O currículo de Mario Antônio Sallenave Filho é longo. Formado em odontologia, se especializou em cirurgia maxilo-facial, antes de decidir cursar medicina. Ainda se especializou em medicina do trabalho e do tráfego, mas foi sua outra especialidade, a psiquiatria, que o levou à prescrição de Cannabis medicinal.
“Eu sempre apostei em terapias integrativas e, na psiquiatria, eu estava cansado dessa medicina cartesiana. Essa medicina que você só tem a indicação da medicação, pois, tem uma hora, que essa medicações chegam em um limite e você não tem o que fazer.”
Foi quando começou a ver reportagens de pacientes que utilizam a Cannabis para tratar convulsões, mas, a princípio, não chegou a se animar muito. “Eu tinha receio de utilizar o THC e abrir caminho para um quadro psicótico nas pessoas.”
Conhecendo o sistema endocanabinoide
Até que pode ver de perto o caso de uma família que entrou na justiça para conseguir o tratamento com CBD. “Eu acompanhei esse caso e vi que, realmente, a Cannabis era boa mesmo. Isso me fez querer estudar sobre o tema.”
“Eu tinha muito paciente com fibromialgia e queria alguma coisa para passar essa dor que é um misto de ansiedade, geralmente com distúrbio de sono. Foi aí que tive a ideia de utilizar o CBD.”
“Foi aí que vi que a gente tem receptores canabinoides no corpo todo e pude conhecer como a Cannabis controla ansiedade, dor, regula sono. Que é muito, muito bom para tremor essencial também.”
Primeira paciente
Depois de muito estudo, estava na hora da prática. “Foi com uma senhora de uns 50 e poucos anos. Ela sentia muitas dores no corpo, com um grau de ansiedade muito grande e muita insônia também.”
“Ela já tinha usado todo tipo de medicações e era poliqueixosa. Foi quando falei, opa, vou usar o CBD. Comecei com doses baixas, fui aumentando e até hoje essa senhora é minha paciente e me agradece muito. Largou todas as medicações e faz uso exclusivamente de CBD.”
“Foi assim que comecei a usar o CBD. Já faz dois anos e, de lá pra cá, foi realmente uma imersão na Cannabis, com resultados fantásticos.”
Ajuste de dose
Um processo que demanda contínuo aprendizado. “No começo, a gente usava subdoses. Vi muito paciente que chegava dizendo que já havia utilizado o CBD. Mas utilizamos doses baixas, que não chegava a ser terapêutico, e só queimava a medicação.”
“Eu fui um desses médicos que queimou a medicação, pois usava o CBD com pouca concentração. Nem 10% do que uso hoje.”
Atualmente, além de ansiedade, dor e insônia, Sallenave também utiliza a Cannabis medicinal no tratamento de autismo, convulsões, Alzheimer, depressão, dependência química, entre outras patologias. “Uso para muita coisa e tem uma procura grande.”
De acordo com o médico, apesar do alto custo do medicamento a base de Cannabis importado, em alguns casos, ela apresenta vantagens também no custo-benefício. “A concentração é alta e dura muitos meses. Vários pacientes migram da medicação normal para essa medicação alternativa.
“Veio para ficar”
Para ele, a tendência é que a Cannabis seja cada vez mais comum nos consultórios médicos. “O preconceito existe até que algum familiar precise da Cannabis. Depois que algum familiar começa a usar, acaba o preconceito.”
“É uma coisa que veio para ficar e que, se não fosse bom, não ficaria. Não teria tanta procura, tanto paciente buscando e se tratando com o CBD. O preconceito, infelizmente, ainda existe, mas tá acabando.”
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