Daniele Alves é mãe de Valentim, uma criança de quatro anos, diagnosticada com autismo nível 3 de suporte, o que exige o mais alto nível de apoio em suas atividades diárias.
Os médicos suspeitaram de Síndrome de Down durante a gravidez, mas os testes deram negativo. “Logo após o nascimento de Valentim, comecei a notar atrasos no desenvolvimento”, conta. Porém, as preocupações foram inicialmente atribuídas à prematuridade. “A pediatra dizia que estava tudo dentro do esperado, mas eu sentia que havia algo mais.”
De todo modo, a investigação sobre o desenvolvimento de Valentim começou cedo, por conta de alguns atrasos nos primeiros marcos motores. “Ele começou a andar com um ano e dois meses e chegou a falar algumas palavras, mas logo depois regrediu”, explica Daniele.
Leia também
Em meio a consultas e exames, Valentim começou a terapia ocupacional e a fonoaudiologia, antes mesmo do diagnóstico final de autismo. “Foram dois anos de muitas consultas e dúvidas até confirmarem o autismo nível 3 de suporte”, relembra. “Com o diagnóstico, começamos a buscar diferentes terapias. A Cannabis medicinal era uma das possibilidades que eu queria tentar, mas sempre com cautela.”
O tratamento com Cannabis foi adotado somente após uma consulta com uma nefrologista, pois Valentim possui um rim único. “Esse era meu maior receio, mas a médica nos garantiu que a Cannabis não causaria problemas para o rim dele,” explica. “Depois disso, comecei a buscar os profissionais certos para orientar esse tratamento.”
Mudanças graduais e constantes na comunicação
Após iniciar o uso da Cannabis medicinal, Daniele percebeu mudanças graduais em Valentim, especialmente na comunicação. “Ele ainda não fala, é um autista não verbal. Mas agora ele se entende e se faz entender. Hoje, eu consigo entender o que meu filho está sentindo e isso faz toda a diferença para mim.”
Valentim consegue se comunicar por meio de um sistema alternativo, permitindo que ele expresse suas vontades e sentimentos de forma mais clara. “Ele começou a usar os personagens do filme Divertidamente para representar emoções, como alegria ou frustração” relata a mãe.
Daniele recorda emocionada o momento marcante em que Valentim vocalizou a palavra “mãe” pela primeira vez.
“Eu sou profissional da área de comunicação, e para mim, ter um filho que não se comunica era a coisa mais surreal do mundo. Eu nunca aceitei isso. Sempre dizia: ele vai se comunicar, de um jeito ou de outro. E, depois de quatro anos e sete meses de espera, ouvir o ‘mãe’ pela primeira vez foi muito emocionante, mesmo sendo algo raro,” conta. “Esse tipo de progresso me dá forças para seguir em frente.”
Daniele reforça que a Cannabis não é uma “cura”, mas uma ferramenta que permitiu ao filho uma melhor qualidade de vida e interação. “A gente ainda enfrenta desafios diários, mas ele tem avançado. E cada pequena vitória é significativa,” afirma.
Segundo Daniele, o tratamento, combinado com as terapias de suporte, trouxe novas possibilidades para a rotina familiar.
Daniele espera que outras famílias possam ter acesso a essas alternativas de tratamento. “Sei que não é fácil. Mas a informação é o primeiro passo, e sempre existe uma chance de evolução para nossos filhos. A cannabis medicinal foi uma dessas chances para nós,” finaliza. “Se puder ajudar outras famílias compartilhando essa experiência, quero que saibam que vale a pena tentar.”
Importante!
O uso de Cannabis medicinal pode ser uma alternativa eficaz no tratamento de condições como o autismo, trazendo benefícios significativos para a qualidade de vida de crianças e suas famílias.
No entanto, é essencial que o tratamento seja considerado sempre sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado. O acompanhamento médico especializado é imprescindível para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
Em nosso portal, oferecemos a possibilidade de agendar uma consulta com mais de 300 especialistas experientes na prescrição de Cannabis. Clique neste link para mais informações.