Jovem médico, se especializando em anestesiologia, Renato Giaccio estava entusiasmado com os estudos. Seu objetivo era conhecer a fundo todo tipo de medicamento e abordagem que demonstrasse eficácia no controle da dor.
Foi quando se deparou com uma alternativa que não havia sido mencionada durante toda sua formação. “Estudei sobre opioides, analgésicos em geral e anti-inflamatórios. Dentro desses estudos, a Cannabis medicinal se enquadra muito bem nesse perfil de anti-inflamatório e analgésico.”
“Comecei a me interessar por conta desse potencial, mas quando comecei a ver que não é só para dor, mas para diversos transtornos do sistema nervoso também, eu fiquei encantado com esse mundo.”
Cannabis na anestesiologia
Concluída a residência de anestesiologia, em 2109, Giaccio passou a atuar junto a centro cirúrgicos de hospitais do SUS e particulares. A Cannabis, no entanto, foi deixada de lado. Com menos informações disponíveis sobre o assunto, acreditava ser algo pouco acessível no Brasil.
Já não era na época, embora, desde então, o prazo para todo o processo de importação do medicamento tenha sido bastante reduzido. Mas o acesso à informação não parou de evoluir.
Ao final de 2021, decidiu que era o momento de resgatar seu encantamento e mergulhar de vez nos estudos sobre os canabinoides. “No começo do ano, fiz um curso com certificação internacional e comecei a atender.”
“Comecei com pacientes mais próximos, alguns familiares, e comecei a ter uns resultados bem legais. Principalmente com dor crônica. Tem um familiar próximo com Alzheimer que está fazendo uso e teve uma melhora legal. Aí comecei a me interessar cada vez mais.”
Primeiros pacientes
Ainda concluiu uma pós-graduação em Cannabis medicinal. “A hora que eu comecei a atuar, vi que a medicina canabinoide remete à medicina antiga. Aquela que você tem o paciente lado a lado. Escuta bem e mantém um contato próximo com o ele.”
Quando se sentiu seguro para prescrever a Cannabis aos demais pacientes, pôde observar todo seu potencial terapêutico logo em seu primeiro caso. “Foi uma paciente com um tumor no útero, metástase no pulmão, em cuidados paliativos. Ela se queixava que sentia muita dor e os opioides deixavam ela muito lesada. Ficava prostrada, não conseguia se comunicar, e queria estar presente em seus últimos meses de vida.”
“Passei o óleo e ela começou a fazer o uso. Em menos de duas semanas, ela era outra pessoa. Abriu mão dos opioides pois teve uma melhora incrível na dor. Não ficava mais lesada e achei muito bacana. Foi, até agora, o caso mais marcante que vi.”
“Não resolve só um problema”
Giaccio começou a observar em sua rotina o que lhe encantou nos estudos, ainda durante sua formação. “A Cannabis tem um espectro de ação bem grande. Ela atua em alguma coisa que a gente quer, como a dor, mas acaba proporcionando uma melhor qualidade de vida e bem-estar.”
“Esse é o potencial da Cannabis: não resolve só um problema, resolve vários. Não que seja uma panaceia, mas acaba fazendo muito mais que somente tratar a dor.”
Sem preconceito
Giaccio acredita que é questão de tempo até que a Cannabis seja mais aceita por seus colegas de profissão. “Todos os médicos que eu converso ficam curiosos.”
“Achei engraçado que tenho um tio que é médico conservador. Quando falei para ele, se interessou bastante no assunto. Acho que hoje em dia a Cannabis tem destaque em muita doença e o preconceito está cada vez menor.”
“Eu nunca passei por uma situação de preconceito. De chamar de maconha, de maconheiro, nunca. Muito pelo contrário. Os médicos se interessam muito.”
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