A vida corrida de Matheus Cavalieri Carvalho, de repente, teve uma pausa. Recém recuperado de uma crise emocional, mantinha uma rotina agitada atuando junto a uma startup, quando foi acometido por sua primeira crise.
“Eu parei de andar. Não conseguia mais. Sentia muita dor e fui ao neurologista, que deu duas opções: câncer de medula ou cérebro ou esclerose múltipla”, conta.
Os exames apontaram para a segunda opção. “É complicado, tanto o diagnóstico quanto ter esclerose múltipla. Uma doença que não tem causa, não tem cura, ninguém sabe por quê.”
O tratamento de entrada para esclerose múltipla
Com o diagnóstico em 2012, deu início ao tratamento indicado na época. “Comecei a tomar o interferon beta e fiquei mal. Tinha febre todo dia. A única coisa que me deixava um pouco melhor era mais medicação pesada, porque o sono fica comprometido, tudo fica comprometido.”
Chegou a mudar a medicação, mas os efeitos colaterais foram ainda piores. “Eu tive uma crise metabólica muito grande com a medicação e emagreci quase 30 quilos. Parecia que eu tinha uma doença muito mais bizarra.”
Após dois anos de tratamento, decidiu que iria abandonar. Os benefícios eram mínimos no controle das crises e os efeitos colaterais estavam acabando com sua qualidade de vida.
A alternativa Cannabis
Em busca de alternativas, começou a pesquisar e descobriu que havia algumas evidências que apontavam para o benefício da Cannabis medicinal para esclerose múltipla.
Porém, se hoje o acesso ao medicamento canabinoide foi facilitado, em 2015 a situação era bem diferente. Com uma amiga médica, conseguiu indicação do uso e deu início ao cultivo da planta que se tornaria seu medicamento.
“Fui sempre conversando com meu psiquiatra, com pessoas que têm esclerose múltipla e tem esse manejo de saúde mental e neurologistas que fazem o advocacy da Cannabis. Eu não ia dar um tiro no escuro.”
Fim das crises da esclerose múltipla
Matheus deu início ao tratamento e viu sua vida mudar. “Eu tinha uma média de 6 a 7 crises por ano e, consequentemente, ficava internado muito tempo. Uma crise com sete dias no hospital fazendo o pulsoterapia, é uma vida que não existe.”
“Desde então, eu não tive surto nenhum. A não ser quando eu mesmo induzi por um comportamento errado. Fui para o Rio, 4º, e o calor me impactou.”
“Pela doença, eu tenho o controle térmico do organismo danificado. É provado com a ressonância que meu sistema de controle de temperatura deu uma zica e eu só consigo controlar com os canabinoides.”
“Um problema que o médico não sabe como tratar e a maconha foi lá e resolveu. Há dois anos eu não tenho nenhuma crise e, se me perguntar, eu que sou proprietário da doença, te falo que é culpa da Cannabis.”
“Mudou minha vida”
“Sou muito feliz do acerto de apostar no tratamento canabinoide e que mudou a minha vida. Me deu uma empolgação melhor, comecei a ter uma aceitação melhor da doença.”
“Consegui, mesmo aposentado, me desenvolver e entender outros padrões de vida para continuar num processo de crescimento espiritual, mental, físico e financeiro.”
“Teoricamente, a doença tem um quadro de progressão muito grande. As pessoas ficam invalidas, confusas, e eu consegui meio navegar nisso mais tranquilo, por causa da Cannabis, que tirou depressão, dor, crise, várias coisas. Hoje é só gratidão a essa planta que apareceu e mudou minha vida.”
Matheus, aos poucos, voltou a andar e sente apenas pequenas sequelas das crises provocadas pela esclerose múltipla. “Eu comecei a ter uma neurorregeneração. Minha dor passou e, a partir do momento que tira esse fator, a doença deixa de ser um problema e vira um conceito.”
“Não sinto dor nem fadiga. Às vezes, me dá um travamento no braço quando estou digitando no computador, mas é 10 segundos e passa.”
“Tentativa preventiva”
Diante dos benefícios vivenciados, aos 38 anos, trabalha para levar qualidade de vida a mais pessoas. “Tenho um tio que tem esclerose lateral amiotrófica, um outro teve um problema neurodegenerativo também, ambos acima de 80 anos, e hoje tomam o óleo.”
“Minha prima, que é médica, diz que não tem jeito. Ele não fica mais sem o óleo porque, se não, sente muita dor. Ela fala: você ensinou isso para ele e agora ele quer sempre.”
“O tratamento com Cannabis é uma tentativa preventiva. Tem muitas pessoas com necessidade de uma melhora no sistema endocanabinoide. Um sistema que está ligado a várias qualidades, vários processos internos, e a gente tem que falar disso com a população.”
“Devagar a gente consegue convencer as pessoas e depois a lei muda.”
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