A síndrome de borderline é um transtorno mental que afeta a forma como uma pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros. Existem nos dias de hoje alguns tipos de remédio para borderline, bem como outros tipos de tratamento.
Entre os sintomas mais comuns que um “borderline” costuma apresentar estão a impulsividade, a instabilidade emocional, o comportamento autodestrutivo e as dificuldades na manutenção das boas relações.
De acordo com dados da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), mais de 2 milhões de casos são registrados no Brasil.
Além disso, de acordo com a mesma fonte, há um risco de suicídio acima do “normal”, onde 10% dos diagnosticados tiram a própria vida.
Por isso, diversos medicamentos e tratamentos têm sido testados de modo a melhorar a qualidade de vida dos pacientes diagnosticados com a síndrome de borderline nos últimos anos.
Uma dessas alternativas como remédio para borderline é o canabidiol (CBD), um composto derivado da cannabis usado para tratar diversos problemas de saúde, incluindo ansiedade, depressão e insônia.
Neste artigo, vamos abordar sobre a síndrome, os seus sintomas e quais são os principais tratamentos existentes.
Além disso, vamos trazer também detalhes sobre o uso do canabidiol (CBD) como remédio para borderline, as legislações a respeito, além dos benefícios potenciais deste tipo de remédio para os seus pacientes.
O que é a síndrome de borderline?
A síndrome de borderline é um transtorno mental que afeta a forma como uma pessoa se relaciona consigo mesma e com os outros.
Os sintomas costumam surgir na adolescência ou na fase adulta inicial e podem incluir impulsividade, instabilidade emocional, comportamento autodestrutivo e dificuldades na manutenção de boas relações.
Um dos fatores que dificulta o diagnóstico dessa síndrome é que os seus sintomas são semelhantes aos de outros transtornos mentais, como a depressão, a bipolaridade e o transtorno de ansiedade generalizada (TAG).
Nesse sentido, é bem comum haver uma certa confusão, sobretudo quando não se busca auxílio médico, psicológico e psiquiátrico.
No entanto, nos últimos anos, tem havido uma maior conscientização a respeito de doenças e síndromes mentais.
Com isso, é provável que haja um aumento no número de pessoas com diagnóstico do borderline, mas também uma melhora no número de pessoas tratadas.
É importante dizer que o Borderline, embora seja uma síndrome complexa, tem tratamento e pode-se levar uma vida normal com ela. Tudo isso é possível desde que se siga as orientações médicas e evite-se possíveis gatilhos para as crises.
Mais abaixo, detalharemos mais sobre estes pontos e também sobre os sintomas do borderline.
Diferenças entre borderline e bipolaridade
Embora sejam transtornos confundidos por muitas pessoas, o borderline e bipolaridade tem algumas diferenças sensíveis.
Enquanto a bipolaridade se caracteriza por um quadro de alterações bruscas no humor, o borderline se mantém na instabilidade.
Isso quer dizer que a pessoa com síndrome de borderline não tem grandes picos de euforia, tristeza ou depressão.
Sua principal característica é mesmo a instabilidade emocional.
Outra diferença marcante é que as crises do borderline costumam ser mais frequentes que as do transtorno bipolar. Além disso, elas tendem a durar menos tempo também, algo em torno de dias ou semanas.
Quais são as causas da síndrome de borderline?
As causas da síndrome de borderline ainda são desconhecidas, mas acredita-se que possam envolver fatores genéticos, ambientais e neurológicos.
Por exemplo, é bem comum haver casos de borderline na família, o que sugere uma predisposição genética para o transtorno. No entanto, não se sabe ao certo se é um fator determinante ou apenas um facilitador.
Do ponto de vista neurológico, alguns estudos têm apontado alterações nos neurotransmissores da pessoa com borderline.
A serotonina – neurotransmissor responsável pelo controle do humor, entre outras funções – é uma das substâncias que estão em foco nos estudos.
Isso porque a síndrome de borderline é caracterizada por um quadro de instabilidade emocional e impulsividade, o que pode estar ligado a problemas na regulação da serotonina.
Como é o diagnóstico da síndrome de borderline?
O diagnóstico da Síndrome de Borderline deve ser feito por um médico especialista, geralmente um psiquiatra.
Esse profissional fará uma avaliação clínica, que inclui uma entrevista e o preenchimento de questionários, a fim de identificar os sintomas da síndrome de borderline.
Como já dissemos anteriormente, o borderline pode ser facilmente confundido com outros transtornos de ordem mental.
Por vezes, mesmo um profissional experiente pode não ser capaz de identificar de primeira esse distúrbio.
No entanto, é importante que o diagnóstico seja feito por um especialista, pois somente assim será possível iniciar o tratamento adequado.
Quais são as características de uma pessoa que sofre de borderline?
Uma pessoa com borderline tem características bem específicas. A seguir, listamos algumas das principais:
- Instabilidade emocional;
- Impulsividade;
- Dificuldade de relacionamento;
- Baixa autoestima;
Além disso, uma pessoa com borderline pode apresentar problemas para manter os relacionamentos em um ponto saudável. Nesse sentido, é bem comum que gatilhos sejam ativados em momentos específicos.
Entre eles, pode-se destacar por exemplo o ciúme, o medo de ser abandonado e a possessividade.
Outro fator que costuma fazer parte da vida de um portador de borderline é a tendência à automutilação.
Nesses casos, as pessoas ferem-se deliberadamente caso sintam-se contrariados ou não se respeitem suas necessidades ou vontades.
Por fim, uma pessoa com borderline pode ter crises de raiva e, em alguns casos, até mesmo alucinações.
Diferentes perfis de pacientes com síndrome de borderline
Clinicamente, existem perfis diferentes de acordo com os sintomas e padrões apresentados pelo portador de borderline.
São eles:
Desencorajado
São aqueles que apresentam uma maior vulnerabilidade emocional. Nesses casos, as pessoas tendem a se isolar socialmente e têm dificuldades para lidar com o mundo exterior.
Petulante
Pessoas com esse perfil são aquelas que têm uma personalidade mais extrovertida e se sentem mais à vontade para socializar.
No entanto, apresentam comportamentos impulsivos, o que pode causar problemas em seus relacionamentos.
Paranoico
As pessoas com esse perfil apresentam um comportamento mais agressivo e são extremamente sensíveis a críticas. Nesses casos, é bem comum que as pessoas sejam superprotetoras e ciumentas.
Misto
O perfil misto é aquele que apresenta sintomas de mais de um dos perfis anteriormente descritos. Nesses casos, o tratamento costuma ser mais complexo.
Impulsivo
As pessoas com esse perfil são aquelas que apresentam um comportamento mais impulsivo e instável.
Nesses casos, as pessoas tendem a se envolver em relacionamentos abusivos e têm dificuldades para lidar com as frustrações.
Autodestrutivo
As pessoas com esse perfil são aquelas que apresentam um comportamento mais autodestrutivo. Nesses casos, as pessoas tendem a se envolver em atividades perigosas e têm dificuldades para lidar com as consequências de seus atos.
Tratamento para a síndrome de borderline
Existem alguns tipos de tratamento para a síndrome de borderline. O mais indicado é o psicoterápico, associado ou não a medicação.
A psicoterapia é um tratamento que visa ajudar a pessoa a lidar com os seus sentimentos e emoções, além de ensinar técnicas para melhorar o seu bem-estar.
Já a medicação geralmente é usada para tratar outros problemas de saúde mental que podem estar associados à síndrome de borderline, como depressão, ansiedade e transtorno bipolar.
Além disso, o tratamento para borderline pode incluir a participação em grupos de apoio. Nesses grupos, as pessoas compartilham suas experiências e aprendem dicas úteis para lidar com os seus sintomas.
Se você ou alguma pessoa que você conhece apresentar os sintomas da síndrome de borderline, é importante procurar um especialista para fazer um diagnóstico e iniciar o tratamento adequado.
Lembre-se: cuidar da saúde mental é tão importante quanto cuidar da saúde física!
Borderline tem cura?
A síndrome de borderline não tem cura, mas o tratamento pode ajudar a melhorar os sintomas e aumentar a qualidade de vida das pessoas.
Nesse sentido, os tratamentos visam ajudar as pessoas a lidar com os seus sentimentos e emoções, além de ensinar técnicas para melhorar o seu bem-estar.
Além disso, o tratamento para borderline pode incluir a participação em grupos de apoio. Nesses grupos, as pessoas compartilham suas experiências e aprendem dicas úteis para lidar com os seus sintomas.
Como acalmar uma crise de borderline?
Uma crise de borderline pode ser bastante problemática para os portadores do distúrbio. Dessa forma, é muito comum que as pessoas experimentem sensações de ansiedade e medo durante esses períodos.
No entanto, existem algumas técnicas que podem ajudar a acalmar uma crise de borderline. Uma delas é o diálogo, em que a pessoa fala sobre o que está sentindo e compartilha suas experiências com outras pessoas.
Outra técnica é a chamada “respiração diafragmática”, que consiste em respirar profundamente pelo nariz e soltar o ar lentamente pela boca. Essa técnica ajuda a relaxar o corpo e a diminuir a ansiedade.
Também é importante praticar atividades que tragam prazer e bem-estar, como exercícios físicos, ioga ou meditação. Além disso, é fundamental procurar ajuda médica para garantir o melhor tratamento possível.
Terapias para borderline
Como dissemos anteriormente, o diálogo é uma importante ferramenta para lidar com os sintomas da síndrome de borderline.
Nesse sentido, as psicoterapias são bastante úteis para tratar o distúrbio, pois ajudam as pessoas a lidar com os seus sentimentos e emoções.
Além disso, as terapias também podem ensinar técnicas para melhorar o bem-estar e aumentar a autoestima.
As psicoterapias mais utilizadas para tratar borderline são a terapia cognitivo-comportamental (TCC) e a terapia dialético-comportamental (TDC).
A TCC é uma terapia que visa ajudar as pessoas a mudarem os seus pensamentos e comportamentos negativos. Já a TDC, por sua vez, tem como objetivo ensinar as pessoas a lidarem de maneira mais positiva com as suas emoções.
Além dessas, outras terapias também podem ser utilizadas no tratamento da síndrome de borderline, como a Terapia de Aceitação e Compromisso (TAC) e a Terapia de Esquemas (TE).
A primeira envolve o uso de técnicas para aumentar a aceitação dos sintomas e da doença, enquanto a segunda tem como objetivo modificar os esquemas mentais negativos.
Remédio para borderline
Além da psicoterapia, o tratamento para borderline também pode incluir o uso de remédios.
Os medicamentos mais utilizados são os antidepressivos, que ajudam a diminuir os sintomas da depressão. Além disso, também podem ser usados remédios para ansiedade e transtorno bipolar.
É importante lembrar que o uso de medicamentos deve ser feito sob orientação médica, pois só um especialista pode avaliar qual remédio é o mais indicado para cada caso.
Remédio antidepressivo para borderline
Os remédios antidepressivos são os mais utilizados no tratamento da síndrome de borderline.
Isso ocorre porque esses medicamentos ajudam a diminuir os sintomas da depressão, que é um dos principais sintomas do distúrbio.
Além disso, os antidepressivos também podem ajudar a diminuir a ansiedade e os sintomas do transtorno bipolar.
Os antidepressivos mais utilizados são a fluoxetina (Prozac), a paroxetina (Paxil) e a sertralina.
Entre as principais funções dos antidepressivos como remédio para borderline, está a diminuição das crises de instabilidade, muito comuns para os portadores da síndrome.
Há também uma redução nas tendências à automutilação e ao suicídio, fazendo com que estes remédios em muitos casos sejam essenciais nos tratamentos.
Remédio antipsicótico para borderline
Por outro lado, os antipsicóticos são remédios utilizados para tratar os sintomas de doenças como a esquizofrenia e o transtorno bipolar.
No entanto, alguns estudos têm mostrado que esses medicamentos também podem ser úteis no tratamento da síndrome de borderline.
Isso ocorre porque os antipsicóticos ajudam a diminuir as crises de raiva e aumentam o controle das emoções. Dessa forma, também há uma melhora nos relacionamentos da pessoa com sua família, com seus amigos e colegas de trabalho.
Por fim, os principais remédios para borderline com ações antipsicóticas, podemos destacar a clozapina (Clozaril), a risperidona (Risperdal) e a olanzapina (Zyprexa).
Remédio estabilizador de humor para borderline
Além dos antidepressivos e os antipsicóticos, os estabilizadores de humor também são importantes aliadas dos pacientes com borderline.
Isso ocorre porque esses remédios ajudam a regular os sintomas do transtorno bipolar, que é um dos principais sintomas da síndrome.
Os estabilizadores de humor mais utilizados são a carbamazepina (Tegretol), a valproato (Depakote) e o lítio.
Como vimos, remédios para borderline são fundamentais no tratamento da doença.
No entanto, é importante destacar que o uso de qualquer medicamento deve ser feito sob orientação e prescrição médica.
O acompanhamento e monitoramento dos sintomas também é imprescindível, pois permite ao profissional de saúde identificar qualquer alteração no tratamento.
Entre essas alterações, destacam-se os efeitos colaterais (comuns nesse tipo de medicação) e uma possível ineficiência na melhora dos sintomas.
Cannabis medicinal como remédio para borderline
Recentemente, há um interesse crescente no potencial neuroprotetor dos canabinóides para condições neurológicas e nas propriedades antipsicóticas do CBD.
Evidências pré-clínicas sugerem que os canabinoides podem atenuar a neurodegeneração, reduzindo a excitotoxicidade e os danos oxidativos via receptores CB1 e CB2 e mecanismos independentes do receptor.
No caso do CBD, há indicações de que ele pode modular o sistema endocanabinóide, aumentando os níveis de anandamida, reduzindo assim os sintomas psicóticos.
Hoje, vários receptores de canabinóides estão sendo investigados como medicamentos para uma ampla gama de condições, incluindo o Borderline.
Canabidiol (CBD) como remédio estabilizador de humor e ansiedade no auxílio ao tratamento
O THC da Cannabis medicinal age como a anandamida, uma enzima comum no cérebro humano; ambos se ligam aos mesmos receptores canabinóides (ou CB) que estão densamente espalhados por todo o cérebro.
Qualquer pessoa que tenha contato com o THC não se surpreenderá ao saber que uma das principais funções da anandamida é controlar o humor agindo dentro de uma região cerebral chamada amígdala.
Estudos com animais, e alguns pequenos estudos usando humanos, demonstraram que a amígdala é muito ativa quando estamos zangados ou agressivos.
Os cientistas têm colocado a hipótese de que a anandamida, agindo dentro da amígdala, pode normalmente ser responsável pela redução dos sentimentos de raiva e agressão.
A Cannabis medicinal aumenta a função normal da anandamida para reduzir os sentimentos de raiva e ansiedade.
Estudos em pacientes de borderline que usaram remédio à base de CBD
Um estudo recente investigou se as pessoas diagnosticadas com Transtorno de Personalidade Borderline que estão irritadas e agressivas na maior parte do tempo, têm níveis mais baixos de anandamida em seu cérebro.
O borderline se apresenta com hostilidade e raiva, levando frequentemente à agressão física. Este estudo percebeu que os pacientes com borderline podem ter atividade anormal dentro de sua amígdala.
A atividade dentro da amígdala é parcialmente controlada pelo córtex pré-frontal. Vários estudos de imagem do cérebro de pacientes com borderline descobriram que a ligação neural entre o córtex pré-frontal e a amígdala não funciona corretamente.
A consequência é que os sinais de seu córtex pré-frontal não são suficientes para amortecer as emoções agressivas induzidas pela amígdala.
A causa da sinalização falhada do córtex pré-frontal pode ser devida a uma falha do cérebro no controle do nível de anandamida. O problema é que o nível de anandamida é muito baixo e, como consequência, a atividade na amígdala é muito alta.
Nesse sentido o estudo “Targeting the Endocannabinoid System in Borderline Personality Disorder: Corticolimbic and Hypothalamic Perspectives” enfatizou o envolvimento e a potencial contribuição do sistema endocanabinoide para a melhoria dos sintomas e da capacidade de lidar com a doença.
Há também evidências substanciais de mudanças estruturais e funcionais no sistema límbico na Borderline, especialmente na amígdala e hipocampo, incluindo regiões corticais dentro do sistema corticolimbico.
A expressão extensiva dos receptores CB1 e CB2 do ECS foi encontrada em regiões límbicas e no hipotálamo.
Como resultado, isso abre novas janelas de oportunidade para o tratamento do Borderline com canabinóides como o canabidiol.
Como conseguir remédio à base de canabidiol para borderline?
A maioria das pessoas que estão em busca de tratamento à base de Cannabis Medicinal não sabe muito bem como fazê-lo.
Embora já existam estudos comprovando a sua importância no tratamento de diversas doenças, ainda há uma resistência para a aplicação deste método no Brasil.
Pesquisas apontam que a falta de conhecimento é uma dessas motivações. Isso faz com que menos de 1% dos médicos no país já tenha feito algum tipo de prescrição de tratamento à base de cannabis.
Por isso, nós do Portal Cannabis & Saúde preparamos uma plataforma completa de conexão entre pacientes e médicos prescritores de terapia canabinoide.
Nesse sentido, você pode buscar por médicos de acordo com a sua região, especialidade requerida ou até com o plano de saúde que você utiliza.
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Conclusão
O Transtorno de Personalidade Borderline é tratado principalmente através de psicoterapia, mas pode ser acrescentada medicação. O médico também pode recomendar a hospitalização se a segurança do paciente estiver em risco.
Também é necessário o tratamento de quaisquer outros distúrbios de saúde mental que frequentemente ocorrem junto com o Borderline, tais como depressão ou uso impróprio de substâncias.
Com o tratamento, o indivíduo pode se sentir melhor consigo mesmo e viver uma vida mais estável e gratificante. E como falado no texto, o uso do Canabidiol pode ajudar no tratamento.
Por isso, se você está em busca de um tratamento desse tipo, agende uma consulta com um médico com experiência no tratamento canabinoide.
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