Desde criança, a médica Rafaela Trevisan tinha certeza da profissão que queria seguir: bailarina. “Me formei em balé, fui para os EUA ser bailarina, as coisas começaram a dar certo, mas eu vi que não era aquilo que eu queria para minha vida.” reabilitação física
A intensa rotina de treinamento fez com que se interessasse por uma outra parte de sua rotina. “Tive muitas lesões e comecei a me interessar pela reabilitação física. Me machucava demais e, quando voltei dos EUA para fazer faculdade, percebi que a única coisa que me faria satisfeita profissionalmente seria a Medicina.”
Na faculdade, seu objetivo era seguir para alguma especialização relacionada à reabilitação física, como ortopedia, fisiatria ou geriatria. “Continuei muito interessada, principalmente pela parte de dor.”
Um tempo na reabilitação física
Seus planos, no entanto, sofreram um desvio. “Me formei em 2020, no meio da pandemia, e cai nos plantões, igual a todo mundo. Essa época, estava tudo mais intenso que o normal, por causa da Covid.”
“Na época em que me formei, meu filho estava com oito meses, e comecei a ficar bem sobrecarregada com os plantões, filho, e toda a carga emocional. Eu não cheguei a ter um Burnout, mas fui diagnosticada com síndrome do vômito cíclico.”
Essa é uma doença sem causa conhecida, caracterizada por intensas crises de vômitos. “Eu tinha uma a cada três ou quatro meses, mas eram de 20 a 25 horas, e só parava de vomitar quando eu estava no hospital, em coma induzido por medicação.”
“Eu dava quatro plantões noturnos por semana, para poder ficar com a minha filha durante o dia. Ficava bem desgastada física e emocionalmente, até porque os plantões estavam um caos. Quando eu chegava em casa, só conseguia ficar na cama, sentindo ânsia.”
“Nenhum remédio de ânsia de vômito fazia efeito para mim. Tomava todos os dias, porque sentia ânsia o tempo todo na minha vida. Da hora em que eu acordava à hora em que ia dormir.”
“Não tinha qualidade de vida nenhuma, emagreci muito, mas os exames estavam sempre normais. Rafaela, saudável, perfeita. O que poderia estar fazendo isso? Só podia ser a mente.”
O tratamento com Cannabis medicinal
Medicamentos alopáticos tiveram pouco resultado em conter as crises de vômito e ela foi em busca de alternativa. Então, se lembrou de ter escutado sobre o uso da Cannabis medicinal para o controle do enjoo em pacientes oncológicos sob quimioterapia e decidiu pesquisar.
“Se a Cannabis é tudo isso que falam na parte de promover homeostase, que é o equilíbrio do organismo, eu acredito que vai funcionar para mim.”
Deu início ao tratamento com a Cannabis. “Eu nunca mais passe mal. Tem um ano da minha última crise. Não foi um remédio que tomei e aliviou a ânsia. Demorou um tempinho, até colocar tudo no eixo, mas com um mês eu não sentia mais ânsia.”
“Claro que eu fiz terapia junto, me aprofundei na parte espiritual da minha vida, que me fez lidar com as emoções de uma forma diferente, mas isso tudo só foi possível, porque a Cannabis medicinal me permitiu dar esse passinho adiante.”
“Eu já levantava da cama com dor de barriga, coração acelerado, ânsia de vômito, nó na garganta, e isso sumiu 100%. Consigo acordar sem nenhuma ansiedade.”
Como não poderia deixar de ser, a transformação em sua vida pessoal afetou profundamente o profissional. A Cannabis caiu como uma luva em seu propósito de levar qualidade de vida aos seus pacientes, algo que sempre perseguiu com a reabilitação física.
A Cannabis e a reabilitação física
Estudou, se aprofundou na pesquisa sobre o sistema endocanabinoide e as formas de modulá-lo e, agora, põe tudo em prática em sua clínica multidisciplinar, na cidade de Várzea Grande, no Mato Grosso. “Temos psiquiatra, psicólogo, nutricionista, fisioterapeuta, ortopedista, pediatra, ginecologista.”
Trevisan é responsável pelo tratamento e orientação dos pacientes com indicação de Cannabis medicinal. “A Cannabis é transformadora para a vida do paciente, assim como foi na minha. Atende todo tipo de demanda – e tenho pacientes de 5 anos até 89 anos de idade.”
“Ainda falta muito conhecimento e, hoje, quem sabe sobre o sistema endocanabinoide está na frente. Em breve, mesmo o médico que nunca vai prescrever Cannabis vai precisar estudar sobre o assunto, pois seus pacientes vão utilizar Cannabis. Apesar de ser um produto de Cannabis, que é natural, não deixa de ser um medicamento, com reações, interações medicamentosas, efeitos adversos.”
“Muitas pessoas estão vendo resultados muito superiores, com menor quantidade de efeitos colaterais, se comparadas com as medicações alopáticas. São pacientes com dor, que hoje conseguem ter qualidade de vida.”
“O que mais me deixa tocada é quando meus pacientes com dor falam que agora conseguem viver. Essa modulação da percepção da dor transforma muitas vidas.”
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