Eliana Lima, mãe de Emanuel Vitor, de 7 anos, e Hadassa Lima Vitor, de 5, compartilha como a Cannabis medicinal tem sido uma ferramenta essencial para lidar com os desafios de criar duas crianças diagnosticadas simultaneamente com Transtorno do Espectro Autista (TEA) e Transtorno Opositor Desafiador (TOD).
Essas condições, que frequentemente se sobrepõem em complexidade, apresentaram à família obstáculos como agressividade intensa, seletividade alimentar e dificuldades de interação social.
Antes de incorporar a Cannabis ao tratamento, Eliana enfrentava uma rotina marcada por crises e comportamentos desafiadores que dificultavam o bem-estar e o desenvolvimento dos filhos. “Era um desafio diário equilibrar as demandas de cada um, considerando as características únicas de cada transtorno e como eles se manifestavam juntos”, reflete a mãe.
Transtorno Opositor-Desafiador (TOD)
De acordo com a psiquiatra Dra. Natália Soledade, o Transtorno Opositor-Desafiador (TOD) se manifesta por um padrão persistente de comportamentos de oposição e desafio. Crianças e adolescentes com esse transtorno apresentam dificuldade em aceitar regras e limites, em lidar com frustrações.
“Temos observado respostas positivas ao uso da Cannabis medicinal nesses casos, especialmente devido à sua maior facilidade de adaptação e a um perfil de efeitos colaterais mais leve em comparação aos medicamentos psiquiátricos tradicionais. Trata-se de um tema promissor, mas ainda há uma necessidade urgente de mais estudos científicos sobre o assunto”, destaca a médica
Tratamento com Cannabis Medicinal
Após iniciar um acompanhamento semestral com uma neuropediatra, a especialista recomendou a inclusão da Cannabis medicinal no tratamento das crianças. Até então, Emanuel e Hadassa faziam uso de medicamentos como aripiprazol e risperidona, mas os comportamentos desafiadores persistiam.
“Devido ao alto nível de agressividade e à seletividade alimentar, eles não se alimentavam bem e tinham pouca interação social. Com a introdução da Cannabis, percebemos uma grande diferença na esfera comportamental. Eles ficaram mais calmos e houve uma evolução significativa na alimentação”, relata Eliana.
Atualmente, o tratamento das crianças inclui Cannabis medicinal, aripiprazol e melatonina, esta última utilizada durante a noite. Eliana observa o impacto positivo da Cannabis no cotidiano da família. “Todo dia é um novo aprendizado com eles. Hoje, tenho uma opinião formada sobre o uso da Cannabis. Foi eficaz e essencial para as mudanças que vimos em ambos“, afirma.
Eliana destaca ainda a importância de um cuidado integral e multidisciplinar para o tratamento do TEA e do TOD.
A experiência com a Cannabis medicinal trouxe não apenas melhorias na qualidade de vida das crianças, mas também uma nova perspectiva para a família. “Vejo o quanto é eficaz e fundamental no dia a dia deles”, conclui Eliana.
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