Era uma manhã comum. Aos 15 anos de idade, Isabela Lira se arrumava para ir à escola, quando sofreu sua primeira crise epiléptica. Fez diversos exames e nada. Exatamente um ano e quatro dias depois, a segunda crise.
“Foi bem ruim. Estava no último ano do colégio, morava só eu e minha mãe, e ela ficava sempre com um pé atrás de eu me levantar cedo e ir para o colégio sem saber se ia acontecer de novo, se alguém ia saber como cuidar.”
Deu início ao tratamento com oxcarbazepina, um antiepilético, mas a frequência das crises aumentou. “No início, eu tinha crises a cada três meses, depois dois, e já cheguei a ter crises semanais.”
Como as crises aconteciam principalmente pela manhã e cursava faculdade à noite, Lira conseguiu seguir as aulas sem grandes problemas. A dificuldade estava na hora de ingressar no mercado de trabalho.
“Eu fiz curso de gastronomia e, querendo ou não, a cozinha é um pouco perigosa. Eu demorei para ingressar nessa área por medo. Principalmente minha mãe, que via as crises. Eu nem sentia. Só desmaiava e nem sabia de nada. Até hoje ela tem essa insegurança. Começo a trabalhar e ela fica com pé atrás.”
A Cannabis contra as crises epilépticas
Enquanto tentava seguir uma vida relativamente normal, Isabela começou a escutar sobre a possibilidade de usar a Cannabis. “Era muito difícil achar médicos no Brasil que tivessem esse tratamento. Era mais uma coisa lá de fora que talvez nem chegaria no Brasil.”
Em outras oportunidades, quando tentou substituir os medicamentos alopáticos, a experiência foi extremamente negativa, com o aumento do volume e intensidade das crises, o que a assustava só de pensar em tentar alternativas.
“Eu tinha curiosidade, mas já tinha feito essa experiência de trocar o remédio. Fiquei pensando nisso durante muito tempo, fui lendo casos de pessoas que começaram a usar para doenças que até um tempo atrás nem cura tinha. Aí comecei a pensar que poderia dar uma chance.”
O impulso final veio do relato do filho de uma ex-chefe sua do trabalho, também com epilepsia. “Era um nível muito maior, com crises diárias. Sempre que ia na casa dela, ela me indicava o médico dele. Ele estava bem e, a partir daí, comecei a me aprofundar.”
Fim da crise
Com o apoio da mãe e o incentivo de Gabriela, com quem morava na época, há cerca de um ano decidiu marcar uma consulta com o clínico geral Vinícius Mesquita. “Ele foi diminuindo a dose do meu remédio enquanto introduziu o óleo. Não tive nenhum problema com esse desmame.”
“Eu sempre tive muito espasmo por causa da epilepsia. Se eu acordasse um pouco mais cedo, eu já tinha umas quedas de pressão e tinha muito espasmo. Eu soltava as coisas que eu tinha na minha mão e era muito raro eu acordar cedo por conta desse problema.”
“Desde que introduziu o óleo, esses espasmos diminuíram uns 98%. Só tenho eles se eu durmo pouco ou se passei um dia muito estressante. Se for um dia normal, eu não tenho espasmos. Não tenho mais a sensação ruim de que posso ter uma crise a qualquer hora.”
“Eu acordo cedo sem problema nenhum. 7h30 da manhã já estou de pé, me sinto segura de estar sozinha dentro de casa, ou para ir trabalhar cedo sem medo de ter a crise a qualquer momento.”
“Principalmente em minha área de trabalho, na cozinha, eu tinha muito medo pois poderia estar segurando alguma coisa pesada, ter um espasmo, e de repente derrubar e me machucar ou às pessoas à minha volta. Não tive mais esse receio. Essa foi a parte que mais me ajudou e deu confiança para seguir com o óleo.”
De quebra, Lira, hoje aos 31 anos, conta que o medicamento canabinoide ajudou com questões que nem esperava. “Melhorou a ansiedade, que eu tinha muita; voltei a dormir melhor e tudo foi acalmando. Espasmos, quedas de pressão, ansiedade, tudo foi dando uma acalmada.”
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