O relato abaixo foi escrito por Edilene Teixeira de Araújo, de Maceió (AL) em que conta toda a jornada para descobrir o diagnóstico e encontrar tratamento para a síndrome de Tourette de sua filha, Carolina Teixeira Wanderley Felix, de 15 anos.
“Carol, como ela gosta de ser chamada, faz tratamento psiquiátrico desde os 10 anos de idade. Ela começou por conta de depressão e ansiedade infantil.
Em 2020, no auge da pandemia, começou a apresentar vários movimentos involuntários que eram assustadores. Também vieram os sons feitos pela boca e os palavrões.
Eu não sabia o que era nem a psiquiatra que já a acompanhava.
Comecei a pesquisar o que poderia ser e vi que outras pessoas também tinham as mesmas características. Conversei com a médica e perguntei se não poderia ser Tourette. Por ser uma síndrome pouco divulgada, muitos médicos não sabem como tratar.
Um tratamento para Tourette
Com isso, achei uma médica, dra. Ana Hounie, que é especialista em síndrome de Tourette. Consegui o e-mail dela no Instagram e entrei em contato. Contei o que estava acontecendo e ela disse que realmente tinha as características da síndrome, mas a consulta para um diagnóstico preciso era cara, pelo menos para mim.
Perguntei se ela me indicaria uma outra médica mais acessível e que entendesse da síndrome, e passou uma médica em Recife e fui com minha filha até lá.
Iniciamos o tratamento com antipsicótico, antidepressivo e ansiolíticos. Inicialmente, o tratamento até funcionou por um mês, mais ou menos, mas depois tudo voltou e voltou mais forte. Trocamos alguns remédios e nada mudou.
Deixei o tratamento com essa médica e procurei um psiquiatra infantil aqui mesmo em Maceió. Ele não era especialista em Tourette, mas entendia um pouco. Continuamos com o tratamento sem muita melhora, fora que ela ficava dopada.
Procurei um neuro e fizemos os exames para ver se tinha alguma coisa neurológica, mas não deram nada, tudo normal.
Enquanto isso, a síndrome de Tourette mudou toda a nossa vida, pois Carolina não conseguia mais ficar sozinha, se machucava muito e tentou suicídio 2 vezes, pois sua depressão aumentou consideravelmente por se sentir inválida.
Eu comecei a tirar várias licenças para acompanhá-la no tratamento e em casa e a faltar muito no trabalho. Comecei a ter problemas com relação às minhas ausências e tive que mudar de setor umas 3 vezes.
A esperança
Continuamos o tratamento sem muita melhora por meses, até que eu comecei a pesquisar outras alternativas e encontrei vários relatos falando sobre a Cannabis medicinal.
Nossa!!!!! Uma esperança reacendeu dentro de mim. Comecei a pesquisar sobre os óleos, sobre os benefícios dele para outras doenças, e cada dia me chamava mais atenção.
Conversei com minha filha, se queria tentar o tratamento com a Cannabis, mas ela foi resistente. Inicialmente não queria o tratamento pelo preconceito sobre o que é a Cannabis. Como a maconha é considerada droga, na cabeça dela, iria ter alucinações e ficar viciada . Fui colocando ela pra ler um pouco sobre e foi mudando o pensamento.
Com isso, continuei pesquisando, até que ela começou a piorar mais ainda dos tiques. Perguntei novamente se ela queria que eu procurasse um médico que fizesse tratamento com a Cannabis e ela aceitou.
O médico prescritor
Ainda fiquei meio sem chão, pois os médicos que eu conhecia especialistas em Tourette que tratam com Cannabis eram caríssimos.
Mas mesmo assim, não perdi a esperança de conseguir o tratamento para minha filha. Aqui em Maceió, só achei um médico que usa Cannabis no tratamento dos seus pacientes, mas ele é de difícil acesso.
Então, Deus meu deu uma luz de procurar um médico pelo site da Abrace e peguei o nome do dr. Vinícius Mesquita.
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Achei ele no Instagram, contei toda a história, e ele prontamente me respondeu. Me deixou maravilhada, pois sabemos que muitos médicos não responderiam uma mensagem de Instagram.
Marquei consulta com ele e amei o jeito que ele interage na consulta, como ele passa confiança.
Outra pessoa
Finalmente começamos o tratamento em junho de 2022. Nos primeiros 15 dias, já vimos uma melhora considerável dos tiques. Hoje ela não está 100%, mas posso dizer que está quase. Os tiques diminuíram consideravelmente e hoje é uma outra pessoa.
Eu também, pois a Cannabis medicinal trouxe de volta a esperança que eu já tinha perdido.
Por isso, sou grata ao Dr. Vinícius, que se prontificou a nos ajudar, e à Cannabis medicinal, que trouxe a nossa vida de volta.
A Cannabis foi e está sendo importante, pois estamos retomando aos poucos nossas vidas. Ela ainda toma medicação alopática, mas a Cannabis veio para complementar e melhorar o tratamento.
Eu quero dizer às pessoas que, se precisarem usar a Cannabis, use sem receio. Ela pode ser um coadjuvante junto aos medicamentos alopáticos, como pode ser o principal tratamento para vários tipos de síndromes e doenças. Sendo sempre positiva na maioria das vezes.”
Agende sua consulta
Você também pode marcar uma consulta com o clínico geral Vinícius Mesquita. Com experiência no uso de Cannabis para o tratamento de diversas doenças, está disponível pela plataforma de agendamento do portal Cannabis & Saúde.
Como ele, são mais de 200 médicos e profissionais da saúde que utilizam a Cannabis medicinal para melhorar a qualidade de vida e bem-estar de seus pacientes.