2024 foi um ano em que a comunidade científica explorou os diversos usos da Cannabis e nos surpreendeu com o potencial que essa planta pode nos oferecer em diversos aspectos. Se a Inteligência Artificial, as mudanças climáticas e a exploração espacial deram muita visibilidade para a importância da ciência, o uso de canabinoides para diferentes fins sugere que essa planta pode combinar conhecimento ancestral e modernidade, oferecendo diversos benefícios para a saúde e o bem-estar.
A seguir, vamos listar alguns dos principais avanços científicos sobre a Cannabis que ganharam os holofotes em 2024. Novas possibilidades, novos usos e novos olhares para a planta que vem transformando a Medicina e a vida de pacientes em todo o mundo.
5. Epidermólise bolhosa
Atualmente, a pessoa com epidermólise bolhosa mais famosa é o jovem torcedor do Vasco da Gama Guilherme Gandra, conhecido como Gui. Ele recebeu o prêmio de torcedor do ano no “Fifa The Best Football Awards”, sendo visto por pessoas do mundo inteiro, dando visibilidade também à essa condição de pele.
A epidermólise bolhosa é uma doença que causa problemas na produção de colágeno, deixando a pele muito sensível e fazendo com que surjam boas e feridas ao menor atrito.
Em maio de 2024, um estudo identificou o potencial terapêutico da aplicação de uma pomada rica em canabidiol (CBD) em pacientes com essa condição. O canabinoide pode ajudar na cicatrização de feridas sem provocar efeitos colaterais graves. De acordo com os resultados, mais da metade dos participantes do estudo relataram melhorias na cicatrização das feridas, enquanto outros relataram que não surgiram novas feridas.
Uma doença grave, um torcedor apaixonado e produtos tópicos com canabinoides deram o quinto lugar do nosso ranking para o tratamento para epidermólise bolhosa.
4. Leucemia
Em março de 2024, a influenciadora Fabiana Justus, filha do empresário Roberto Justus, tornou o seu diagnóstico de leucemia público e passou a publicar sobre o tratamento nas redes sociais. O anúncio do tratamento dela veio junto com a publicação de um artigo sobre o tratamento da leucemia mieloide aguda com medicamentos à base de Cannabis.
No estudo em animais, um canabinoide sintético muito semelhante ao delta-9-tetrahidrocanabinol (THC) teve ótimos resultados, estimulando a morte de células cancerígenas sem afetar as saudáveis. Esse é um tipo de câncer que ataca as células da medula óssea, resultando em células que prejudicam a produção de glóbulos brancos e vermelhos.
Embora ainda em estágios iniciais, a pesquisa com Cannabis para tratar leucemia está no nosso ranking de avanços científicos.
3. Combate ao mosquito Aedes aegypti
Com a chegada do verão, também chegam algumas doenças sazonais, principalmente as transmitidas por mosquitos. As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, como dengue, zika, chikungunya e febre amarela, deixam milhares de pessoas doentes, resultando em mortes e possíveis sequelas.
Nesse sentido, pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) identificaram que o CBD tem ação larvicida e pode impedir o desenvolvimento das larvas do mosquito. Mesmo em baixíssimas concentrações, o canabinoide interfere no crescimento, impedindo que as larvas cheguem à maturidade e transmitam as doenças.
Assim, a potencial propriedade larvicida do canabinoide ganha medalha de bronze nos avanços científicos relacionados à Cannabis no ano de 2024.
2. Dependência química
Estudos publicados no ano de 2024 sugeriram que o CBD pode ajudar no tratamento de pessoas com dependência química, principalmente com transtorno por uso de cocaína e seus derivados. A abordagem para esse tipo de paciente é multidisciplinar, e o canabinoide pode dar uma contribuição modificando o funcionamento do cérebro desses indivíduos.
De acordo com os resultados dos estudos, o CBD ajuda a apagar a memória de recompensa da cocaína e reduzir a sensação de prazer ao consumir a substância. Além disso, a propriedade anti-inflamatória do canabinoide reduz a inflamação no cérebro e a liberação de dopamina, modificando as respostas fisiológicas ao consumo.
A capacidade do CBD de contribuir para o tratamento de pessoas que sofrem tantos estigmas colocam o potencial para a dependência química no segundo lugar do nosso ranking.
1. Benefícios para a terceira idade
À medida que a Medicina avança, aumenta também a expectativa de vida das pessoas em todo o mundo e provoca um outro questionamento: como viver mais anos com qualidade de vida e bem-estar?
De acordo com estudos publicados em 2024, a resposta para essa questão pode estar no uso terapêutico da Cannabis. O principal benefício dos canabinoides para pessoas na terceira idade está relacionado às suas propriedades neuroprotetoras, evitando que o envelhecimento do cérebro cause declínio cognitivo, perda de memória e outros sintomas.
Do mesmo modo, os canabinoides podem contribuir para manter a pele e outros órgãos saudáveis graças ao seu poder antioxidante. Além disso, a propriedade anti-inflamatória do CBD pode contribuir para que o idoso tenha menos dores nas articulações e mantenha uma vida com independência.
No Canadá, onde há uma ampla variedade de produtos, estima-se que 25% dos idosos utilizem canabinoides de alguma forma para preservar a saúde.
Envelhecer com saúde e bem-estar alcançou o topo do nosso ranking de avanços científicos de 2024!
Iniciando um tratamento com Cannabis
Se você deseja incluir medicamentos com Cannabis como complemento ao tratamento de alguma condição de saúde, o primeiro passo é buscar orientação profissional. Essa etapa é fundamental, pois um médico pode recomendar o melhor produto e a dose mais adequada para o seu caso. Além disso, é necessário fazer ajustes durante todo o processo para maximizar os benefícios e reduzir as chances de efeitos adversos.
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