O médico Marco Viegas da Matta de Souza só decidiu sua área de atuação no final da faculdade, quando, após finalizar o estágio de psiquiatria, percebeu o quanto aquela experiência tinha enriquecido sua vida. “Percebi que era a área que tinha mais estímulo para estudar, pois me interesso pela mente humana e como ela forma a personalidade.”
“Era a área que eu mais sentia tranquilidade e vontade para falar e percebo que tenho uma facilidade no dia-a-dia, pois o paciente se sente confortável e consegue compartilhar suas inquietudes comigo.”
Formado em medicina em 2019, começou a trabalhar nos postos de saúde atuando como médico de família e comunidade, onde se deparava constantemente com casos psiquiátricos e a falta de profissionais na área. A experiência lhe deu certeza de que caminho seguir e, em 2022, concluiu a pós-graduação em psiquiatria.
Desde o início, porém, sentia uma certa limitação nas opções terapêuticas convencionais. “Muitos pacientes chegam em um patamar que eles não conseguem evoluir mais e você precisa aumentar as doses dos medicamentos, principalmente em pacientes em polifarmácia.”
“Quanto mais se aumenta, mais efeito colateral o paciente tem e mais perde em qualidade de vida. Seja por redução da libido, ganho de peso, agitação ou outros sintomas como náuseas, tontura, vômitos e dor abdominal. Em alguns casos pode, inclusive, se isolar da família e amigos devido à sonolência excessiva.”
A psiquiatria e a Cannabis medicinal
Desde a faculdade, porém, soube que existiam alternativas. “A Cannabis medicinal entra justamente nesses pacientes que estão sem expectativa de melhora com o tratamento convencional e consegue melhorar sono, apetite, humor, dores…”
Se debruçou nos estudos sobre o funcionamento do sistema endocanabinoide e sua interação com os fitocanabinoides e logo começou a prescrever aos seus pacientes da psiquiatria. “A principal diferença é o retorno da qualidade de vida do paciente.”
“O sistema endocanabinoide é responsável pela homeostase de todos os outros sistemas. Todas as células do nosso corpo possuem receptores endocanabinoides e a Cannabis acaba atuando em todos os sistemas.”
“Não vai tomar uma medicação para insônia, outra pra dor e outra para humor. A Cannabis vai atuar em todos os sistemas e, para o paciente, é como se nascesse de novo.”
Filosófica
Benefícios que observa na prática clínica. “Tenho uma paciente de Alzheimer que está voltando a ter qualidade de vida. Ela levantava várias vezes à noite e agora está dormindo bem. Está lembrando de alguns amigos e parentes. Antes ficava isolada, repetia muito as coisas, e agora voltou a participar mais da família, com melhora da socialização .”
“Outra paciente, com insônia, dependente de benzodiazepínicos e hipnóticos devido à ansiedade e depressão. Fui ajustando as doses dos óleos de Cannabis e, depois de alguns meses, ela havia reduzido bastante as doses das outras medicações alopáticas . “Eu sempre digo para os meus pacientes que a Cannabis é tão fantástica que é até filosófica. Você precisa de todos os seus compostos para ter o melhor efeito possível com uma dose menor.”
Psiquiatria contra o preconceito
“Precisamos deixar o preconceito de lado, e não podemos negligenciar esse tratamento tão valioso por falta de informação. Com a pandemia, ficou nítido como a saúde mental foi impactada e devemos utilizar todas as alternativas viáveis para melhor atender o paciente, suprindo esta alta demanda.
A Cannabis medicinal é uma terapêutica em crescimento exponencial e é necessário ter bastante atenção para não perdermos o foco central desta discussão, onde o objetivo será sempre oferecer a todos um tratamento mais eficaz, seguro e acessível, garantindo adesão e melhores resultados.”
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