Os sinais de demência em idosos aparecem quando as funções cognitivas começam a falhar, atrapalhando as atividades do dia a dia.
Eles incluem perda de memória, dificuldade em pensar, resolver problemas ou falar, além de mudanças de humor, percepção, personalidade ou comportamento.
Segundo o Relatório Mundial sobre Alzheimer da OMS, havia cerca de 50 milhões de pessoas com demência no mundo em 2018, e esse número deve chegar a 152 milhões até 2050.
O Alzheimer é o tipo mais comum de demência, representando cerca de dois terços dos casos.
Outros tipos menos comuns incluem demência vascular, mista, doença dos corpos de Lewy, demência frontotemporal e demência de início precoce.
Em estágios avançados, os sinais de demência em idosos aumentam o risco de lesões aos pacientes e cuidadores, reduzem a qualidade de vida e causam sofrimento emocional.
Dada a falta de opções terapêuticas realmente efetivas, seus efeitos colaterais e o baixo índice de adesão a esses tratamentos, muitos optam por terapias alternativas, como o uso de Cannabis medicinal.
Com isso em mente, prossiga com a leitura e descubra quais são os sinais de demência em idosos e como atrasar a piora desses sintomas com os tratamentos disponíveis até o momento.
A seguir, você aprenderá sobre:
- Quais são os sinais de demência em idosos que são mais comuns?
- Como identificar os primeiros sinais de demência em idosos?
- Quais são os fatores de risco para a demência?
- Como a demência é diagnosticada?
- Quais os tratamentos disponíveis para demência?
- A Cannabis medicinal no tratamento de demência
- Como posso ajudar um ente querido com demência?
Quais são os sinais de demência em idosos que são mais comuns?
Demência é a perda do funcionamento cognitivo. Os sinais de demência em idosos prejudicam a capacidade de pensar, lembrar e raciocinar, a tal ponto que interferem na vida e em suas atividades diárias.
A demência varia em gravidade do estágio mais brando, quando começa a afetar a cognição do idoso, ao estágio mais grave, a qual ele passa a depender completamente de terceiros para atividades básicas da vida, como se alimentar.
Esta condição afeta milhões de pessoas no mundo e é mais comum à medida que envelhecemos. Cerca de um terço das pessoas com 85 anos ou mais tem alguma forma de demência.
No entanto, os sinais de demência em idosos não são uma parte natural do envelhecimento. Muitos vivem até os 90 anos e além sem qualquer tipo de sintoma.
Sinais de demência em idosos aparecem quando neurônios (células nervosas) no cérebro param de funcionar, perdem conexões com outras células cerebrais e morrem.
Conforme esses danos se estendem, os seguintes sinais de demência em idosos costumam surgir:
- Perda de memória, julgamento ruim e confusão mental;
- Dificuldade em falar, compreender, expressar pensamentos, ler e escrever;
- Demora para concluir tarefas diárias normais;
- Perda de interesse em atividades ou eventos diários;
- Alucinações, delírios ou paranoia;
- Impulsividade;
- Apatia;
- Perda de equilíbrio e problemas de movimento.
Pessoas com deficiências cognitivas e de desenvolvimento tendem a desenvolver demência à medida que envelhecem, e reconhecer seus sintomas pode ser particularmente difícil.
Por isso, é muito importante considerar as habilidades atuais de uma pessoa com deficiência cognitiva, e monitorar as mudanças ao longo do tempo que possam sinalizar a demência.
Como identificar os primeiros sinais de demência em idosos?
Se você passou tempo com familiares e amigos, especialmente aqueles que não via há algum tempo, pode ter notado mudanças neles que não existiam antes.
Nos estágios iniciais, os sinais de demência em idosos não são tão aparentes, ainda mais se levarmos em conta que muitos de nós sabemos pouco sobre a demência.
Apesar disso, é importante se conscientizar sobre os primeiros sinais de demência para que idosos com sintomas identificados sejam encaminhados a um profissional especializado.
Quanto mais cedo forem diagnosticadas, melhor será o prognóstico das pessoas com demência. Então, quais são os sinais de demência em idosos que as pessoas precisam conhecer?
Esquecimento, mudanças na percepção ou na maneira como falamos são indicações precoces de que algo está errado.
É importante saber que esses tipos de sintomas têm outras causas, como mau humor ou efeitos colaterais de medicamentos, mas também são sinais de demência, especialmente conforme a idade avança.
Veja alguns sintomas para prestar atenção:
- Problemas de memória e pensamento: No início, você pode notar alguém fazendo a mesma pergunta repetidas vezes, ou tentando lembrar o nome de objetos. Quando esses esquecimentos leves se tornam frequentes, indicam uma possível demência.
- Comunicação prejudicada: Ao manter uma conversa, o idoso faz muitas pausas, tem problemas para encontrar a palavra certa ou para juntar frases. Esses sinais estão relacionados à afasia, sendo um indicativo de Alzheimer ou de demência frontotemporal.
- Confusão mental: Confusão geral (não saber que dia é), problemas com planejamento (como fazer compras e cozinhar o jantar) são sinais de demência comuns em idosos.
- Problemas no controle de emoções: Alterações de humor e ansiedade também são indicativos, mas como mudanças emocionais acontecem com todos nós, este é um sinal de demência mais difícil de detectar no início.
Como diferenciar sinais de demência e problemas de memória?
À medida que envelhecemos, é normal nos preocuparmos com mudanças em nossas habilidades mentais.
Queremos realizar nossas tarefas diárias, ser autossuficientes e reviver os momentos mais preciosos de nossas vidas – sem ter que nos preocupar com nossa memória e, em particular, com a demência.
A boa notícia é que a maioria de nós continuará a ter uma boa memória conforme a idade avança. Nossa capacidade de lembrar não diminuirá substancialmente.
No entanto, quase 40% dos idosos terão algum grau de perda de memória depois de completar 65 anos. Se você está tendo dificuldades de memória, mas:
- Elas não estão interrompendo visivelmente sua vida diária;
- Elas não estão afetando sua capacidade de concluir tarefas como você normalmente faria;
- Você não tem dificuldade em aprender e lembrar de coisas novas;
- Não há nenhuma condição médica subjacente que esteja causando seus problemas de memória;
Então você tem o que é conhecido como comprometimento da memória associado à idade.
O comprometimento da memória associado à idade é considerado uma parte normal do envelhecimento. Não significa que você tem demência.
Você não se lembra das coisas tão rapidamente quanto costumava, mas na maioria das vezes não há motivo para preocupação.
Em contrapartida, quando sua perda de memória for grave a ponto de:
- Afetar sua vida diária e sua capacidade de manter sua rotina normal;
- Você achar difícil aprender coisas novas;
- Você ter dificuldade em concluir tarefas com as quais está familiarizado;
- Outras pessoas próximas a você também começarem a notar mudanças em suas habilidades;
Então, suas dificuldades de memória se alinham com o que as pessoas comumente vivenciam no estágio inicial da demência.
Quais são os fatores de risco para a demência?
Demência resulta de mudanças em certas regiões do cérebro que fazem com que os neurônios (células nervosas) e suas conexões parem de funcionar corretamente.
Pesquisadores ainda estão investigando por que acontecem em algumas pessoas e em outras não. Para um pequeno número de pessoas, variantes genéticas raras que causam demência foram identificadas.
Embora ainda não saibamos ao certo o que previne a demência, em geral, levar um estilo de vida saudável ajuda a reduzir os fatores de risco, que geralmente incluem:
- Pressão alta: A pressão alta, ou hipertensão, tem efeitos nocivos no coração, vasos sanguíneos e cérebro, e aumenta o risco de derrame e demência vascular;
- Açúcar no sangue: Níveis mais altos de açúcar no sangue, ou glicose, levam ao diabetes e aumentam o risco de doença cardíaca, derrame, comprometimento cognitivo e demência;
- Idade: O risco de doença de Alzheimer, demência vascular e várias outras demências aumenta significativamente com o avanço da idade;
- Tabagismo e alcoolismo: Vários estudos descobriram que fumar aumenta o risco de declínio mental e demência. Pessoas que fumam têm um risco maior de aterosclerose, que podem ser as causas subjacentes para o desenvolvimento da demência.
- Homocisteína elevada: Um nível sanguíneo de homocisteína acima da média, um tipo de aminoácido, é um forte fator de risco para o desenvolvimento do Alzheimer e da demência vascular.
- Comprometimento cognitivo: Embora nem todos com comprometimento cognitivo desenvolvam demência, pessoas com essa condição têm um risco maior em comparação ao resto da população.
Como a demência é diagnosticada?
Os médicos identificam a causa dos sinais de demência em idosos fazendo perguntas sobre o histórico médico e realizando exames físicos, mentais, laboratoriais e de imagem.
Os testes ajudam o profissional a descobrir se a perda de habilidades mentais é causada por uma condição tratável. Mesmo que a causa não seja tratável, é bom saber o tipo de demência.
Durante um exame físico, o médico procurará sinais de outros problemas médicos e fará exames laboratoriais para encontrar qualquer condição tratável, entre os quais:
- Testes de hormônio tireoidiano para verificar se há hipotireoidismo;
- Exame de sangue de vitamina B12 para detectar deficiências;
- Hemograma completo para procurar infecções;
- Exames de sangue de ALT ou AST para verificar a função hepática;
- Triagem química para verificar o nível de eletrólitos no sangue e a função renal;
- Teste de glicose para verificar o nível de açúcar no sangue;
- Triagem toxicológica para examinar sangue, urina ou cabelo em busca de drogas que estejam causando problemas;
- Exame de anticorpos antinucleares para diagnosticar doenças autoimunes;
- Uma punção lombar para testar certas proteínas no fluido espinhal.
Exames de imagem cerebral, como tomografias computadorizadas e ressonâncias magnéticas, são feitos para garantir que outro problema não esteja causando os sintomas.
Esses exames descartam tumores cerebrais, hidrocefalia de pressão normal ou outras condições que causam perda de habilidades mentais.
A ressonância magnética e a tomografia computadorizada também mostram evidências de derrames causados por demência vascular.
A TC por emissão de fóton único (SPECT) e a tomografia por emissão de pósitrons (PET) ajudam a identificar diversas formas de demência, incluindo demência vascular e demência frontotemporal.
Em alguns casos, a atividade elétrica no cérebro é medida usando um eletroencefalograma (EEG).
Os médicos raramente usam esse teste para diagnosticar demência, mas ele ajuda a procurar atividade cerebral incomum encontrada na doença de Creutzfeldt-Jakob, uma causa rara de demência.
Quais os tratamentos disponíveis para demência?
De maneira geral, a demência não tem cura, mas existem maneiras de controlar os sintomas.
O plano terapêutico para o manejo dos sinais de demência em idosos é dividido em duas categorias: terapia medicamentosa e não medicamentosa.
No primeiro caso, os seguintes medicamentos melhoram temporariamente os sintomas da demência e as comorbidades que os acompanham:
Inibidores da colinesterase:
Eles aumentam os níveis de um mensageiro químico envolvido na memória e no julgamento. Incluem donepezila, rivastigmina e galantamina.
Embora usados principalmente para tratar o Alzheimer, esses medicamentos também são prescritos para outras demências, como demência vascular, Parkinson e demência por corpos de Lewy.
Memantina:
A memantina regula a atividade do glutamato, um mensageiro químico envolvido em funções cerebrais como aprendizado e memória.
A memantina, às vezes, é prescrita junto com um inibidor de colinesterase. Um efeito colateral comum da memantina é a tontura.
Outros medicamentos:
O idoso também pode precisar de tratamento para depressão, problemas de sono, alucinações, parkinsonismo ou agitação. Exemplos incluem:
- Antidepressivos: Sertralina, Citalopram, Escitalopram;
- Hipnóticos e sedativos: Melatonina, Zolpidem, Lorazepam;
- Antipsicóticos: Quetiapina, Olanzapina, Risperidona;
- Medicamentos para parkinsonismo: Levodopa, Pramipexol, Ropinirol;
- Ansiolíticos: Diazepam, Clonazepam, Aripiprazol.
Terapias não medicamentosas
Vários sintomas de demência e problemas de comportamento são tratados inicialmente com abordagens não medicamentosas, que geralmente incluem:
- Terapia ocupacional: Um terapeuta ocupacional mostra como tornar a casa mais segura e ensina comportamentos de enfrentamento. O objetivo é prevenir acidentes, como quedas, e ajudar a controlar o comportamento, preparando-se para a progressão da demência;
- Mudanças no ambiente: Reduzir a desordem e o barulho facilita o foco e a função de alguém com demência. Você pode precisar esconder objetos que ameaçam a segurança, como facas e chaves de carro.
A Cannabis medicinal no tratamento de demência
Você já ouviu falar de casos de pessoas com demência que conseguiram melhorar drasticamente o quadro mental após o uso de Cannabis? Aqui, no portal, temos muitos exemplos.
A razão para isso é porque a Cannabis contém muitos compostos ativos que interagem com receptores espalhados em nosso corpo.
Esses receptores, como os CB1, são predominantemente expressos no sistema nervoso central e células cerebrais. Quando ativados pelo THC, canabinoide prevalente na planta, eles exercem efeitos neuroprotetores.
Essa ativação leva à inibição da liberação excessiva de glutamato, da mesma forma que a memantina.
No caso da demência, a liberação descontrolada de glutamato é responsável por causar excitação neuronal e, consequentemente, morte celular.
A ativação de receptores CB1 pelo THC também resulta na inibição da adenilato ciclase, que reduz a excitotoxicidade, um dos fatores que levam ao agravamento dos sinais de demência em idosos.
Existem também os receptores CB2 que, quando modulados por canabinoides como o CBD, desencadeiam respostas anti-inflamatórias.
Na demência, há um aumento na neuroinflamação que piora os sintomas característicos.
A ação do CBD sobre os receptores CB2 resulta em um ambiente menos inflamatório e mais propício à sobrevivência neuronal, permitindo que o idoso preserve áreas cognitivas não afetadas por mais tempo.
Outro grande benefício da Cannabis é que ela estimula a neurogênese no hipocampo, uma área importante para a memória e aprendizagem.
Assim, promove a proliferação de células neurais e a neuroplasticidade, o que é importante para a manutenção das funções cognitivas em pacientes com demência, especialmente nos estágios iniciais.
Além dos benefícios biológicos, existem também vantagens sobre a qualidade de vida, como:
- Redução do estresse;
- Melhora da qualidade do sono;
- Redução da ansiedade;
- Alívio da dor associada ao envelhecimento;
- Melhora do apetite, frequentemente prejudicado em pacientes com demência;
- Atenuação de sintomas psicóticos.
Quais os benefícios comprovados da Cannabis medicinal para demência?
Os canabinoides são considerados como parte da terapia alternativa para os sinais de demência em idosos, principalmente porque agem nos receptores CB1 no sistema nervoso central.
A respeito disso, uma revisão bibliográfica de 2019 foi feita com o propósito de identificar e avaliar criticamente os estudos sobre o uso de canabinoides no tratamento de sintomas neuropsiquiátricos da demência.
Doze estudos foram incluídos na revisão, com bastante variação entre eles quanto ao design (metade eram ensaios clínicos randomizados).
No entanto, a maioria envolveu um tipo de intervenção com Cannabis: 33% deles utilizam o dronabinol, 25% a nabilona e 42% favoreceram terapias à base de THC.
Os estudos que focaram no uso do dronabinol e THC mostraram melhorias consideráveis em várias pontuações neuropsiquiátricas em grupos de pacientes com alguma forma de demência.
O efeito colateral mais comum relatado foi sedação. Nenhum estudo encontrou diferenças na taxa de efeitos colaterais entre os grupos de tratamento e o de controle, indicando segurança nesta terapia.
Como conclusão, os autores da revisão relatam que os estudos observacionais mostraram resultados promissores, especialmente para pacientes com sintomas refratários.
Cabe, ainda, mencionar o perfil de segurança favorável, já que a maioria dos efeitos adversos foram leves, especialmente quando comparados com os efeitos promovidos por medicamentos convencionais.
Como iniciar um tratamento à base de Cannabis medicinal?
Só é possível começar um tratamento com Cannabis depois de passar por uma consulta médica e receber uma prescrição.
Nessa consulta, o médico vai avaliar sua condição, discutir os benefícios e possíveis efeitos colaterais da Cannabis e, se achar adequado, emitir uma receita para o seu caso.
O tratamento com Cannabis medicinal funciona de maneira muito personalizada, tanto em questão de dosagem quanto na escolha do tipo de produto.
Cada paciente recebe um plano baseado nas suas necessidades e condições de saúde. Por isso é tão importante se consultar com profissionais que sejam experientes neste tipo de terapia.
Para facilitar a sua jornada, o portal Cannabis & Saúde oferece uma plataforma de agendamento que conta com uma rede de profissionais qualificados em centenas de especialidades.
É um ótimo lugar para encontrar médicos que se encaixam exatamente no que você busca e agendar consultas para você ou para algum familiar.
Portanto, se você está considerando iniciar esse tipo de tratamento, basta clicar aqui e marcar uma consulta com um especialista para orientá-lo e, se aplicável, prescrever o tratamento certo para você.
É simples e prático!
Como posso ajudar um ente querido com demência?
Milhões de pessoas no Brasil cuidam de amigos ou familiares com alguma forma de demência.
Para muitas famílias, cuidar de uma pessoa com demência é uma missão compartilhada por várias pessoas, dividindo tarefas e responsabilidades.
Cuidar de alguém pode ser exaustivo, e para te ajudar nisso, elaboramos algumas dicas e sugestões abaixo com o objetivo de tornar o processo mais fácil:
1. Manter uma rotina consistente
Acordar no mesmo horário, tomar café da manhã, fazer atividades diárias e dormir no mesmo horário reduz a confusão e ansiedade que acompanham o idoso durante todos os estágios da demência.
Portanto, organize as tarefas diárias de forma regular e previsível para facilitar a compreensão do que está por vir.
Evitar mudanças bruscas na rotina também é importante. Pequenas alterações, quando necessárias, devem ser comunicadas ao idoso, que geralmente não entenderá o porquê tais mudanças estão acontecendo.
Para facilitar essa etapa, use lembretes visuais, como quadros de avisos ou calendários, e crie um ambiente familiar, com objetos conhecidos e amados, a fim de reforçar a sensação de familiaridade.
Ajude-o também a seguir um cronograma regular de medicamentos, pois, com as dificuldades cognitivas, será mais difícil manter a adesão ao tratamento.
2. Oferecer apoio emocional e prático
Demonstrar paciência e compreensão faz toda a diferença quando estamos lidando com um idoso com demência.
Ouvir com atenção e responder calmamente transmite segurança, além de mostrar empatia e fortalecer o vínculo emocional com ele.
Mesmo que você não seja o cuidador, estar presente durante momentos de dificuldade cria um senso de proteção e cuidado.
Se a demência está em estágios iniciais, ajudar nas tarefas diárias, como cozinhar e limpar, facilita a vida do idoso. Do mesmo modo, organizar o espaço de forma prática e acessível aumenta a independência.
Mostrar carinho e afeto regularmente reforça a autoestima desse grupo, que geralmente se torna mais sensível a alterações emocionais.
Também é importante incentivar sua participação em atividades sociais para manter o idoso conectado, reduzir o isolamento e, consequentemente, a depressão que o acompanha.
Caso você não possa participar ativamente das atividades cotidianas do idoso, garanta que ele tenha acesso a cuidados médicos regulares para preservar sua saúde.
3. Encorajar atividades físicas e mentais
As atividades físicas e mentais trazem muitos benefícios para idosos com demência.
Por exemplo, caminhar diariamente mantém o corpo ativo e a mente alerta. Do mesmo modo, participar de exercícios leves, como alongamentos e ioga, melhora a flexibilidade e o equilíbrio.
Introduzir atividades lúdicas, como jogos de tabuleiro e quebra-cabeças, estimula o cérebro, traz prazer e mantém a mente ocupada. Ler livros ou ouvir histórias fortalece as habilidades cognitivas.
Fazer exercícios também alivia o estresse e melhora a concentração, além de que, dependendo da atividade realizada, é possível estimular a socialização e reduzir o isolamento.
De maneira geral, a combinação de atividades físicas e mentais melhora a qualidade de vida e ajuda a manter a função cognitiva dos idosos com demência por mais tempo.
4. Buscar apoio de grupos de suporte e profissionais de saúde
Buscar apoio de grupos de suporte e profissionais de saúde beneficia muito os cuidadores e os idosos com demência.
Participar de grupos de apoio proporciona, principalmente, a troca de experiências e suporte emocional.
Receber conselhos práticos de quem enfrenta desafios semelhantes ajuda a lidar com a rotina, uma vez que você recebe mais orientações valiosas sobre cuidados a se ter com essas pessoas.
E se você não deseja sair de casa, grupos de suporte online oferecem flexibilidade e acesso a uma rede global de cuidadores.
Esses grupos são tão importantes para os idosos com demência quanto para seus cuidadores, pois proporcionam as pausas necessárias para que ambos possam recarregar as energias.
Estar conectado com uma rede de suporte profissional e comunitária promove um cuidado de qualidade e fortalece o bem-estar tanto do cuidador quanto do idoso com demência.
5. Garantir um ambiente seguro
Conforme a demência avança, o idoso não terá mais consciência dos perigos ao seu redor, tampouco terá autonomia para garantir a própria segurança.
Portanto, será seu dever criar um ambiente seguro, e isso pode ser feito de maneira muito simples, por exemplo:
- Remover obstáculos e itens perigosos evita acidentes;
- Instalar barras de apoio em banheiros e corredores proporciona estabilidade;
- Manter os caminhos livres de tapetes soltos e móveis desnecessários reduz o risco de quedas;
- Usar iluminação adequada em todos os cômodos previne acidentes noturnos;
- Fechar bem os armários e gavetas com produtos químicos e medicamentos evita ingestões acidentais;
- Organizar a casa de maneira simples e prática facilita a navegação do idoso;
- Usar móveis com bordas arredondadas diminui o risco de ferimentos;
- Colocar antiderrapantes em banheiros e áreas molhadas previne escorregões;
- Garantir que o idoso use calçados confortáveis e antiderrapantes em casa aumenta a segurança.
Conclusão
A demência em idosos é uma situação delicada e, sem tratamento adequado, a qualidade de vida do paciente e de seus familiares se deteriora rapidamente.
Felizmente, a terapia com Cannabis está ganhando cada vez mais espaço no manejo clínico desta condição, devido aos seus amplos benefícios.
Muitos familiares de pacientes com demência que integraram este composto em seu plano terapêutico já relataram grandes mudanças nos sintomas, como redução da ansiedade, maior qualidade do sono e até melhora nas funções cognitivas.
Quer saber mais sobre os benefícios do canabidiol no tratamento da demência? Leia os artigos publicados no portal Cannabis & Saúde e descubra como essa alternativa pode transformar a vida dos idosos e seus familiares.