A médica Helenice Rosa, que tem especialização em cardiologia e geriatria, não apenas prescreve Cannabis, ela acredita na revolução que essa planta milenar pode trazer à medicina. Seu envolvimento com a Cannabis começou de forma pessoal, impulsionado pelo diagnóstico de demência de sua mãe há mais de uma década.
Em 2021, a médica fez sua primeira prescrição – para sua própria mãe -, e os avanços foram notáveis.
“Ela passou a se levantar sozinha e começou a verbalizar. Testemunhar essa melhora na cognição foi emocionante para toda a família”, compartilha Helenice.
“Minha mãe já havia atingido um estágio em que precisava usar fraldas, e sua capacidade de comunicação estava bastante comprometida. No entanto, desde o início do uso do óleo de Cannabis, percebemos avanços importantes: ela retomou o controle de suas funções urinárias, expressando a necessidade de ir ao banheiro e voltou a verbalizar. Por exemplo, agora ela me pergunta: ‘Você vai trabalhar onde hoje?’ Além disso, houve também uma notável melhora em sua disposição; ela passou a se levantar sozinha, algo que não conseguia fazer anteriormente. Com a minha mãe, os resultados foram maravilhosos.”
Ainda sobre o tratamento de sua mãe, Helenice comemora a redução nas doses diárias de Quetiapina.
“Dos 300 mg por dia, ela passou a tomar apenas 50 mg. Sinto-me imensamente feliz, pois o início do processo foi muito desafiador. A gente não vê melhora, só piora e, com a Cannabis, os avanços foram muito significativos. Muitos médicos só utilizam quando o resultado do tratamento convencional não aparece. Eu utilizo já como primeira escolha e me tornei prescritora por acreditar muito na Cannabis como tratamento por conta de todos os avanços no quadro da minha mãe.
Cannabis: uma abordagem que pode ser utilizada com segurança antes de qualquer outra
“Minha visão sobre a Cannabis como tratamento médico sempre foi extremamente positiva. Inicialmente, prescrevi para a fibromialgia, e posteriormente, atendi uma paciente com enxaqueca crônica. E em ambos os casos recebi feedbacks muito positivos dos pacientes, o que reforçou ainda mais minha convicção na eficácia dessa abordagem. Para mim, o uso da Cannabis vai além de uma terapia complementar; a considero um verdadeiro arsenal terapêutico que pode ser introduzido como uma primeira opção em alguns casos.”
Contudo, a médica explica que em casos de dores crônicas, como artrose e hérnia de disco, a Cannabis pode não apresentar uma redução significativa da dor devido à natureza inflamatória dessas condições.
“Embora a Cannabis tenha propriedades anti-inflamatórias, sua eficácia pode ser limitada nesses cenários específicos. No entanto, é possível potencializar seus benefícios ao associá-la a atividades físicas ou fisioterapia, proporcionando uma abordagem mais abrangente e efetiva no tratamento”, diz.
Desmame Bem-Sucedido
Durante a entrevista, Helenice compartilha o caso de um paciente que fazia uso de antiesquizofrênico, Zolpidem para dormir e Rivotril por conta de uma depressão que ele teve há 15 anos.
“Iniciei o desmame desses medicamentos e introduzi a Cannabis. Hoje, ele só toma o óleo Full Spectrum“, destaca Helenice. Esse desfecho positivo não apenas demonstra a eficácia da Cannabis, mas também destaca a capacidade da planta de auxiliar no desmame de medicamentos convencionais. Uma abordagem que, segundo a médica, exige tempo e delicadeza.
Quebrando estigmas
A médica conta que em seu consultório só enfrentou resistência em relação ao tratamento com a Cannabis com três pacientes.
“Salvo esses casos, nunca tive manifestações de preconceito por parte dos pacientes. Inclusive, os mais idosos costumam receber isso como uma coisa natural.”
Para a médica, essa aderência do paciente vai depender muito da postura do profissional e da forma como a ideia de que a Cannabis pode ser sim um tratamento que, além de seguro, é muito eficaz será passada para eles.
Ao finalizar, Helenice compartilha sua visão positiva sobre o futuro da Cannabis na medicina brasileira. “Me sinto feliz em prescrever essa planta milenar. Acredito no potencial do Brasil ser pioneiro na utilização da Cannabis Sativa como terapêutica natural, livre de efeitos colaterais significativos.”
Essas histórias, ancoradas na experiência pessoal da médica, ilustram não apenas o potencial terapêutico da Cannabis, mas também seu impacto transformador na prática médica. Helenice Rosa é mais do que uma prescritora; ela é uma defensora de uma abordagem inovadora que está mudando vidas.
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