Desde a faculdade, o médico Arthur Bianchini já sentia uma forte conexão com os fundamentos terapêuticos da Cannabis. Sua jornada, no entanto, ganhou novos contornos em 2018, quando participou de um congresso no Rio de Janeiro. Esse evento, que reuniu especialistas renomados de Israel, Uruguai e outras partes do mundo, despertou nele uma verdadeira paixão pelo estudo aprofundado do sistema endocanabinoide.
Ele relata que, na ocasião, foi impactado por testemunhos de mães de crianças com condições neurológicas graves. “Eu vi crianças neuropatas, que não interagem, levantar a cabeça, olhar para os lados… Coisas que nenhum outro medicamento proporcionava”, diz.
Essa experiência o motivou a aprofundar-se no estudo da Cannabis medicinal, especialmente no funcionamento do sistema endocanabinoide.
“Comecei a estudar o sistema endocanabinoide, que é super complexo. Não é algo simples. O corpo humano expressa receptores canabinoides desde a fase inicial da vida. Após a fecundação já expressamos receptores canabinoides”, explica.
O médico conta ainda que se aprofundou muito nos estudos, entendendo como esse sistema atua: “Comecei a estudar casos reais, discutir com pessoas próximas e colegas da área, para aprender a manejar o sistema endocanabinoide. Ainda temos muito o que aprender, porque o estudo é vasto e há várias patologias que se beneficiam dos canabinoides. Entretanto, a dose terapêutica é o que define o resultado desejado para cada paciente, que deve ser tratado de maneira individualizada”, alerta.
Primeiras experiências clínicas com a Cannabis medicinal
Quando começou a utilizar a Cannabis medicinal em sua prática clínica, os resultados foram impressionantes, o que ele descreve como ‘mudanças completas’.
“Tive relatos de familiares e pacientes com doenças neurodegenerativas, como Alzheimer, onde o idoso, que era agressivo com a esposa e filhos, se tornou super amoroso”, diz.
Ele também menciona o uso da Cannabis em crianças com autismo e no tratamento de dor crônica, ressaltando que a planta tem demonstrado ser uma alternativa eficaz a muitos medicamentos tradicionais.
São vários exemplos que me fizeram acreditar ainda mais nessa medicina, que é a medicina do futuro. E do presente! Ela foi criminalizada, mas hoje estamos resgatando todos os benefícios que ela pode trazer”, observa.
O desmame de medicamentos alopáticos
Um dos temas abordados durante a entrevista foi a possibilidade de desmame de medicamentos alopáticos para certas condições. O médico explica que, em muitos casos, é possível desmamar pacientes de medicações tradicionais, reduzindo ou até eliminando sua dependência desses medicamentos.
“Eu vejo que consigo desmamar muitos pacientes de certas medicações. Claro, há medicações que não podemos retirar, mas muitas conseguimos reduzir. Além disso, a Cannabis potencializa os efeitos dos medicamentos, permitindo o uso de doses mínimas para o efeito desejado”, explica.
Ainda de acordo com o médico, os fitocanabinoides têm o potencial para atingir ações que nenhum outro medicamento atinge, com quase nenhum efeito adverso. “Ela traz benefícios imensos, como melhora no sono, na digestão, e no equilíbrio geral do organismo. Isso é muito diferente das medicações convencionais, que agem apenas em áreas específicas.”
Dr. Arthur Bianchini fala sobre os feedbacks dos pacientes
Os feedbacks dos pacientes e de seus familiares em relação aos avanços proporcionados pelo uso da Cannabis medicinal são, em sua imensa maioria, positivos e muitas vezes emocionantes.
“É incrível como desconstruímos estigmas no consultório. Muitos familiares mais conservadores acabam reconhecendo os benefícios e, eventualmente, pedem a Cannabis para si próprios. Só o fato de aliviar a dor, melhorar o sono e o humor já é algo que nenhum outro medicamento consegue proporcionar.”
Um exemplo interessante citado pelo médico é o de um paciente com doença inflamatória intestinal que, após iniciar o uso do óleo de Cannabis, permaneceu mais de dois anos sem a necessidade de hospitalização—aquilo que nenhum outro tratamento convencional havia conseguido.
Um olhar para o futuro
O médico acredita que, embora ainda haja resistência, o cenário da Cannabis medicinal no Brasil está evoluindo. Ele projeta um futuro em que a planta será cada vez mais reconhecida e utilizada na medicina, com mais profissionais dispostos a discutir e aplicar essa terapia em seus pacientes.
“Como formadores de opinião, devemos levantar a bandeira dos benefícios da Cannabis, trazendo evidências científicas. Precisamos desconstruir preconceitos mostrando casos e benefícios.”
Sempre que tem a oportunidade, Dr. Arthur faz questão de discutir casos e procura ajudar os colegas a entenderem o valor terapêutico da Cannabis. “A planta é muito generosa que traz uma potência incrível no tratamento de diversas condições”, conclui, reforçando sua confiança na Cannabis como uma ferramenta essencial para a medicina do futuro.”
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