Jerdean Nogueira sempre apreciou a vida. Apesar de conviver com a ansiedade, era um feliz pai de menino, casado, investidor bem-sucedido e querido na cidade de Natal, capital do Rio Grande do Norte.
Até que, no início de 2020, com a alegação de terem recebido uma denúncia anônima, policiais invadiram sua casa, sem mandado judicial ou sua autorização. Encontraram uma pequena quantidade de maconha, que sustentou a prisão em flagrante por tráfico de drogas.
“Acabei sendo preso e passei um ano e seis meses da minha vida privado da liberdade, até que consegui comprovar na Justiça que eles estavam errados. Eles invadiram meu domicílio, a denúncia nunca foi comprovada. Os policiais queriam, de fato, subtrair minhas coisas.”
Ansiedade, depressão e síndrome do pânico
Consequentemente, esse trauma fez a ansiedade de Jerdean atingir níveis extremos. “As coisas se agravaram muito. Comecei a ter episódios depressivos muito fortes e crises de pânico. Lá dentro, eu tinha minimamente um acesso a médicos, mas a única coisa que faziam era receitar remédios tarja preta.”
“Enquanto estava preso, fazia uso de quatro medicações, que tinham como principal efeito colateral a dependência. Por isso, tinha crises de abstinência e, o que já era ruim, na hora de dormir, se agravava. Às vezes, eu passava dias sem dormir, em um ambiente altamente hostil, estressante. A ansiedade era gigantesca.”
Além disso, começou a perder cabelo e a apertar as unhas contra a pele, de maneira involuntária, a ponto de causar ferimentos. Depois de um ano e meio, recuperou sua liberdade, mas a saúde mental seguiu abalada.
“De fato, sou uma pessoa muito querida por aqui. Quando eu saí, queriam me ver, me visitar, mas eu não conseguia ter esse contato social. Até mesmo com os familiares: eu não queria de maneira nenhuma recebê-los.”
“Na época, para mim, era impossível entrar no ambiente com várias pessoas desconhecidas. Não sei nem te explicar como era a sensação. Às vezes, eu até me forcei a fazer algo do tipo, como entrar em um ônibus, e desci depois de duas paradas. Eu simplesmente não conseguia.”
“Tenho um filho de 10 anos que é a pessoa mais importante para mim. Ele estava morrendo de saudades, queria brincar, fazer as coisas, e eu não conseguia reagir aos estímulos dele. Por causa disso, meu filho ficava preocupado a ponto de perguntar quando ia ficar bom dessa doença. Realmente, ele entendeu que a tristeza era da depressão.”
“Além disso, ainda havia os pensamentos suicidas, que vinham o tempo todo na minha mente.”
Tudo ou nada
A situação era desesperadora. Jerdean não sabia mais a quem recorrer e, quando recebeu o convite para trabalhar na virada para o ano 2023 no Universo Paralelo, um festival de música realizado no litoral da Bahia, decidiu se jogar.
“A viagem, mesmo com pouco dinheiro, foi uma tentativa minha, frustrada, de sair da minha realidade. Era tudo ou nada. No final do ano, eu estava com um pensamento muito forte de suicídio. Pensava que não queria viver assim. Só me passava besteira na mente e sou pai, não ia fazer isso comigo.”
Embora estivesse buscando fugir da realidade, ele acabou se encontrando, ao conhecer o estande de uma empresa de Cannabis medicinal. “Conheci esse universo, que é totalmente diferente (dos medicamentos psiquiátricos convencionais). Na verdade, eu sequer sabia que isso estava acontecendo no Brasil. Realmente, não tinha noção nenhuma.”
O tratamento canabinoide para ansiedade e depressão
Quando retornou, buscou um médico prescritor de Cannabis e deu início ao tratamento canabinoide. “Para mim, foi como mudar da água para o vinho. Eu percebi que estava começando a melhorar, quando consegui andar de ônibus.”
Em menos de três meses, a Cannabis ajudou Jerdean a recuperar sua vontade de viver. “A gente está falando de janeiro e meu comportamento mudou totalmente. Hoje em dia, eu consigo fazer as coisas, vou trabalhar, produzo conteúdo para internet sobre minha experiência.”
“Já tô conseguindo me concentrar para fazer minhas coisas. Durmo muito bem, acordo muito bem. Não tive mais nenhuma crise de pânico ou episódio de depressão profunda. Só tenho bons frutos a colher e falar sobre a Cannabis.”
“De fato, passei por um processo de desmame, depois que comecei a tomar os derivados da Cannabis e parei com todos os medicamentos psiquiátricos. Ainda assim, consigo descansar tranquilamente. A mente não tá a milhão.”
Todos comemoram
Perto de completar 31 anos, Jerdean voltou a sorrir. “A vida está tranquila. Se comparar meu comportamento e qualidade de vida desse mês com o início de dezembro do ano passado, hoje é totalmente diferente.”
“Antes de viajar, eu passei três dias sem sair da cama. Era um estado de espírito que, até para mim, era difícil de compreender. Sempre fui uma pessoa que gostava de viver, sempre tive essa força dentro de mim, e passar por isso era bem estranho. Hoje em dia, todos comemoram minha mudança de comportamento.”
Agora, livre da depressão, Jerdean busca propagar o conhecimento sobre o potencial terapêutico da Cannabis. “Isso serviu para educar as pessoas ao meu redor.”
“Tenho uma avó de 76 anos, que sofre muito com dores. Assim que ela passou a fazer uso do óleo tambémm começou a colher bons frutos. Desde então, tem diminuído as dores dela, melhorado o humor, dormido melhor. Só por regular o sistema endocanabinoide dela.”
Agende sua consulta
Você também pode experimentar uma transformação em sua qualidade de vida. Para isso, o primeiro passo é marcar uma consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal.
Para facilitar na busca, a plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde reúne mais de 200 profissionais da área, entre médicos e dentistas com diversas especialidades, preparados para realizar o acompanhamento durante todo o tratamento canabinoide.