Era comum que o pequeno Luiz Gustavo acompanhasse a mãe no trabalho como faxineira, na cidade de Tucumã, no Pará. No dia 18 de julho de 2018, não foi diferente. “Eu ia só para limpar um guarda-roupa. A minha patroa estava viajando”, lembra a mãe, Taiane Ferreira da Silva Gomes.
“O Luiz, que tinha 4 anos na época, pegou umas pedrinhas de argila para brincar e eu disse para ele colocar no lugar. Estava terminando de limpar o guarda-roupas e já íamos embora.”
Só que a criança demorou a voltar e Taiane chamou pelo filho, sem resposta. De onde estava, avistou o caminhãozinho de brinquedo boiando. Chegou perto e viu Luiz dentro d’água, já desacordado.
Imediatamente, Taiane correu em seu socorro e, após manobras respiratórias de primeiros socorros, se certificou de que a criança estava respirando. No entanto, com a precariedade do sistema de saúde na cidade paraense cobrou seu preço.
Até chegar à UTI pediátrica, na cidade de Redenção do Pará, a 270 quilômetros de distância, Luiz sofreu várias paradas respiratórias. Por causa disso, a falta de oxigenação deixou como sequela uma paralisia cerebral.
“Aí começou uma nova trajetória nas nossas vidas, sempre em busca de conhecimentos, que pudessem ajudar o meu filho.”
De um dia para o outro, uma criança típica passou a viver em um estado semivegetativo. Um ano e seis meses depois, em busca de mais opções terapêuticas, a família se mudou para Goiânia, Goiás.
A Cannabis no tratamento dos sintomas da paralisia cerebral
Antes disso, porém, Taiane já sabia exatamente o que buscar. à procura de algo que o ajudasse, Luiz chegou a tomar dois medicamentos anticonvulsivantes, embora não tivesse convulsões, mas sem benefício aparente.
Contudo, a população de Tucumã é fortemente influenciada por culturas indígenas e, na hora da doença, os médicos e medicamentos concorrem com a medicina ancestral à base de plantas.
“Desde pequena, eu escutava da minha mãe que a folha da maconha com aguardente era boa para derrame. Quando a avó do meu esposo teve um AVC, começou a tomar e começou a despertar. A gente acreditava muito que a Cannabis ia melhorar a vida do Luiz Gustavo.”
Para a criança, adaptou a receita e fez um chá com as folhas da Cannabis. “A gente viu o Luiz despertar. A parte cognitiva começou a se desenvolver e passou a interagir um pouco mais nas terapias.”
Ainda era pouco e, em 2020, buscou por um médico prescritor de Cannabis medicinal, assim que chegou à Goiânia. Não demorou para o tratamento apresentar resultados.
A paralisia cerebral e o resgate cognitivo
“Ele começou a se desenvolver. Com a Cannabis, foi incrível o despertar do cérebro dele. Começou a entender a gente, interagir mais nas terapias. Com o chazinho, ele começou a despertar, mas foi com o óleo que a gente viu uma grande melhora. Passou a ter um desenvolvimento totalmente diferente.”
“O estado era extremamente vegetativo. Só olhava para uma direção, não respondia, nenhum gesto de que estava ouvindo a gente. Agora ele responde, olha no olho.”
“Hoje, eu falo que o Luiz é uma criança 100%. Mesmo tendo as limitações dele, ele sorri, entende o que a gente fala, interage bastante com as terapias, teve um grande desenvolvimento na parte cognitiva. A deglutição, que antes ele não conseguia engolir, melhorou e já come um pouco.”
“A gente viu essa grande melhora e, para mim, Cannabis é vida. A gente não vive sem ela, porque trouxe muitos benefícios na vida do Luiz e a gente acredita muito na sua eficácia.”
“Muitas pessoas não acreditam que a Cannabis traz esse benefício, mas meu filho faz uso e eu sempre falo dela para as mães. Não é só esses medicamentos de farmácia que fazem bem. O Luiz saiu de dois e teve uma grande evolução.”
“As pessoas têm muito preconceito, falam que é droga, mas eu não ligo para o preconceito. Ligo para a evolução dele. As pessoas têm que dar um pouco mais de credibilidade, porque traz mudanças de grande importância na vida de quem faz uso.”
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