Atuar próximo das pessoas, ajudando na promoção da saúde e no alívio de seus sofrimentos, foi o que levou Gustavo Treistman à medicina. A opção pela especialização em medicina da família veio como uma sequência natural.
“É uma especialidade em que você enxerga a pessoa por completo. Em todos os aspectos, sociais, biológicos, psicológicos, além de observar o contexto familiar e comunitário. Isso permite uma abordagem muito mais ampla.“
“Traz várias ferramentas para tratar os motivos pelo qual a pessoa procurou um médico. Uma especialidade que permite que você não trate só doenças, mas atue de forma preventiva, na promoção da saúde.”
Na medicina de família, o profissional se torna responsável pela coordenação de todo o processo de saúde da pessoa, inclusive quando precisa referenciar para outros médicos especialistas. “É a porta de entrada para o sistema de saúde.”
Atuando há dez anos junto ao Sistema Único de Saúde, lida com uma ampla variedade de patologias. “A gente atende muitos casos de pacientes com dores crônicas. Muitos problemas de saúde mental, depressão, ansiedade. Doenças neurológicas, como Alzheimer e Parkinson. Epilepsia, autismo.”
Limites na medicina da família
“Eu vi que muitos pacientes que eu estava fazendo tratamento, chegavam em um limite. Não tinha mais por onde avançar. Isso me fez buscar alternativas para poder oferecer o melhor para os meus pacientes.”
Foi nessa busca que, há cerca de três anos, se inscreveu em um curso sobre o uso terapêutico de psicodélicos no tratamento da saúde mental. “Não era um curso de prescrição, mas de conhecimento da terapia. A partir disso, também acabei entrando em contato com a discussão sobre a Cannabis.”
“Já tinha alguma ideia sobre a Cannabis por notícia, mas na faculdade eu não aprendi nada em relação a isso. Fiz uma faculdade considerada de ponta, com um dos melhores departamentos de neurociências, e a gente nunca ouviu falar de sistema endocanabinoide.”
“O uso da Cannabis e a medicina psicodélica é a expansão das fronteiras da medicina. Dentro da especialidade da medicina de família, a Cannabis acabou me chamando mais atenção e me interessei em buscar cursos e aperfeiçoamento.”
“O que me colocou para começar a prescrever foram meus pacientes. Tenho um caso de autismo bem grave, com uma qualidade de vida muito ruim para ele e seus familiares. Não podia permitir que o paciente ficasse dessa maneira. Se existe tratamento na medicina, não tem porque não ser utilizado.”
A Cannabis na medicina de família
Treistman destaca o potencial da Cannabis na expansão de seu arsenal terapêutico. “Uma série de coisas em que você está limitado, a Cannabis oferece uma opção a mais.”
“A prescrição alopática é bem recente, mas já tem um histórico muito longo de uso na história da saúde mundial. A gente sabe que tem uma segurança de uso muito grande e tem poucos efeitos colaterais, que podem ser controlados.”
“Você pode usar óleos com proporções diferentes de cada canabinoide para poder chegar a uma dose ideal para o seu paciente. Acho que isso é um diferencial muito grande. É diferente de todas as coisas que a gente vê na medicina. O remédio você não pode ir titulando e ajustando conforme for.”
O futuro da medicina de família
Por esses motivos, Treistman acredita que a Cannabis terá um papel central na medicina.
“É o futuro. Eu não acho que os avanços nesse século vão vir somente de novos medicamentos descobertos. A gente pode utilizar medicamentos que já existem e que, por conta da proibição e do preconceito, deixaram de ser estudados.”
“A gente vai conseguir avançar nisso e acho que é por onde vão se expandir os próximos tratamentos da medicina. Acho que vai cumprir um papel central na medicina por toda essa grande gama de patologias que podem ser tratadas.”
Um avanço em velocidade proporcional à quebra de tabus. “O preconceito está cada vez menor. Quando o paciente precisa, o preconceito acaba ficando de lado. Apesar de ainda existir, está cada vez menor, tanto em colegas médicos quanto na população em geral.”
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