Atender o paciente, escutar suas queixas, prescrever o remédio e tchau. Nunca mais vê o paciente. Essa prática comum da maioria dos médicos não agradava a médica Elisa Regina Giglio, que, para desviar dessa rota, optou pela residência em medicina de família.
“Quando me formei, fui dar alguns plantões e, às vezes, o paciente vinha com uma crise de ansiedade. Você trata, tira da crise, mas ela vai voltar para casa sozinha, desassistida. Em todas as unidades de saúde deveria ter o atendimento básico pela medicina de família.”
“Eu sempre gostei de fazer o acompanhamento. Da gestante, por exemplo, que faz o pré-natal, depois acompanha o neném e segue até entrar na vida adulta. Isso me encanta. Conhecer as pessoas, saber o nome. Às vezes, o paciente não tem nenhuma dor, mas vêm para conversar. A pessoa sai melhor pelo simples fato de ser escutada.”
A medicina da família e a Cannabis
O cuidado de Elisa com seus pacientes se repete com os amigos. “Eu tenho alguns amigos que usam a Cannabis de maneira recreativa. Fumam maconha. Foi no Instagram que eu vi a possibilidade do uso da Cannabis medicinal, um curso da dra. Patrícia Montagner e eu fui atrás.”
“Eu queria convencer os meus amigos a usar o óleo no lugar de ficar fumando essas porcarias de maconha prensada. Comecei a estudar e vi que tinha a possibilidade de importar o óleo, mas também a flor para que eles pudessem fumar um produto de mais qualidade.”
Conforme foi conhecendo a Cannabis medicinal e o sistema endocanabinoide, porém, Elisa foi se encantando e incluiu a medicação em seu arsenal terapêutico. “Eu tenho uns feedbacks muito bons das pessoas que eu indiquei e estão fazendo o tratamento.”
“Uso principalmente para ansiedade e depressão e estou estudando para começar a usar em casos de obesidade, para controlar a resistência à insulina. Por enquanto, o foco da minha indicação é para o tratamento da ansiedade.”
Limites da Cannabis na medicina de família
Apesar dos benefícios, especialista em medicina de família destaca o preconceito e a dificuldade de acesso como o principal empecilho do tratamento. “Trabalhei por três anos em unidade de saúde, onde a maioria da população é carente, e é difícil falar que ela pode importar o remédio. Não tem condição.”
Para os que podem pagar, a limitação é ficar preso a velhos valores. “Meu avô sofre com dor neuropática crônica de herpes zoster. Eu falo para tratar com a Cannabis e ele não aceita, diz que não quer ficar doidão. Eu explico, mas ele fala que é loucura.”
“Mas, com paciência, eu tento explicar. Falo que a gente tem um sistema no organismo que produz substâncias semelhantes às encontradas na Cannabis e que elas podem ajudar. Tento explicar o que estou estudando e os benefícios.”
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