O primeiro contato da médica Ana Lívia Gomes com um cuidado humanizado na saúde foi ainda na faculdade. “Na Santa Marcelina, o estudo já é bem voltado para uma atenção voltada à pessoa, com menos medicação e uma visão holística.”
“No meu terceiro ano, eu já estava na gestão da liga de medicina integrativa. Então, eu sempre fui para o lado dessa medicina que usa o mínimo de medicação possível, mas se atenta aos cuidados com os hábitos e uma vida saudável.”
Como parte da liga, sempre organizava encontros com especialistas ligados à medicina integrativa. Em 2018, umas das convidadas foi Paula Dall’Stella, médica especializada na promoção da saúde e na melhoria da qualidade de vida e prescritora de Cannabis medicinal desde 2014.
“Ela deu uma palestra sobre medicina funcional e Cannabis e, desde então, é a única coisa que eu queria fazer dentro da minha profissão. Eu vi o tanto de coisa que a Cannabis poderia ajudar e com pouco efeito colateral que eu decidi que era o que eu queria fazer da vida.”
O cuidado humanizado e a Cannabis
Terminou a faculdade e correu para uma pós-graduação sobre a Cannabis e o sistema endocanabinoide. Há pouco mais de um ano, começou a prescrever aos seus pacientes.
“O primeiro caso foi mais simples. Paciente jovem com insônia que não usava medicação alopática. Começou o tratamento com a Cannabis e teve bons resultados.”
Em seguida, a médica assumiu o lugar de paciente. “Mesmo tendo um estilo de vida regrado e saudável, eu era pré-diabética. Fiz o tratamento com Cannabis por quatro meses e a glicemia diminuiu. Foi bem marcante.”
As boas experiências lhe deram confiança para prescrever a cada vez mais pacientes. “Tenho bastante caso de dor, que já tinham feito tratamento com diversas medicações. Usavam opioides, pregabalina, e, com o CBD, tiveram melhoras absurdas.”
“Em condições psiquiátricas, como ansiedade e depressão, o paciente chega com muita medicação alopática e efeito colateral. Muita náusea, tremor, não dorme bem, passa mal durante o dia.”
“O pior dos alopáticos é os colaterais e, com a Cannabis, a gente não observa isso. Nem 5% dos meus pacientes de Cannabis acabam reportando algum efeito colateral.”
Ciência contra o preconceito
Acumulando bons resultados, tijolinho por tijolinho, Gomes conquista seu espaço na medicina canabinoide e ajuda a abrir caminho para cada vez mais médicos incluam a Cannabis no arsenal terapêutico.
“Meus pais eram desinformados sobre o assunto, mas abraçaram bem a causa. Minha mãe começou a tomar porque tinha bastante enxaqueca e dores na coluna e teve bastante melhora no quadro dela. Com as pessoas à minha volta, tive zero preconceito.”
“Mas, muita gente ainda tem preconceito e o que resta são os estudos. Com a ciência, não tem como mentir. Se pegar um número grande de pacientes que fizeram o uso de Cannabis e tem uma melhora significativa quando comparado com as medicações alopáticas, não tem como ser contra.”
Agende sua consulta
Ou clique aqui para marcar uma consulta com um dos mais de mais de 250 médicos e dentistas prescritores de Cannabis que você encontra no portal Cannabis & Saúde.
Já os médicos prescritores que querem fazer parte de nossa plataforma de agendamento, clique aqui para se cadastrar.