Neste Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla, realizado dia 30 de agosto, em comemoração ao aniversário da fundadora da Associação Brasileira de Esclerose Múltipla, Ana Maria Amarante Levy, desde 2006, o portal Cannabis & Saúde relembra histórias de pacientes com a doença que tiveram a oportunidade de vivenciar uma melhora da qualidade de vida graças ao tratamento com Cannabis medicinal.
Gilberto Castro
Aos 26 anos, o designer Gilberto Castro perdeu toda a sensibilidade do pescoço para baixo. Eram os primeiros sinais da esclerose múltipla.
Os médicos alertaram: teria mais cinco anos de vida saudável. Aos poucos, perderia os movimentos e parte da visão. Quando soube das perspectivas negativas do futuro, Gilberto se voltou aos estudos da doença e encontrou relatos e pesquisas sobre os benefícios da Cannabis.
Com o tratamento, nunca mais teve outros surtos. Em cinco anos, havia tido outros cinco episódios, além do primeiro, que o levara ao diagnóstico.
As dores ainda permanecem, mas com bem menos força do que antes. Deixou para trás a cadeira de rodas, antes tão necessária. 21 anos após o primeiro surto, superou a expectativa negativa dos médicos.
Muitos dos sintomas desapareceram. “Não recuperei a sensibilidade nos dedos e isso me impede de tocar violão, por exemplo.”
Como a Cannabis mudou a vida de um paciente com esclerose múltipla
Adriano Bicca
“Passei em vários médicos, até que fui em uma neuro. Ela tirou o líquido da coluna, fez ressonância, e bateu o martelo: era esclerose múltipla.”
“Engraçado que um dos sintomas da esclerose é a perda de urina. Cansei de ir em urologista, fazia vários exames, e ninguém me mandava para um neurologista. Fiquei indo em médico que não tem nada a ver com esclerose e, o que perdi nesse tempo, não busco mais.” Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla
“Tinha muita queimação nas minhas pernas, por causa da esclerose. Pegava fogo. Um fogo interno que não tinha um minuto de paz. 24 horas por dia pegando fogo.”
Quando seu fisioterapeuta comentou que atendia um paciente que estava em tratamento com Cannabis medicinal, deixou seus receios de lado.
“Eu larguei todos os remédios e estou só com o canabidiol. Durmo tranquilo e acordo bem.”
Este foi só o começo. “Uma melhora de uns 90% na queimação das pernas. Uma melhora muito rápida. Nem um mês tomando e já tive um resultado muito melhor que mais de ano de qualquer outro tratamento”, comemorou.
“O canabidiol para mim foi sensacional. Não tem nada para dizer que me atrapalhou nisso ou aquilo. Só coisa boa para mim. Eu não tinha nada de esperança, agora tenho 1%. Estou fazendo tudo quanto é coisa para melhorar. Investindo bem no canabidiol mesmo. Viver com dor não é viver.”
“A Cannabis foi sensacional”, diz paciente com esclerose múltipla
Matheus Carvalho
“Eu parei de andar. Não conseguia mais. Sentia muita dor e fui ao neurologista, que deu duas opções: câncer de medula ou cérebro ou esclerose múltipla.”
Os exames apontaram para a segunda opção. “É complicado, tanto o diagnóstico quanto ter esclerose múltipla. Uma doença que não tem causa, não tem cura, ninguém sabe por quê.”
“Comecei a tomar o interferon beta e fiquei mal. Tinha febre todo dia. A única coisa que me deixava um pouco melhor era mais medicação pesada, porque o sono fica comprometido, tudo fica comprometido.”
Chegou a mudar a medicação, mas os efeitos colaterais foram ainda piores. “Eu tive uma crise metabólica muito grande com a medicação e emagreci quase 30 quilos. Parecia que eu tinha uma doença muito mais bizarra.”
Matheus deu início ao tratamento com Cannabis e viu sua vida mudar. “Eu tinha uma média de 6 a 7 crises por ano e, consequentemente, ficava internado muito tempo. Desde então, eu não tive surto nenhum.”
Matheus, aos poucos, voltou a andar e sente apenas pequenas sequelas das crises provocadas pela esclerose múltipla. “Eu comecei a ter uma neurorregeneração. Minha dor passou e, a partir do momento que tira esse fator, a doença deixa de ser um problema e vira um conceito.” Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla
“Não sinto dor nem fadiga. Às vezes, me dá um travamento no braço quando estou digitando no computador, mas é 10 segundos e passa.”
Isabella Diniz Duarte
Somente dois anos depois do início dos sintomas, em 2006, Duarte descobriu que os sintomas que sentia eram causados pela esclerose múltipla. “A minha esclerose, nunca foi típica. Normalmente as pessoas quando tem um surto da esclerose vem acompanhado da perda da visão ou visão dupla, e nunca tive isso.”
Em 2008, marcou uma consulta com um renomado especialista em esclerose múltipla de São Paulo. “Eu falei: ‘o que eu faço para conseguir andar melhor e tirar as dores. Ele falou: ‘olha, hoje o povo fuma maconha.”
“Eu quase caí para trás. Você vai em um especialista, para uma consulta com um valor elevado, e ele vem me dizer isso. Me veio aquele preconceito e eu falei que no Brasil era proibido.”
Para mim, especificamente, com o uso da Cannabis, a dor vai embora, a fadiga melhora muito e os espasmos diminuem quase 100%. Você consegue caminhar distâncias longas, que era um dos problemas mais graves que eu sentia na esclerose.”
Atualmente, aos 57 anos, Duarte retornou às suas rotineiras caminhadas, embora ainda fique longe dos 12 quilômetros de outrora. “Me limito a caminhar dois ou três quilômetros. Não é o tanto que eu gostaria, mas, graças a Deus, estou caminhando.”
“A Cannabis também dá uma relaxada. Todo mundo que tem esclerose é muito nervoso, ansioso, e ela te dá uma abaixada nisso e te deixa mais relaxado.”
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