O contrabaixista Clay Protásio percebeu que, ao fim das apresentações com a Orquestra Sinfônica Nacional da Universidade Federal Fluminense, em Niterói, seu braço ficava batendo o arco na perna, involuntariamente. “Logo fui reparando que estava ficando cada vez mais frequente.” parkinson
A partir daí, buscou um clínico, que indicou um neurologista e, em janeiro de 2017, aos 67 anos, foi diagnosticado com doença de Parkinson. “Eu comecei o tratamento com Prolopa e, como já tinha 32 anos de orquestra da UFF, me aposentei no meio do ano.”
“A princípio, não tinha muita alteração. Continuava tocando em pequenos grupos de música popular. Em 2018, eu segui bem só que, a partir de 2019, ficou cada vez mais difícil tocar.”
Longe da música, abriu espaço para a depressão. “Nesse momento, sem conseguir mais fazer as coisas, tocar um instrumento, com tudo mais difícil, você começa a pensar em um monte de coisa ruim.”
Parkinson, depressão e Cannabis
Foi então que ele descobriu que na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Fundão, haveria uma palestra sobre sua condição com a farmacêutica Maria Eline Matheus, professora de Farmacologia do Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ e coordenadora do Grupo de Pesquisa de Cannabis no Parkinson (GPeCaP).
“Ela falou sobre os efeitos de todos remédios para o Parkinson e das experiências com o canabidiol. Foi quando me inscrevi em uma pesquisa dela, que até hoje está em andamento. De vez em quando, ela me manda uns questionários.”
Em 2019, deu início ao tratamento com Cannabis medicinal. “Já no começo, com dois meses de uso, eu senti uma diferença. Percebi que comecei a dormir melhor, meu humor melhorou.”
“Na parte motora, eu não vi muita diferença, mas eu comecei a gostar, pois as coisas melhoraram. Em relação à depressão, as coisas ficaram mais tranquilas. Então, foi insônia, humor e depressão. Tudo parece que ficou mais nítido depois do canabidiol.”
Aceitar melhor
Com a chegada da pandemia e as restrições de circulação, porém, a condição de Clay foi se agravando. “Não saia mais de casa e o meu estado físico foi piorando. Eu andava muito e, de repente, ficar dois anos sem fazer exercício, me deixou com uma certa lentidão nos movimentos e sempre tenho tremor.”
No entanto, o músico é convicto ao dizer que a situação poderia ser pior sem o tratamento com a Cannabis medicinal.
“Com certeza eu estaria progredindo diferente. Foi uma coisa muito positiva e não pretendo parar mais. Eu senti uma diferença muito grande no meu estado emocional. Com a Cannabis, eu pude aceitar um pouco melhor a doença de Parkinson.”
“Eu falo com todo mundo sobre a Cannabis, porque é uma coisa que está salvando muita gente. Principalmente pacientes com problema neurológico.”
“Eu vejo sempre no portal Cannabis & Saúde as novidades. O uso terapêutico da cannabis é uma coisa que está funcionando no mundo todo, então as pessoas têm que mudar essa mentalidade fechada. De ver tudo como um problema.”
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