Durante anos, a assistente social Gilvete da Silva Santos Monteiro adiou o momento de ir ao banheiro. Na correria do dia-a-dia, era comum segurar a urina até que sobrasse um tempinho para se aliviar. Cerca de um ano antes de aposentar, isso se tornou impossível.
“Eu comecei a ter muita urgência urinária. Cerca de oito anos atrás, eu senti que estava me incomodando bastante”, conta Gilvete, aos 61 anos. “Depois evoluiu para uma dor intensa quando eu não esvaziava a bexiga logo. Isso, repetidas vezes durante o dia, me deixava muito mau humorada, nervosa, e comecei a buscar um urologista.”
Fez diversos exames e não foi detectado nenhum problema que pudesse estar afetando seu sistema urinário. Deu início ao tratamento com alopáticos, mas nenhuma tentativa trazia o benefício esperado.
“Por indicação do urologista, comecei a fazer fisioterapia pélvica para fortalecer a musculatura. Como eu tive três partos naturais, era uma das possíveis causas. Fiz bastante fisio, mas não sentia muito sucesso. Dava uma aliviada, só que o problema voltava e foi se agravando.”
Síndrome da Bexiga Dolorosa
Até que, durante uma sessão de fisioterapia, as dores se tornaram insuportáveis. “Comecei a me queixar de uma dor muito intensa. A dor aumentou muito, foi tomando toda a região do assoalho pélvico, e comecei a me incomodar bastante.”
“Me encaminharam para fazer avaliação ginecológica. Embora eu seja uma pessoa que fazia meus meu acompanhamento ginecológico anualmente e nada tinha sido detectado, eu já fiz histerectomia total há mais de 10 anos e imaginei que pudesse ser sequela, mas a ginecologista dizia que não era nada ginecológico.”
“Eles suspeitavam muito de infecção urinária, mas eu fazia exames repetidos de cultura e não acusaram nenhuma infecção.”
Depois de outros tantos exames, sem detectar nenhuma irregularidade, o diagnóstico foi fechado como síndrome da bexiga dolorosa. “Uma doença que não tem comprovação por exame. É por sintomatologia, por exclusão.”
“Nada dava conta”
“Isso foi piorando, piorando, até que chegou uma hora que eu suspendi todas as medicações. Elas não estavam me fazendo efeito e também tinham efeitos colaterais. Eu passei então a evoluir com um quadro de constipação intestinal muito intensa. Mudei minha alimentação por completo e nada resolveu.”
Com a chegada da pandemia, Gilvete se afastou de vez dos médicos, enquanto sentia o declínio de sua qualidade de vida.
“Minhas atividades todas ficaram comprometidas. Quando pisava o pé no chão pela manhã, já começava a sentir dor. Não conseguia mais fazer minhas caminhadas, não conseguia fazer atividades domésticas.”
“Eu passei a viver um certo isolamento, porque, em qualquer lugar que eu ia, tinha que esvaziar a bexiga de dez em dez minutos. E era uma coisa que me deixava muito mal.”
“Essa urgência eu associo muito à questão emocional. Fui para o psicólogo, entrei no antidepressivo, voltava a dor. Nada dava conta.”
Agende sua consulta com um médico prescritor de Cannabis medicinal por R$ 200
A Cannabis e a Síndrome da Bexiga Dolorosa
Foi quando Gilvete, já aposentada, lembrou dos seus tempos de assistência social, e de relatos de sucesso de conhecidos que faziam tratamento com Cannabis medicinal e começou a pesquisar.
Pelo portal Cannabis & Saúde, entrou em contato com o médico clínico Alexandre Assuane.
“O atendimento dele é excelente. É uma pessoa que nos dá atenção, deixa a gente à vontade. Eu falo bastante na consulta, elas são bem extensas. O tempo que precisar, ele fica com a gente.”
Deu início ao tratamento com Cannabis em dezembro de 2021 e não tardou para sentir o efeito. “Eu tive uma melhora importante nas dores. Acho que posso dizer que tive 90% de melhora da dor com a Cannabis. Para mim, não encontrei nada melhor.”
Novos problemas
No entanto, há dois meses, as dores voltaram. “Eu dei uma piorada, embora continue usando a Cannabis. O dr. Alexandre nem sabe dessas dores. Vou marcar uma consulta para janeiro.”
“Eu estou bem melhor que antes, porque já faço minhas coisas, mas dou umas paradas quando a dor vem. Elas ficaram mais intensas nos últimos 40 dias e fui em um médico daqui, porque estava bem incomodada.”
Recebeu o diagnóstico de prolapso genital de uretra. “Por conta de forçar bastante a uretra durante todos esses anos, ela acabou se projetando um pouco para fora. Vou fazer novas avaliações para ver qual a indicação. Se é cirúrgica, se é fisioterapia.”
“Voltei 100%”
“Mas quero ressaltar que as dores mais terríveis mesmo que eu sentia. Dores muito intensas, que de 10 eram 8 ou 9, eu melhorei uns 90%.”
“Eu parei minha atividade física por causa desse retorno da dor, que ainda não tá dando, mas a minha qualidade de vida melhorou bastante. Já fiz algumas viagens que nunca mais tinha feito. Passeios, eu consigo fazer.”
A frequência com que sente necessidade de ir ao banheiro diminuiu, embora de forma irregular. “Tem dia que é mais, dia que é menos, e eu ligo isso á questão emocional, à ansiedade.”
“Meu humor melhorou bastante. Tudo que eu não fazia, estou fazendo. Hoje não me sinto impedida de fazer quase nada. A não ser quando a dor retorna de forma intensa, no restante do tempo posso considerar que voltei às minhas atividades 100%.”
“A única questão da Cannabis é o custo. Está sendo difícil porque eu nunca recorri a liminar para o plano de saúde pagar. Não parei para fazer isso porque envolve uma série de demandas e acabei deixando para depois.”
“Ainda penso em fazer isso. Agora estão surgindo novas iniciativas no sentido do poder público, um dia, oferecer e se tornar mais acessível.”
“É uma excelente alternativa que a pessoa tem que buscar. Eu super indico. Para várias pessoas com queixas que eu conheço, sempre falo da Cannabis.”
Agende sua consulta
Você pode clicar aqui para marcar uma consulta com o médico clínico Alexandre Assuane.
Pela plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde, você também encontra mais de 200 médicos prescritores e profissionais de saúde, com diversas especialidades e áreas de atuação, que têm em comum a experiência no tratamento de seus pacientes com medicamentos à base de Cannabis.