Anos de uma rotina desgastante de plantão e hospital levou a anestesista Virginia Santi a desejar uma mudança. “Eu sempre trabalhei só como anestesista. Contando para uma amiga psiquiatra que eu queria dar uma variada na profissão, ela me falou da Cannabis.”
“Todo anestesista, quando quer mudar, se especializa em dor, mas essa já é uma área muito saturada. Ela me explicou que, com a Cannabis medicinal, eu ia tratar dor, mas muitas outras coisas também.”
Virgínia decidiu apostar. Estudou, fez cursos, e encontrou muito mais do que esperava. “Fiquei muito empolgada porque não sabia como funcionava. Comecei a aprender e fiquei encantada.”
“Às vezes, as pessoas não têm muita alternativa de tratamento. Estudando, vi que existe a teoria de que muitas doenças são deficiência de canabinoides, o que pode ser uma explicação para um monte de patologias, que a gente tenta tratar, sem conseguir ter muito sucesso.”
Anestesista e prescritora canábica
No início de 2023, a anestesista deu início ao atendimento com terapia canábica, recebendo, principalmente, casos de ansiedade e distúrbio de sono, além da dor crônica.
“Tenho um retorno bem legal de um paciente meu, que tem espondilite anquilosante e sentia muita dor. Ele mandou um feedback excelente esses dias, dizendo que está muito bem.”
“Tem gente que não gosta de tomar os remédios habituais e essas pessoas veem a Cannabis como algo mais natural. Outros já trataram com medicamentos, mas tiveram muito efeito colateral ruim, e não conseguoram manter o tratamento.”
Para a médica, a Cannabis trouxe mudanças significativas, não somente para os pacientes, mas para toda sua atuação profissional. “Uma coisa legal da Cannabis é que você consegue ter uma visão mais integrativa. Envolve exercício físico, alimentação, e, assim, você consegue uma melhora global.”
“Aqui em Vitória (ES), tem muita gente que fala que tomou a Cannabis, mas não funcionou. A questão é que os médicos precisam fazer um acompanhamento do paciente. Cada um vai ter sua dose ideal. Não existe receita de bolo. É preciso fazer os ajustes, acertar a dose, senão, realmente, não faz muito efeito.”
Informação
Segundo a anestesista e prescritora canábica, o desconhecimento ainda é o maior entrave para que cada vez mais pacientes tenham acesso. “O pessoal faz piadinha, mas eu também vejo muita gente interessada.”
“A chave é se informar. No Brasil, apesar dos retrocessos, estamos caminhando bem. Tem muito estado trabalhando para levar a Cannabis ao SUS. A maior barreira é a falta de informação. Temos muitos estudos, temos base científica, então a gente precisa desmistificar a Cannabis.”
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