A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma condição que causa uma vontade incontrolável de mover as pernas para aliviar uma sensação de desconforto.
Normalmente, acontece à noite ou durante a tarde, quando se está sentado ou deitado. Essa urgência de se mexer costuma vir associada a sensações desagradáveis nas pernas, como formigamento, fisgadas ou queimação.
É mais comum que a SPI afete as pernas, mas há casos de pacientes que experimentam os mesmos sintomas nos braços.
A qualidade de vida de um portador dessa síndrome fica bastante prejudicada, visto que a doença costuma atrapalhar o sono, o descanso e suas atividades diárias.
Então, para se informar melhor a respeito da síndrome das pernas inquietas e suas formas de manejo, prossiga com a leitura e aprenda sobre:
- O que é a síndrome das pernas inquietas?
- O que causa a síndrome das pernas inquietas?
- Sintomas da síndrome das pernas inquietas
- Quanto tempo dura uma crise de pernas inquietas?
- Fatores de risco da síndrome das pernas inquietas
- Como funciona o diagnóstico da SPI?
- A síndrome das pernas inquietas tem cura?
- Tratamento da síndrome das pernas inquietas
- Cannabis medicinal como auxiliar no tratamento da SPI
- Como aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas?
- Quais hábitos podem piorar a síndrome das pernas inquietas?
O que é a síndrome das pernas inquietas?
A síndrome das pernas inquietas (SPI), também chamada de doença de Willis-Ekbom, é um transtorno neurológico que provoca sensações incômodas nas pernas, acompanhadas de uma necessidade urgente de movê-las.
Os sintomas desta síndrome costumam aparecer no fim da tarde ou à noite, sendo mais intensos durante os períodos de descanso, especialmente à noite.
A SPI pode afetar gravemente a qualidade do sono, dificultando tanto o ato de adormecer quanto a volta ao sono após despertar.
Movimentar as pernas ou caminhar temporariamente alivia o desconforto, mas as sensações frequentemente retornam quando o movimento cessa.
Por conta disso, a síndrome das pernas inquietas também é classificada como um distúrbio do sono, uma vez que os sintomas são desencadeados pelo descanso e pela tentativa de dormir.
Como resultado, seus sintomas causam exaustão e sonolência diurna, o que costuma afetar fortemente o humor, a concentração, o desempenho profissional e escolar, e as relações pessoais.
É, entretanto, melhor definida como um distúrbio sensorial neurológico com sintomas que são produzidos a partir do próprio cérebro.
Muitas pessoas com a síndrome relatam que muitas vezes não conseguem se concentrar, têm a memória ruim ou não realizam as tarefas diárias.
Além disso, a síndrome das pernas inquietas de nível moderado a severo, quando não tratada, leva a uma diminuição de cerca de 20% na produtividade do trabalho e pode contribuir para a depressão e ansiedade.
Qual a incidência dessa síndrome?
A síndrome das pernas inquietas afeta entre 5% e 10% da população brasileira, sendo mais comum em mulheres após os 40 anos, mas pode aparecer em qualquer faixa etária.
Pesquisadores e especialistas alertam sobre a importância do diagnóstico em crianças, destacando que o distúrbio pode ser confundido com hiperatividade.
Nos casos moderados, os sintomas ocorrem uma ou duas vezes por semana, atrasando significativamente o início do sono.
Já em casos mais graves, as manifestações acontecem mais de duas vezes por semana, causando interrupções severas no sono e afetando a capacidade de funcionamento durante o dia.
Algumas pessoas com a síndrome experimentam períodos de remissão, caracterizados por uma melhora espontânea dos sintomas por um tempo, especialmente nos estágios iniciais do distúrbio.
Indivíduos que têm alguma condição médica associada costumam desenvolver sintomas mais intensos rapidamente, enquanto aqueles sem outros problemas de saúde apresentam uma evolução mais lenta da síndrome.
O que causa a síndrome das pernas inquietas?
De acordo com National Institute of Neurological Disorders and Stroke, os motivos que desencadeiam a síndrome das pernas inquietas nem sempre são claros.
Sabe-se que a síndrome das pernas inquietas (SPI) está associada a um problema em uma área do cérebro responsável pelo controle dos movimentos.
Os gânglios da base utilizam a dopamina, uma substância química cerebral, para regular os movimentos musculares de forma suave e coordenada.
Quando há uma interrupção nos níveis de dopamina, isso pode resultar em movimentos involuntários. Pessoas que sofrem de distúrbios do movimento, como a doença de Parkinson, têm um risco maior de desenvolver SPI.
Além disso, a síndrome das pernas inquietas está relacionada ou pode ser influenciada por diversos outros fatores ou condições subjacentes, tais como:
- Deficiência de ferro: O ferro realiza a comunicação entre os neurônios e quando o organismo não possui a quantidade de ferro suficiente essa comunicação pode ser comprometida causando a síndrome.
- Diabetes: A diabetes pode danificar os vasos sanguíneos e nervos, inclusive dos músculos dos membros inferiores, causando a síndrome das pernas inquietas.
- Falência renal: Estudos mostram que é comum que pessoas com insuficiência renal tenham a síndrome das pernas inquietas, contudo, a razão para isso ainda é desconhecida.
- Gravidez: Há mulheres que apresentam a síndrome das pernas inquietas durante o último trimestre da gravidez, provavelmente devido a uma deficiência nos níveis de ácido fólico.
- Medicamentos: Antipsicóticos, antidepressivos, anti-histamínicos e anti-eméticos, por influenciarem os níveis de dopamina no cérebro, podem desencadear a síndrome.
- Hábitos inadequados: O uso excessivo de álcool, cigarro e cafeína interferem no funcionamento do sistema nervoso, resultando na SPI.
Sintomas da síndrome das pernas inquietas
Se você sofre de síndrome das pernas inquietas, é comum sentir uma necessidade irresistível de se mover, acompanhada de desconfortos, que diferem das sensações normais em quem não tem o transtorno.
Os sintomas que acompanham a SPI incluem dor, latejamento, puxão, coceira ou arrepios.
Esses sintomas, embora menos frequentes, podem afetar os braços e, raramente, o peito ou a cabeça. Apesar de ocorrerem em um lado do corpo, é comum que afetem ambos.
Outras características mais recorrentes da síndrome das pernas inquietas incluem:
- Desconfortos que surgem após períodos de repouso: Costumam aparecer quando a pessoa fica inativa por muito tempo, como durante viagens longas ou ao assistir a um filme.
- Alívio ao se movimentar: Para amenizar ou evitar o desconforto, pode ser necessário manter as pernas, ou outras partes afetadas, em movimento constante
- Sintomas mais intensos à noite, seguidos de um período de alívio pela manhã: A dificuldade para adormecer ou manter o sono é comum, e os sintomas tendem a piorar se o sono for reduzido por atividades ou eventos.
A síndrome das pernas inquietas também está associada aos seguintes sintomas:
- Mudanças de humor;
- Cansaço e sonolência durante o dia;
- Dificuldade de concentração;
- Prejuízo na memória;
- Diminuição da produtividade;
- Ansiedade e depressão.
Mais de 80% das pessoas com SPI também apresentam movimento periódico dos membros durante o sono.
Esta é uma condição caracterizada por movimentos involuntários de contração ou sacudidelas nas pernas (e às vezes nos braços) durante o sono, que normalmente ocorrem a cada 15 a 40 segundos.
Quanto tempo dura uma crise de pernas inquietas?
A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma condição crônica, o que significa que ela pode durar por toda a vida.
No entanto, a intensidade dos sintomas pode variar ao longo do tempo, e algumas pessoas podem passar por períodos em que os sintomas são mais leves ou até ausentes.
Quando a condição é moderada, os desconfortos surgem uma ou duas vezes por semana, mas costumam atrasar o início do sono e causar alguma interferência nas atividades diárias.
Em alguns casos, os sintomas desaparecem temporariamente — por semanas ou meses — principalmente nos estágios iniciais do transtorno. No entanto, com o tempo, eles tendem a reaparecer e se agravar progressivamente.
Fatores de risco da síndrome das pernas inquietas
A síndrome das pernas inquietas (SPI) é uma condição neurológica que pode ser desencadeada ou agravada por diversos fatores. Aqui estão os principais:
- Sexo feminino: Mulheres têm maior propensão a desenvolver SPI, possivelmente devido a influências hormonais;
- Idade avançada: O risco aumenta com a idade, especialmente após os 50 anos;
- Gravidez: Muitas mulheres relatam sintomas de SPI durante a gestação, sobretudo no terceiro trimestre, devido a mudanças hormonais e deficiências nutricionais;
- Deficiência de ferro: Níveis baixos de ferro no organismo estão fortemente associados ao surgimento da SPI, já que o ferro é importante para o bom funcionamento do sistema nervoso.
- Doação frequente de sangue: A perda contínua de ferro durante as doações pode baixar os níveis desse ferro, aumentando o risco de SPI.
- Insuficiência renal crônica: Problemas renais podem causar desequilíbrios no corpo, levando ao surgimento da SPI.
- Neuropatia periférica: Danos nos nervos periféricos, comuns em diabéticos, podem predispor o indivíduo à SPI.
- Uso excessivo de álcool ou cafeína: Essas substâncias podem afetar o sistema nervoso e agravar os sintomas da SPI.
- Medicamentos: Antidepressivos, anti-histamínicos, metoclopramida e lítio são exemplos de fármacos que podem desencadear ou piorar os sintomas da SPI.
- Outras condições médicas: Doença de Parkinson, diabetes mellitus, fibromialgia, artrite reumatoide, mielopatias e transtornos do sono, como narcolepsia e distúrbio comportamental do sono REM, estão entre as condições que aumentam o risco de SPI.
Como funciona o diagnóstico da SPI?
Não existe um teste específico para a síndrome das pernas inquietas (SPI), sendo a condição identificada por meio de uma avaliação médica criteriosa.
Um exame físico e neurológico, juntamente com o levantamento do histórico médico e familiar, além da lista de medicamentos em uso, também é importante na avaliação.
O médico em questão analisa a frequência, duração e intensidade dos sintomas, se o movimento alivia as sensações, o tempo necessário para adormecer, qualquer dor relacionada e padrões de sono diurnos.
Exames de sangue auxiliam a excluir outras condições, como insuficiência renal ou baixos níveis de ferro, que podem desencadear sintomas semelhantes.
Além disso, distúrbios do sono, como apneia, e gravidez, também devem ser considerados.
Diagnosticar a SPI em crianças é mais complicado, pois muitas vezes elas têm dificuldade em descrever seus sintomas.
A SPI em crianças pode ser confundida com “dores de crescimento” ou até mesmo com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.
Qual o médico que cuida da síndrome das pernas inquietas?
O diagnóstico da síndrome das pernas inquietas normalmente é feito por um clínico geral ou um médico especialista em distúrbios do sono.
Embora raramente essa síndrome tenha como causa uma polineuropatia, é indispensável avaliar os reflexos, a sensibilidade ao toque e a intensidade da dor.
A síndrome das pernas inquietas tem cura?
Não há cura para a síndrome das pernas inquietas, mas os sintomas podem ser aliviados com o tratamento.
Existem diversos tratamentos disponíveis, incluindo medicamentos, terapias não medicamentosas e cirurgia. O objetivo é reduzir a intensidade dos sintomas e melhorar a qualidade de vida.
Os medicamentos mais utilizados para o tratamento da síndrome das pernas inquietas são os dopaminérgicos, que são drogas que aumentam os níveis de dopamina no cérebro.
Outros medicamentos usados para o tratamento da SPI são os anticonvulsivantes, como o gabapentina e a carbamazepina.
Alguns pacientes também podem se beneficiar de terapias não medicamentosas, como acupuntura e massagem.
Tratamento da síndrome das pernas inquietas
Se a síndrome das pernas inquietas for causada pela anemia por deficiência de ferro, suplementos de ferro costumam ser suficientes para tratar os sintomas.
Em pacientes em que a síndrome das pernas inquietas é mais grave, é preciso fazer o uso de alguns medicamentos que diminuem a sensibilidade das pernas, como por exemplo:
- Agonistas da dopamina: costumam ser a primeira opção de tratamento com medicamentos que atuam como o neurotransmissor dopamina no cérebro, diminuindo a intensidade dos sintomas. A combinação de levodopa com carbidopa pode ser útil em casos intermitentes;
- Benzodiazepinas: são sedativos que ajudam a pegar no sono mais facilmente, mesmo que ainda existam alguns sintomas;
- Agonistas da Alfa 2: estimulam os receptores de alfa 2 no cérebro, que desligam a parte do sistema nervoso responsável pelo controle involuntário dos músculos, aliviando os sintomas da síndrome;
- Anticonvulsivantes: A gabapentina enacarbil é muito usada para tratar SPI moderada a grave. Outras opções, como a pregabalina, auxiliam no alívio das dores nervosas e distúrbios sensoriais associados;
- Opioides: Medicamentos como metadona, codeína, hidrocodona e oxicodona são indicados em casos mais graves de SPI, quando outros tratamentos não oferecem resultados satisfatórios.
Casos leves de síndrome das pernas inquietas, que não estão ligados a uma condição de saúde subjacente, podem não requerer nenhum tratamento, a não ser fazer algumas mudanças no estilo de vida, por exemplo:
- Reduzir ou evitar o consumo de álcool, nicotina e cafeína;
- Estabelecer e seguir um padrão regular de sono;
- Praticar exercícios físicos;
- Fazer massagens nas pernas ou tomar banhos mornos;
- Aplicar calor ou frio nas pernas, utilizando bolsas térmicas ou de gelo.
Cannabis medicinal como auxiliar no tratamento da SPI
Quando há uma disfunção na produção ou regulação de dopamina nos gânglios da base, o cérebro não consegue regular os movimentos de forma adequada, resultando nos sintomas típicos da SPI.
A Cannabis, no entanto, pode influenciar positivamente os sintomas da SPI, modulando a atividade do sistema endocanabinoide e, indiretamente, o sistema dopaminérgico.
O THC tem um efeito antinociceptivo, ou seja, pode reduzir a percepção de dor e desconforto, algo frequentemente relatado por pessoas com SPI.
Esse efeito ocorre porque o THC interage com os receptores canabinoides CB1, que estão distribuídos no sistema nervoso central, ajudando a inibir desconfortos que desencadeiam a necessidade de mover as pernas.
Em doses agudas, o THC possivelmente aumenta a liberação de dopamina, o que pode ajudar a reequilibrar a atividade neural nos gânglios da base e suavizar os movimentos descontrolados que caracterizam a SPI.
Por outro lado, o CBD complementa essa ação modulando os receptores CB2 e reduzindo a inflamação, podendo, assim, aumentar a sensação de relaxamento e alívio dos sintomas noturnos da SPI.
Essa combinação de efeitos faz da Cannabis uma alternativa promissora para pacientes com SPI refratária a tratamentos convencionais, os quais podem, possivelmente, obter os seguintes benefícios:
- Redução dos espasmos musculares;
- Alívio do desconforto noturno;
- Melhoria na qualidade do sono;
- Diminuição da ansiedade associada
- Ação relaxante muscular;
- Melhoria da circulação;
- Diminuição da necessidade de uso de medicamentos convencionais;
- Redução de inflamação;
- Prevenção de movimentos excessivos;
- Alívio da dor crônica.
Estudos que apontam benefícios da Cannabis para a síndrome
De acordo com um estudo publicado pela Sleep Breath, em 2020, cerca de 3% da população norte-americana e europeia sofre com a SPI, mas ainda faltam alternativas de tratamentos efetivas para todos os casos.
Por isso, o uso medicinal da Cannabis surge como uma opção que pode proporcionar uma remissão parcial ou até mesmo total em situações refratárias.
A respeito disso, um relato de caso envolvendo 6 pacientes em tratamento com Cannabis medicinal para o controle dos sintomas da SPI trouxe evidências promissoras.
De acordo com os pacientes, após início da terapia canabinoide, que envolveu o consumo de um extrato de Cannabis full spectrum via sublingual, foi perceptível uma melhora na qualidade do sono.
Os principais sinais de SPI em que houveram melhoras importantes estão:
- Redução das sensações de desconforto ou da necessidade de mover as pernas;
- Diminuição das dores;
- Diminuição de formigamentos, arrepios e pontadas.
Os pesquisadores acreditam que este efeito está relacionado ao sistema endocanabinoide, uma vez que sua função está associada a regulação da liberação de noradrenalina e serotonina.
No entanto, o estudo ressalta a necessidade de mais pesquisas para validar estes efeitos.
Como é feito o tratamento auxiliar por meio da Cannabis medicinal?
O tratamento pode ser realizado através de várias vias de administração, sendo a sublingual a preferida, pois proporciona um efeito mais rápido.
O paciente coloca o produto sob a língua e os canabinoides serão rapidamente absorvidos, trazendo alívio em momentos de necessidade.
Os produtos prescritos podem variar entre o CBD isolado (indicado principalmente para crianças) e o de espectro completo, que retém todos os canabinoides, incluindo o THC.
Além dessas opções, a via oral é outra alternativa, geralmente disponível em cápsulas ou comestíveis.
A aplicação tópica, que utiliza cremes e pomadas, pode complementar o uso oral, permitindo tratar dores localizadas ou inflamações.
Como cada paciente tem seus próprios sintomas em intensidade variada, a escolha do método de administração e da formulação mais adequada deve ser feita em conjunto com um profissional de saúde após uma avaliação.
Relatos de pessoas com SPI que utilizaram Cannabis medicinal
Os medicamentos à base de Cannabis têm se mostrado não apenas uma alternativa viável, como também eficiente para pacientes com diferentes SPI.
Um exemplo disso é o caso de Welington Belluco, de 42 anos, que foi diagnosticado com síndrome das pernas inquietas em 2014.
Welington relata que os sintomas começaram em 2012, com sensações de queimação, pontadas e dor nas duas pernas.
Inicialmente, os episódios eram toleráveis, ocorrendo uma vez por semana, mas logo se tornaram diários, comprometendo sua paz e tranquilidade.
Após o diagnóstico, iniciou um tratamento que incluiu anticonvulsivos, antidepressivos e um medicamento utilizado para tratar a doença de Parkinson, mas não observou melhora significativa.
“Embora essa medicação não aliviava os sintomas de dor e pressão, melhorava minha qualidade de sono. Durante anos, essa foi a única alternativa que tive”, comentou.
A mudança na situação de Welington ocorreu em 2020. Após receber autorização da Anvisa, iniciou imediatamente o uso de Canabidiol com acompanhamento médico, e notou melhora nos sintomas já nos primeiros dias.
“No segundo dia de uso do Canabidiol, percebi um alívio considerável. A qualidade do meu sono melhorou de forma indiscutível. Passei três semanas sem sentir dores, e meu sono estava regulado”, recorda Welington.
Após um mês, os sintomas voltaram a aparecer, mas sua frequência e intensidade diminuíram após o ajuste da dose.
Welington acredita que, embora o Canabidiol não elimine todos os sintomas, hoje ele desfruta de noites de sono regulares e uma qualidade de vida aprimorada.
“Muitas pessoas ainda têm receio e desconfiança em relação ao uso do Canabidiol. Por experiência própria, em busca de alguma melhora, aceitei de imediato iniciar o tratamento e acredito que ele me ajudou bastante. Desejo que outras pessoas também possam considerar essa opção.”
Onde buscar ajuda para tratamento à base de Cannabis Medicinal?
O tratamento da síndrome das pernas inquietas (SPI) com Cannabis deve ser realizado exclusivamente sob orientação de um médico qualificado.
Assim, o ideal é marcar uma consulta com um profissional que tenha experiência neste tipo de abordagem.
Estudos indicam que a proporção de médicos prescritores de tratamentos canabinoides no Brasil é inferior a 0,5%.
Em resposta a essa necessidade, o Portal Cannabis e Saúde criou uma plataforma que facilita a conexão entre pacientes e médicos especializados em Cannabis, tornando mais ágil a busca pelo profissional que vai te acompanhar.
Portanto, caso esteja interessado nos benefícios que a Cannabis pode oferecer, acesse nossa plataforma para marcar uma avaliação e descobrir se esta terapia é a melhor opção para o seu caso.
Como aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas?
Alterações simples no cotidiano podem ser suficientes para aliviar os sintomas da síndrome das pernas inquietas (SPI). Aqui estão algumas sugestões:
- Banhos relaxantes e massagens: Mergulhar as pernas e os pés em água quente e realizar massagens nas pernas pode ajudar a relaxar os músculos e proporcionar alívio;
- Compressas quentes ou frias: A aplicação de compressas quentes ou frias, ou até mesmo a alternância entre elas, mitiga as sensações desconfortáveis nas pernas;
- Higiene do sono adequada: A fadiga costuma agravar os sintomas da SPI, por isso, é preciso manter uma boa higiene do sono. Procure garantir um ambiente tranquilo, e busque dormir pelo menos oito horas por noite.
- Atividade física: Praticar exercícios físicos de maneira regular alivia os sintomas da SPI. No entanto, evite excessos ou atividades físicas intensas perto da hora de dormir, pois isso pode piorar o quadro.
- Redução da cafeína: Em alguns casos, eliminar a cafeína da dieta diminuirá a sensação de inquietação nas pernas. Evite alimentos e bebidas que contenham cafeína, como chocolate, café, chá e refrigerantes.
Quais hábitos podem piorar a síndrome das pernas inquietas?
A síndrome das pernas inquietas (SPI) pode ser exacerbada por uma variedade de hábitos que, muitas vezes, passam despercebidos. Veja alguns:
- Inatividade prolongada: Ficar sentado por longos períodos, costuma acentuar os sintomas, tornando os músculos mais tensos e propensos à inquietação;
- Consumo excessivo de cafeína: Bebidas como café, chá e refrigerantes tendem exacerbar a sensação de agitação nas pernas;
- Alcoolismo: Enquanto algumas pessoas acreditam que o álcool pode ajudar a relaxar, ele pode, na verdade, prejudicar o descanso reparador e resultar em uma sensação maior de inquietação.
- Tabagismo: A nicotina, presente nos cigarros, é um estimulante que pode levar a um aumento na atividade das pernas. Parar de fumar pode trazer alívio não apenas para a SPI, como também melhora a saúde em geral.
- Alimentação desequilibrada: A falta de nutrientes como ferro e magnésio é um fator contribuinte para o agravamento da SPI.
Conclusão
A síndrome das pernas inquietas é uma condição que, embora muitas vezes negligenciada, pode impactar a qualidade de vida de forma considerável.
Contudo, fazendo pequenas mudanças nos hábitos diários e prestando atenção a fatores que podem agravar a situação, é possível conviver com a SPI sem que ela interfira na rotina.
Por outro lado, para aqueles que apresentam os sintomas em intensidade grave e que buscam alternativas eficientes para controlá-los, vale a pena discutir com seu médico sobre o uso da Cannabis medicinal.
E caso você queira saber mais sobre como esta abordagem de tratamento pode auxiliar no bem-estar, não deixe de explorar outros artigos semelhantes aqui no portal Cannabis & Saúde!