A Medicina é o sonho do médico de família Rafael Tabelini desde a infância, mas não por vocação. “Minha mãe fala que desde pequeno eu tinha planejado minha vida para um dia chegar na medicina. Venho de uma família pobre e a medicina veio do desejo de proporcionar uma condição melhor para minha família.”
“Foi somente no meio da faculdade que me encontrei e vi que era a medicina que eu quero fazer para a vida. Era algo que eu fazia bem e podia agregar na vida dos outros e fazer alguma diferença.”
Ao final da graduação, dividia seu tempo entre uma Unidade de Pronto Atendimento e um posto de saúde. “Me encontrei mais no posto de saúde. Eu podia acompanhar o paciente desde o início e saber a resposta do tratamento.”
“Muito mais satisfatório que na urgência, que não faço ideia o que aconteceu com o paciente depois. Isso sempre foi muito vazio para mim. Eu acabei virando médico de família pois tenho esse pensamento. Uma especialidade voltada para a pessoa e não para a doença.”
Alternativa para o médico de família
Fez residência em medicina de família, mas, com a prática, sentiu que ainda faltava alguma coisa. “Como médico de família, a gente acaba abrangendo um pouco de tudo. Eu trabalho tanto com o paciente de saúde mental, com o idoso, paciente com dor crônica, ansioso e, muitas vezes, tentando manejar de formas diferentes sem resposta satisfatória.”
“Eu acabava tendo uma frustrações com as falhas terapêuticas. Para a maioria, funcionava, mas, para outros, não, e era preciso encontrar alternativas. Foi um período que coincidiu com a abertura maior para a prescrição de canabidiol no Brasil e apareceu na minha pesquisa.”
“Começou a aparecer como mais uma possibilidade de tratamento de dor crônica, insônia, ansiedade e eu comecei a ler e estudar porque eu queria entender como aquilo funcionava dentro do nosso corpo.”
“A quantidade de receptores canabinoides que a gente tem no corpo é absurda. Como não tem uma medicação pensada nesses receptores?”
O médico de família e a Cannabis
Cada vez mais interessado e curioso, se aprofundou na Cannabis medicinal, com cursos e muita leitura, até que, há três anos, deu início à prescrição. “Tive um paciente com Parkinson cuja qualidade de vida era muito ruim. Não conseguia beber, comer.”
“Com a Cannabis, teve uma resposta muito satisfatória. Não parou completamente o tremor, mas conseguiu ter uma qualidade de vida muito melhor. Deu muita independência para ele.”
“Foi logo no início, em uma situação em que nada funciona, a Cannabis funcionou. Uma coisa é a gente ler, mas ver o resultado deu um ânimo para continuar prescrevendo.”
“Um outro paciente marcante foi um caso de dor crônica por causa de uma lesão medular. Já tinha tentado todo tipo de tratamento, mas chegava a ter ideações suicidas de tanta dor. Não aguentava mais. Com a Cannabis, melhorou da dor e resolveu até começar uma pós-graduação porque a vida voltou a ter sentido.”
Quando tudo falha
De acordo com o médico de família, suas indicações de Cannabis mais comuns são em casos de ansiedade, insônia e dor crônica. No entanto, raramente como primeira opção de tratamento.
“Eu acho que ela é mais uma opção medicamentosa. Quando outras opções falham e o paciente já está buscando uma resolução há muito tempo e não conseguem ou tem muito colateral, eu consigo substituir os medicamentos por uma opção com menos interação medicamentosa e efeito colateral.”
“O paciente que nunca tentou um tratamento para insônia, por exemplo, dificilmente vai sair com uma prescrição da Cannabis, até pelo custo. Barateou nos últimos tempos, mas ainda não é todo mundo que pode ter acesso. A Cannabis é uma alternativa quando todo o resto falhou.”
Estude!
Para os colegas de profissão que ainda tem preconceito, o médico de família é direto. “Sendo curto e grosso, minha recomendação é para que eles estudem. A gente tem uma variedade muito grande de pesquisas científicas e observando a conclusão dos estudos entende-se que prescrever faz sentido.”
“A gente prescreve benzodiazepínico, que vicia as pessoas, então por que não pensar num remédio que os estudos mostram que faz bem?”
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