Melhorar a autoestima das pessoas sempre foi o foco da médica Viviane Campos. “Eu queria trabalhar com alguma coisa que eu fizesse bem para as pessoas. Que tratasse da saúde e melhorasse a autoestima. Para isso, tinha que ser dermatologia.”
Com o propósito em mente, se especializou na área, mas não parou por aí. Cursou bioquímica médica com prática ortomolecular, estética médica e medicina antienvelhecimento, sempre com o objetivo de fazer com que seus pacientes se sintam melhor consigo mesmos.
“Quando eu fiz especialização em antienvelhecimento e comecei a trabalhar com medicina regenerativa, eu juntei tudo que já fazia na dermato e na medicina estética, e fui vendo que a maior diferenciação na medicina regenerativa é no esporte. Comecei estudar medicina esportiva e agreguei tudo que eu já fazia.”
“Na parte estética da dermatologia, a gente não cuida só da pele, do colágeno e antienvelhecimento. A gente também tem que ter a estruturação muscular e óssea. Para produzir músculo, tem que ter um pré e pós treino legal, entrar com uma nutricionista para ajudar no processo.” ciências ciências ciências
“Com isso, os pacientes acabam ganhando, não só um shape bacana, como melhorando a parte estética também. Foi quando percebi que podia trabalhar com pessoas normais também, não só atletas, e melhorar a qualidade de vida delas com a medicina regenerativa.”
Respaldo das ciências
Durante anos de formação, Campos sempre foi assídua frequentadora de diversos congressos de medicina, até que nos últimos anos uma novidade começou a ser gradualmente comentada.
“Em alguns eventos, os próprios médicos começaram a comentar: ‘viu que legal o uso da Cannabis para bexiga hiperativa?’, ‘viu o uso da Cannabis para Alzheimer?’, ‘para diminuir o estresse, melhorar o sono’. Mas eu tinha aquele preconceito. Será que precisa? Será que não vicia?”
Comentou, então, sobre a novidade com alguns de seus pacientes atletas. “Eles falaram: ‘doutora, a gente já usa’. A maioria já usava e ninguém me contava. Traziam os óleos dos EUA. Então eu fui aprendendo com eles e comecei a estudar.”
“Fui levantar artigos científicos, porque tudo que aparece de novo, parece muito bom. Mas, às vezes, tem efeitos colaterais que só aparecem depois de muito tempo. Eu vi que não tem essa história de dependência. É mais um preconceito mesmo por falta de informação.”
Cannabis na medicina regenerativa
“Nos atletas, vi que a Cannabis era muito importante por seu efeito anti-inflamatório. Ela ajuda no relaxamento e recuperação muscular. Eu descobri a Cannabis pelo esporte e vi que não funcionava só para atleta, mas para muita gente. Acabei incluindo na minha medicina regenerativa.”
“Me surpreendeu a Cannabis para dores crônicas e fibromialgia. Aquele paciente que não conseguia melhorar com nada, geralmente idoso. Era muito rápido. Com uma semana de uso já tem um resultado bem interessante.”
“Tive um paciente bem interessante com bexiga hiperativa. Esse paciente já tinha passado em vários urologistas, tentado vários medicamentos., mas não apresentava nenhum problema na bexiga, não tinha problema de próstata, não tinha problema de nada.”
“Com a Cannabis, ele relatou que passou a conseguir dormir sem ficar acordando milhares de vezes para ir ao banheiro.”
Efeitos colaterais
Conforme começou a prescrever a Cannabis aos seus pacientes, foi percebendo que, além dos benefícios terapêuticos, o medicamento canabinoide também ajudava a evitar e combater os efeitos colaterais dos medicamentos alopáticos, como a agressão ao estômago e a dependência.
“Vários pacientes usam medicamentos controlados para dormir, vicia e não conseguem largar nunca mais. Com a Cannabis, um dia que ele não toma, às vezes ele dorme mal, mas dorme. Não tem aquela dependência de nem conseguir dormir sem o remédio, e isso realmente faz diferença.”
Cannabis na dermatologia
Já na dermatologia, a indicação mais comum é para o tratamento de doenças inflamatórias, como rosácea e psoríase. No futuro, porém, Campos acredita que o leque de indicações deve crescer.
“Existem alguns estudos para uso em melanoma e outros cânceres cutâneos. è interessante, pois tem indícios de que a Cannabis inibe o crescimento das células tumorais, pois ajuda na apoptose, ou seja, a morte das células por elas próprias, e diminui o risco de metástase. Eu não uso para isso, mas pode ser interessante.”
De qualquer forma, Campos acredita que a Cannabis veio para ficar. “Os médicos que estudam, vão para congressos, veem a Cannabis como uma abertura para o futuro.”
Ciências, carinho e cuidado
“Eu mesma tinha um certo preconceito, porque já tem tantos medicamentos no mercado. Só que acredito que tem muitos laboratórios que fazem lobby para impedir a Cannabis no mercado, porque ela é eficaz e não gera a dependência. Com a Cannabis, todo mundo ganha, menos os laboratórios maiores.”
Entre os pacientes, sua experiência também demonstra uma boa aceitação. “Os mais jovens acham legal. Com uma idade moderada, ficam mais reticentes. Eu mando artigos para explicar e eles voltam com a cabeça mais aberta. Já os mais velhos, com mais de 50, já são mais abertos porque, muitas vezes, já tentaram de tudo, aceitam experimentar.”
“A Cannabis, para mim, está sendo uma surpresa super positiva. A gente trabalha aqui no consultório com o tripé: ciências, carinho e cuidado. O paciente com Cannabis tem carinho, cuidado e a ciências está bem embasada. Então, eu acredito que a Cannabis veio para somar.”
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