Como muitos médicos, a certeza de que seguiria a profissão veio ainda na adolescência para Ludmilla Dornellas. Incomum, porém, foi definir ainda aos 16 anos que se tornaria especialista em dor. Consequência de um grave acidente de ônibus que transformou a trajetória da médica.
Ludmilla é deficiente físico, sobrevivente de um grave acidente rodoviário que culminou na morte de dez dos 28 passageiros. Bastante ferida, perdeu uma perna e sofreu fratura em três vértebras, que lhe acarretaram uma dor crônica. “Da minha história de dor, eu quis estudar e oferecer o tratamento que eu pude receber.”
Recuperada, se formou em medicina e se tornou especialista em dor em março de 2020, durante a pandemia. “Comecei a atender pacientes de Covid e, nesse tempo, eu entrei no mundo da medicina funcional integrativa. Estudei muito e comecei a usar com meus pacientes. Tratava pacientes de Covid e pós-Covid com suplementos, vitaminas e minerais.”
A Cannabis e a especialista em dor
Com as vacinas e o controle do vírus, passou a receber os pacientes de dor e começou a perceber que a maioria vinha procurando a mesma coisa: Cannabis medicinal. “Eu já tinha escutado sobre a Cannabis na residência, mas não teve um estudo profundo sobre o assunto.”
Com a demanda, se dedicou a estudar, fazer cursos, e conhecer todo o universo da Cannabis. Há cerca de três anos, tornou-se prescritora de Cannabis medicinal. “Tem sido uma arma de grande valor na medicina na dor. Não somente da dor em si, mas toda a sintomatologia que a dor traz com ela.”
“Especialmente depressão, ansiedade e alterações no sono, que fazem parte da doença crônica. A Cannabis ajuda pois atua sobre um sistema de regulação, equilíbrio e comunicação celular (endocanabinoide).”
“Ela facilita a ação de outros medicamentos, especialmente opioides e anticonvulsivantes. Acaba potencializando o efeito deles e a gente pode diminuir as medicações.”
“Algumas vezes, a Cannabis se torna o principal medicamento para o tratamento. Especialmente na fibromialgia, a Cannabis tem sido um divisor de águas. Ela entra em situações que não tínhamos o controle e traz efetividade para o tratamento da dor.”
Casos de sucesso
A médica exemplifica com um caso clínico. “Paciente com neuralgia do trigêmeo. Tinha ido em vários médicos e não se livrava de uma dor excruciante. Eu passei a Cannabis junto com algumas coisas da medicina integrativa, mas eu já esperava que teria que mandar para a cirurgia.”
“Depois de uma semana, ela voltou sem dor. Foi fenomenal. Um caso em que eu não esperava uma resposta tão importante em um caso de dor neuropática, que é de difícil controle. Ela não é a única.”
A própria, um caso de sucesso no tratamento com Cannabis. “Tenho vários tipos de dor crônica por causa do acidente e consigo fazer um manejo da dor muito importante com a Cannabis.”
“Não faço uso de nenhum outro medicamento para dor, até porque eu quero engravidar e os demais medicamentos são um pouquinho mais complicados em relação a isso.”
Ferramenta da especialista em dor
Para a médica, para que mais pessoas tenham acesso à Cannabis no Brasil, é preciso investir no combate à desinformação. “É sempre um facilitador do tratamento quando as pessoas já chegam informadas.”
“Tenho uma paciente com fibromialgia que se livrou da dor com a Cannabis, mas não pode contar para o marido que ela usa. Não quer que ninguém saiba porque tem medo que as pessoas vão julgar. Ainda existe um preconceito muito grande e para se opor a isso, o conhecimento precisa ser difundido.”
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