Ana Patrícia Maia, mãe de Maxwell, um menino de cinco anos diagnosticado com autismo de suporte 3, compartilha com entusiasmo a trajetória transformadora de seu filho desde que começou a usar o óleo de Cannabis medicinal.
O relato de Ana revela não apenas as dificuldades enfrentadas, mas também a esperança e os resultados positivos que acompanharam a introdução desta terapia na vida de Maxwell.
O diagnóstico de autismo de suporte 3
Ana recebeu o diagnóstico de autismo de Maxwell quando ele tinha apenas 1 ano e 10 meses.
“Ele era uma criança típica, mas quando tinha um ano e meio, começou a apresentar uma regressão em habilidades já aprendidas. Parou de andar e de falar, e essas mudanças nos levaram a procurar especialistas”, conta Ana.
A família buscou diversos especialistas para obter um diagnóstico preciso, todos confirmando o autismo. Inicialmente, ele foi medicado com psicotrópicos, mas o efeito sedativo excessivo do primeiro medicamento, Amplictil, levou Ana a procurar alternativas.
“Nós vimos que ele era muito sedativo. Ele tomava e apagava. Não queríamos que ele ficasse dopado, nosso desejo era que ele se acalmasse para poder se organizar e conseguir ter as evoluções de uma criança normal”, conta.
Então, os pais decidiram tentar a Risperidona, também por conta das estereotipias. Porém, a ideia (e a vontade) de introduzir o óleo da Cannabis no tratamento já existia, mesmo com um certo receio inicial. Casos positivos na família colaboraram para a decisão.
“Tínhamos alguns casos na família, e os resultados eram bons. O sobrinho do meu esposo, que hoje está com 12 anos, toma Cannabis desde os 3 e teve um desenvolvimento bastante positivo”, conta.
Mesmo com essa influência, a decisão de iniciar o tratamento com óleo de Cannabis foi feita com cautela. “A gente queria apostar no positivo, mas com responsabilidade. Decidimos tentar e, felizmente, deu muito certo.”
Impacto da Cannabis Medicinal para o autismo de suporte 3
O tratamento com o óleo de Cannabis começou há um ano sob a supervisão do Dr. Vinicius Mesquita, médico responsável pelo acompanhamento de Maxwell. Durante esse período, Ana notou uma melhora rápida e bastante significativa.
“Na primeira semana de uso, já percebemos uma grande diferença. Maxwell melhorou a concentração, a alimentação e o sono. Eu não falei para ninguém que ele estava tomando o óleo para evitar qualquer influência sobre as opiniões”, revela Ana.
As melhorias foram confirmadas pelos feedbacks das pessoas ao redor, como a cuidadora e os terapeutas de Maxwell, que notaram uma mudança positiva sem saber do novo tratamento.
“Cheguei a comentar com o doutor que parecia incrível demais para ser verdade. Na primeira semana de uso, já notamos uma melhora significativa. Não estou exagerando; os efeitos foram visíveis logo nos primeiros dias”, diz.
Entre as principais melhorias observadas estão a maior interação de Maxwell com as pessoas e uma redução significativa na agitação.
“Ele consegue interagir melhor, cumprimentar pessoas e até pedir o que quer, como água, sem precisar me usar como comando”, conta Ana.
A qualidade de vida da família também foi impactada positivamente. “Antes, eu vivia enclausurada, sem conseguir sair com ele. Hoje, posso ir ao mercado e ao shopping. A rotina de todos melhorou.”
Embora o tratamento com Cannabis medicinal tenha trazido grandes avanços, Ana ressalta que ainda há desafios e momentos difíceis. “Não é um milagre, ele ainda enfrenta crises, mas a evolução é evidente. A qualidade de vida dele e da família como um todo melhorou muito. Eu acho que é muito importante falar sobre a Cannabis medicinal, pois pode ajudar a desmistificar e combater o estigma. A experiência foi muito positiva para a nossa família, e eu espero que isso possa ajudar outras pessoas também”, finaliza.
O processo de desmame
O processo de desmame da Risperidona está em andamento. Ana observa que a diminuição da dose tem sido gradual e benéfica.
“Reduzimos a dose de 2ml de manhã e 2ml à noite para meio ml de manhã e 1ml à noite. A diminuição é um passo importante para reduzir os efeitos colaterais desse medicamento”, explica.
Ana também menciona que, apesar de uma resistência inicial por parte de alguns familiares devido a questões religiosas, o sucesso do tratamento acabou por dissipar dúvidas e, principalmente, os preconceitos.
“Meu pai teve alguma resistência por falta de informação, mas ao ver as melhorias no Maxwell, ele compreendeu melhor a situação”, conta.
Ana descreve com entusiasmo a melhoria na qualidade de vida do filho, ressaltando desde o desenvolvimento de habilidades diárias que aumentaram sua autonomia até a forma como ele agora se comunica e interage com as pessoas.
“Estamos muito felizes! Agora, ele consegue sentar para comer e interagir com os coleguinhas. Ele já alcançou muitos progressos. Por exemplo, ele não me usa mais como um comando para pegar o que quer; agora ele vai até a cozinha, abre o armário e pega o que deseja. Ele também já fala bastante e se comunica melhor. Antes, ele não gostava de estar perto de ninguém, nem mesmo da irmã. Agora, ele adora estar com as pessoas. Claro, ainda há momentos em que ele brinca e se isola um pouco, mas a transformação é notável. Ele está muito mais autônomo.”
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O relato de Ana Patrícia Maia é um exemplo de como a Cannabis medicinal pode ser uma opção eficaz no tratamento de condições como o autismo, oferecendo uma alternativa viável e com resultados positivos para a qualidade de vida de crianças e suas famílias.
Porém, avaliar o uso da Cannabis como opção de tratamento deve ser feito com cautela e sempre sob a supervisão de um profissional de saúde qualificado. Um acompanhamento médico especializado é essencial para garantir a segurança e a eficácia do tratamento.
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