Vai acontecer, no dia 11 de julho, terça-feira, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), o I Seminário sobre Maconha no Brasil Contemporâneo: Reflexões, desafios e possibilidades para além da Cannabis Medicinal. O evento é uma realização do Núcleo de Estudos sobre Turismo de Drogas (NETUD), junto ao Laboratório de Turismo da universidade (LABTUR/UERJ).
Antes de tudo, a proposta do seminário é falar sobre a Cannabis no Brasil, a partir de vários pontos de vista, como de profissionais da área de negócios, turismo, cultura, comunicação e etc. Dessa forma, os organizadores buscam um espaço de debate democrático, para abordar diversos aspectos relacionados à planta. Inclusive, esse jornalista que vos escreve vai participar da Mesa 3 – Comunicação, História e Cultura Canábica no Brasil.
Além disso, o evento é inteiramente gratuito e você pode se inscrever acessando o site do evento.
Uerj diversificando o debate sobre Cannabis
De fato, a Cannabis está causando uma verdadeira transformação na forma de se fazer medicina no Brasil e no mundo. Isso porque a planta tem potencial para mudar consideravelmente a qualidade de vida de pessoas com diversas condições de saúde. Por isso, vemos o interesse de toda a classe médica nos canabinoides e muitos debates focando nessa área de atuação.
No entanto, a Cannabis é um vegetal que pode trazer impacto em muitas outras áreas além da medicina. Nesse sentido, um dos organizadores do evento e também professor da UERJ, Thiago Pereira, destacou que será um encontro para ampliar as percepções sobre essa planta.
“Antes de mais nada, eu acho que a importância de realizar esse evento é justamente criar um espaço legítimo, um fórum privado de preconceitos dentro do ambiente universitário, onde, eu acho que, por essência, a questão dos debates de temas inovadores é uma coisa fundamental. Então, é permitir que a gente crie esse espaço para essa temática, a partir de diferentes prismas e diferentes percepções de experiências. Em suma: debater desde a área dos negócios, passando pela área da cultura, do turismo, de diversas outras possibilidades, que vão além da discussão que é hegemônica no Brasil hoje, que é a discussão sobre a Cannabis medicinal.”
Pioneirismo da UERJ
Além disso, a realização do Seminário sobre Maconha no Brasil Contemporâneo: Reflexões, desafios e possibilidades para além da Cannabis Medicinal pela UERJ demonstra um pioneirismo que a instituição já mostrou em outras oportunidades. Assim como a UERJ é uma das melhores universidades do país, também foi a primeira a colocar em prática as políticas afirmativas para a inclusão de pessoas pretas e indígenas no Ensino Superior, conhecidas como cotas raciais.
Thiago lembrou ainda que o pioneirismo que a UERJ tem no seu DNA fica marcado com a realização do evento.
“Dá para mim, como docente da UERJ, muito orgulho de fazer parte dessa universidade. Universidade que está sendo pioneira mais uma vez, que está comprando essa ideia e que está, de fato, pensando em contribuir para a sociedade como um todo, não apenas para determinados conhecimentos específicos. Através da extensão, dessa abertura da universidade a essa temática, eu acho que mais uma vez ela está sendo uma universidade de vanguarda, está sendo uma universidade pioneira, uma universidade inclusiva. E, de fato, faz a diferença para a sociedade civil de maneira geral.”
Veja a programação
O evento será dividido em três mesas de debate, que vão abordar o tema Cannabis, sob diversos pontos de vista. Confira o que vem por aí no Seminário e os participantes de cada mesa.
- Mesa 1 – Legislação e reparação de danos no processo de legalização do uso recreativo de maconha no Brasil
- André Barros – mestre em Ciências Penais e advogado da Marcha da Maconha
- Dudu Ribeiro – coordenador da Iniciativa Negra por uma nova política sobre drogas
- Emílio Figueiredo – fundador e diretor da Rede Reforma
- Felipe Vieira – organizador da Marcha das Favelas pela Legalização
- Margarete Brito – fundadora e diretora da Apepi
2. Mesa 2 – Turismo, negócios e eventos canábicos no Brasil
- Cassiano Gomes – diretor da Abrace Esperança
- Fernando Frazi (Jarrão) – sócio-fundador da Squadafum
- Larissa Uchida – CEO da ExpoCannabis Brasil
- Leandro de Souza (Beça) – sócio e produtor cultural da Ganjah Coffeeshop
- Maria Eugênia Riscala – sócia-fundadora da Kaya Mind
- Marcela Gil – artista visual da Marcha da Maconha / RJ
- Michael Dantas – advogado da Marcha da Maconha / SP
- Thiago Pereira – professor da UERJ
3. Mesa 3 – Comunicação, história e cultura canábica no Brasil
- Cláudia Gonçalves – pró-reitora de extensão e cultura da UERJ
- Gregório Ventura – jornalista e editor
- Gustavo Maia – criador e diretor do Cannabis Monitor Brasil
- Jean Marcel França – historiador e professor da UNESP
- Maria de Lourdes – historiadora e coordenadora do grupo de pesquisa e educação e drogas da UERJ
- Matias Max – jornalista, fotógrafo e pesquisador da Cannabis
Informação sobre Cannabis
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