Era comum que chegassem no consultório da neurologista Soo Yang Lee mães de crianças com autismo que estavam desesperadas. Isso acontecia porque a medicação convencional recomendada para esses casos trazia muitos efeitos colaterais e os profissionais da saúde se viam sem alternativas para trazer bem-estar e qualidade de vida para essas famílias.
A diferença é que a neurologista tem experiência e conhecimento na prescrição de uma planta que supera a medicação convencional no tratamento de pessoas com autismo: a Cannabis.
10 anos atrás, quando ela era uma das únicas profissionais da saúde no estado do Espírito Santo que prescrevia canabinoides para os pacientes, ela percebeu como a Cannabis oferecia o que a medicação convencional não podia.
“Eu fui desbravadora aqui no estado, porque foi numa época que não tinha curso, não tinha workshop. Então, a minha inspiração foram os meus pacientes.”
Os primeiros passos na Medicina
Se inicialmente ela achou que seria jornalista ou comerciante, foi na prática da Medicina que ela se encontrou. Foi com o objetivo de causar impacto positivo em uma família que Soo Yang fez graduação na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e depois a residência em Neurologia no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto. Coincidentemente, esse seria o hospital referência na pesquisa com canabinoides no Brasil anos mais tarde.
Posteriormente, ela trabalharia na APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) e na Pestalozzi (centro de acolhimento de pessoas com deficiência) e nesses lugares teria contato com famílias de crianças com transtorno do espectro do autista. Esse período a fez perceber como as opções de tratamento para esses pacientes eram limitadas e traziam muitos efeitos adversos. Desse modo, em muitos casos o médico se via em uma situação difícil onde “chegava uma hora que você não tinha mais para onde ir”.
Ledo engano. Estudando mais profundamente, ela se deparou com resultados surpreendentes envolvendo o uso medicinal da Cannabis.
A necessidade de uma nova abordagem
A busca da Dra. Soo Yang por outras alternativas veio após ver mães insatisfeitas com o tratamento. Embora os antipsicóticos sejam a terapia mais utilizada nesses casos, os efeitos colaterais a curto, médio e longo prazo são severos e às vezes não resolvem a questão.
Indo na contramão dos outros médicos, ela começou a incluir produtos derivados da Cannabis na terapia dessas crianças e encontrou a realização profissional que almejava nos anos iniciais da faculdade. A neurologista nos contou como mudar a rotina de um paciente e seus cuidadores se tornou uma rotina.
“Para o autismo, você muda a história daquela família. Porque eu tenho um filho e você cuidar de um filho que é típico, já é difícil. Imagina uma criança que se agride, se bate, se morde, bate nas outras crianças, bate na família… Então você muda a história. Eu acho isso tão gratificante, a mãe chegar e falar: ‘Doutora, meu filho, é outra criança!’ Isso dá uma satisfação muito grande.”
Uma neurologista que vai além do autismo
Mesmo tendo muitas histórias de superação de pacientes no transtorno do espectro autista, a Dra. Soo Yang também atende outras condições de saúde. Ela destacou que a Cannabis pode ter salvado o casamento de uma mulher com fibromialgia que lidava com dores incapacitantes há uma década.
“Eu tenho uma paciente com dor que não melhorava com nada. E o marido me agradeceu muito porque ela tinha 10 anos de dor, então, como casal estava complicado. E ela tem fibromialgia e está bem controlada, nos últimos retornos que ela compareceu não precisei passar uma quantidade maior de THC, eu prescrevi o de 0,2% mesmo e ela ficou bem.”
No entanto, mesmo vivenciando essas histórias incríveis, a capixaba não abre mão da cautela na prescrição de produtos com canabinoides. Por outro lado, ela também entende que são efeitos mais fáceis de lidar do que de outras medicações convencionais.
“É um medicamento que é baseado numa planta, só que não quer dizer que não vai ter efeito colateral. Então, você vai monitorar, ele pode interagir com outros medicamentos, sim.
Não vai dar constipação intestinal, não vai alterar o peso, não vai dar aquela sensação de pessoa dopada, não vai impactar no trabalho. Então tudo isso é maravilhoso.”
Orientação para tratamentos com Cannabis
Atualmente, as pesquisas sobre o uso medicinal da Cannabis evoluíram consideravelmente e há novas evidências surgindo a cada ano. Se no passado ela era uma das únicas que prescreviam canabinoides, hoje em dia ela faz parte da nossa plataforma de agendamentos junto com mais de 300 outros profissionais experientes na prescrição desse tipo de tratamento.
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