A dor acompanha Rosemeire de Almeida, 52, desde os 20 anos. Primeiro no pescoço, depois joelho, quadril, coluna… “A dor parecia que andava, pois dava em lugares diferentes. Sempre acompanhada de muita ansiedade e depressão.”
“No começo era só uma dorzinha que incomodava, mas foi piorando muito e se tornando dores cada vez mais fortes. Diria que quase incapacitantes quando estava em crise.”
Buscou ajuda com um reumatologista há 14 anos. Após uma bateria de exames, fechou o diagnóstico de fibromialgia e deu início ao tratamento convencional.
“Desse tempo para cá, foram tentando vários remédios. Tinha depressão, tomava ansiolítico. Tinha dor, tomava anti-inflamatório. Cheguei a tomar nove medicamentos por dia e, mesmo assim, tive pouca melhora.”
Enquanto isso, observava sua qualidade de vida se esvair. “Chegou em um ponto em que eu dormia uma ou duas horas por noite. Era dor muito forte o tempo todo, muita crise para depressão. Eu cheguei em um estado que já não sabia mais o que fazia. Estava sem esperanças de melhorar da fibromialgia.”
Além da fibromialgia
A situação que era ruim, piorou. “Estava em consulta com o endocrinologista e ele me falou que tinha alguma coisa errada com a minha coluna. Em 2018, procurei um especialista e vi que tinha cinco hérnias de disco e um nervo preso entre as vértebras.”
Fez a cirurgia, que resultaram em quatro pinos na coluna. As dores seguiram intensas e, 4 meses depois, foi operada novamente, e terminou com seis pinos na coluna.
“Aquele nervo teve dano permanente. Comecei a ter muita dor até que, uma hora, a perna esquerda desligava e eu caia. Ele me disse que teria que levar para o resto da vida, pois já tinha se passado um ano do tratamento e eu não me recuperava. Continuava com dor e a perna desligando do nada.”
Alternativa Cannabis
Até que, em 2020, em consulta com um outro reumatologista, o médico lhe perguntou se já tinha escutado falar sobre a Cannabis medicinal. “Ele falou que era a última alternativa, pois eu já tinha tentado todos os tipos de medicamentos.”
“Eu estranhei. Não por preconceito, mas, na minha cabeça, não entendia como uma pessoa que toma nove medicamentos vai tomar o óleo de uma planta e vai resolver alguma coisa. Decidi estudar para entender melhor e, quanto mais entendia sobre a Cannabis, mais me apaixonava.”
Três anos atrás, o trâmite para a aquisição de Cannabis medicinal era mais lento que hoje em dia. Foram dois meses entre a emissão da receita e o início do tratamento.
“Nessa época, meu pai estava internado. Era o início da pandemia e a gente achou que ele iria morrer. Eu estava com uma tremedeira, além de todos os sintomas. Tomava três Rivotril por noite e não dormia. Meu médico queria me internar para ver se eu conseguia dormir e passava a ansiedade.”
“Em um dia que eu estava muito mal, o óleo de Cannabis chegou. Não deu cinco minutos, minha tremedeira cessou. Pensei: como é que pode? Com todo esse medicamento que tomo, nada faz efeito, e o óleo faz.”
A Cannabis no tratamento da ansiedade e fibromialgia
Percebeu uma evidente melhora na depressão e ansiedade, mas a insônia e as dores seguiam intocadas. Trocou por um óleo de Cannabis com composição incerta, mas que sabia conter uma concentração maior de THC. “Comecei a melhorar no sentido da insônia e a dor começou a diminuir um pouco, mas ainda não era muito.”
A melhora foi o suficiente para que decidisse abandonar todos os medicamentos alopáticos. “Eu já não aguentava mais os efeitos colaterais. Sofri por 15 dias de abstinência dos ansiolíticos.”
No entanto, a transformação de sua vida só aconteceu de fato depois que começou a utilizar um óleo de Cannabis produzido com rigor farmacêutico e composição bem definida de 3 partes de THC para uma de CBD.
“Foi aí que eu achei meu equilíbrio. Não tive mais aquela dor na forte na perna. Ela parou de desligar e o médico disse que a Cannabis pode ter ajudado, embora não tenha como comprovar.”
“Da fibromialgia eu não sarei, porque não tem cura, mas eu comecei a dormir melhor. Durmo como nunca na minha vida. Não tive mais a essa depressão de querer ficar só deitada.”
“Quando a crise ataca, hoje em dia eu tomo um relaxante muscular e só. Mas antes eu tinha crise semana sim, semana não, hoje eu entro em crise a cada dois meses. A diferença é que, além de espaçada, a crise não é tão grave.”
Valeu a pena
“Eu diria que minha vida melhorou uns 70%. Só o fato de não ter que usar aquele monte de medicamento. Até adesivo de morfina eu usei. Eu tirei nove medicamentos para ficar só com um óleo, então é uma mudança impressionante.”
“Não tem comparação. Eu tomei um monte de remédio, seguia ruim, e tinha efeitos colaterais. Hoje eu tomo só canabidiol, estou melhor, e não tenho nenhum efeito colateral.”
Diante sua melhora, deixa um recado para quem ainda tem receio de tentar o tratamento com Cannabis. “Tem que procurar informação. Vai estudar, procurar um médico prescritor para ter um posicionamento. Eu mesma tinha dúvidas e estudei, pesquisei, conversei, e valeu a pena.”
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