A epidermólise bolhosa, uma doença genética e hereditária rara que provoca a formação de bolhas na pele por conta de mínimos atritos, ditou os rumos da carreira da dermatologista Alessandra Lindmayer.
Na faculdade de medicina, seu plano era seguir para a cardiologia. No entanto, já no quinto ano, um paciente entrou no caminho. “No internato na clínica médica, fiz acompanhamento de um caso de doença bolhosa autoimune.”
“Conversava bastante com ele, falava sobre sua vida, e foi quando eu vi que ser dermatologista não é só aplicar botox e fazer procedimentos estéticos. Foi por esse caso que decidi seguir na especialidade.”
Após a especialização em dermatologia, em seu primeiro trabalho, a patologia voltou a cruzar seu caminho. “A clínica fazia um trabalho voluntário com pacientes de epidermólise bolhosa e passei a acompanhar mais de perto.”
A dermatologista e a Cannabis
Foi por meio de um desses pacientes que, há quatro anos, seu caminho novamente começou a mudar. “Uma criança que eu acompanhava desde o nascimento com os protocolos tradicionais, mas tinha uma epidermólise bolhosa generalizada e muita coceira.”
“Tem alguns pais que pesquisam muito sobre a doença dos filhos e leram sobre um caso de uma criança com epidermólise que começou a tomar Cannabis medicinal para a dor. Passaram em um neuro, que prescreveu o canabidiol.”
“Era uma criança que tinha lesão generalizada e ficava sempre internada. Começou a usar a Cannabis e melhorou muito da coceira. A pele dela não tem mais praticamente nenhuma lesão e a vida dela melhorou muito.”
“Foi uma mudança radical na vida dela. Na prática diária, foi super contundente porque eu falei: ‘não é possível que a gente estude de corpo humano e não estude o sistema endocanabinoide, uma parte super importante, por puro preconceito’.”
“Ela melhorou de uma maneira que não tinha visto com nenhum tratamento convencional. Até me emocionei no dia, porque ela vivia internada e achava impossível que ela estivesse tão bem.”
Indicações da dermatologista
Foi o início de sua incursão pelo mundo canabinoide. “Eu comecei a estudar até para saber como a Cannabis interage e o que eu podia ou não prescrever para aquela paciente.”
Fez cursos nacionais e internacionais para conhecer mais sobre a Cannabis medicinal. “Todo mundo achou estranho de uma dermatologista querer estudar Cannabis. Mas teve uma aula sobre feridas crônicas do médico canadense Vicent Maida e vi que realmente funciona.”
“Um mundo todo se abre. A partir do momento que você começa a estudar o sistema endocanabinoide, a vontade é prescrever para todo mundo. Terminado os cursos, comecei a prescrever de forma mais robusta para os meus pacientes.”
“Indico não só para epidermólise, mas para pacientes com acne refratária à terapia convencional, rosácea, psicodermatose, psoríase. Em sua grande maioria, as respostas são positivas.”
Imoral ignorar
“A gente vê uma melhora, pelo menos no padrão de vida. A grande maioria das doenças cutâneas pioram quando a gente tem algum estresse. Se pensa na condição de vida do ser humano, estresse é rotina, então a Cannabis deveria ser um suplemento. Você vai ter um impacto positivo na vida do indivíduo, independente da pele.”
“A Cannabis ajuda na maioria das doenças cutâneas. A gente só precisa fazer trabalhos duplo cegos, randomizados, controlados, para a medicina tradicional abrir os olhos. Seria imoral simplesmente ignorar um resultado tão impactante para o paciente.”
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