Há dois meses, ninguém, nem mesmo a própria Sheyla Freitas, imaginaria que ela fosse acordar hoje, 31 de março, dia em que completa 47 anos de vida, animada para celebrar seu aniversário. “Estou me sentindo viva.” cannabis
“A sensação que tenho é que acordei de um grande pesadelo.”
Um longo e sofrido pesadelo que remete à adolescência de Sheyla. “Eu sempre fui muito explosiva. As coisas tinham que ser do meu jeito. Tinha intolerância a ser contrariada.”
“Minha família não percebeu isso. Falavam que era porque eu tinha um gênio forte. A família não aceita que haja uma pessoa com um problema psiquiátrico. Não enxerga. Você surta e eles vão levando em banho-maria.”
“Eles estão ali por perto vendo se tá tudo bem, mas não tem apoio para buscar ajuda. Eu não tinha diálogo. Não podia falar o que sentia, como me sentia. Foi bem sofrido e piorou depois do parto.”
Transtorno bipolar, ansiedade, pânico e depressão
Mãe aos 20 anos de idade, Sheyla viu seus problemas se multiplicarem após a maternidade. Decidiu que era a hora de buscar ajuda de um psiquiatra. Recebeu o longo diagnóstico de transtorno bipolar, ansiedade, pânico e depressão generalizada.
“Só que eu começava tratamento e não levava a sério. Por não ter o apoio da família, eu tomava remédio por um tempo, parava, buscava de novo.”
Com o passar dos anos, seus problemas foram só aumentando. “Eu era uma pessoa muito acelerada. Pensamentos acelerados. Queria fazer tudo, resolver tudo, e acabava que não fazia nada. Não saia do lugar.”
“Tinha dificuldade de me relacionar com as pessoas, manter diálogos. Os poucos amigos que eu tinha nesse período, me afastei de todo mundo.”
“Até com a família mesmo. Não tinha conversa. Eu não convivia. Não tinha um momento de lazer ou coisa assim. Eu estava sempre me esquivando. Evitava reuniões familiares, festas, encontros.”
“Sempre fechada no meu mundo, com um turbilhão de pensamentos na cabeça. Nesses momentos que eu pensava ‘não sou normal’. Eu sou desse jeito. Por que eu sou desse jeito? Me questionava muito.”
“Eu não tinha vida. Tentava trabalhar, mas não conseguia. Logo acontecia alguma desavença. Muito intolerante e explosiva com as pessoas. Tem que ser do meu jeito e pronto. Meu jeito era o certo e era o mundo contra mim.”
Sem saída
“Nem sei te nominar quanta medicação eu tentei. Tentava por três meses, não via melhora e falava ‘não vou tomar isso’. Depois chegou a fase dos médicos te deixar dopado. Meus filhos ficaram sob cuidado da minha mãe. Meu relacionamento acabou desse jeito.”
“Eu achava que não tinha saída e tentava o suicídio. Eu não via uma porta de saída. Não tinha esperança em nada. Nada vai fazer efeito. Eu sou assim, vou ser sempre assim. Até pensava em mudar, mas não conseguia.”
“Entre os 20 e os 30 eu tive bastante tentativa de suicídio. Depois disso, fui levando e me arrastando até uns oito anos atrás.”
Seu filho sofreu uma tentativa de latrocínio e o amor de mãe a levou a empenhar suas últimas forças. “Eu tive que cuidar. Hoje ele está bem, é independente, mas, quando eu vi que estava tudo bem, foi que eu me entreguei mesmo.”
“Eu não saio de casa. Tinha dificuldade de fazer as coisas sozinha. Para estabelecer um diálogo curto com as pessoas. Não tinha essa capacidade. Eu arrumei um relacionamento e joguei a minha vida na mão essa pessoa. Fiz ‘tó, me mantenha viva’. Joguei minha vida em cima dessa pessoa para ela me manter viva.”
Cannabis é a última tentativa
Após quatro anos, o relacionamento chegou ao fim. “Foi o que me deu um estalo. Eu me via ali, sofrendo por tudo, e tive uma reflexão: ‘preciso buscar alguma melhora que o remédio convencional não está fazendo. Terapia sozinha também não faz efeito. Eu preciso de algo diferente.”
Pelo instagram conheceu a possibilidade do uso de Cannabis medicinal para o tratamento de distúrbios psiquiátricos e ficou interessada. “Comecei a ler, ver todas as pessoas que usam e decidi que ia ser minha última tentativa. Não sei de onde veio a força para buscar a Cannabis.”
Foi então que marcou uma consulta com a médica prescritora de Cannabis medicinal Eleonora Santi e deu início ao tratamento. “Com duas semanas, eu consegui sair sozinha.”
“Então eu percebi que zerou as crises de pânico. Elas eram diárias e intensas. Chegava a subir a pressão em um nível que tinha a sensação de que estava morrendo. Eu percebi que já estava há duas semanas sem essas crises.”
85% melhor
“Foi então que eu comecei a olhar mais para mim. Me interessar por me cuidar. A partir dessa segunda semana eu, que estava acima do peso, consegui fazer uma alimentação saudável, comecei a fazer atividade física. Uma sensação de estar viva. Depois de anos, eu estava me sentindo viva.”
“Minha relação com as pessoas melhorou. Consegui verbalizar o que sentia, o que me incomodava. Socializar com as pessoas, conversar sem me estressar com a resposta, mesmo não concordando. Antes eu já surtava. Achava que a pessoa estava contra mim.”
“Tem 42 dias que estou em tratamento e o resultado é maravilhoso. Eu não vou falar que estou 100%, mas estou 85% melhor. A Cannabis equilibrou minha mente e mudou totalmente minha vida. Me deu uma sanidade que eu posso dizer que eu não tinha. Eu consigo ter clareza para enxergar o que fiz de errado. Sou outra pessoa. Hoje eu consigo viver.”
A Cannabis dá uma clareza no pensamento
Sheyla conta que, no início, sua família foi contra o tratamento com Cannabis. Porém, quando observaram os resultados, principalmente em se comparando com os efeitos dos medicamentos psiquiátricos, passaram a enxergar com outros olhos.
“Eles falaram: ‘você vai viver drogada’, ‘isso é droga’. Com um pouco de conhecimento que eu tinha, fui explicando. Quando foram vendo mais calma, com o pensamento desacelerado, viram que funciona e, de droga, virou as minhas gotinhas mágicas.”
“O óleo não me deixa dopada. Eu estou encantada porque é uma medicação que não me deixa chumbada, como as outras. O que ela faz é dar uma estabilidade. Uma clareza no pensamento, no seu jeito de ser, de agir.”
Após o início do tratamento, Sheyla já se livrou de quatro dos cinco medicamentos alopáticos que tomava regularmente e está em processo de desmame do último.
“Eu recomendo para todo mundo que tente porque funciona. Se funcionou para mim, vai funcionar para outras pessoas. Às famílias, eu falo que não adianta só manter uma rede de apoio, têm que ajudar com tratamento e a Cannabis é o que tem de melhor para a qualidade de vida.”
Depois de uma vida, Sheyla vai poder, enfim, desfrutar de um aniversário tranquilo.
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