Especialista em clínica médica e reumatologia, Leonardo Hoff conta como incorporou a Cannabis medicinal ao seu arsenal de tratamentos
Um medicamento que se apresenta promissor para patologias de difícil tratamento com efeitos colaterais mais amenos que os demais medicamentos disponíveis. Não houve qualquer grande questão ideológica quando o médico Leonardo Hoff começou a prescrever a Cannabis medicinal.
Especialista no atendimento de doenças reumáticas, buscava uma alternativa de tratamento de pacientes com dor crônica refratária, encontrou a Cannabis e fez o mesmo que faria com qualquer outra substância: se colocou a estudar, analisou o que as ciências diziam a respeito e começou a prescrever. “A gente tem que estar sempre aberto a novas evidências e novos tratamentos.”
“Faz pouco mais de um ano que estou prescrevendo a Cannabis e se trata de uma alternativa para os pacientes com dor crônica refratária. Tenho visto resultados muito interessantes. Tem pacientes que melhoram muito e o melhor não é só a dor. Também de outros sintomas que por vezes acompanham a dor. como a ansiedade. insônia e fadiga.”
A Cannabis na reumatologia
Ele explica que os pacientes que o procura já tentaram outros tratamentos para a dor e não obtiveram benefícios, ou os tiveram acompanhados de efeitos colaterais que os fizeram buscar outras opções. “O que eu tenho visto assim é uma resposta muito boa em pacientes com fibromialgia. É a doença que eu vejo maior benefício da Cannabis e tem bastante evidência já na literatura sobre isso”, afirma.
“A dor atrapalha para dormir. Com a Cannabis, conseguem dormir melhor e se sentem mais dispostas no dia a dia para fazer suas atividades e exercícios físicos. Os pacientes também relatam menos ansiedade. A dor crônica gera ansiedade e a Cannabis ajuda a tratar.”
O médico afirma que ainda faltam evidências científicas para que a Cannabis se sobressaia como a primeira opção de tratamento em casos de fibromialgia e faz a prescrição somente em casos em que já se esgotaram as alternativas ou quando a solicitação parte do próprio paciente, o que é a maioria.
“A gente explica os riscos. Tudo tem risco e benefício. Depende muito da pessoa. Pode causar sonolência, sedação. Pode interagir com outros medicamentos que têm o metabolismo hepático. Pacientes com arritmia não podem usar doses muito altas. Pessoas com transtorno de humor eu não costumo nem manejar esses casos e indico para um psiquiatra.”
Radicado no Rio Grande do Norte e professor da Universidade Potiguar, desde julho do ano passado trabalha junto à Gravital de Natal, uma rede de clinicas especializadas no tratamento com Cannabis medicinal. (leia reportagem do C&S sobre a Gravital)
“Eu acho que o melhor é que todo médico se mantenha atualizado. Se manter atento às evidências científicas e, se por acaso, se sentir inseguro para prescrever a Cannabis ou achar que o paciente pode ter um benefício e o médico não tem experiência, eu aconselho que ele encaminhe para um colega que tenha experiência ou procure algum para discutir o caso e auxiliar na prescrição.”
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