Paulo José apresentava um desenvolvimento normal até que, por volta dos cinco anos de idade, começou a ter dificuldade para falar até que parou. Logo, seu comportamento e coordenação motora também começaram a regredir e foi diagnosticado com autismo regressivo. convulsões
Passou por psiquiatras, recebeu tratamento com diversos medicamentos, mas nada reverteu a situação. Pelo contrário. O tempo passou e a qualidade de vida de Paulo José e de toda sua família só piorou.
“Por volta dos 20 ou 25 anos, ele ficou em um estágio que quebrava tudo, agredia meus pais, mordia a gente”, conta seu irmão cinco anos mais velho, Marco Antônio de Camargo Barros. “Na época, você não tinha acesso à informação. Você ficava refém daquilo que o médico falava.”
As primeiras convulsões
A preocupação de Marco Antônio com o irmão cresceu ainda mais quando as convulsões se somaram aos sintomas que fazem parte da rotina de Paulo José. As primeiras, perto dos 30, ocorreram de forma espaçada. Com o tempo, a frequência cresceu e, aos 40 anos, chegou a ter duas crises por dia.
“Ele estava tendo uma convulsão atrás da outra e se machucava todo. Eu comecei a cuidar dele. Voltei para a casa dos meus pais para fazer todo acompanhamento dele.”
Em busca de algo que melhorasse a condição do irmão, encontrou uma médica que sugeriu o uso de Cannabis medicinal para o controle das convulsões quando Paulo José já estava com 42 anos.
“A doutora falou, mas na época tinha muita resistência dos meus pais. Eles tinham que assinar um documento. A doutora ainda ficou doente e eu perdi o contato com ela.”
Benefício além das convulsões
A possibilidade de um tratamento que controlasse as convulsões do irmão fez com que Marco Antônio corresse atrás. “Comecei a pesquisar por conta própria, a ler artigos, ver vídeos.”
“A médica que tratava ele não queria Cannabis medicinal por causa do THC. Eu pesquisei e vi que a Cannabis vinda de fora tem muito pouco THC e que ele ajudava a não ter mais convulsões. Eu vi muito preconceito por parte dos médicos.”
Até que encontrou um médico prescritor de Cannabis medicinal de sua cidade, Campinas. “Ele está há uns três anos usando a Cannabis medicinal.”
Faz dois anos
“A regulação do sono ocorreu rapidamente. Ele sempre se levantava no meio da noite e passou a dormir melhor. E percebi uma diminuição da agressividade, uma redução da ansiedade e um pouco de melhora no raciocínio lógico dele.”
“Eu reparei que ele começou a ter mais iniciativa também. Ele era muito dependente e, por exemplo, o tênis ele calça sozinho. Toma banho, arruma as coisas.”
Nenhum benefício, no entanto, se compara ao efeito sobre as convulsões. “Com o remédio que tomava, inibia a convulsão, mas ele tinha. Com a Cannabis, faz dois anos que não tem mais convulsões.”
“Convulsão é terrível. Certa vez, eu segurei ele para não bater a cabeça e achei que ele tinha falecido na minha mão. Foi muito forte. É muito impressionante para a pessoa que cuida.”
Para toda a família
Hoje, aos 47 anos, Marco Antônio experimenta seus dias de forma mais tranquila com o auxílio da Cannabis. O mesmo acontece com sua família. “Minha mãe foi atropelada, estava com muita dor, e tomou a Cannabis. Meu outro irmão teve síndrome do pânico e usou Cannabis.”
“Eu já usei, pois como ele é não verbal, experimentei em mim e melhorei de uma dor muito intensa na coluna. Reparei também que a pessoa fica mais atenta, mais concentrada, e tem um ganho contra a fadiga e no raciocínio lógico.”
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