A doença de Alzheimer (DA) constitui uma condição neurodegenerativa associada à idade e representa a principal causa de demência em indivíduos idosos.
Embora predominantemente afete pessoas com 65 anos ou mais, observa-se um aumento na incidência de DA em indivíduos mais jovens, a partir dos 40 anos.
Atualmente, estima-se que o Alzheimer acometa 1 em cada 20 pessoas com mais de 65 anos.
Dado que não há cura para a patologia, os profissionais de saúde frequentemente prescrevem medicamentos para controlar os sintomas e retardar a degeneração cerebral, como Donepezila, Memantina e Rivastigmina.
No entanto, essas medicações acarretam efeitos colaterais graves, sem proporcionar resultados consistentes.
Uma alternativa que tem despertado interesse é o uso da Cannabis medicinal, que tem demonstrado resultados positivos sem os efeitos adversos associados aos fármacos químicos.
Com isso em mente, prossiga com a leitura para obter uma visão abrangente do tema e aprender mais sobre:
- O que é o canabidiol?
- Canabidiol serve para Alzheimer?
- Principais benefícios do CBD
- Saiba mais sobre a doença e o canabidiol como remédio para Alzheimer
- Remédio para Alzheimer: como age o canabidiol?
- Quais estudos indicam o canabidiol como remédio para Alzheimer?
- Como usar o CBD como remédio para Alzheimer?
- Remédio para Alzheimer: há efeitos colaterais no uso canabidiol?
- Remédio para Alzheimer preço: quanto custa óleo de CBD no Brasil?
- Onde e como comprar o óleo de CBD no Brasil?
- Considerações éticas e legais do uso de canabidiol para pacientes com Alzheimer
- Relatos de pacientes que usaram o canabidiol como remédio para Alzheimer
- Perspectivas futuras do uso de canabidiol no tratamento do Alzheimer
- Remédio para alzheimer: nomes de outras opções usadas no tratamento
- Perguntas frequentes sobre o Alzheimer
O que é o canabidiol?
O canabidiol (CBD) é um canabinoide, composto químico extraído de plantas do gênero Cannabis.
De acordo com as pesquisas atuais, mais de cem canabinoides já foram detectados e isolados, fora outros muitos compostos químicos característicos encontrados nesta espécie.
A principal característica do CBD é que ele age como ativador do sistema endocanabinoide, que só veio a ser identificado na década de 1960.
A partir das interações com esse sistema, o canabidiol promove a regulação e o equilíbrio de uma série de processos fisiológicos do corpo humano, tais como apetite, sono e até o humor.
Por suas características e efeitos, o canabidiol pode ser empregado no campo medicinal no tratamento de sintomas de doenças diversas, como o Alzheimer.
Canabidiol serve para Alzheimer?
A doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa notável ligada à deterioração cognitiva e da memória.
Diante dos desafios enfrentados pelas medicações direcionadas às proteínas beta amiloide (Aβ), há uma urgência em identificar alvos alternativos para tratar o Alzheimer.
A neuroinflamação tem um papel central na patologia do Alzheimer, resultando em danos sinápticos e neuronais.
Por isso, é preciso abordar a inflamação e preservar a integridade neuronal no contexto do Alzheimer.
Pesquisadores da Universidade Farmacêutica da China em Nanjing observaram que o canabidiol (CBD), pode melhorar a função cognitiva e proteger contra o acúmulo de beta-amiloide.
Essa proteína é um biomarcador associado ao início da DA, comprometimento cognitivo leve e outros distúrbios cognitivos.
Publicado na revista Cells, o estudo explora o potencial terapêutico do CBD na DA, examinando seus mecanismos.
O experimento, realizado em camundongos usando Aβ1–42, indicou que o CBD não causa danos ou morte celular.
Pelo contrário, melhora a viabilidade celular de células estressadas por Aβ.
Assim, os resultados sugerem que o CBD pode reverter déficits cognitivos, além de reduzir respostas neuroinflamatórias, oxidativas, morte neuronal e o acúmulo de Aβ.
Isso aponta para a possibilidade do canabidiol de retardar a progressão da DA.
Principais benefícios do CBD
Devido às suas propriedades terapêuticas e poucos efeitos adversos, o canabidiol tem sido amplamente adotado na área da saúde, especialmente por pessoas com doenças crônicas.
A química e a farmacologia do CBD, bem como seus alvos moleculares, como receptores e outros componentes do sistema endocanabinoide com o qual ele interage, foram extensivamente estudados.
O potencial terapêutico do CBD foi respaldado por estudos que avaliaram seu uso em doenças cardiovasculares, neurodegenerativas, cancerígenas e metabólicas, que geralmente são acompanhadas de estresse oxidativo e inflamação.
O canabidiol também apresenta um notável efeito ansiolítico, demonstrando eficácia no alívio do estresse, ansiedade, depressão e outras questões de saúde mental.
Além disso, pode contribuir para o tratamento da dependência química.
No que diz respeito ao controle da dor, géis e óleos à base de canabidiol mostram-se capazes de minimizar dores e inflamações nas articulações.
O produto é utilizado para aliviar dores crônicas associadas ao câncer ou convulsões.
Um efeito colateral observado é a sonolência, tornando-o também benéfico no combate à insônia.
Saiba mais sobre a doença e o canabidiol como remédio para Alzheimer
Caracterizada como transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, a doença de Alzheimer (CID 10-G30) provoca perdas severas da capacidade cognitiva e da memória.
Com o tempo, ela passa a comprometer também funções motoras básicas, impedindo a pessoa doente de levar uma vida normal.
Embora suas causas exatas ainda não estejam claras, sabe-se que o avanço do Alzheimer tem relação com a proliferação de uma proteína chamada beta-amiloide no cérebro.
A doença foi registrada pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Alois Alzheimer, que investigou, após a morte, o cérebro de uma paciente, Auguste Deter, a primeira pessoa a ser diagnosticada com a condição.
Existe um possível envolvimento do SEC no desenvolvimento patológico do Alzheimer.
O sistema endocanabinoide está associado a diversos processos fisiológicos e cognitivos, como o apetite, sensação de dor, emoção, aprendizado e memória.
Análises pós-morte indicam alterações nos componentes deste sistema em pacientes com doença de Alzheimer (DA).
Observou-se uma diminuição dos receptores CB1 e o aumento acentuado dos receptores CB2 no córtex frontal ou parahipocampal nestes indivíduos.
Os canabinoides, através de sua interação com receptores CB1, podem proteger os neurônios da neurotoxicidade induzida por Aβ, enquanto previnem a morte celular causada por estas proteínas.
O CBD é um agonista inverso bem conhecido dos receptores canabinoides, cuja modulação é relatada como benéfica para prevenir a doença de Alzheimer.
Além disso, ensaios clínicos indicam que os canabinoides da Cannabis podem ser benéficos no tratamento da perda de peso e sintomas comportamentais associados à DA ou demência.
Em estudos de modelos animais com Alzheimer, o tratamento com CBD desde o estágio inicial neutralizou déficits cognitivos sem quaisquer alterações na ansiedade e na memória.
O que é a doença de Alzheimer?
A doença de Alzheimer é um transtorno cerebral progressivo caracterizado por acúmulo de placas no cérebro.
Estes depósitos de proteínas e atrofia cerebral levam à morte das células cerebrais.
Representando a principal causa de demência, ela provoca um declínio gradual na memória, pensamento, comportamento e habilidades sociais, afetando a capacidade funcional.
A doença de Alzheimer não é uma parte normal do envelhecimento, embora o maior fator de risco conhecido seja o aumento da idade.
No Brasil, aproximadamente 6,5 milhões de pessoas com 65 anos ou mais enfrentam a doença, sendo mais de 70% delas com 75 anos ou mais.
Globalmente, dos cerca de 55 milhões de pessoas com demência, estima-se que 60% a 70% tenham doença de Alzheimer.
Os primeiros sinais incluem esquecimento de eventos recentes, evoluindo para sérios problemas de memória e incapacidade de realizar tarefas diárias.
Embora não haja cura, medicamentos podem melhorar ou retardar os sintomas, e programas de apoio auxiliam tanto os pacientes quanto seus cuidadores.
Em estágios avançados, a perda significativa da função cerebral pode levar a complicações graves, como desidratação, desnutrição ou infecção, eventualmente resultando em óbito.
Em média, uma pessoa com Alzheimer vive de 4 a 8 anos após o diagnóstico, mas pode viver até 20 anos, dependendo de outros fatores.
Quais são os sintomas do Alzheimer?
À medida que envelhecemos, nossos cérebros passam por mudanças, e é comum experimentarmos lentidão no pensamento e esquecimentos ocasionais.
No entanto, a perda significativa de memória, confusão e alterações marcantes na função mental podem indicar falhas nas células cerebrais.
O Alzheimer geralmente inicia suas mudanças na área cerebral relacionada à aprendizagem.
Conforme avança, os sintomas se agravam, incluindo desorientação, mudanças de humor e distúrbios de comportamento.
Também é comum perda mais severa de memória, dificuldades em falar, engolir e andar.
Indivíduos com sinais de Alzheimer podem ter dificuldade em reconhecer o problema, enquanto os sintomas podem ser mais perceptíveis para familiares ou amigos.
Consultar um médico é imprescindível ao notar sintomas semelhantes à demência, visando um diagnóstico e tratamento adequados.
A qualidade de vida do paciente de Alzheimer pode ser prolongada quando a doença é detectada a tempo e se a medicação for corretamente utilizada.
Por isso, é preciso reconhecer os sintomas mais frequentes e não confundir com sinais comuns do envelhecimento.
1. Falta de memória recente
À medida que envelhecemos, é normal acontecer a perda de memória, sobretudo a de curto prazo.
Porém, esse também é o sintoma inicial do Alzheimer, que se manifesta quando a pessoa esquece de coisas que acabou de fazer ou fatos recentes.
Essa situação também pode vir acompanhada de mudanças no humor.
Caso você perceba que um parente com mais de 40 anos se mostra esquecido ou irritado demais, procure um médico para que exames de detecção sejam feitos.
2. Perguntas que se repetem
Com a perda acelerada da memória, é comum que o portador se veja confuso e passe a fazer perguntas sem sentido ou repetidas.
Nos estágios mais avançados, ele passa a esquecer até mesmo de pessoas próximas e se vê perdido em locais antes conhecidos.
3. Dificuldade em raciocinar
Cedo ou tarde, o paciente apresentará dificuldades em elaborar raciocínios mais complexos.
Nos estágios mais avançados, ele será incapaz de formular ideias ou mesmo de responder a questões simples do dia a dia.
Com a degradação neurológica, a dependência de outras pessoas para realizar tarefas simples aumenta com o tempo.
4. Incapacidade em solucionar problemas
Por conta dos prejuízos neurológicos, o paciente com Alzheimer se torna incapaz de solucionar problemas muito simples.
Esse é mais um motivo que aumenta a necessidade de vigilância sobre o doente, que não pode sair desacompanhado ou realizar tarefas sem supervisão.
5. Comportamento agressivo e anormal
Existe ainda a manifestação de uma agressividade incomum, até mesmo em situações corriqueiras em que tal atitude não faz sentido.
Essa agressividade está relacionada a outros problemas associados à doença e que geram irritabilidade.
Privação de sono, cansaço e efeitos adversos da medicação são algumas das possíveis causas.
O que são os cinco estágios da Doença de Alzheimer?
A medicina já identificou cinco fases distintas para o processo evolutivo do Alzheimer. A cada avanço, a pessoa doente sofre perdas cognitivas irreversíveis.
A doença de Alzheimer tende a se desenvolver lentamente e piora gradualmente ao longo de vários anos.
Eventualmente, o Alzheimer afeta a maioria das áreas do seu cérebro.
Problemas na memória, pensamento, julgamento, linguagem, resolução de problemas, personalidade e movimento se desenvolvem.
Estágio pré-clínico
A doença de Alzheimer começa muito antes de qualquer sintoma se tornar aparente.
Este estágio é chamado de fase pré-clínica do Alzheimer. Geralmente é identificado apenas em ambientes de pesquisa ou durante exames.
O paciente e aqueles ao seu redor não notarão sintomas durante este estágio.
Este estágio do Alzheimer pode durar anos, possivelmente até décadas antes dos sintomas iniciais surgirem.
Embora você não perceba nenhuma mudança, as novas tecnologias de imagem do cérebro podem identificar placas amiloides e emaranhados neurofibrilares que indicam a presença do Alzheimer.
Estágio 1
Esta fase é conhecida como “comprometimento cognitivo leve”.
Nela, os indivíduos começam a perceber alterações sutis na memória e na capacidade de pensar.
Essas mudanças não impactam significativamente o trabalho ou os relacionamentos.
No entanto, podem manifestar-se como lapsos de memória em informações normalmente lembradas facilmente, como conversas, eventos recentes ou compromissos.
Além disso, surgem dificuldades na avaliação do tempo necessário para realizar uma tarefa e na compreensão da quantidade ou ordem das etapas envolvidas.
A tomada de decisões torna-se mais desafiadora para aqueles com comprometimento cognitivo leve.
Contudo, é extremamente relevante detectar o Alzheimer logo nessa fase, que é quando é possível minimizar os danos ao cérebro.
Estágio 2
É quando os sintomas se agravam, e o paciente passa a ter dificuldade para se expressar, além de apresentar desorientação do tempo e espaço, bem como complicações na tomada de decisões.
Nesta etapa, o paciente começa a ter problemas para realizar tarefas simples, como trocar de roupa.
Também é comum que passe a descuidar da própria higiene e apresentar confusão mental.
Estágio 3
No estágio 3, a condição avança a ponto de comprometer as funções musculoesqueléticas.
O paciente apresenta fraqueza e falta de tônus muscular. é quando o doente passa a ter incontinência, tanto fecal quanto urinária.
Isso o leva a depender totalmente de outras pessoas para realizá-las de forma adequada.
Outro sintoma é a incomunicabilidade. O paciente se torna apático, deixa de falar e fica cada vez mais isolado em um cômodo da casa.
Assim, os indivíduos perdem a noção de onde estão, o dia da semana ou a estação.
Eles podem confundir membros da família ou amigos próximos uns com os outros ou confundir estranhos com família.
Também podem vagar, possivelmente em busca de ambientes que se sintam mais familiarizados.
Estágio 4
No quarto e último estágio, em geral, o paciente não consegue mais se lembrar sequer de acontecimentos do passado.
Ele passa a ser vítima de infecções cada vez mais frequentes e não consegue se alimentar por sentir dor ao engolir alimentos.
As pessoas neste estágio podem se tornar incapazes de andar sem assistência.
Se tornam incapazes de sentar ou levantar a cabeça sem apoio. Os músculos podem se tornar rígidos e os reflexos anormais.
Eventualmente, a pessoa perde a capacidade de engolir e controlar as funções da bexiga e do intestino.
A pneumonia é uma causa comum de morte porque a deglutição prejudicada permite que alimentos ou bebidas entrem nos pulmões, onde uma infecção pode começar.
Neste estágio final, o tratamento é puramente paliativo.
Quais são os fatores de risco da Doença de Alzheimer?
Embora o Alzheimer esteja relacionado à proliferação anormal de proteínas no cérebro, existem fatores de risco associados à doença que, em geral, se manifesta após os 65 anos.
Confira alguns deles:
1. Sedentarismo
Há pesquisas que relacionam a prática regular de exercícios físicos a um risco menor de desenvolver Alzheimer na melhor idade.
Uma delas, publicada na revista Nature’s Medicine, mostrou que há uma ligação entre atividade física e a melhora na capacidade de memorização.
2. Mente desestimulada
Acredita-se que as chances de desenvolver Alzheimer sejam maiores entre pessoas com poucos anos de estudo ou que não têm o hábito de estimular a mente.
Segundo o pesquisador André Matta, da UFF, a leitura é um dos hábitos de estimulação mental que podem ajudar a evitar a doença.
De acordo com o cientista, “uma vida mentalmente ativa adia a chegada da doença”.
3. Uso de bebidas alcoólicas
É conhecida a conexão entre o consumo de álcool como fator de risco para desenvolver Alzheimer.
Uma das provas dessa relação está no estudo Alcohol consumption and risk of dementia, publicado na revista The Lancet Public Health.
Portanto, quem não quiser aumentar as chances de ter Alzheimer no futuro, deve evitar bebidas alcoólicas.
4. Tabagismo
Assim como o álcool, outra substância tóxica também apontada como fator de risco para a doença é o tabaco.
É o que ficou comprovado pelo estudo Effect of smoking cessation on the risk of dementia: a longitudinal study.
Neste estudo, um grupo de pesquisadores sul-coreanos encontrou evidências de uma conexão entre o hábito de fumar e o desenvolvimento de demência.
5. Alimentação
Pesquisas também comprovam que o Alzheimer tem relação com uma alimentação desregrada.
Um estudo de Portugal, um dos países europeus com mais casos registrados para essa doença, intitulado Nutrição e Doença de Alzheimer, aponta para os tipos de alimentos ideais para prevenir e retardar o avanço da enfermidade.
O estudo diz que dietas pouco saudáveis podem levar a um estado crônico de inflamação no corpo.
Como já foi estabelecido, a inflamação crônica está associada ao desenvolvimento de doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.
Uma dieta desequilibrada pode resultar em maior estresse oxidativo, onde há um desequilíbrio entre a produção de radicais livres e a capacidade do corpo de neutralizá-los.
O estresse oxidativo está implicado no envelhecimento cerebral e no desenvolvimento de condições neurodegenerativas.
No entanto, alimentos ricos em antioxidantes, como frutas e vegetais coloridos, ajudam a combater o estresse oxidativo, reduzir a neuroinflamação e, portanto, prevenir o Alzheimer.
Possíveis causas do Alzheimer
Os pesquisadores continuam a explorar as causas das transformações cerebrais associadas à doença de Alzheimer.
Modificações no cérebro podem iniciar uma década ou mais antes do surgimento dos sintomas.
Durante essa fase inicial, ocorrem alterações tóxicas, como o acúmulo anormal de proteínas formando placas amiloides e emaranhados de tau.
Neurônios previamente saudáveis deixam de funcionar, perdem conexões e morrem.
Acredita-se que diversas outras complexas mudanças cerebrais causem a doença de Alzheimer.
O dano parece começar no hipocampo e no córtex, partes cruciais para a formação de memórias.
À medida que mais neurônios morrem, outras regiões cerebrais são afetadas e sofrem redução.
No estágio avançado, o dano é generalizado, levando a uma atrofia do tecido cerebral.
Embora as causas primárias do Alzheimer permaneçam desconhecidas, a comunidade médica reconhece um forte componente genético.
E, como você agora sabe, há fatores de risco associados, especialmente em pessoas com mais de 65 anos.
Consumo de álcool, sedentarismo, tabagismo e a falta de estímulos cognitivos aumentam a probabilidade de desenvolver a doença.
Remédio para Alzheimer: como age o canabidiol?
Ao longo de vários anos, a eficácia do canabidiol (CBD) e seus efeitos em diversas patologias foram sustentados clinicamente.
Diversos ensaios clínicos foram conduzidos em pacientes com doença de Alzheimer e mostraram os benefícios do composto neste contexto.
Embora o CBD não represente uma cura, demonstrou ser um complemento inovador no tratamento de sintomas associados à doença.
O objetivo não é curar a doença de Alzheimer, mas sim melhorar a qualidade de vida e atrasar a progressão da patologia.
O CBD é predominantemente utilizado para abordar três sintomas prevalentes na doença de Alzheimer: dor decorrente das complicações da doença, distúrbios de humor e problemas no sono.
Além disso, há pesquisas que sugerem seu papel como neuroprotetor, oferecendo proteção contra o desenvolvimento da doença.
Mecanismos neuroprotetores do canabidiol no Alzheimer
Acredita-se que a demência de Alzheimer esteja associada ao estresse oxidativo, neuroinflamação e excitotoxicidade.
Todos esses fatores contribuem para a morte das células nervosas.
Nos últimos anos, as propriedades neuroprotetoras dos canabinoides despertaram interesse.
Isso, em especial, depois que foram identificadas alterações no sistema endocanabinoide no cérebro de pacientes com doença de Alzheimer.
No entanto, os canabinoides da Cannabis poderiam reduzir o estresse oxidativo e proteger as células nervosas dos efeitos nocivos do beta-amilóide.
Sendo assim, os pesquisadores estudaram o efeito do CBD em células cultivadas de ratos em um estudo intitulado Neuroprotective effect of cannabidiol, a non-psychoactive component from Cannabis sativa, on beta-amyloid-induced toxicity in PC12 cells.
Depois de expor as células ao dano beta-amilóide, os pesquisadores observaram uma redução acentuada na sobrevivência das células.
No entanto, o tratamento das células com CBD antes da exposição ao beta-amiloide aumentou significativamente a sobrevivência das células.
O que é particularmente interessante é que os pesquisadores acreditam que o CBD é capaz de promover a neurogênese, o crescimento de novos tecidos nervosos.
O CBD interage com os receptores PPARγ, que estão localizados no núcleo da célula.
Ao bloquear o PPARγ, o CBD reduz significativamente os danos neurais.
Além disso, os pesquisadores observaram que o CBD estimula a neurogênese do hipocampo devido a esta interação, sugerindo que o uso de canabidiol pode prevenir o surgimento do Alzheimer.
Quais estudos indicam o canabidiol como remédio para Alzheimer?
Além dos estudos previamente mencionados, uma pesquisa revelou que o canabidiol, em combinação com o THC, pode atrasar a progressão da doença de Alzheimer.
O estudo, intitulado In vivo Evidence for Therapeutic Properties of Cannabidiol (CBD) for Alzheimer’s Disease, identificou o canabidiol como um fitocanabinoide com propriedades neuroprotetoras, anti-inflamatórias e antioxidantes in vitro.
Os pesquisadores indicaram a capacidade do CBD em reduzir a resposta neuroinflamatória, além de promover a neurogênese.
Eles também observam que o CBD reverte e previne o desenvolvimento de déficits cognitivos em modelos de Alzheimer.
Juntos, o CBD e o THC promoveram benefícios terapêuticos mais significativos do que qualquer fitocanabinoide isolado.
Com isso, o estudo conclui que terapias à base de Cannabis são uma potencial opção de tratamento multifuncional para o Alzheimer.
Como usar o CBD como remédio para Alzheimer?
Os itens terapêuticos produzidos à base de componentes da Cannabis estão disponíveis em vários formatos.
No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permite apenas a comercialização dos produtos utilizados por via oral e nasal.
O mesmo vale para os medicamentos destinados ao tratamento para Alzheimer, sendo, em geral, consumidos na forma de óleo.
Remédio para Alzheimer: há efeitos colaterais no uso canabidiol?
Nos primeiros meses do tratamento com CBD, é comum que os pacientes sintam mais sono do que o normal.
Em casos mais raros, os pacientes podem sentir náuseas, tontura e apresentar quadros de diarreia.
Para remédios contendo THC, pode haver aumento temporário no batimento cardíaco e tontura.
Também pode causar hipotensão ortostática – que nada mais é do que a repentina queda de pressão quando você se levanta.
No entanto, não existem efeitos colaterais graves associados ao uso de canabidiol, diferentemente dos medicamentos tradicionais para Alzheimer.
Remédio para Alzheimer preço: quanto custa óleo de CBD no Brasil?
Atualmente, fatores como o processo de extração, regulamentações governamentais e a oferta limitada contribuem para os preços relativamente altos do CBD.
De fato, produtos de canabidiol podem ter preços mais elevados, variando de R$ 300 até R$ 2.500 ou mais, dependendo da concentração, marca e outros fatores.
No entanto, as expectativas são de melhorias nesse cenário.
À medida que a pesquisa sobre o CBD avança e a aceitação da Cannabis medicinal cresce, há uma tendência positiva em relação à redução de custos.
Inovações tecnológicas na produção e extração do CBD também podem resultar em eficiências que se refletirão nos preços finais para os consumidores.
Onde e como comprar o óleo de CBD no Brasil?
Para adquirir remédios à base de Cannabis no Brasil é necessário ter uma receita médica.
Confira os passos exigidos a seguir.
1. Consulta médica
Obter uma prescrição médica para o uso de canabidiol (CBD) geralmente envolve uma discussão aberta e honesta entre o paciente e seu médico.
Inicialmente, o paciente deve abordar o assunto durante uma consulta médica, comunicando seus sintomas, histórico médico e interesse no uso de CBD.
O médico, ao considerar a adequação do CBD ao quadro clínico do paciente, pode decidir prescrever um produto à base de Cannabis medicinal.
A prescrição médica é necessária para garantir a segurança do paciente, além de possibilitar o acesso legal ao tratamento.
Um recurso valioso para encontrar profissionais dispostos a prescrever produtos à base de CBD é o portal Cannabis & Saúde.
O portal reúne uma lista abrangente de mais de 300 médicos prescritores especializados nesse tipo de tratamento.
Os pacientes interessados podem clicar aqui para encontrar um profissional adequado, marcar uma consulta e discutir detalhadamente o uso do CBD como parte de seu plano terapêutico.
2. Solicitação à Anvisa
Em seguida, é preciso submeter uma solicitação à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
A Anvisa é responsável por regular a importação de produtos à base de Cannabis para uso medicinal.
O processo de solicitação geralmente envolve a apresentação de documentos médicos que comprovem a necessidade do tratamento com canabidiol.
Além disso, é preciso fornecer detalhes sobre a prescrição médica e outras informações que a Anvisa possa requerer.
O cumprimento rigoroso dos requisitos estabelecidos pela Anvisa é o que determina a aprovação da solicitação.
3. Autorização da Anvisa
Após o envio da solicitação, aguarda-se a autorização da Anvisa.
Este é um estágio onde a agência avalia a documentação fornecida e decide conceder ou não a permissão para importação do óleo de canabidiol.
É importante estar atento aos prazos e às orientações fornecidas pela Anvisa durante esse processo.
4. Compra e Entrega
Uma vez obtida a autorização da Anvisa, o próximo passo é a compra do óleo de canabidiol.
Durante a compra, selecione fornecedores confiáveis e certifique-se de que estão em conformidade com as regulamentações de seu país de origem.
A importação é geralmente realizada por meio de empresas especializadas que lidam com produtos medicinais.
Além disso, é interessante se informar sobre os procedimentos aduaneiros e possíveis tributações associadas à importação de produtos à base de Cannabis.
Considerações éticas e legais do uso de canabidiol para pacientes com Alzheimer
Ao iniciar um tratamento com canabidiol, tanto médicos quanto pacientes e seus representantes, precisam considerar as questões éticas e legais envolvidas.
Do ponto de vista ético, a administração de CBD deve ser baseada no princípio da autonomia do paciente.
Isso significa que os profissionais de saúde devem obter o consentimento informado dos pacientes ou de seus representantes legais, explicando claramente os potenciais benefícios e riscos associados ao uso do CBD.
Além disso, a privacidade do paciente é sempre mantida, bem como a transparência com os cuidadores.
Do ponto de vista legal, é preciso seguir rigidamente as regulamentações relacionadas ao uso de CBD.
Para isso, certifique-se de que a prescrição e administração do CBD estejam em conformidade com as leis antes de iniciar seu tratamento.
Relatos de pacientes que usaram o canabidiol como remédio para Alzheimer
No portal Cannabis & Saúde contamos histórias emocionantes de pacientes com diferentes doenças e que só encontraram qualidade de vida após o uso de Cannabis.
Um dos casos mais interessantes é o do goiano Ivo Suzin.
O Alzheimer se desenvolveu rapidamente e logo o seu Ivo se tornou uma pessoa agressiva com a família.
Em vídeos gravados pelo filho, Filipe, seu Ivo demonstra comportamentos agressivos durante tarefas do dia a dia, como comer e tomar banho.
No entanto, somente com a Cannabis medicinal, ele voltou ao controle de si.
Hoje, quase dois anos após o início do tratamento com Cannabis, Ivo é um novo homem.
Acorda bem humorado. Come tranquilo, sem nenhuma agressividade. Vai ao banheiro. Dorme após o almoço e a noite toda.
“Hoje eu brinco que meu pai é um buda. Posso sair, viajar, sem me preocupar. Mudou da água para o vinho. Não sei nem como explicar. É tanta mudança, que eu nem acredito. Parece de filme”, comemorou Filipe em entrevista ao portal.
Perspectivas futuras do uso de canabidiol no tratamento do Alzheimer
Nos próximos anos, há previsões de avanços notáveis no uso do canabidiol no tratamento do Alzheimer.
Estes avanços, impulsionados pelo progresso na pesquisa médica e na compreensão dos benefícios desta substância, levarão ao desenvolvimento de novos medicamentos específicos para o Alzheimer.
À medida que a pesquisa avança, podemos compreender melhor os mecanismos pelos quais o CBD atua no cérebro, e novas terapias serão desenvolvidas a partir disso.
Além do alívio sintomático, mais estudos podem confirmar outros benefícios relatados, como a desaceleração da progressão da doença ou até mesmo a promoção da regeneração neuronal.
Também espera-se uma maior flexibilidade nos desafios regulatórios, permitindo uma diminuição dos custos de produtos à base de Cannabis.
Além disso, é possível que haja uma melhora no acesso dos pacientes a esse tipo de tratamento, conforme as barreiras regulatórias são superadas.
Futuramente, poderemos testemunhar uma mudança na percepção do CBD, passando de uma substância estigmatizada para uma opção terapêutica mais aceita.
Remédio para alzheimer: nomes de outras opções usadas no tratamento
Atualmente, a maioria dos tratamentos para o Alzheimer se baseia na administração de medicamentos convencionais específicos para essa condição.
Entre essas terapias, a Memantina é frequentemente prescrita por seu impacto direto no neurotransmissor glutamato.
Outro medicamento frequentemente recomendado é o Haldol, um antipsicótico utilizado para controlar a agressividade e a agitação.
Por outro lado, existem medicamentos conhecidos como inibidores de colinesterase.
Estes visam reduzir a taxa de degradação da acetilcolina, substância responsável por facilitar a comunicação entre as células nervosas.
No entanto, muitos desses compostos não proporcionam os resultados desejados e podem apresentar efeitos colaterais graves.
Perguntas frequentes sobre o Alzheimer
A seguir, vamos explorar juntos as dúvidas mais comuns relacionadas ao Alzheimer e suas respectivas respostas.
1. Qual é a diferença entre demência e Alzheimer?
A demência é um termo amplo que engloba vários distúrbios cognitivos.
Envolve a deterioração das funções mentais, como memória, linguagem, raciocínio e capacidade de realizar atividades diárias.
O Alzheimer, por outro lado, é uma forma específica de demência e é a principal causa de perda de memória e declínio cognitivo em idosos.
Enquanto a demência é um conjunto de sintomas, o Alzheimer é uma doença neurodegenerativa caracterizada por anormalidades como placas de proteína beta-amiloide e emaranhados de proteína tau no cérebro.
2. A doença de Alzheimer é hereditária?
A doença de Alzheimer tem um componente genético, mas sua hereditariedade não é direta.
Ter parentes de primeiro grau com Alzheimer pode aumentar o risco, mas não garante o desenvolvimento da doença.
Fatores ambientais e estilo de vida também estão associados ao desenvolvimento do Alzheimer.
Pesquisas indicam que variantes genéticas, como a presença do gene APOE-ε4, podem influenciar a suscetibilidade ao Alzheimer.
No entanto, a interação genética e ambiental torna difícil prever a ocorrência com base apenas na herança genética.
3. O estresse pode causar Alzheimer?
Embora o estresse crônico tenha sido associado a vários problemas de saúde, não há evidências conclusivas que o vinculem diretamente ao desenvolvimento do Alzheimer.
O estresse afeta negativamente o cérebro, contribuindo para problemas cognitivos, mas não é considerado um fator de risco isolado para o Alzheimer.
Contudo, a promoção de hábitos de vida saudáveis, incluindo a gestão do estresse, ajuda a otimizar a saúde cerebral geral e reduzir o risco de desenvolver condições neurodegenerativas.
4. Quais são os desafios de cuidar de alguém com Alzheimer?
Cuidar de uma pessoa com Alzheimer apresenta desafios únicos, desde as mudanças no comportamento do paciente até as demandas físicas e emocionais do cuidador.
O declínio cognitivo pode levar a problemas de comunicação e agitação, aumentando o estresse para quem cuida.
Por outro lado, as tarefas diárias, como alimentação e higiene, se tornam desafiadoras.
Sendo assim, a paciência, compreensão e o acesso a recursos de apoio são seus melhores aliados para enfrentar esses desafios.
Também é importante manter a qualidade de vida tanto do paciente, quanto do cuidador.
5. Como a família pode lidar com a progressão da doença?
A progressão da doença de Alzheimer é emocionalmente desgastante para a família.
Para lidar com isso, você deve estabelecer um sistema de apoio, incluindo redes de cuidadores, para compartilhar responsabilidades e garantir o bem-estar tanto do paciente quanto dos familiares.
Outra forma de lidar com isso é por meio da educação sobre a doença, planejamento antecipado e o acesso a serviços de saúde mental.
Mantenha uma comunicação aberta e empática dentro da família para que, juntos, vocês possam compreender e aceitar as mudanças.
6. Existe uma ligação entre distúrbios do sono e Alzheimer?
A qualidade do sono é vital para a saúde cerebral, e distúrbios como insônia e apneia do sono contribuem para o acúmulo de placas beta-amiloide no cérebro, característico da doença de Alzheimer.
Paralelamente, a deterioração cognitiva associada ao Alzheimer pode levar a distúrbios do sono.
Portanto, a promoção de hábitos saudáveis de sono pode ser uma abordagem preventiva.
No entanto, mais pesquisas são necessárias para compreender completamente a interação entre o sono e as condições neurodegenerativas.
Conclusão
A doença de Alzheimer não tem cura, mas é perfeitamente controlável.
Em casos mais avançados, como o do seu Ivo, o uso da medicação certa torna possível até mesmo resgatar o bem-estar e reintegrar o indivíduo à vida em família.
Nesse aspecto, o canabidiol vem se mostrando um poderoso aliado para as pessoas que precisam lidar com a doença.
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