Regina Helena Macedo conta como a Cannabis medicinal transformou seu tratamento de artrose: “Nunca mais vou largar”
“A dor era suficiente para me fazer acordar à noite”, lembra a professora universitária Regina Helena Ferraz Macedo, de 63 anos. Diagnosticada há quase 10 anos com artrose, viu sua dor aumentar progressivamente ao longo dos anos, pouco a pouco, até se tornar insuportável e atrapalhar tanto sua vida profissional quanto seu tempo livre. “Tenho um pouco no joelho, mas o problema mesmo é na mão, na base do dedão. Me atrapalha muito para escrever, digitar”, conta Macedo. “Sou artista plástica na minha folga, e até para pintar eu sentia dor.”
Diferentemente da artrite, que é uma doença autoimune que provoca a inflamação das articulações, a artrose se caracteriza por uma degeneração das cartilagens entre os ossos — um processo natural do organismo, mas que pode se intensificar até o ponto de debilitar a vida da pessoa. Como não há forma de regenerar essas cartilagens, o tratamento é focado na mitigação da dor, buscando restabelecer a qualidade de vida do paciente.
Na experiência de Macedo, a saída foi uma terapia à base de ibuprofeno e corticoides. “Tomava quando estava muito ruim, fazia também muito gelo, exercício para as articulações”, afirma a professora. “Os remédios funcionavam, paravam a dor, mas fiquei super preocupada com os efeitos a longo prazo desse tratamento.”
Efeitos colaterais da alopatia para artrose
“Eu não gosto de tomar remédios de forma geral”, afirma a professora, e logo se justifica: “Geralmente é uma faca de dois gumes: tem um efeito muito bom naquilo que você trata, mas tem um custo fisiológico.”
Esse custo fisiológico é associado ao uso prolongado de certos medicamentos. O uso contínuo de ibuprofeno pode causar danos aos rins e ao fígado, e os corticoides são famosos por causar dependência — o corpo “se acostuma” com esse tipo de medicamento, levando a doses cada vez mais altas e, com o fim da eficácia desejada, a um eventual “desmame” para poder abandonar o fármaco. “Ajudava na dor, mas depois de 10, 15 anos de uso, a gente sabe o que isso causa.”
Essa “aversão” a remédios fez com que Macedo superasse outra antipatia: aquela em relação à Cannabis. Na continuidade de seu tratamento convencional, a operação era o próximo passo. “Resolvi experimentar a Cannabis como um último recurso”, afirma a professora. “Confesso que inicialmente eu estava meio descrente, mas nunca mais foi largar desse troço, não”, diverte-se.
“Eu tenho preconceito em relação à maconha”, admite Macedo. “Mas como sou bióloga, estou acostumada a pesquisar, então decidi ir atrás. Comecei a estudar, a ler artigos científicos publicados em revistas internacionais, descobri sites, como o Cannabis & Saúde, e resolvi experimentar”.
“Cannabis medicinal mudou minha vida”
Aos poucos, a descrença foi se desfazendo diante das evidências científicas. E a impressão de que seria um tratamento de difícil acesso também caiu por terra. “Pensei comigo: ‘Será que vai ser muito complicado?’ Mas encontrei uma médica, a Tamara Passos, com quem me consultei. Aí ela me passou o tratamento com canabidiol e eu comecei a tomar”.
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“Não posso dizer que a dor desapareceu, até porque eu abuso das mãos. Mas diminuiu 90%, mudou minha vida”, resume a bióloga. “Estou tomando há 4 meses e estou muito satisfeita. Não posso dizer que vai funcionar para todo mundo, mas para quem tem dor crônica, só posso dizer uma coisa: experimentem. Eu estou muito feliz.”
A nova terapia, aliada ao conhecimento científico, fez Macedo desfazer alguns dos preconceitos mais difundidos em relação à Cannabis medicinal, como o de que consumir o óleo é o mesmo que fumar a planta, e que quem faz tratamento com fitocanabinoides vai ficar fora de si. “Tem uma diferença entre o canabidiol e o THC, que é a substância psicotrópica da Cannabis. O meu óleo até tem um pouco de THC, mas é mínimo. Até perguntei pro meu marido se ele achava que eu estava fazendo ou falando algo de diferente, mas ele não percebeu nada”, ri a professora.
“Eu acho que o uso de Cannabis medicinal ainda é muito recente, as pesquisas estão em curso, mas até hoje não se tem notícia de efeitos negativos”, avalia. “Quando comecei a ler, estudar, fui atrás dos meus médicos para conversar sobre o assunto, com a reumatologista, o ortopedista, até minha ginecologista. E eles não conheciam, foram buscar se informar. Uma médica minha até foi atrás para tratar a enxaqueca dela”, conta Macedo. “Eu falo para todo mundo, especialmente para quem sente dor, que é minha experiência. Eu mais do que recomendo, achei maravilhoso.”
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