágios, podem ser causadas por deficiências químicas no nosso cérebro. Dois dos principais neurotransmissores envolvidos nestas doenças são a serotonina e a noradrenalina.
A serotonina (também conhecida como hormônio da felicidade) é uma substância química que faz com que os neurônios consigam fazer transmissões de sinais elétricos uns para os outros.
No caso da serotonina, ela é capaz de fazer a regulagem de algumas questões que são importantíssimas para o funcionamento de nossos corpos.
Entre elas, destacam-se:
- regulação das funções cardíacas através da manutenção do ritmo e da frequência;
- Regulação do sono, do humor e do apetite;
- Ajuste na temperatura corporal.
Por outro lado, a noradrenalina é também uma importante substância química e está associada com algumas condições – a capacidade de ficar em alerta, memória e atenção.
A deficiência dessas duas substâncias podem ser as causas de depressão, ansiedade e déficit de atenção. Quando isso acontece, tratamentos à base de medicamentos químicos precisam ser realizados.
Quando há um sofrimento emocional profundo ligado à deficiência dessas substâncias, dá-se o nome de depressão química.
Quais são os sinais do sofrimento emocional?
O sofrimento emocional se destaca por alguns sinais que podem ser facilmente identificáveis por quem convive com a pessoa afetada.
Uma característica destas pessoas é que algumas delas não são capazes de perceber as mudanças consigo mesmo, sendo necessário que alguém externo consiga visualizar os problemas e sugerir métodos de ajuda.
Confira abaixo alguns dos principais sinais de sofrimento emocional:
– Mudanças de comportamento
Muitas pessoas que estão enfrentando algum tipo de sofrimento emocional passam a se portar de maneira diferente de antes.
Algumas podem se retrair, outras podem passar a ser mais agressivas ao menor sinal de confronto de ideias.
Por isso, é muito importante que os amigos e familiares sejam capazes de ver se a pessoa está apenas sob a condição de um estresse (ou tristeza) momentâneo, ou se há algo mais sério acontecendo.
Para ter certeza, não basta perguntar se está tudo bem – pessoas nestas condições costumam fugir dos assuntos que dizem respeito aos geradores do sofrimento emocional.
Nesse sentido, deve-se perceber quais são as mudanças na rotina da pessoa e o que ela faz ou deixa de fazer em comparação com dias ou meses anteriores.
A empatia é fundamental – se coloque no lugar dela. Por que você se iria se retrair na sua relação com as pessoas que você ama?
Nem sempre o problema tem a ver com o lado profissional ou pessoal – lembrar-se disso ajuda a saber como lidar com as questões.
– Alteração do humor
Outro sintoma muito comum para pessoas com sofrimento emocional ou outras desordens de origem mental é a alteração do humor.
Ao contrário do que se pode pensar, pessoas que não estão bem emocionalmente, podem ter momentos de felicidade, euforia e alegria.
Entretanto, quando os motivos destes bons sentimentos cessam, o natural é que essa pessoa volte a ficar mais retraída ou cabisbaixa.
Além disso, em alguns casos, a pessoa pode ficar agressiva sem nenhum motivo aparente.
Esse tipo de agressividade normalmente se manifesta por vias verbais, mas há casos em que quebras de objetos ou até mesmo vias de fato podem acontecer, a depender do nível da condição.
– Pensamentos negativos
Outra condição comum a pessoas que passam por questões de sofrimento emocional é o excesso de pensamentos negativos.
Todo mundo conhece alguma pessoa que, quando instigado sobre alguma oportunidade, sempre pensa no pior.
Para demonstrar de maneira mais didática, vamos propor um exemplo:
Imagine que uma pessoa está prestes a ganhar algum tipo de promoção no trabalho, o que poderá dar mais poder, salários e condições de trabalho melhor.
Quando uma pessoa não está com o seu lado psicológico/emocional bem trabalhado, ela pode se sentir insegura para assumir a vaga.
É como se ela visse apenas os problemas (mais responsabilidades, por exemplo) e esquecesse completamente das vantagens que a vaga pode oferecer.
Com isso, ela acaba rejeitando a promoção, ainda que seja uma boa oportunidade profissional, financeira e até mesmo pessoal.
Nesse sentido, os pensamentos negativos podem prejudicar uma pessoa de forma substancial – até mesmo nas relações. Estas pessoas costumam ter o hábito (ainda que involuntário) de fazer muitas reclamações.
E, convenhamos, praticamente nenhuma pessoa no mundo, gosta de conviver com alguém que reclama de tudo.
Entretanto, há casos mais sérios de pensamentos negativos – quando a pessoa começa a ter pensamentos suicidas ou algo do tipo: “ninguém sentiria minha falta”, “por que eu nasci?”, “o que estou fazendo neste mundo?”.
Esse é o estágio de maior preocupação quando falamos de sofrimento emocional. Normalmente acontece quando a pessoa já não tem mais esperança de uma melhoria em suas condições.
Se você está passando por isso, procure alguém que você confie ou ligue para o Centro de Valorização da Vida (o número é 188). A ligação é gratuita, e é feita por um canal de comunicação neutra por meio de voluntários.
Além disso, busque ajuda profissional, por meio de psicólogos e psiquiatras – estes são os principais profissionais que podem te ajudar com questões de saúde mental.
– A falta ou excesso de cuidado
Outro sintoma de sofrimento emocional é quando a pessoa afetada começa a se tornar uma pessoa displicente em boa parte de suas tarefas.
Em casos mais avançados, o sofrimento emocional pode fazer com que a pessoa não tenha mais vontade de se arrumar para sair, comprar roupas ou até mesmo limpar casa.
Quando isso acontece, é um sinal que o sofrimento emocional está impactando o dia a dia, a autoestima e as relações da pessoa.
Por outro lado, há casos em que há um excesso de cuidado causado pelo sofrimento emocional. Esse excesso de cuidado pode se demonstrar como o medo de cometer falhas e frustrar outras pessoas (ou a si próprio).
Por isso, a pessoa acaba usando de um suposto perfeccionismo para maquiar a sua insegurança com relação às suas tarefas ou ações.
Além de ser bastante prejudicial com relação às entregas, o excesso de zelo pode impactar também nas relações pessoais. Há pessoas que evitam conhecer outras pessoas ou se sujeitar a novos relacionamentos por causa desse excesso de zelo.
Muito disso advém de traumas anteriores que causaram frustração ou rejeição no passado. E, acredite: muitos desses traumas podem vir até mesmo da infância.
Neste sentido, é muito importante que a pessoa faça terapia, pois como já dissemos ao longo deste artigo, é uma forma de adquirir autoconhecimento e entender melhor sobre o que de fato traz impacto às suas condições emocionais.
– Adoecimentos frequentes
O estresse, a ansiedade, a depressão e o sofrimento emocional estão entre os fatores que afetam o nosso sistema imunológico.
Quando um ser humano se sente em alguma condição de perigo ou ameaça, há um aumento na resposta do cérebro em algumas substâncias que podem ser prejudiciais para o sistema imunológico.
Cortisol e adrenalina, por exemplo, são hormônios estressores e que fazem a pressão arterial se elevar, bem como mudanças na frequência cardíaca, na respiração e na contração dos músculos.
Por fim, para entender melhor sobre como o sofrimento emocional pode impactar na saúde física de um indivíduo, entenda que há um gasto de energia além do normal e, por isso, há um desgaste muito maior das defesas do nosso corpo.
Portanto, quando você ou alguém próximo apresentar sintomas como baixa imunidade, sem motivo aparente, cogite a possibilidade da causa ser algo ligado às questões psicológicas ou emocionais.
Como aliviar o sofrimento emocional?
As dores emocionais são bastante problemáticas, mas há uma série de coisas que você pode fazer para aliviá-las. Confira na lista abaixo:
Procure um psicólogo e faça terapia
Ao longo deste artigo já detalhamos sobre os benefícios que a terapia pode trazer como auxílio no alívio do sofrimento emocional.
Por isso, contar com um profissional de qualidade e que inspire confiança em você, pode fazer muita diferença na forma com que você lida com seu lado emocional.
Faça exercícios físicos
Uma das melhores formas de liberar hormônios e substâncias químicas no cérebro capazes de vencer os sentimentos negativos é através do exercício físico.
Você já ouviu falar, por exemplo, no termo “endorfinar”? É um termo utilizado por um grupo de pessoas que costuma fazer exercícios físicos com frequência.
Não é para menos: quando se faz exercícios físicos, há a liberação de alguns hormônios – o que inclui a endorfina. Esse hormônio é o que está mais próximo de nos trazer a sensação de bem estar e, por isso, é tão importante na ajuda de nossas questões mentais.
Conheça pessoas e novos hobbies
Outra forma de combater o sofrimento emocional é através de novos hobbies. Inclusive, você pode usar esse novo hobby para conhecer novas pessoas, algo que também pode ajudar você a superar seus traumas e problemas.
Não importa o hobby: todos eles fazem com que você diminua o seu nível de estresse e deixe o seu corpo e mente relaxados.
Por isso, ter alguma tarefa ou atividade fora do trabalho e de suas outras obrigações é fundamental para que a sua saúde emocional melhore.
Mantenha as pessoas que você ama por perto
Um dos maiores problemas que uma pessoa com sofrimento emocional pode trazer para si própria, é se isolar e se afastar de pessoas que você ama (e te amam).
Por isso, manter seus familiares e os bons amigos por perto pode ser uma boa forma de manter o apoio tão necessário nestes momentos.
Cannabis medicinal ajuda a reduzir o sofrimento emocional?
Sim. Nos últimos anos diversos estudos têm sido feitos de forma a relacionar o tratamento à base de Cannabis para questões de sofrimento emocional.
Abaixo, trouxemos alguns dos mais relevantes:
– Estudos que mostram benefícios da Cannabis para transtornos mentais
É sabido que a Cannabis já tem sido utilizada em diversos países como um importante ansiolítico ou antidepressivo nas últimas duas décadas. Boa parte desse fato advém de comprovações científicas a respeito da eficácia de substâncias como o canabidiol, THC e cannabigerol.
Nesse sentido, um dos estudos mais completos e relevantes da área de saúde mental e a cannabis analisou em formato de estudo de caso o uso do canabidiol no tratamento da ansiedade.
Ao analisar 72 pacientes que sofriam de ansiedade e dificuldade para dormir, os resultados foram bastante animadores. Dos 72 pacientes da amostra completa, 47 foram considerados com graus primários de ansiedade e 25 com baixa qualidade de sono.
Como resultado, houve a melhora nos escores de ansiedade em 57 pacientes da amostra (totalizando quase 80%) já no primeiro mês de tratamento (o tratamento durou 3 meses no total).
Além disso, houve uma melhora de forma consistente nos escores de sono em 66% dos pacientes, cerca de ⅔ da amostra total. Nesse sentido, pode-se dizer que o canabidiol é eficiente no tratamento tanto de ansiedade, quanto em distúrbios do sono.
Por outro lado, houve um número reduzido de efeitos colaterais – apenas 3 pacientes foram afetados, todos de forma bastante leve.
Além disso, esta outra pesquisa de 2014 traz como principais conclusões o fato de que o canabidiol, quando utilizado de forma medicinal, é capaz de promover uma melhora nas condições de humor e emocionais de um indivíduo.
Ao realizar o estudo com animais, verificou-se que sintomas distúrbios mentais como a depressão e a ansiedade puderam ser reduzidos com o uso do composto do canabidiol.
Além disso, a pesquisa detalhou sobre como os neuroreceptores do sistema endocanabinoide CB1 e CB2 lidam com a utilização do canabidiol neste tratamento. Não houve nenhum tipo de alteração negativa relevante, indicando assim uma ausência de efeitos colaterais.
Por fim, este estudo de 2017 vai ao encontro de todas as outras relações feitas anteriormente sobre saúde mental e Cannabis.
Ao verificar sobre o potencial terapêutico do uso do canabidiol nas questões afetivas e motivacionais em ratos, conseguiu-se concluir que as partes cerebrais destes animais foram afetadas de maneira positiva com relação ao tratamento do CBD.
Com esta evidência, há de se estudar de maneira clínica sobre como o CBD pode trazer benefícios às questões de sofrimento emocional em seres humanos.
Entretanto, como é o caso dos estudos anteriores, há boas probabilidades de que o canabidiol funcione bem nesses aspectos.
– Onde buscar ajuda à base de Cannabis Medicinal?
A utilização de Cannabis para fins medicinais no Brasil é regulamentado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA. Sua utilização deve ser feita apenas com prescrição médica.
Na prescrição, deve conter: remédio (ou substância) a ser utilizado, dosagem ou concentração por substância, forma de administração e aquisição do medicamento.
Porém, em muitas vezes, encontrar um médico que tenha experiência em realizar tratamentos Canábicos não é tão simples quanto o processo de aquisição dos medicamentos.
Pesquisas recentes apontam que menos de 1% dos médicos no Brasil receitam ou já receitaram no passado algum tratamento à base de Cannabis.
Boa parte desse índice pode ser explicado pelo reduzido conhecimento dos profissionais a respeito de pesquisas e estudos a respeito das deficiências do sistema endocanabinoide e como este se relaciona com boa parte das doenças.
Nesse sentido, caso os tratamentos para sofrimento emocional não estejam surtindo o efeito desejado e você tenha interesse em realizar tratamentos com substâncias de cannabis medicinal, é importante contar com alguém que tenha experiência nesse tipo de tratamento.
Por isso, o Portal Cannabis & Saúde tem uma plataforma, onde é possível abrir solicitações de consultas com profissionais habilitados e experientes na abordagem terapêutica de canabinoides.
Esta plataforma possibilita o encontro entre médicos e pacientes de forma rápida, fácil e simplificada. Você pode buscar os médicos que atuam na sua região ou ainda, contar com profissionais que atuem de forma remota, com o uso da telemedicina.
Além disso, você pode filtrar os profissionais de acordo com a especialidade em que atuam, preço de consulta e atendimentos por planos de saúde.
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Conclusão
Como você pôde ler neste artigo, o sofrimento emocional é uma condição que pode acontecer na vida de qualquer pessoa. Não se escolhe cor, gênero, orientação sexual ou condições financeiras.
Entretanto, muitos dos fatores que levam ao sofrimento emocional são afetados por motivos comuns. Problemas no casamento, na família ou no trabalho podem fazer com que uma pessoa seja afetada por essa condição.
Além disso, consequências podem desembocar em questões mais graves como a ansiedade e a depressão. Por isso, o tratamento correto do sofrimento emocional deve ser feito de forma a melhorar a qualidade de vida e a saúde como um todo da pessoa.
Algumas pessoas demandam tratamento mais específico, com o uso de terapia e medicamentos – o que inclui ansiolíticos e antidepressivos. Muitos desses remédios, porém, podem trazer efeitos colaterais importantes e dificultar o processo de melhora.
Por isso, medicamentos à base de ativos naturais e Cannabis podem ser uma alternativa auxiliar no tratamento do sofrimento emocional. Verifique com o seu médico sobre essa possibilidade.
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