Certamente você já ouviu falar no termo saúde sexual, mas você sabe o que ela é e quais cuidados deve ter para manter a sua em dia?
De certa forma, esse é um tema que ainda hoje é repleto de tabus, mas que deve ser debatido de forma a evitar problemas futuros.
A saúde sexual é o estado de bem-estar físico, mental e social em relação à sexualidade. Ela requer uma abordagem positiva e respeitosa da sexualidade e das relações sexuais, bem como a possibilidade de ter prazer e segurança de fazê-las sem o risco de contrair doenças ou problemas.
Nesse sentido, cuidar de sua saúde sexual significa se proteger de infecções, ISTs (infecções sexualmente transmissíveis) e gravidez indesejada, bem como cuidar de seu estado emocional e mental em relação à sexualidade.
É por isso que é essencial que você faça check-ups regulares, use preservativos durante o sexo, tenha uma comunicação saudável com seu parceiro, para que tudo seja mais leve e repleto de prazer.
Para entender melhor sobre os cuidados e dicas de cuidados de saúde sexual, continue lendo!
Qual o significado de saúde sexual?
A saúde sexual pode ser entendida como uma forma que as pessoas têm de aproveitar e expressar a sua sexualidade, com segurança.
Quando falamos de segurança nesse aspecto, podemos citar a prevenção de doenças sexualmente transmissíveis, a gravidez indesejada e até mesmo atos violentos como é o caso do estupro.
Além disso, envolve também o conhecimento de fatores relevantes para que um homem ou uma mulher consigam ter mais prazer nas atividades sexuais e proporcionar prazer aos seus parceiros.
Nesse sentido, o entendimento da anatomia e fisiologia dos órgãos reprodutivos próprios e dos parceiros é algo extremamente importante e que faz todo sentido para aqueles que querem desfrutar do melhor do sexo.
A importância da saúde sexual e reprodutiva
De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), promover um ambiente de discussão, entendimento e aprendizado é extremamente importante e relevante para que uma pessoa e uma sociedade sintam-se plenos para compreender suas relações afetivas e sexuais.
Isso vai de encontro com o significado de saúde sexual para a OMS, que cita que esse conceito deve abarcar elementos físicos, emocionais, intelectuais e sociais dos seres humanos.
Através do entendimento destes conceitos, é possível realizar algumas questões potencializadoras da personalidade, comunicação e amor entre as pessoas.
Dessa forma, a maior parte das autoridades em saúde sexual determina que esses conceitos devem ser demonstrados nas escolas, na mídia, e em campanhas governamentais para expandir esse conhecimento.
Como manter a saúde sexual? 8 dicas
Não importa se você é homem ou mulher, hábitos saudáveis são extremamente importantes para que a saúde sexual esteja em dia. Confira alguns dos principais cuidados de saúde sexual que você pode tomar:
Dê uma atenção especial a sua saúde emocional
Cuidar da saúde emocional é algo extremamente importante para quem está entrando na vida sexual ou até mesmo para quem já tem alguma experiência no assunto. O sexo e as relações afetivas são extremamente importantes para a saúde como um todo.
As experiências sexuais, em particular, podem ter um efeito significativo sobre a saúde mental.
Durante o sexo, o cérebro libera dopamina, serotonina e oxitocina, que são todos neurotransmissores que aumentam a sensação de felicidade e relaxamento, ao mesmo tempo em que reduzem os níveis de hormônio do estresse.
Certos fatores psicológicos também podem tornar muito mais difícil para algumas pessoas se envolverem em atos fisicamente íntimos como o sexo.
Em particular, a depressão e a ansiedade, bem como alguns dos medicamentos usados para tratá-las, podem diminuir a libido e causar problemas de desempenho sexual.
Porém, há várias maneiras de abordar estas questões, desde mudanças no estilo de vida até tratamentos ou mesmo terapia.
Cuide da sua autoestima
Quando temos uma autoestima saudável, tendemos a nos sentir positivos sobre nós mesmos e sobre a vida em geral. Isso nos torna mais capazes de lidar com os altos e baixos da vida.
Quando nossa autoestima é baixa, tendemos a ver a nós mesmos e nossa vida de uma forma mais negativa e crítica. Também nos sentimos menos capazes de assumir os desafios que a vida nos lança.
A baixa autoestima pode ser causada por muitos fatores diferentes. Você pode estar solitário, ou se sentir pouco atraente ou talvez esteja sendo intimidado.
O problema é que, se você não se sentir confiante, poderá ter problemas de saúde sexual, pois o sexo e a autoestima estão conectados. Não se sentir bem consigo mesmo pode levar a más decisões, como fazer sexo quando você realmente não quer.
Além disso, se você tem baixa autoestima, você pode se esconder de situações sociais, parar de tentar coisas novas e evitar coisas que você acha desafiadoras.
A curto prazo, evitar situações desafiadoras e difíceis pode fazer com que você se sinta seguro.
A longo prazo, isto pode ter um efeito contrário, pois reforça suas dúvidas e medos subjacentes. Viver com baixa autoestima pode prejudicar sua saúde mental e levar a problemas tais como depressão e ansiedade.
Pratique exercícios físicos
Como em qualquer forma de atividade física, estar em boa forma ajuda você a ter um melhor desempenho sexual.
Um estudo da Universidade da Califórnia descobriu que, para os homens, o exercício regular aumentou significativamente “a frequência de várias atividades íntimas, a confiabilidade do funcionamento adequado durante o sexo, e a porcentagem de orgasmos satisfatórios”.
Para as mulheres, os benefícios são semelhantes. Segundo pesquisa da Universidade do Texas, o exercício aumenta a “excitação sexual fisiológica nas mulheres”. Isto significa que, após um exercício, é mais provável que estas mulheres se excitam do que aquelas que não se exercitavam.
Praticar exercícios físicos de forma regular aumenta o ritmo cardíaco, a respiração e a atividade muscular que por sua vez pode melhorar o desempenho sexual e a satisfação sexual, o que pode, em última instância, levar a uma vida sexual melhor.
Controle o estresse cotidiano
Sua sexualidade não é afetada apenas por hormônios, mas também por fatores sociais, relacionais e psicológicos.
Quando os hormônios do estresse entram em ação é quase impossível estar presente – para ouvir e se interessar pelas pessoas ao seu redor – se você estiver estressado. É difícil lidar com qualquer pessoa.
Os hormônios do estresse que passam pelo seu corpo o incentivam a lutar ou a fugir. Isto pode até levá-lo a ser agressivo com seu parceiro.
Você pode começar a se irritar ou até mesmo a gritar com eles. As pessoas que você normalmente ama ter ao seu redor, podem de repente ser uma fonte de irritação porque elas exigem tempo com você.
Tudo isso não deixa muito espaço para a proximidade com seu parceiro e, lenta mas seguramente, a intimidade começa a diminuir e a saúde sexual acaba.
Seu desejo sexual às vezes será baixo e não há problema nisso. Aceite que pode levar um pouco de tempo para voltar ao equilíbrio das coisas. Isto é perfeitamente normal e se você puder aceitar isso, você ainda pode ter uma vida sexual ativa.
Faça refeições saudáveis
Uma boa dieta pode ajudar a impulsionar sua libido e garantir que seu corpo esteja funcionando bem. Uma dieta pobre pode levar a uma série de problemas de saúde, o que pode afetar negativamente sua vida sexual.
Por exemplo, a disfunção erétil está frequentemente ligada à obesidade e ao diabetes, que podem ser causados por uma dieta pobre de nutrientes.
Sendo assim, a alimentação é uma parte importante de sua vida diária e de sua saúde em geral. Portanto, é muito comum que sua dieta possa afetar sua vida sexual.
Mudar seus hábitos e comportamentos alimentares pode não ser uma cura para suas questões sexuais, mas é um bom lugar para começar.
Abastecer seu corpo com os tipos certos de alimentos pode ajudar a aumentar seu humor e níveis de energia para apoiar uma relação saudável e uma vida sexual.
Para ter uma boa saúde, tenha uma dieta rica em nutrientes e que seja baixa em gorduras trans, gorduras saturadas, adição de açúcares e sódio.
Coma uma grande variedade de frutas, vegetais, grãos integrais, leguminosas, nozes e proteínas magras.
Consuma alimentos que auxiliam o aumento da libido
Os principais alimentos que auxiliam o aumento da libido são:
- Pimenta: Aumenta a frequência cardíaca e provoca uma série de reações no corpo semelhante a um orgasmo.
- Vinho tinto: O vinho facilita a circulação sanguínea e tem substância que ativam a libido. Desde que seja consumido em pequena quantidade, pois senão pode levar ao efeito inverso.
- Canela: Estimula a ação hormonal e a circulação de sangue nos órgãos sexuais.
- Salmão: Rico em ômega 3, o alimento favorece a circulação sanguínea e aumenta a disposição física.
- Banana: A fruta, com seu alto teor de potássio e vitamina B, ajuda na formação de hormônios sexuais.
- Oleaginosas: Castanhas, nozes, amêndoas e pistaches favorecem a circulação sanguínea, aumenta a lubrificação feminina e prolongam a ereção masculina.
- Chocolate: Além de dar mais energia, o alimento aumenta a produção de serotonina, hormônio que produz a sensação de prazer e bem-estar.
Evite tabagismo e ingestão excessiva de bebidas alcoólicas
O álcool é um depressor do sistema nervoso central. Por isso, uma ou duas doses podem provocar uma sensação de bem-estar e relaxamento, aumentar a confiança e o desejo sexual.
Mas, com o aumento do número de doses e da concentração de álcool no sangue, cresce o risco de piora do desempenho sexual. Bebida alcoólica em excesso diminui a libido e pode levar a comportamentos de risco, como o sexo desprotegido.
A longo prazo, a ingestão excessiva de álcool ocasiona problemas de ereção em 2/3 dos homens que consomem álcool de forma exagerada. Já o tabagismo afeta a saúde das artérias e acelera a doença aterosclerotica, fatores de risco importantíssimos para a disfunção erétil.
Faça check ups periódicos
O check-up é uma bateria de exames preventivos feitos para analisar o nosso corpo, identificando o que está de acordo e no que precisamos melhorar.
Através dele é possível verificar se a pessoa está saudável e fornecer informações necessárias para o médico dar um diagnóstico preciso, podendo iniciar um tratamento ou direcionar para um especialista da área afetada.
Nem sempre o corpo envia sinais de que não está tão bem assim quanto parece. Muitas doenças são assintomáticas, ou seja, não apresentam sintomas aparentes. Por isso a importância de fazer um acompanhamento médico constante.
As mulheres devem realizar anualmente exames como o papanicolau, que identifica alterações no colo do útero, e o ultrassom endovaginal, que permite a avaliação dos órgãos da região pélvica.
Já a mamografia, que avalia alterações nas glândulas mamárias, é indicada para mulheres acima dos 40 anos, com exceção daquelas que já possuem histórico de doença na família, que devem começar aos 30.
Recomenda-se que os homens façam exames de próstata periodicamente a partir dos 40 anos.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia, a frequência do exame é bastante variável, podendo ser anual ou mesmo a cada 4 anos, sendo o urologista encarregado de estipular uma data para cada paciente.
O que fazer em caso de disfunções sexuais?
O tratamento das disfunções sexuais divide-se em duas abordagens, a psicofarmacoterapia (uso de medicamentos) e a psicoterapia.
Ambas podem ser utilizadas de forma individual ou combinada, a depender de uma avaliação médica e psicológica individualizada.
A disfunção erétil tem mais de um tipo e, por isso, várias causas físicas e psicológicas. Problemas cardiovasculares, metabólicos, neurológicos, hormonais, cirurgias ou uso de certos medicamentos ou substâncias podem estar por trás do problema.
Além disso, a ansiedade e o medo de falhar também. Nesse caso, fatores psicológicos têm uma consequência física: os picos de adrenalina levam à contração das estruturas que deveriam estar relaxadas para a válvula que mantém a ereção funcionar.
Qual profissional recorrer?
Como sabemos, a saúde reprodutiva do homem é diferente da mulher. Até mesmo por esse motivo, os especialistas que tratam os problemas (ou disfunções) sexuais são diferentes.
O ginecologista é o responsável por cuidar da saúde reprodutiva feminina, pois é ele quem acompanha o ciclo menstrual, as mulheres em idade fértil e também aquelas que estão na menopausa.
Por outro lado, o urologista é o profissional especializado em cuidar da saúde reprodutiva masculina. É ele quem acompanha o homem em todas as etapas da vida, desde a infância até a idade adulta, passando pela adolescência.
Ambos profissionais são habilitados para realizar diagnósticos e tratamentos em disfunções sexuais e por isso, caso você esteja sentindo algum tipo de problema, não hesite em buscá-los.
Cannabis medicinal para tratamento da saúde sexual
Estudos que apontam benefícios da Cannabis para tratar questões de saúde reprodutiva
De acordo com um artigo publicado em 2009 na revista Annals of the New York Academy of Sciences, pesquisadores encontraram receptores endocanabinoides nos órgãos reprodutivos sexuais, tais como os testículos.
O que acontece a seguir é controverso. Alguns estudos descobriram que os canabinoides como o CBD e o THC impulsionam a libido, enquanto outros descobriram que eles a diminuem.
Um artigo no Journal of Assisted Reproduction and GeneticsTrusted Source relatou que o uso crônico de cannabinoides em homens diminuiu o desejo sexual. Quanto mais eles usam, menor é seu desejo sexual.
Outras pesquisas sugerem que os produtos da CBD podem melhorar a libido ao reduzir a ansiedade. Algumas pessoas têm ansiedade sobre o desempenho sexual, o que diminui sua libido.
O estudo How Cannabis Alters Sexual Experience: A Survey of Men and Women descobriu que muitos participantes disseram que a Cannabis os ajudou a relaxar, aumentou sua sensibilidade ao toque e aumentou a intensidade dos sentimentos. Com isso, os pacientes relataram melhora em suas experiências sexuais.
Outro estudo mostrou que a Cannabis parece melhorar a satisfação com o orgasmo. Uma melhor compreensão do papel do sistema endocannabinoide na mulher é importante, pois há uma escassez de literatura, e isso poderia ajudar a desenvolver tratamentos para a disfunção sexual feminina.
Onde buscar ajuda para tratamento à base de Cannabis Medicinal?
A maioria das pessoas que estão em busca de tratamento à base de Cannabis Medicinal não sabe muito bem como fazê-lo.
Embora já existam estudos comprovando a sua importância no tratamento de diversas doenças, ainda há uma resistência para a aplicação deste método no Brasil.
Pesquisas apontam que a falta de conhecimento é uma dessas motivações. Isso faz com que menos de 1% dos médicos no país já tenha feito algum tipo de prescrição de tratamento à base de cannabis.
Por isso, nós do Portal Cannabis & Saúde preparamos uma plataforma completa de conexão entre pacientes e médicos prescritores de terapia canabinoide.
Nesse sentido, você pode buscar por médicos de acordo com a sua região, especialidade requerida ou até com o plano de saúde que você utiliza.
Dessa forma, é possível verificar qual a condição que se adequa mais para o seu atendimento.
Além disso, você pode optar por médicos que ofereçam as consultas presenciais ou por telemedicina.
Conclusão
Ao longo do texto falamos sobre como cuidar da saúde sexual e como os fatores externam influenciam em toda a sua vida.
Por exemplo, se alimentar corretamente e ter bons hábitos, como praticar exercícios físicos, também são importantes para o bom desempenho na relação.
Existem, ainda, outras medidas específicas que são efetivas, como o uso de Cannabis medicinal como tratamento complementar.
Aqui no Cannabis & Saúde, contamos com uma plataforma completa para auxiliá-lo nesse processo! Clique aqui e agende já a sua consulta com um médico prescritor de Cannabis.
Nossa equipe de especialistas ficará feliz em aconselhá-lo sobre a melhor maneira de usar este tratamento.