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Pesquisadores europeus descobriram que a maior parte das pessoas usa Cannabis para estresse, ansiedade e insônia, em baixas doses.
Pesquisas científicas sobre o sistema endocanabinóide, principalmente nos últimos anos, notícias constantes de evidências dos benefícios da Cannabis para atender diversas patologias, de epilepsia a insônia. Mas por qual motivo as pessoas mais usam cannabis? Um grupo de pesquisadores da Dinamarca e Reino Unido focou no canabidiol para tentar responder essa pergunta.
Eles entrevistaram 387 pacientes, sendo a maioria mulheres inglesas com idade entre 25 e 54 anos, sobre os motivos que levaram elas a recorrer ao CBD, e quais os padrões de uso.
O artigo publicado no Journal of Cannabis Research apontou a saúde mental como o principal fator que leva ao canabidiol. “O CBD é usado para uma ampla gama de sintomas de saúde física e mental e melhora da saúde geral e do bem-estar”, escreveram.
De acordo com o estudo, a maioria dos pacientes observou melhoras efetivas em seus sintomas. “Dos mais comuns, três estavam relacionados à saúde mental. Estresse percebido, ansiedade e problemas de sono constituem alguns dos maiores problemas de saúde da sociedade, mas carecemos de opções de tratamento adequadas.”
Os pesquisadores também descobriram que a maioria das pessoas colhe esses benefícios mesmo com doses baixas de CBD. Entretanto, sugerem a realização de mais estudos para aprofundar o conhecimento sobre os efeitos da Cannabis no sistema nervoso.
“Pesquisas sobre os efeitos do CBD de baixa dose para estresse, ansiedade e problemas de sono tem sido escassa”, afirmaram. “Mais estudos são necessários para saber se o CBD pode ajudar de forma eficiente e segura a tratar esses sintomas”, afirmaram.
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No Brasil, o número de pacientes que recorrem a Cannabis medicinal, que já vinha em constante crescimento, explodiu durante a quarentena. De acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o número de pacientes cadastrados saltou de 10.862 em 2019 para 26.885 em 2020. No mesmo período, cresceu em 72% o número de médicos prescritores.