Primordialmente, as dores da fibromialgia surgiram na vida de Marideise Castro e Silva, 54 anos, há cerca de uma década. “Desde que começaram, eu sempre procurei investigar o motivo do inchaço e dores nas minhas articulações.”
“Uns sete anos atrás, eu trabalhava em uma empresa que tinha um bom plano de saúde, ele pediu uma série de exames, e diagnosticou que eu sofria de fibromialgia.”
Como de praxe, ela deu início ao tratamento com medicamentos alopáticos. “Desde então, já tomei de tudo que você possa imaginar. Todo tipo de remédio para dor e antidepressivo, eu já fiz uso. Quando eu estive no reumatologista, de cordo com ele, eu tinha que me acostumar com a dor.”
Sem qualquer tipo de melhora, não se questionou muito, quando uma pessoa ligada a uma associação de pacientes lhe falou sobre a Cannabis medicinal, em 2018.
“Era um vidrinho sem rótulo. Eu nem sabia se aquele óleo seria mesmo confiável.”
Tratamento canábico para fibromialgia
Marideise deu início ao tratamento, sem receita médica ou qualquer trâmite legal. Por isso, ressabiada e receosa, não gostava de levar o frasco consigo. Certo dia, ainda no início do tratamento, sabendo que iria passar o dia fora, tomou o dobro da dose recomendada.
Muito provavelmente, o óleo da associação em questão possuía uma concentração alta de THC. Com o dobro da dose, se sentiu mal. Ligou para seu médico e sua assistente lhe disse que estava correndo o risco de uma overdose, pois não havia desmamado do antidepressivo.
A notícia é fruto da desinformação da assistente, já que não há qualquer registro de overdose por Cannabis, mesmo em associação com outros medicamentos, embora possa haver interação medicamentosa. Só serviu para assustar Marideise, que desistiu da Cannabis. “Voltei para os alopáticos, que não me ajudavam em nada.”
Controlando a fibromialgia
Antes disso, comentou com muitas pessoas sobre a possibilidade do tratamento com Cannabis, inclusive a filha de uma vizinha, cujo filho é autista. “Ela foi buscar e acabou se envolvendo com a questão e criou um projeto para tratar, não só a filha, mas acolher outras pessoas que precisam.”
Por intermédio do projeto, Marideise fez uma consulta com um médico prescritor e conseguiu o óleo de Cannabis, por doação de uma empresa do ramo. “A minha qualidade de vida era péssima, dor 24 horas por dia. Eu comecei a fazer o tratamento e a Cannabis tirou 80% da minha dor.”
“Não deu qualquer problema de reação adversa. Pelo contrário. Fiquei mais disposta, comecei a praticar minhas caminhadas. Eu ando de moto e, no ano passado, eu viajei 9 mil quilômetros e não senti dor. Só com o meu óleo.”
Diante do benefício, recomendou para a sobrinha Maria Eduarda, de 24 anos, com depressão, ansiedade e TDAH. “Ficamos tratando com duloxetina, fluoxetina, clonazepam, tudo que também fiz uso, até que chegou uma hora que falei de tratar com canabidiol.”
Perdas e benefícios
No processo, porém, perderam o contato com o projeto e se viram sem o acesso à Cannabis medicinal. Para Maria Eduarda, com plano de saúde e condições de arcar com o custo do tratamento, o resultado não tardou a aparecer.
“Ela comprou e tem quatro meses que está usando o óleo e já não toma antidepressivo. Ainda está tomando remédio para dormir, mas já cortou para um quarto de comprimido de zolpidem. Eu quero que ela se livre desse medicamento.”
Já no caso de Marideise, a situação é mais complicada, já que atualmente tenta reduzir a dose do medicamento de Cannabis ao mínimo possível, a fim de evitar que ele acabe. “Estou na iminência de conseguir uma condição para comprar o meu óleo. Essa semana, eu já tive que entrar no remédio alopático.”
“Eu não queria voltar para esses medicamentos, porque no dia em que eu não tomo, minha cabeça fica girando, fico zonza, enquanto a Cannabis me sustenta super de boa. Não queria parar com o tratamento com canabidiol. Eu trato a ansiedade, a depressão, e ele estava me ajudando a manter um certo equilíbrio.”
Acesso popular
“Como não estou fazendo uso correto, não tem o efeito que fazia. Vou esperar para ter dinheiro, para comprar um com qualidade farmacêutica, com a plantinha certa para o meu caso.”
“Precisava ter mais acesso das pessoas à essa terapia, para garantir a qualidade do produto da Cannabisque consomem. Deveria ter acesso para as pessoas que são das classes mais baixas, pelo SUS. Ainda tem muita burocracia em cima disso.”
“Eu sou a prova viva da diferença que faz o canabidiol para as pessoas. Foram 10 anos usando todos os medicamentos que se possa imaginar, e só tive uma solução tomando a Cannabis.”
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